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Mushoku Tensei: Reencarnação do Desempregado – Vol. 15 – Cap. 06 – Preparações

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Um mês se passou desde minha conversa com o Deus-Homem. Passei todos os dias seguintes trabalhando em meus preparativos para a batalha com Orsted.

Matá-lo não seria fácil, para dizer o mínimo. Ele era a pessoa mais forte do mundo, o que significava, é claro, que era muito mais poderoso do que figuras formidáveis como Atofe, Perugius e Ruijerd. E não consegui derrotar nenhum desses três. Em uma luta justa, minhas chances contra Orsted eram menores que zero.

Com isso em mente, elaborei três prioridades.

Primeira: precisava criar a Armadura Mágica.

Segunda: queria garantir alguns aliados.

Terceira: tinha que encontrar uma estratégia que pudesse funcionar.

Em primeiro lugar estava o projeto da Armadura Mágica.

Baseado no que li naquele diário, uma vez que a tivesse, poderia exercer poder físico comparável ao dos Sete Grandes Poderes. Meu eu do futuro ficou ridiculamente mais forte depois de criá-la. Parecia algo essencial.

A primeira coisa que fiz foi comprar uma pequena cabana nos arredores da cidade de Sharia. Inicialmente esperava construir a coisa na fortaleza flutuante de Perugius, mas ele não permitiu. (Vou explicar o porquê mais tarde.)

Recorri a Cliff e Zanoba para obter ajuda com o projeto. Os dois imediatamente concordaram em ajudar sem me pressionar por uma explicação detalhada. Eu queria que Cliff criasse um sistema de controle baseado na Prótese Zaliff e que Zanoba projetasse o escudo blindado e seus mecanismos de propulsão. Quando expliquei o conceito geral da Armadura Mágica, os olhos de ambos brilharam de excitação. Não demorou muito para entenderem o que eu tinha em mente. Trajes de combate não eram grande coisa por aqui, mas acho que garotos são garotos em qualquer lugar que você vá.

Uma vez que Cliff e Zanoba estavam a bordo, pedi ajuda a Sylphie e Roxy também. Roxy atuou como diretora geral e supervisora do projeto. Poderia ter desempenhado esse papel sozinho, mas eu era a única pessoa capaz de criar e modificar as placas ultra-duras de rocha que serviriam como a real armadura daquela coisa. Era um trabalho que demandava muito tempo e mana. Não tinha tempo para me preocupar com mais do que isso.

Sylphie era capaz de lançar feitiços sem canto de magia de Terra. Além disso, sua pesquisa sobre o Incidente de Deslocamento a deixou com um conhecimento incomum sobre círculos mágicos. A garota era muito inteligente e talentosa no geral, por falar nisso. Como ela podia lidar com quase qualquer tarefa, eu a queria como assistente de Roxy, correndo para ajudar onde fosse mais necessária.

Quando pedi ajuda, ela disse: “Claro! Estou nessa!” com um grande sorriso no rosto. Parecia a primeira vez em muito tempo que a via tão feliz, na verdade. Ela provavelmente estava mantendo alguns pensamentos nada felizes para si mesma recentemente e isso me fez sentir mais do que um pouco culpado.

Uma vez que o projeto da Armadura Mágica começou, comecei a gastar algum tempo na segunda prioridade: encontrar aliados.

Meu plano inicial era enfrentar Orsted sozinho, mas sabia o quão impotente eu era comparado a ele. Não tinha os longos anos de experiência em combate do meu eu do futuro, nem seu conhecimento de magia.

Infelizmente, não rastreei ninguém que parecesse capaz de igualar as probabilidades. Badigadi estava longe de ser encontrado, assim como Ruijerd. Perugius, sem surpresa, recusou. Suas razões para isso também não eram exatamente reconfortantes…

— Existem três pessoas neste mundo que você nunca deve tentar lutar: o Deus da Técnica, o Deus Lutador e o Deus Dragão. Mesmo entre esses três, Orsted é particularmente poderoso e implacável. Sua determinação em proteger sua família é admirável e eu adoraria fazer algumas perguntas a ele sobre o Deus-Homem… mas ficarei fora disso. Prefiro não morrer antes que Laplace retorne, entende?!

Eu estava otimista sobre minhas chances de convencê-lo a ajudar, mas simplesmente não funcionou dessa maneira. Pelo menos ele também não estava ativamente tentando me impedir. Teria que tomar isso como uma vitória.

Além de Perugius, não consegui localizar mais ninguém que parecesse capaz de enfrentar Orsted. Zanoba era incrivelmente forte e altamente resistente a danos físicos, então considerei brevemente trazê-lo… mas Atofe foi capaz de danificá-lo com seus ataques, apesar de sua “bênção”. Tive de assumir que o mesmo valeria para Orsted. A última coisa que queria era matar Zanoba. Ele era meu melhor amigo.

Claro, também não queria ver Cliff ou Elinalise morrerem. Quanto mais pensava sobre isso, menos queria arrastar mais alguém para essa luta. Considerei Eris por um momento, no entanto era difícil adivinhar exatamente quando ela chegaria aqui. Com base nesse diário, ela provavelmente era ainda mais poderosa do que eu com a Armadura Mágica completa. Havia alguma chance de ela se juntar a mim na luta contra Orsted?

Não era nem mesmo uma pergunta justa, na verdade. Antes de começar a arrastá-la para minhas batalhas, precisaríamos resolver nosso passado e as coisas que estavam entre nós. Não tinha o direito de esperar sua ajuda até que isso acontecesse.

Com minha busca por aliados em um impasse, redirecionei minha atenção para a terceira prioridade da minha lista: elaborar minha estratégia para a batalha. Eu precisava repassar essa luta com cuidado de antemão.

Estaria lutando sozinho e era indiscutível que precisava matar meu oponente. Dadas essas duas premissas, eu realmente tinha um grande número de opções disponíveis para mim.

Se não houvesse aliados por perto e eu mantivesse distância do meu inimigo, poderia facilmente fazer uso de feitiços poderosos com uma ampla área de efeito. Quanto maior o feitiço, mais difícil seria para ele escapar. Algo como Relâmpago, que concentrava todo o seu poder em uma área menor, poderia ser mais eficaz em causar dano, mas tinha a sensação de que Orsted simplesmente esquivaria.

Considerando tudo, bombardeá-lo com amplos ataques em área de uma grande distância parecia a abordagem mais inteligente. O dano se acumularia eventualmente. E se eu ficasse longe o suficiente para não ser percebido, ele não seria capaz de me interromper com Atrapalhar Magia.

Também havia a possibilidade de pegá-lo desprevenido e quebrar suas defesas quando sua guarda estivesse baixa. Montar uma armadilha pode não ser uma má ideia. Eu poderia atraí-lo para uma área deserta, onde ele encontraria algo que chamaria sua atenção… algo que explodiria no momento em que pegasse. Poderia usar isso como meu sinal para disparar magia nele à distância.

Quanto mais pensava sobre isso, mais parecia a abordagem certa. A questão era: como farei para atraí-lo a este local? Talvez pudesse tomar Nanahoshi como “refém”, ou enviar-lhe uma mensagem do Deus-Homem. Ambos pareciam viáveis.

Dito isso, não estava otimista o suficiente para pensar que meus ataques iniciais de longo alcance seriam o suficiente para derrubá-lo. Havia a chance de funcionar, mas precisava assumir o contrário. Uma vez que ele encontrasse seu caminho até mim, tudo se resumiria a uma luta de curto alcance na minha Armadura Mágica. Não tinha certeza do quão bem minha mente conseguiria acompanhar uma batalha em ultra velocidade… mas não havia motivos para me preocupar com isso até que realmente pegasse a Armadura Mágica para dar uma volta.

Enquanto pensava em tudo isso, me peguei lembrando da minha infância neste mundo. Teve uma época que passei muito tempo trabalhando em um plano para vencer Paul em uma luta. Esperava superá-lo enquanto ele ainda estava no auge. No final, porém, nunca o derrotei, nem uma única vez.

Ainda assim, as táticas que tinha trabalhado naquela época estavam profundamente enraizadas em minha mente. Sabia como usar minha magia em coordenação com os movimentos do meu corpo, do mesmo modo que também sabia como me mover em três dimensões. Não importa o quão esmagador meu oponente pudesse ser, minha abordagem básica não mudaria, precisaria mantê-lo à distância, explodindo-o com ataques enquanto ele tentava me pegar, manter a pressão e forçá-lo a tomar decisões desvantajosas.

Era assim que eu lutava quando estava no meu auge.

Claro, Orsted tinha Atrapalhar Magia e seus Portais Wyrm. Sem dúvida, havia outros truques na manga também. Parecia seguro dizer que isso nunca sairia conforme o planejado. A armadilha e a emboscada eram um bom começo. O que mais eu precisava para vencê-lo? Era crucial para mim realmente pensar nisso. Tive que considerar todas as possibilidades e então focar nas ideias mais promissoras.

Sendo bem honesto, sabia que minha mente não estava funcionando muito bem agora. Estava impaciente, assustado e cada vez mais obcecado com a minha tarefa. Provavelmente teria sido mais sensato ir mais devagar e testar algumas das minhas ideias em uma base experimental.

O melhor plano provavelmente envolveria encurralar Orsted de uma forma gradual e metódica, durante um período de cerca de dez anos, mas se eu fosse tão indiferente sobre isso, o Deus-Homem poderia mudar de ideia e eu poderia voltar para casa e descobrir que perdi alguém que amava. Mais do que qualquer outra coisa, estava com medo disso.

E uma noite, enquanto meus preparativos continuavam, ele veio até mim novamente.

 

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 Me encontrei em um espaço branco. Presumivelmente, estava no centro do mundo estéril.

— Ei! Parece que as coisas estão indo bem, hein?

Sim. Vou lutar contra Orsted, como você me pediu.

— Ei, calma lá, não pedi para você lutar com ele. Pedi para você matá-lo!

Você com certeza parece estar de bom humor hoje. Está tão feliz de me ter dançando em suas cordas?

— Qual é, isso é uma coisa excitante! Nem eu sei o que vai acontecer a seguir!

Que bom que está se divertindo. Não esperava vê-lo novamente tão cedo, no entanto. Isso significa que conseguiu inventar aquela coisa sobre alinhamento de comprimentos de onda ou algo assim?

— Ah sim. É tudo bobagem.

Você poderia pelo menos fingir sentir um pouco de vergonha… Então posso supor que a parte: “Eu só posso aparecer para certas pessoas” era uma mentira também?

— Sim, pura ficção. Mas ei, deve ter sido ótimo para o seu ego ouvir que você era o escolhido, não é?

Tch… Bem, tanto faz. Nos próximos dias, direi a Sylphie e Roxy que estou planejando lutar contra Orsted. Se ele acabar me matando, meus filhos vão crescer sabendo que ele é o homem que assassinou o pai deles. Isso deve ser motivo suficiente para eles o odiarem, então…

— Desculpe, mas isso não será o suficiente para tirar o destino dos trilhos. Você precisa matá-lo, ou vou apagar seus descendentes, não importa quanto tempo leve.

Ugh. Você precisa falar assim? Bem, que seja. De qualquer forma, vou demorar um pouco para completar a Armadura Mágica. Estamos abrindo novos caminhos aqui e Cliff está lutando com algumas das teorias envolvidas. Estou tentando fazer as coisas o mais rápido que posso, mas acho que vai levar mais uns seis meses ou mais…

— Cliff já deve ser capaz de desenhar círculos mágicos para fortalecer as rochas. Você deve se concentrar apenas em fazer as juntas e a carapaça externa, pois isso precisa ser o mais resistente possível. Além disso, quando estiver projetando os círculos mágicos para o torso, certifique-se de usar o Método Alastair em vez do Sistema de Vento. Isso deve ajudá-lo a superar as partes difíceis.

Uh… é sério?

— Diga a Zanoba que você quer que a coisa seja um pouco mais volumosa também. Queimará mais mana dessa maneira, mas te permitirá colocar mais círculos mágicos embaixo dos círculos principais. Desenhe-os na camada inferior para reparar os mais importantes, caso sejam danificados. Isso deve permitir que continue se movendo, mesmo que a coisa esteja meio destruída.

Huh? Espera. Não sabia que você era especialista nessas coisas.

— Bem, eu sou o Deus-Homem, sabe?! Estou familiarizado o suficiente com a armadura do Deus Lutador para lhe dar algumas dicas.

Sabe, isso me lembra… As pessoas do mundo o chamam de Deus dos Homens, não é? Há algum significado nisso?

— Deus dos Homens é algo como um apelido meu, suponho. Por algum motivo ele só pegou, acho! Deus-Homem é meu nome próprio.

Por que sinto que está mentindo para mim mais uma vez? Não que realmente me importe muito com o seu nome… Mais importante, acha que posso vencer? Digamos que eu construa a Armadura Mágica, monte uma armadilha e lance um ataque furtivo. Tenho uma chance?

— Ooh, boa pergunta… quero dizer, você tem tanta mana quanto Laplace para trabalhar, certo? Se for com tudo, aposto que vai dar uma boa luta.

Isso não é super reconfortante. Importa-se de ser menos vago? Não me importaria se me desse mais algumas dicas sobre estratégia…

— Tudo bem então. Arranje alguns implementos mágicos, do tipo que disparam um feitiço ofensivo quando os alimenta com mana. Não deve ser muito difícil encontrá-los em Sharia, certo? Eles são projetados para consumir pouco, a fim de que pessoas comuns também possam usá-los, mas é fácil modificá-los para que usem mais mana… assim como aquela sua prótese Zaliff. Faça alguns realmente poderosos, do tipo que só você poderia usar. Assim terá alguns novos ataques para o seu arsenal e uma maneira de contornar o Atrapalhar Magia.

Ah. Uau. Tenho que admitir, você está me dando alguns conselhos realmente detalhados para variar.

— Bem, você está se jogando nisso com mais entusiasmo do que eu esperava. Por que não ajudaria? Realmente quero Orsted morto, sabe?!

Não consigo afastar a sensação de que há mais do que isso. Até onde sei, se eu projetar a Armadura Mágica de acordo com suas instruções, ela explodirá no momento em que tentar ativá-la.

— A vida de quem gostaria de apostar nessa teoria intrigante? Vá em frente, escolha: Aisha, Norn, Lilia ou Zenith?

Tch…

— Como já te disse, não consigo ver o futuro de Orsted. Isso significa que também não posso ver o resultado de sua batalha. Não sei o que vai acontecer com você.

Ok. E isso significa que não tem certeza se vou perder, certo?

— Exatamente.

A propósito… se não consegue ver o futuro de Orsted, como sabe que ele vai unir forças com meus descendentes no futuro?

— Não consigo ver o próprio homem, mas certamente consigo ver meu próprio futuro. Envolve seus descendentes, algum homem que não reconheço e Orsted me cercando.

Você pode ver qualquer coisa que vá experimentar pessoalmente, hein? Então, o que acontece depois que eles aparecem? Eles apenas bateram em você ou o quê?

— Sim. Eles me matam brutalmente. Não sou muito bom em luta.

Hmm… Escuta, por que Orsted está atrás de você, afinal? Tem certeza de que não fez nada indescritivelmente cruel com ele?

— Ah, quem sabe. Não me lembro de ter feito nada com ele especificamente, pelo menos.

Ou você não quer me dizer, ou realmente não sabe. Acho que não importa qual das duas. Não é como se eu pudesse confiar em qualquer coisa que você me diga, de qualquer maneira. Você mente constantemente.

— Isso é um pouco injusto. A única mentira maliciosa que já te contei foi aquela mentirinha sobre o porão, sabe?

Todos os seus conselhos até então estavam apenas preparando as bases para aquele momento, certo?

— Sim, verdade! Mas sabe, se você não tivesse engravidado Roxy, eu não precisaria fazer isso.

Por que diabos não me disse para não ter um filho com ela, então?! Por que teve que fazer isso tão complicado?!

— Não teria funcionado. Não importa o que eu dissesse, você a teria engravidado. Era assim que tinha que ser, eu acho. Não importa quantas vezes ajustei e cutuquei o futuro, ele simplesmente não queria mudar…

Talvez sim, mas poderia ter pelo menos… Agh. Deixa pra lá. Desculpe por gritar com você. No final, me casei com Roxy e a engravidei. Agora que penso nisso, algumas das coisas que fiz para acabar aqui me pareceram um pouco estranhas. Fora do normal, até. Acho que é assim que essa coisa do destino funciona, até entendo a razão de querer mudar isso.

Farei o que você quiser, Deus-Homem. Seguirei suas ordens e matarei Orsted, mas antes de fazer isso, há algo que preciso dizer a você.

— O que é?

Quando Orsted estiver morto, quero que me deixe em paz pelo resto da vida. Não se meta com a minha família também. Por favor, quero que me prometa isso.

— Como é? Hmm. E eu aqui pensando que você não confiava mais nas minhas promessas.

Não confio. É claro que não… mas tenho de acreditar que você não está mentindo sobre isso. Se não vai me deixar em paz, não importa o que aconteça, talvez eu me junte a Orsted e comece a trabalhar contra você.

— Ah, vá em frente. Não posso te matar, é claro, e também não posso matar ele, mas você não vai querer ver o que posso fazer. Descobrirá exatamente o que significa fazer de mim um inimigo.

Você pode estar blefando agora. Talvez me ameaçar seja o melhor que você tem. Quero dizer, teve que me manipular por anos antes que pudesse me fazer cometer um pequeno erro… Pelo que sei, pode estar bancando o durão por estar apavorado de me ter como inimigo.

— Por favor. Você tem um destino muito forte, então estava apenas tentando cortar o mal pela raiz o mais sutilmente possível… Ah, esqueça. Não é como se você fosse acreditar em qualquer coisa que eu dissesse, não é? Vá em frente, me subestime o quanto quiser. Tchau! Pode viver para se arrepender disso.

Ah não. Me desculpe. Retiro o que eu disse. Me dê um tempo aqui. Olha, tudo que eu quero é uma garantia. Você diz que vai matar minha família se eu perder para Orsted, mas mesmo se eu vencer, parece bem possível que você volte atrás e os mate de qualquer maneira. Isso não é muito bom para minha motivação, sabe? Preciso saber se há algum benefício em fazer isso.

— Suspiro. Suponho que esteja certo. Aqui vai, então: Em nome do Deus-Homem, juro honrar minha promessa. Depois de derrotar Orsted, não terei nada para me preocupar, o que significa que não precisarei incomodá-lo nunca mais. Não vou falar, assediar ou tentar prejudicar você, suas esposas, sua mãe, suas irmãs, seus descendentes ou seus animais de estimação.

Você realmente pretende jurar isso, certo? Vou confiar em você.

— Certo. Se quiser, estou até disposto a oferecer um pequeno conselho útil se sua família se encontrar em uma crise.

Já tive o suficiente de seus conselhos para uma vida inteira, obrigado.

— Ah é? Bem, boa sorte com Orsted.

Com aquelas palavras finais ecoando em meus ouvidos, me senti afundar na inconsciência.

 

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 Mais um mês voou.

A construção da Armadura Mágica estava indo bem. Seguindo a recomendação do Deus-Homem, nós a tornamos maior do que eu pretendia originalmente. A coisa tinha uns bons três metros de altura… cerca da metade do tamanho de um Aura Battle,pensando bem. A Armadura Mágica descrita no diário do meu eu do futuro era mais como uma armadura volumosa padrão. Esta versão seria significativamente maior. Aumentar seu tamanho nos levou a várias descobertas: além de ser mais fácil projetar dessa maneira, também poderíamos aumentar sua durabilidade.

O conselho do Deus-Homem tinha sido completamente útil, em outras palavras.

Quando transmiti suas outras sugestões a Cliff, seus olhos brilharam de compreensão e imediatamente se lançou ao trabalho com o vigor redobrado. Em pouco tempo, ele resolveu os problemas mais difíceis com os quais estava lutando. Esperava que o projeto levasse pelo menos meio ano, mas nosso progresso foi acelerado significativamente.

Nesse ritmo, terminaríamos em cerca de mais um mês. Ao todo, o trabalho duraria apenas três meses depois de termos começado. Sob quaisquer outras circunstâncias, eu poderia estar imensamente grato ao Deus-Homem.

Era irônico, de certa forma. Meu eu do futuro havia criado a Armadura Mágica para matá-lo, mas agora foi ele quem nos ajudou a criá-la… Quando pensei nisso dessa forma, não pude deixar de me perguntar se ele realmente estava tramando algo desonesto aqui, mas Cliff e Zanoba foram os que realmente fizeram a coisa. Confiei neles completamente.

Também tinha caçado os implementos mágicos que o Deus-Homem tinha mencionado. Roxy me ajudou com isso.

Encontramos o que procurávamos bem rápido. Os implementos em questão eram pequenas varinhas, ativadas pela palavra “Fogo”, que lançavam feitiços ofensivos de nível Iniciante em seu alvo. Eram um produto bem popular e acessível e não eram realmente poderosas. Às vezes encontraria Ladrões sem outros ataques à distância carregando-as.

Em suma, o Deus-Homem disse que se modificássemos isso para que elas pudessem suportar minha produção de mana, seria possível fazê-las disparar um tipo do feitiço Canhão de Pedra que eu costumava usar em batalha.

Enquanto considerava isso, uma ideia interessante surgiu em minha mente. Enquanto modificávamos o poder delas, e se também fizéssemos ajustes para que elas pudessem disparar um fluxo contínuo de feitiços enquanto continuassem a receber mana? E se eu juntar dez ou mais delas juntas? Teria uma espécie de metralhadora, capaz de bombear um fluxo constante de projéteis mortais.

Quando mencionei a ideia para Roxy, ela assentiu com uma expressão neutra no rosto.

— Seus feitiços são muito potentes, mas você só pode disparar um de cada vez. Esta pode ser uma maneira de contornar essa limitação. Felizmente, encontrei recentemente um excelente criador de implementos mágicos. Vamos ver se eles aceitam o trabalho.

Nesse mesmo dia, Roxy marcou um encontro com seu conhecido. Fiquei um pouco surpreso quando ela se revelou uma elfa. Não havia muitos de sua raça em Sharia. Elfos têm rostos bonitos como regra geral, mas o dela estava coberto de fuligem e suas unhas estavam pretas de sujeira. Ela era claramente dedicada ao seu trabalho.

Quando expliquei minha ideia, seus olhos se arregalaram de surpresa. — Ah, tem certeza disso? Se eu fizer essa coisa como você descreveu, cada tiro vai consumir muita mana. Pode drenar você até a morte se não for cuidadoso.

Nem tinha considerado a ideia. Era isso que o Deus-Homem tinha em mente quando sugeriu isso? Canhão de Pedra não consumia muita mana, mas essa coisa seria capaz de disparar dezenas de milhares deles em um único dia…

Não poderia me preocupar muito com isso, no entanto. Se eu ficasse sem mana antes de matar Orsted, estaria morto de qualquer maneira. E precisava me esforçar até o limite se quisesse ter uma chance contra ele.

— Isso não será um problema. Por favor, faça exatamente como descrevi.

A elfa deu de ombros, mas aceitou o trabalho mesmo assim. Eu teria minha arma de curto alcance. Agora só tinha que rezar para que fosse capaz de causar danos em Orsted.

— Rudy…

No caminho de volta da oficina, Roxy puxou conversa.

Ela disse: — Não sei com quem você está planejando lutar, mas realmente precisa de uma arma como essa para derrotá-lo?

— Não não. Tenho certeza de que ficarei bem de qualquer maneira.

Só estava tentando ser reconfortante, é claro. Não funcionou. Roxy estreitou os olhos e fez beicinho em desagrado. — Você costumava ser um garoto tão honesto e doce, Rudy, mas ultimamente tudo que tem feito é mentir e esconder coisas de mim.

As palavras doeram bastante. Entretanto, para ser justo, também menti e iludi muitas vezes, mesmo quando era criança.

— Desculpa, Roxy…

— Ah, tudo bem. Também estou escondendo algo de você, afinal. No entanto, Rudy… pelo menos estou discutindo esse assunto com pessoas em quem posso confiar. Não estou dizendo que precisa ser eu, mas espero que esteja confiando em alguém. Não está tentando enfrentar isso sozinho, está?

— Não. Não se preocupe. Eu ficarei bem.

Tinha uma boa ideia de qual era o segredo de Roxy. Ultimamente, ela não estava me deixando fazer nada muito… ativo no quarto. Foi, em partes, porque eu não estava pedindo, mas notei que ela estava me afastando ativamente da sugestão. Tendo em vista o que li no diário, ela provavelmente estava começando a suspeitar que estava grávida. Ainda não estava com enjoos matinais, pelo que sabia, mas notei que seu paladar parecia estar mudando.

Quando ela estava planejando dar a notícia? Talvez estivesse esperando pelo segundo trimestre… ou talvez planejasse ficar quieta até que eu lidasse com minha missão atual.

De qualquer forma, não pude deixar de torcer para que me contasse antes da minha luta contra Orsted. Dessa forma, poderíamos ter uma grande festa para comemorar.

Pode ser minha última chance de ter uma.

 No dia seguinte, fiz uma visita a Nanahoshi.

Meio que esperava ser impedido de entrar na fortaleza flutuante, mas me deixaram entrar com uma facilidade surpreendente. Dado o quanto ele estava com medo de Orsted, Perugius estava sendo bastante tolerante comigo.

Acabei perguntando a Sylvaril sobre isso e recebi uma resposta imediata.

— Meio que pensei que não me deixariam entrar depois da última vez, sabe?

— Lorde Perugius sempre mostra grande compaixão por aqueles que vão para a morte. Ele não tem nenhuma objeção a você se despedir da Srta. Nanahoshi.

Aparentemente, eles já estavam convencidos de que eu iria perder. E também morrer. Estava sendo autorizado a entrar no castelo como um ato de caridade.

Não estava reclamando, é claro. Era melhor do que ser barrado na porta.

Encontrei Nanahoshi muito mais animada do que antes. Alguém trouxe alguns de seus pertences da Universidade para cá, então seu quarto estava um pouco menos vazio também. A estatueta de Ruijerd sentada no parapeito da janela foi presumivelmente um presente de Zanoba e a pequena cruz decorativa ao lado deve ter vindo de Cliff. Isso foi atencioso da parte dele. Nunca é demais ter algo para orar quando você está lutando. Nunca tive muito interesse em deuses ou relíquias em minha vida anterior, mas minhas opiniões sobre o assunto… evoluíram um pouco.

— Então, basicamente, meus preparativos estão indo muito bem. Acho que é hora de falar sobre como vamos atraí-lo para mim.

— Tudo bem, mas primeiro, como tenho certeza que já sabe, Orsted é extremamente poderoso.

— Eu sei.

— Ele também é implacável. Não tenho certeza de como escolhe seus alvos, mas quando ele pretende matar alguém, não hesita.

— …

— Passei vários anos viajando com ele e nunca o vi suar em batalha. Ele mata dragões gigantes em um único…

— Poderia parar de tentar me assustar, Nanahoshi?

— Sinto muito, mas, sendo bem honesta, quero que reconsidere isso. É loucura, pura e simplesmente…

— Veja…

— Eu sei, eu sei. Sinto muito.

Bem, agora ela me fez sentir ainda mais ansioso do que antes. Eu realmente tinha uma chance de ganhar aqui?

— O que estou tentando dizer é: não recomendo enfrentá-lo de frente.

— Certo. Claro. Não consigo me ver vencendo ele em uma luta justa, não importa o quanto eu aumente minha força e velocidade.

— Se eu fosse você, o atrairia para um local específico e depois o atacaria com sua magia à distância… enquanto me mantenho escondida, é claro.

— Hmm. Mais alguma coisa vem à mente?

— Vamos ver… Ah.

— O quê? Você pensou em alguma coisa?

— Quase prefiro não dizer… mas decidi ajudá-lo, eu suponho.

— Certo…

Nanahoshi engoliu em seco antes de continuar. — Envenená-lo também pode funcionar.

Veneno, hein…

A magia de desintoxicação poderia lidar com uma ampla gama de toxinas, mas havia certas doenças e venenos que nenhum feitiço conhecido poderia neutralizar. Era difícil saber o quão eficaz a maioria deles seria contra um monstro como Orsted, é claro… mas tinha que haver algo lá fora que pudesse prejudicá-lo. Talvez Ariel pudesse me arranjar algo adequado. Tinha a sensação de que todos na família real Asurana eram bem versados nesse tipo de coisa.

— Ok. Então armo uma armadilha, o enveneno e depois ataco a distância… Ah, certo. Nanahoshi, posso te usar como refém?

— Uma refém…? Suponho que sim. No entanto, não tenho certeza do quão preocupado Orsted estaria com minha segurança.

— Sim, esse é um bom ponto… Também não queremos que ele descubra que está trabalhando comigo. Não há razão para colocar seu pescoço na corda também…

— A-ah. Certo. Nem tinha pensado nisso.

Hum, sim. Não vamos fazer a coisa dos reféns.

O Deus-Homem estava usando minha família como reféns no momento. Eu sabia que era uma maneira altamente eficaz de manipular alguém, mas também era uma ótima maneira de deixá-los furiosos e altamente motivados. Isso poderia seriamente sair pela culatra contra você na batalha.

— Alguma outra ideia, Nanahoshi?

— Hmm, eu não sei… Você leu muito mangá no Japão? Havia muitos inimigos poderosos neles, certo?

— Não acho que essas estratégias serão muito úteis aqui…

Nós dois conversamos por mais algum tempo, tentando pensar em algumas ideias um tanto promissoras. Todas, sem exceção, eram truques sorrateiros e dissimulados. Era difícil imaginá-los fazendo alguma coisa contra alguém tão formidável quanto Orsted.

Por outro lado, mesmo as técnicas mais mortais são apenas uma combinação de pequenas manobras tortuosas. Precisava acreditar que conseguiria alguns resultados com tudo isso.

— Bem, uhm… boa sorte, Rudeus.

— Obrigado.

— Tente voltar vivo, sim? Acho que nunca vou chegar em casa sem a sua ajuda.

Quando saí do quarto de Nanahoshi, tínhamos elaborado nosso plano para atrair Orsted para mim.

Em seguida, fui até a Ariel para obter ajuda.

Quando expliquei que queria venenos que nenhum feitiço pudesse neutralizar, ela fez uma careta abertamente, mas mesmo assim, me apresentou a uma organização do submundo local com a qual ela estava em boas relações.

Esse grupo era maior e mais sofisticado do que um bando típico de bandidos; havia se tornado algo mais parecido com uma gangue ou uma família mafiosa. O contrabando de drogas era seu principal negócio, mas também fabricavam e vendiam uma variedade de venenos.

Quando entrei em contato, me encaminharam para uma casa em ruínas em um canto tranquilo de Sharia, onde fui escoltado para uma sala específica no porão. O ar estava espesso com a fumaça perfumada.

Meu contato, um homem caolho, já me esperava lá dentro.

— Olá, Sr. Greyrat. Prazer em conhecê-lo.

Não tinha me apresentado, mas o homem claramente sabia quem eu era. Com um sorriso grande e grosseiro, ele foi direto ao assunto.

— Então me diga, o que posso fazer por você hoje? Quer fazê-los realmente sofrer por um tempo, ou apenas desmaiarem de imediato? Talvez algo para fazer as pernas ficarem dormentes ou inchar a língua de algum mago? Tenho uma poção que pode deixar qualquer mulher louca também. Perfeito para quando as coisas começam a ficar um pouco frias!

Com base nesse discurso, seu inventário variou de venenos a anestésicos e afrodisíacos. Isso me servia perfeitamente.

— Vou levar tudo o que você tem.

— Ah, tudo? Bem, não estou reclamando, mas isso vai ficar um pouco caro…

— Por mim, tudo bem.

— Uau. Está bem então! Acho que você realmente quer alguém morto… Ah, e aquele afrodisíaco? Quer esse também?

— Bem…

Um pensamento passou pela minha mente: E se Orsted for imune a venenos?

Matá-lo com um veneno que nenhum feitiço poderia curar era uma ideia bastante simples. Qualquer um poderia ter pensado nisso. E Orsted foi amaldiçoado a ser odiado por todos que encontrou. Parecia provável que tivesse algumas contramedidas contra esse tipo de coisa. Talvez ele fosse naturalmente resistente… ou talvez tivesse algum tipo de poção milagrosa que pudesse purgar quaisquer toxinas de seu organismo.

— Sim, vou levar isso também.

— Hehehehehe! Muito bem. Quer ver aquela sua belezinha fria e recatada derreter em uma poça, hein?

— Minha esposa é doce como uma gatinha na cama, na verdade.

— É sério? Estamos falando de Fitz Silencioso, certo? Sendo sincero é meio difícil de acreditar!

Não tinha nenhuma razão real para acreditar que um afrodisíaco funcionaria em Orsted se o veneno não funcionasse, mas não faria mal tentar. Qualquer coisa que pudesse afetá-lo ou distraí-lo valia a pena empreender.

Com esse pensamento em mente, comprei tudo o que o homem tinha a oferecer.

Entre todos os meus outros preparativos, também reservei um tempo para explorar campos de batalha em potencial.

Pretendia lutar com ele sozinho, sem mais ninguém por perto. Isso significava sair da cidade, é claro. Tinha que ser um local fora dos muros de Sharia, onde provavelmente ninguém iria e que oferecia oportunidades para montar armadilhas. Fiz algumas pesquisas sobre potenciais candidatos na Guilda dos Aventureiros; e quando encontrei um lugar que parecia adequado, saí para estudá-lo pessoalmente.

Também pedi a Elinalise que me apresentasse a um aventureiro conhecido dela, que me deu palestras detalhadas sobre como montar e criar armadilhas. O aventureiro em questão era aparentemente um ex-assassino, com conhecimento de muitas técnicas diferentes para atrair pessoas para a morte. Muitas dessas armadilhas exploravam as fraquezas da psicologia humana de maneiras diabolicamente inteligentes. Tenho alguma experiência prática com alguns exemplos. Mesmo sabendo o que esperar, ainda assim acabei tropeçando nelas. Pessoalmente, não estava convencido de que Orsted cairia em nenhuma delas, mas elas ainda me dariam alguma vantagem.

Em uma nota diferente, Elinalise me deu algumas lições pessoais sobre combate a curta distância. Ela era uma especialista em lutar na linha de frente de um grupo e mesmo que eu não dissesse que ela era tão forte em um duelo mano a mano, ela estava viva por muitos anos e tinha uma riqueza de experiência prática. Em seu tempo como aventureira enfrentou oponentes mais poderosos do que ela em várias ocasiões. E apesar de suas capacidades físicas relativamente medianas, saiu viva em todas as vezes. Isso tornava seu conhecimento valioso.

Nesse sentido, era uma pena eu não ter ideia de onde encontrar Ruijerd, considerando tudo o que ele passou… mas não havia sentido em insistir nisso, realmente. Perugius também não ajudaria. Eu só teria que administrar.

Ao longo dessas lições e sessões de estratégia, tentei ao máximo visualizar como me movimentaria e lutaria dentro da Armadura Mágica.

Meu método básico de ataque seria uma enxurrada constante de feitiços de Canhão de Pedra, disparados dos numerosos implementos mágicos montados em minha armadura. Eu provavelmente gostaria de estar me movendo para trás, na maior parte do tempo. Mantendo uma barragem constante de tiros, também poderia desacelerar Orsted com feitiços como Atoleiro e Névoa Profunda. E se ele eventualmente escorregasse, estaria pronto para me aproveitar disso.

Isso parecia bastante simples. Simples era bom.

 Finalmente, deslacrei o porão e rezei em meu altar pela vitória na próxima batalha.

Dois meses se passaram desde que matei aquele camundongo doente. Se as palavras do meu eu do futuro pudessem ser confiáveis, o vírus ou germe que causou a Síndrome de Petrificação estaria morto há muito tempo. Ainda assim, pedi a Roxy que não entrasse no porão por enquanto, e exigi que qualquer um que o fizesse lavasse as mãos e enxaguasse a boca imediatamente depois. Foi mais para minha própria paz de espírito do que qualquer outra coisa.

Como eu já estava aqui, decidi dar uma olhada e ver se encontrava alguma coisa que pudesse ser útil contra Orsted.

Os itens mágicos no porão eram principalmente lixo. Eles também foram congelados pelo meu Nova Congelante há dois meses, mas isso aparentemente não os danificou. Todos pareciam funcionar como antes. Tínhamos um chapéu que jogava água em sua cabeça quando tentava tirá-lo; um capacete com uma gema montada na frente que brilhava como uma lanterna quando o colocava; uma caixinha que soltava nuvens de fumaça quando a abria; uma espada curta com uma lâmina que se transformava em borracha quando tentasse esfaquear alguma coisa; um par de sapatos que exalava um odor fétido toda vez que pisasse neles… etc., etc.

Os joguei no porão por via das dúvidas, mas não via como qualquer um deles poderia ser útil, a não ser como adereços para algum tipo de performance de rua. Talvez aquela caixinha pudesse fornecer uma cortina de fumaça, pelo menos. Teoricamente. Seria bom substituir de alguma forma todos os equipamentos de Orsted por essas coisas estúpidas, mas não conseguia ver como conseguiria fazer isso. Além disso, ele provavelmente os tiraria.

De toda forma, peguei alguns deles aleatoriamente. Nunca se sabe o que poderia vir a ser útil.

Antes de sair do porão, voltei ao meu altar e fiz outra oração silenciosa pela vitória na batalha.

É sempre melhor pedir duas vezes para as coisas realmente importantes.

Todos os meus preparativos estavam se encaixando. E, no entanto, a sensação persistente de ansiedade no fundo da minha mente nunca desapareceu completamente. Nem por um momento.


 

Tradução: Nero

Revisão: Guilherme

 

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