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O Caçador Imortal de Classe SSS – Cap. 150 – O Prólogo (3)

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— Ei, que biblioteca legal.

Em tempos antigos, existia um ser cujo nome os humanos não conseguiam pronunciar corretamente. Por isso, eles o chamaram de Lago das Memórias.

A pronúncia real era ■■■■■. Assim como os humanos não consideravam a incapacidade dos grilos de pronunciar nomes humanos, ■■■■■ também era indiferente ao fato de os humanos o chamarem pelo seu nome, já que nunca havia parado para considerar se eles eram capazes de pronunciá-lo ou não ao se nomear. Se ele refinasse seu nome ao máximo, a pronúncia seria mais próxima de Hamustra. Era assim que os humanos chamavam o Lago das Memórias.

— Adoro o ambiente. Ótima coleção de livros também.

A pessoa à sua frente era diferente.

— ■■■■■, fico feliz em dizer que esta é, de longe, a melhor de todas as bibliotecas que já visitei.

Essa pessoa usava livremente o Dracônico, a língua dos dragões. Isso por si só já era impressionante. Ninguém nunca havia pisado nesta biblioteca antes dessa pessoa. Além disso, o Lago sempre foi um ser curioso. Ele tinha uma boa razão para mostrar alguma misericórdia e tentar satisfazer sua pequena curiosidade sobre a pessoa diante dele.

— Quem é você? — perguntou Lago.

A pessoa à sua frente tinha uma variedade de cheiros. Era bizarro. Eles tinham o cheiro de um dragão, mas não eram um. Hamustra podia sentir um toque da presença de um deus nessa pessoa, mas tinha certeza de que também não era um deus. O Lago nunca havia visto uma pessoa como aquela diante de seus olhos. Naturalmente, ele estava em guarda.

— Como você chegou aqui? Nunca te dei permissão para entrar no meu mundo. Diga o motivo da sua visita, estranho.

A pessoa riu. 

— Não sou um ladrão de livros. Por favor, não precisa ser tão vigilante. Sou uma espécie de vendedor de seguros, visitando e persuadindo cada ser como você.

— Perguntei por que você está aqui.

— Estou construindo uma casa. Bem, talvez seja mais correto chamar de casa de veraneio. Sou o proprietário, e estou tentando te convencer a ser meu inquilino — disse a pessoa com uma risadinha.

O lago agora estava irritado. Talvez fosse a primeira vez em mais de dois milênios que se sentia irritado. Ele amava personagens fictícios, independentemente de serem vilões ou heróis, e também se importava igualmente com personagens arrogantes e humildes. No entanto, isso não se aplicava a pessoas reais.

Ele era um grande ser. A grandeza podia ser definida de muitas maneiras, mas, como o Lago interpretava, a verdadeira grandeza dependia de se alguém podia ou não eliminar livremente aqueles que achava irritantes.

— Você é irritante. Saia daqui.

O Lago estalou os dedos, decidindo mostrar sua grandeza novamente hoje, exercendo levemente seu poder. Dentro da biblioteca, seu poder era absoluto. Não apenas humanos comuns, mas até mesmo aqueles lixos que se tornavam Transcendentais seriam reduzidos a pó diante de seu poder.

Ele estava confiante em seu poder. Há muito tempo, antes de se tornar tão grandioso quanto agora, ele havia transformado muitos seres em pó.

— Ah, desculpe. Me empolguei. Ainda assim, pode ter um pouco mais de paciência? Foi difícil chegar aqui. Ugh, as estradas estavam bloqueadas, e elas já não estavam em boas condições para começar… — disse a pessoa, balançando a cabeça.

A pessoa à sua frente estava ilesa. Não virou pó, como deveria. O Lago ficou extremamente chocado que seus poderes não funcionaram de forma alguma. Ele não conseguia acreditar. Talvez não tivesse usado todo o seu poder quando atacou, então essa tentativa fraca não contava. Após se iludir que isso era o que havia acontecido, ele atacou a pessoa novamente.

Seu visitante ainda estava bem.

— Já que estou aqui, devo te perguntar: por que não há portas ou janelas nesta biblioteca? Parece mais um túmulo. Coloque algumas janelas, pelo menos. O ar aqui parece sufocante. Quer que eu faça alguns buracos para você? — Com um largo sorriso, eles até fizeram buracos nas paredes da biblioteca. — Ah, aí está. A biblioteca finalmente está recebendo alguma ventilação.

O Lago ficou atônito. 

— Que porra?

Foi o primeiro xingamento que ele proferiu em milhões de anos. Esta biblioteca não era apenas um lugar, era seu corpo e alma. Portanto, ser capaz de fazer um buraco na parede da biblioteca significava ser capaz de apunhalar o Lago no estômago. Ele era competente o suficiente para inferir isso, e também inteligente o suficiente para odiar ser apunhalado.

— Tá bom, tá bom! Eu me rendo! O que você quer de mim? — gritou o Lago.

A pessoa sorriu timidamente. 

— Tudo.

— É melhor você me matar então!

— Ah, sério? Posso te matar?

Lago era bastante inteligente, o suficiente para perceber que a pessoa à sua frente era um lunático dos infernos.

— Você não quer morrer, quer? Claro que não. A vida é preciosa. Quero te ajudar a protegê-la também. Por favor, assine aqui para proteger sua preciosa vida.

Foi azar para o Lago que o lunático tivesse um poder inimaginável.

— O que é isso…?

— É um contrato.

Lago perguntou: 

— Posso perguntar o que esse contrato implica?

— Claro que pode perguntar sobre isso. Não vou te fazer assiná-lo sem explicar. Não sou um bandido, sabe?

Mesmo que o lunático não fosse um bandido, ele era bem parecido com um. No entanto, o Lago não apontou isso. Em outras palavras, ele era inteligente o suficiente para distinguir entre o que era e o que não era aceitável dizer.

— Estou construindo uma torre. Meu plano é convidar seres como você. Aqueles que você chama de minikins também serão permitidos entrar.

O Lago leu o contrato cuidadosamente, e quanto mais lia, mais intrigado ficava. Inicialmente, ele pensou que a pessoa à sua frente era um bandido que estava ali para tomar a biblioteca dele. A primeira parte era verdade, mas a pessoa não ia tirar a biblioteca. O contrato estava cheio de ofertas tentadoras.

— Você está me dando o direito de observar todos os mundos lá fora? Sério? — perguntou o Lago, incrédulo.

A pessoa riu gentilmente. 

— Todos os mundos seria um exagero. Eu diria que é limitado aos mundos em que posso intervir.

— E essas cláusulas de confidencialidade são…

— Receio que não possamos negociar essas.

Não demorou muito para o Lago decidir, mas sua curiosidade aumentou. 

— Por que você está tentando começar esse negócio? Com que motivo? Como isso te beneficia?

A pessoa sorriu. 

— Ninguém nasce porque quer. Todos deveriam ter uma segunda chance na vida. Mesmo que não possam viver do jeito que querem, deveriam poder viver apenas porque querem.

O Lago não conseguia entender facilmente as nuances por trás do sorriso da pessoa.

— Você também viverá novamente algum dia, senhor Bibliotecário Interno.

Ele também não entendeu isso.

 

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O Bibliotecário Interno olhou para mim, confuso. Ele não entendeu o que eu disse? Ou entendeu, mas seu cérebro entrou em curto-circuito? Qualquer motivo estava bem, então esperei por uma resposta sem apressá-lo.

— Escalar a Torre junto com vocês todos…? — murmurou o Bibliotecário Interno após um tempo. — Eu-eu não sou uma Constelação comum. Diferente do seu fantasma ou da sua espada sagrada, sou uma Constelação responsável por andares. Embora não pareça, meu ranking é bem alto… Me filiar a uma Torre específica é… Isso é…

— O que acontece se você fizer isso?

O Bibliotecário Interno tremeu. 

— Não sei. Não tenho ideia. É algo sem precedentes em toda a história das Torres. Houve um caso em que uma Constelação se apaixonou por um guerreiro e se voluntariou para ser seu servo. Há um número considerável desses casos, na verdade. O número de casos em que um guerreiro toma uma Constelação também é bem alto, assim como você devorou o Rei Demônio da Chuva de Outono com a Reencarnação da Legião de Monstros. Mas… mas nunca ouvi falar de uma Constelação se transformando em um Caçador…

— Sempre há uma primeira vez.

O Bibliotecário Interno hesitou.

— Hamustra, pare de viver em um lugar como este.

Olhei ao redor. A biblioteca era um cemitério de livros, cheio de vestígios de mundos desmoronados. Era isso. O tempo não passava aqui. Cada respiração que as pessoas davam nessas histórias permanecia selada em seus mundos. Este era o lugar onde se apenas admirava ou invejava os mundos dos outros. 

Estou acostumado com esse tipo de lugar.

Isso me lembrava do estúdio em que vivi antes da minha regressão. As paredes do meu apartamento eram cobertas de fotos e recortes de entrevistas do Imperador das Chamas. Mas a escala da biblioteca era de um nível completamente diferente do meu estúdio, então quase parecia um insulto.

É a mesma coisa.

Foi por isso que eu pude dizer: 

— É hora de você subir ao palco.

Ele precisava sair daqui.

— Se confinar em um lugar como este está bagunçando sua cabeça…

— I-isso é duro…

— Um livro apocalíptico registra a vida das pessoas. Faz você sentir que sabe tudo sobre os personagens, mas não sabe. Hamustra, você sabe o que a  Crônica do Demônio Celestial diz sobre a destruição do mundo?

O livro apocalíptico descrevia a morte da Mestra assim: Uma praga misteriosa eclode, matando o Demônio Celestial e dizimando o Culto do Demônio Celestial e as outras facções.

— Você sabe?

O Bibliotecário Interno não tinha uma resposta para minha pergunta.

— O final da história não tem significado — concluí.

Os leitores da crônica nunca saberiam que tipo de expressão a Mestra fez no final, como os cultistas choraram, ou o quanto as crianças perto do rio trabalharam para cavar lama macia.

O Bibliotecário Interno retrucou: 

— M-mas! Eu posso assistir!

Eu tinha minha resposta preparada. 

— Você está certo. Você pode entrar no mundo e observá-lo você mesmo. Quando a Mestra faleceu, tenho certeza de que você se sentiu triste, assim como eu. Não duvido disso.

— S-se for assim, então não há problema…!

— Mas você provavelmente não ficou mais triste do que eu.

O Bibliotecário Interno fechou a boca.

— O momento em que a Mestra realizou a última forma das Artes do Céu Demoníaco deve ter sido de tirar o fôlego para você também. Quando o Imperador da Espada contra-atacou e acabou com isso, você deve ter achado inspirador também. Mas o que você sentiu foi apenas um traço do verdadeiro — segurei a mão do Bibliotecário Interno com mais força e o puxei um pouco mais perto. — Você também ama Raviel. Tenho certeza disso. Mas você sabe que nunca poderá amá-la tanto quanto eu.

Ele não disse nada.

— Você pode ter um gostinho das histórias enquanto está sentado neste mundo de livros, mas é apenas um espectador que nunca sobe ao palco. Você aplaude quando vê uma performance de que gosta e boceja quando não gosta. Só isso.

— Eu…

— Viva comigo e com aqueles nesta Torre.

O Bibliotecário Interno se encolheu. 

— Eu-eu estou preso a um contrato rígido. Me filiar a uma Torre específica é uma violação das regulamentações. A Alta Torre certamente imporá sanções. Provavelmente perderei todo o meu poder como Constelação. Se isso acontecer, serei inútil para você.

— Não é isso que quero dizer, e você sabe disso.

Silêncio.

Olhei diretamente em seus olhos e disse: 

— Hamustra, é seu sonho ser morto pelo Assassino de Constelações um dia. Desista desse sonho. Eu te darei um novo. Nem sempre será agradável. Para ser honesto, muitas vezes será um pesadelo. Você vai querer desistir várias vezes. Mas, se desejar, eu compartilharei seu sonho com você. Viva. Vamos fazer isso juntos.

O Bibliotecário Interno ainda hesitava.

— Se você aparecer na minha história, eu aparecerei na sua, para que nossas vidas se entrelacem.

Seu lábio inferior tremia. Ele enfiou a mão esquerda, que tremia ainda mais que seu lábio, no bolso interno para tirar um livro mais antigo que o Épico de Lefanta Aegim.

■■■■■

O título era ilegível. Estava em uma língua de outro mundo que eu não conseguia entender. O Bibliotecário Interno, ou Hamustra, devo dizer, lentamente entregou o livro que continha sua história de vida. 

— Rei da Morte…

— Sim.

— Vou te dar meu último conselho como leitor. Sou seu maior fã. Nenhum leitor ama ou amará você tanto quanto eu. Então, certifique-se de ouvir com atenção.

— Estou ouvindo.

— Se você flertar assim com qualquer outra pessoa, o ouvinte pode entender errado, então, por favor, use sua eloquência apenas para a Duquesa de Ivansia. Caso contrário, Rei da Morte, ela perfurará seu coração algum dia…

— Já morri assim antes. Bem, vou manter isso em mente.

— Rei da Morte.

— Sim.

— É divertido viver como humano?

O Bibliotecário Interno estava claramente com medo.

Eu sorri.

— É uma merda — segurei ■■■■■ em minhas mãos. — As coisas ruins vão grudar em você como bala de cevada, e de vez em quando vão custar seus dentes. Ainda assim, a bala de cevada é deliciosa, e eu te ajudarei.1O raw é “엿 같죠.”나는 ■■■■■를 잡았다. “하지만 엿도 씹으면 맛있어요.가끔 이빨이 부러지긴 한데,도와드릴게요. É um jogo de palavras em coreano usando a expressão 엿 같다(é uma merda/sucks), que soa semelhante à bala de cevada coreana (엿/yeot). É notório por arrancar os dentes soltos das crianças.

— Droga… — O Bibliotecário Interno ficou com lágrimas nos olhos. — Não acredito que esta é a última linha do meu livro apocalíptico…

Ele segurou a lombada do livro, e eu segurei a capa.

Eu ri. 

— Não é fácil a vida imitar a arte. Aguente firme.

Abrimos o último livro apocalíptico.

Embora o medo fosse evidente em seus soluços, o Bibliotecário Interno disse com firmeza: 

— Rei da Morte e o Bibliotecário Interno foram designados como personagens em ■■■■■. O nível de dificuldade deste livro apocalíptico é indeterminado. Quando abrirmos nossos olhos…

— …estaremos bem aqui.

— Exatamente. — O Bibliotecário Interno olhou para mim. — Eu declaro que o andar foi concluído.

Whooosh!

Uma luz branca nos envolveu.

 


 

Tradução: Rlc

Revisão: Pride

 

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