Marcha Mortal à Rapsódia do Mundo Paralelo – Vol 04 – Cap. 03.3 – Floresta dos Gigantes

Virei meu cavalo para o lado e estendi a mão também, mas não senti nada.

Quando olhei por um momento para o local em que todos estavam batendo, apareceu um display de RA indicando Barreiras da Árvore da  Montanha.

Provavelmente era o mesmo tipo de barreira que eu encontrei na fronteira da Floresta das Ilusões.

Mas o que era “Árvore de montanha”?

Chegamos ao lugar errado …?

Quando movi meu cavalo para frente, tive uma leve sensação de desconforto, mas fui capaz de avançar sem resistência.

Um vento morno fez cócegas na minha bochecha, mas eu mal notei isso em comparação com a árvore extraordinariamente enorme que tinha aparecido de repente à distância.

Perguntando-me se eu tinha sido teletransportado, olhei por cima do ombro para ver os outros todos gesticulando loucamente e abrindo e fechando suas bocas. Elas pareciam desesperadas, então muito provavelmente estavam seriamente preocupadas comigo, não apenas brincando.

A barreira deve ter bloqueado suas vozes.

Eu também não tinha conseguido ver aquela árvore gigante do outro lado, então talvez ela pudesse bloquear imagens também.

Por enquanto, selecionei Pesquisar Mapa Inteiro no menu mágico para adquirir informações sobre a área além da barreira, então voltei para o outro lado.

— Não desapareça assim! Você nos deu um susto!

Arisa assumiu a liderança e me castigou por preocupá-las.

Eu estava grato por elas terem se preocupado comigo, mas era mais importante determinar se a área do outro lado da barreira era segura.

Enquanto as garotas riam de mim, eu comecei a investigar as informações que eu havia obtido.

Primeiramente, descobri através do meu menu que a grande árvore além da barreira se chamava Árvore da Montanha. Ele parecia ter o mesmo tamanho do Berço onde Mia havia sido sequestrada.

E a aldeia dos gigantes da floresta, onde eu deveria entregar a carta, ficava ao pé daquela árvore.

A população da área estava concentrada na aldeia dos gigantes da floresta. Havia apenas dez deles no total, o mais forte dos quais era o de nível 39. O nível médio era 31.

Havia outros gigantes além dos gigantes da floresta também.

Havia uma outra raça chamada de pequenos gigantes, que ficavam em média em torno do nível 20. O nome parecia um pouco contraditório, mas eu assumi que eles eram apenas pequenos para os padrões gigantescos. Havia cerca de cento e vinte deles.

Também havia quase mil semi-humanos de diversas raças vivendo aqui. Cerca de 40 por cento eram povo-pássaros, 50 por cento eram vários tipos diferentes do povo-feras em geral e os 10 por cento restantes eram do povo das fadas.

Os povos das fadas eram principalmente brownies, gnomos e spriggans, mas havia três kobolds também. Eu não tinha chegado a ver os do condado de Kuhanou, então eu teria adorado conhecer um desta vez.

Havia muitas criaturas míticas dentro da barreira também.

Havia vários rebanhos de unicórnios, além de algumas criaturas chamadas gjallarhorns. A Espada Sagrada com o mesmo nome foi provavelmente moldada a partir destas criaturas, ou feita a partir delas.

Havia mais criaturas vivendo no topo da grande árvore, incluindo vários pardais anciãos como aquele que a bruxa tinha montado.

De qualquer forma, não parecia haver nenhuma criatura perigosa com um nível alto o suficiente para representar uma ameaça mortal para as crianças, o que foi um alívio.

Uma vez que confirmei que era seguro, todos nós nos movemos para o lado oposto da barreira.

Por alguma razão, os outros puderam passar normalmente se eu os guiasse com as minhas mãos.

Eu estava preocupado que Mia ficasse chateada quando visse a Árvore da Montanha, mas ela não deve ter visto o Berço de fora na maior parte. Ela não reagiu.

— Quem é você realmente, Sa … Você?

A senhorita Karina me observou seriamente. Como de costume, ela estava com vergonha de dizer meu nome.

— A barreira pode ter me deixado passar porque eu tenho uma carta para um dos gigantes da vila.

Evitei sua pergunta com uma resposta arbitrária, mas também não tinha certeza de por que fui capaz de passar pela barreira.

Em vez de me preocupar com algo que não entendia, era melhor descobrir que caminho deveríamos seguir.

O vilarejo ficava a cerca de 19 quilômetros de distância em linha reta, de modo que a cavalgada levaria apenas um ou dois dias.

De repente, uma figura humana verde emergiu de uma das velhas árvores à nossa frente.

— Oh? Bem, se não é assim tão humano.

— Ei. Obrigado pela sua ajuda antes.

A figura que tinha aparecido foi a dríade que me ajudou a locomover-me no Berço.

Ela estava acenando para mim, então me aproximei. Como antes, ela estava nua, mas eu não me importei, já que não me interesso por garotinhas.

— Mrrr, vai-te embora. Mia passou entre a menina e eu, estendendo suas mãos como se fosse para me proteger. “Drenar”. Ela deu um aviso monossilábico.

Provavelmente, ela estava tentando dizer que a dríade absorveria muito da minha magia.

— Minha nossa. Não seja rude, criança.

Criança estava provavelmente se referindo à Mia. Afinal, ela tinha o título de Criança de Bolenan.

Descansei a mão na cabeça da Mia, depois falei com a dríade.

— Então, você precisa de algo?

— Sim, o chefe dos gigantes da floresta me pediu que descobrisse quem invadiu a barreira. Mas se for você, tenho certeza de que posso levá-lo até a aldeia. A criança ali também pode vir.

Eu não me importava de ir sozinho, mas se eu deixasse as outras crianças aqui, elas provavelmente se perderiam. Elas não seriam capazes de alcançar a aldeia dos gigantes da floresta.

Eu não sabia como eram os gigantes da floresta, mas como eles eram amigos da bondosa velha bruxa, provavelmente era muito seguro confiar neles.

— Espere um minuto. Você se importaria de levar todos nós lá?

— Claro, claro. Mas eu não tenho poder mágico suficiente para isso, então você terá que me dar um pouco do seu.

Sem esperar pela minha resposta, a dríade colocou suas mãos sobre minhas bochechas, colocou seus lábios nos meus, e começou a absorver minha magia.

Como desta vez haviam crianças observando, eu intencionalmente ajudei a passar a magia.

Isto teve o efeito desejado, pois o dryad soltou minha boca após apenas alguns segundos.

— Você ficou melhor nisso, humano.

Sua observação soou como um elogio a um oponente digno, mas, na realidade, estávamos apenas transferindo magia.

Então eu agradeceria se você tirasse seu punho da boca e parasse de me encarar, obrigado. Não me batam no estômago ou me dêem olhares ciumentos também!

— Tudo bem, aqui vai!

Com isso, cogumelos surgiram do solo para nos cercar, liberando esporos que brilhavam com um verde pálido.

— Um anel de fadas.

Assim como Mia resmungou um tanto nostalgicamente, fomos teletransportados para longe.

— Dríade Quem você trouxe aqui ?!

A dríade enfrentou um interrogatório estridente assim que chegamos.

Não há como um gigante da floresta soar assim, pensei enquanto olhava para cima. Acima, vi um grupo de gigantes da floresta tão alto quanto edifícios, mas em uma bancada ao lado de suas cadeiras estava um pequeno velhinho pulando para cima e para baixo. De acordo com meu display de RA, o homenzinho era um brownie.

Meu mapa me informou que agora estávamos em um corredor localizado em uma cavidade perto da base da Árvore da Montanha.

O corredor tinha cerca de vinte metros de altura e seu raio de cerca de cento e quinze metros. As paredes eram a madeira nua da árvore, e uma lâmpada perto do teto brilhava com uma suave luz branca.

Os gigantes, tão altos quanto pequenas montanhas, estavam sentados em enormes cadeiras instaladas diretamente nas paredes de madeira.

Talvez por estarem tão alto de onde estávamos, seus rostos estavam sombreados, tornando suas expressões difíceis de ler. Eles estavam tão quietos que seria fácil confundi-los com estátuas.

— Responda-me, dríade!

— Eles são humanos.

— Não é isso que estou dizendo. Estou perguntando quem são eles!

— Ah, não sei. Além disso, não vou ouvir ninguém, exceto aquele garoto Stonehammer. Ele é o mestre desta fonte de mana.

— BOH-YAH, MEEROH.

Um dos gigantes murmurou algo para a dríade e meu corpo estremeceu com as vibrações. Sua voz era incrivelmente profunda.

Eu não tinha ideia do que ele disse, no entanto. Tudo o que pude perceber foi que as palavras do gigante soaram um tanto Élficas.

Talvez a língua deles estivesse relacionada.

 

> Habilidade adquirida: “Linguagem gigante”

 

Ah, então ele estava falando a linguagem comum dos gigantes, não uma linguagem específica para os gigantes da floresta.

Eu fui em frente e aumentei o nível de habilidade para cinco para poder entender suas palavras.

O gigante olhou para baixo e abriu sua boca, e o grave ressoou em meu estômago enquanto sua voz grave enchia o salão. Ele estava voltado para este lado agora, então reverberou ainda mais fortemente do que antes.

— QUEM É VOCÊ? QUAL É O SEU PROPÓSITO NESTA ALDEIA?

Quando o gigante terminou de falar, o brownie próximo foi traduzido para Shigan.

— EU SOU SATOU, UM COMERCIANTE VIAJANTE. A BRUXA DA FLORESTA DAS ILUSÕES ME PEDIU PARA ENTREGAR UMA CARTA PARA VOCÊS, POR ISSO EU VIM AQUI.

Com a ajuda de minha habilidade de “Amplificação”, eu lhe respondi na linguagem dos gigantes. Tive o cuidado de falar devagar para acompanhar a velocidade deles.

— E-isso era … linguagem gigante?

— Sim, Sir Satou parece ter bastante conhecimento.

— Meu Deus, há algo que ele não possa fazer?

Eu ouvi a Srta. Karina e Raka conversando atrás de mim.

As outras crianças também ficaram surpresas, mas suas reações não foram tão dramáticas quanto as da Srta. Karina.

— OH-HO, ENTÃO VOCÊ PODE NOS ENTENDER? QUE ESPLÊNDIDO. VAMOS VER ESTA CARTA DA BRUXA.

Assim como eu pensava, não importa em que mundo você esteja, falar a língua de um novo conhecido sempre dá uma boa impressão.

O gigante baixou sua enorme mão a uma velocidade pesada, como uma máquina pesada, e eu coloquei a carta na palma de sua mão.

Os caracteres provavelmente eram pequenos demais para ele ler, então ele colocou o brownie no ombro e pediu que a carta fosse lida em voz alta para ele. Como era uma carta pessoal, desliguei minha habilidade de “Audição Aprimorada” para não escutar.

Em pouco tempo, a carta foi terminada e o gigante da floresta olhou de volta na minha direção.

— PARECE QUE VOCÊ CHEGOU BEM LONGE. OBRIGADO, PEQUENA CRIANÇA, AMIGO DE MINHA VELHA AMIGA. MEU NOME É

Seu nome soou mais como uma canção. Ouvindo o ritmo suave, comecei a ficar sonolento.

Os nomes dos gigantes eram compostos de nomes de gerações de seus ancestrais, então isso durou mais de vinte minutos. Tama, Pochi e Nana começaram a cochilar, e eu dificilmente poderia culpá-las.

Seu nome estava escrito no display de RA, então eu não precisava realmente memorizá-lo, mas mesmo em linguagem humana ainda levaria mais de cinco minutos para dizer. O lendário Jugemu ficaria impressionado.

— …MAS ISSO PODE SER MUITO LONGO PARA VOCÊ DIZER FACILMENTE. VOCÊ PODE ME CHAMAR ‘STONEHAMMER’.

— OBRIGADO POR SUA AMÁVEL ACOLHIDA. UMA VEZ QUE JÁ DEI MEU NOME, POR FAVOR, PERMITA-ME APRESENTAR MEUS COMPANHEIROS.

— …Mia,

Eu trouxe Mia para frente, e ela murmurou seu nome brevemente, cobrindo os ouvidos com um olhar zangado no rosto.

Aparentemente, a voz alta e grave de Stonehammer havia machucado seus ouvidos.

— OH-HO, UM ELFO DA FLORESTA DE BOLENAN, VOCÊ É? NÃO DESDE QUE O SENHOR YUSARATOYA ME VISITOU HÁ CEM ANOS ATRÁS, EU VI SUA ESPÉCIE. PERMITA-ME DAR AS BOAS-VINDAS A VOCÊ EM NOME DE TODA A ALDEIA

O gigante estava se referindo ao gerente elfo do armazém geral da cidade de Seiryuu.

Ele também esteve aqui, hein?

Continuei a apresentar o resto do grupo. Tivemos alguns problemas com a última, Srta. Karina.

— M-meu nome é Karina Muno. Eu sou a segunda filha do Barão Muno—

— Muno, você diz! Então, um parente daquele marquês podre entrou em nossa aldeia para perder a cabeça ?!

O brownie ao lado dos gigantes ficou vermelho de raiva e interrompeu a apresentação da Srta. Karina. Esse cara explodiu com tudo.

A senhorita Karina se escondeu atrás de mim, não acostumada a ser o alvo de tamanha malícia.

Quando ela pressionou minhas costas, eu quase desmaiei de alegria.

Como agradecimento por essa bênção, achei que provavelmente deveria defendê-la. Eu teria que usar minha habilidade de “Dar Desculpas” ou minha habilidade raramente usada de “Mediação” aqui.

— SÓ UM MOMENTO, POR FAVOR!

Eu abri meus braços para defender a Srta. Karina enquanto ela se escondia atrás de mim.

— Satou …, eu a ouvi sussurrar. Eu tinha certeza de que era a primeira vez que ela me chamava pelo nome.

Assim encorajado, continuei a falar em voz alta e tensa.

— A FAMÍLIA DO MARQUÊS MUNO FOI DESTRUÍDA. SEU PAI SÓ HERDOU O NOME E NÃO TEM NENHUMA RELAÇÃO COM A CASA DO ANTIGO MARQUÊS.

Tentei defendê-la, mas o brownie indignado claramente se recusou a ouvir.

Talvez sob o efeito de minhas habilidades, Stonehammer parou o brownie para mim.

— JÁ BASTA.

— M-MAS…

— BASTA, EU DISSE.

Por ordem de seu senhor, o brownie mergulhou em um silêncio emburrado.

— PEQUENA CRIANÇA, SATOU. NÃO VOU PERGUNTAR POR QUE VOCÊ TROUXE UMA JOVEM MULHER COM O NOME DE MUNO PARA ESTA TERRA.

Desta vez, Stonehammer me encarou enquanto falava.

Atirar. A este ritmo, não havia como a senhorita Karina conseguir alcançar seu objetivo aqui.

No entanto, o gigante não terminou de falar.

— A CARTA DA BRUXA ESTABELECE QUE SEU OBJETIVO É VER TERRAS DESCONHECIDAS. PERMITAM-ME PREPARAR-LHES UM QUARTO NA MANSÃO DE UM DOS PEQUENOS GIGANTES DA NOSSA ALDEIA. É MEU AGRADECIMENTO A VOCÊ POR ENTREGAR A CARTA. POR FAVOR, SINTA-SE À VONTADE PARA DESCANSAR EM NOSSA VILA PELO TEMPO QUE DESEJAR.

Boa, Srta. Bruxa!

Lembrei-me da imagem da velha bruxa de perfil enquanto a elogiava com apreço em minha mente.

Uh-oh, vai ser ruim se ele disser que a Srta. Karina tem que sair sozinha. É melhor eu ter certeza.

— LORD STONEHAMMER, LAMENTO MUITO FAZER UM PEDIDO TÃO DESCARADO, MAS POSSO PEDIR SUA PERMISSÃO PARA QUE A MINHA AMIGA – A FILHA DO BARÃO MUNO – FIQUE TAMBÉM?

— …MUITO BEM. A JOVEM MULHER MUNO PODE PERMANECER COM VOCÊ.

Após uma breve pausa, Stonehammer deu sua permissão.

Esperançosamente agora a Srta. Karina seria capaz de negociar com Stonehammer e os outros gigantes durante nossa visita.

Mesmo que tivessem se passado apenas alguns dias, ela agora fazia parte do nosso grupo de viagem. Achei que poderia pelo menos tentar bolar um plano para ajudá-la entre os passeios turísticos.

—  VERDADEIRAMENTE AGRADECEMOS SUA GENEROSIDADE.

Agradeci profundamente a Stonehammer, depois saí do salão.

Fomos escoltados até uma sala ao lado do salão, onde esperávamos obedientemente que alguém da aldeia dos gigantes da floresta nos recebesse.

Liza se posicionou ao lado da porta como uma guardiã.

— Sir Satou, somos gratos por sua ajuda. Raka me agradeceu em nome da Srta. Karina.

A senhorita Karina parecia abalada pelo que deve ter sido sua primeira experiência como alvo de má vontade; seu rosto estava pálido enquanto murmurava seus agradecimentos.

Pochi e Tama sentaram-se de ambos os lados dela, olhando-a ansiosamente.

— Acho que não vai ser fácil, mas desejo-lhe sorte.

— Sim, eu não fazia ideia …

Arisa deu um tapinha no ombro da senhorita Karina de forma encorajadora.

— Não há nenhum benefício em ficar desanimada, eu aconselho. Se você tiver tempo para se sentir abatida, deve usá-lo para seguir em frente, eu recito.

— Isso mesmo, Lady Karina! Não há praticamente nada que não possa ser resolvido com uma refeição adequada e uma boa noite de sono.

Nana e Lulu também deram o melhor de si para animar a senhorita Karina. Pensando nisso, Arisa havia mencionado que Lulu havia sido tratada muito mal em sua cidade natal.

Em pouco tempo, um grupo de pequenos gigantes de três metros de altura veio nos cumprimentar com um palanquim para nos levar até a aldeia.

— Desculpe por tê-lo feito esperar, daho. Demorou algum tempo para preparar o palanquim, daho.

O aparente líder falou com uma estranha peculiaridade verbal quando os pequenos gigantes nos conduziam para fora da Árvore da Montanha.

Fora da árvore havia uma estrada que parecia uma trincheira para o vilarejo, que ficava a quase um quilômetro de distância. A aldeia estava a cerca de duas vezes mais longe do tronco do que a borda da copa da Árvore da Montanha.

Os galhos mais baixos cresciam cerca de 100 metros acima, mas as pontas pendiam quase até o chão. Algumas torres de terra foram estacionadas ali.

À distância, pude ver pequenos gigantes fazendo algum tipo de trabalho no topo da torre.

Aparentemente, eles estavam coletando frutos dos galhos da Árvore da Montanha.

Os frutos eram grandes o suficiente para que os pequenos gigantes os colhessem aos pares, então eles deviam ter um metro e oitenta ou dois de diâmetro.

Fora da trincheira, pude ver uma parede de terra com cerca de três metros de altura.

De acordo com o mapa, haviam várias destas paredes formando círculos concêntricos ao redor da Árvore da Montanha, em intervalos de cerca de 800 metros. Eles eram muito baixos para serem barreiras defensivas, e havia aberturas periódicas nelas.

Quando estávamos quase chegando ao vilarejo, ouvimos o som dos sinos de alarme.

— O que poderia ser?

— Uma fruta deve ter caído da Árvore da Montanha, daho, explicou o líder dos pequenos gigantes.

De fato, se uma fruta caísse de um ramo mais alto nos quase 1,5 km de altura da Árvore da Montanha, certamente poderia causar um desastre.

Portanto, as barreiras de terra não eram para afastar os inimigos, mas para defender-se contra a queda dos frutos.

Acima, vi algo sacudindo as folhas e os galhos da árvore ao cair. Ficava a cerca de setecentos metros daqui.

— A cobertura de defesa nos protegerá em breve, portanto, não se preocupe, daho.

Colocando nosso palanquim no chão, o líder se dirigiu a nós com uma voz calma.

Ao mesmo tempo em que ele falava, uma barreira transparente em forma de arco apareceu sobre as paredes da passagem. Foi provavelmente uma Barreira de Abrigo feita com Magia Fundamental.

Em seguida, uma fruta vermelha apareceu dos galhos.

Por causa de seu tamanho incomum, parecia estar caindo lentamente, mas na verdade, provavelmente estava descendo a uma velocidade considerável.

Como que para provar isso, a terra rugiu e tremeu quando a fruta atingiu o solo.

Arisa e Mia (que estavam sentadas em meus joelhos), Tama e Pochi (à minha esquerda e à minha direita), e até mesmo Lulu e a senhorita Karina (atrás de mim) todos agarrados aos meus braços.

Senti uma maciez maravilhosa de vários tamanhos pressionar minhas costas.

No entanto, a Srta. Karina deve ter invocado inconscientemente seu Aumento de Força ou algo assim. O aperto dela no meu braço meio que doeu.

Liza e Nana não perderam o ritmo, observando atentamente onde a fruta havia caído.

Mais alguns tremores se seguiram logo depois.

— Uh-oh, daho. Deve ser um saltador, daho.

Como não podíamos ver o que estava acontecendo muito bem da trincheira, ele provavelmente havia tirado sua conclusão dos repetidos terremotos.

A fruta espatifou a parede de terra em frente à aldeia e parou.

Mas, no momento seguinte, vimos a parede rachando, e a fruta rolou para dentro da aldeia.

— Oh meu Deus. Essa é a casa do general spriggan, daho. Todos nós vamos ter que ajudar com os reparos amanhã, daho.

Soou menos como um grande desastre e mais como um inconveniente que ocorre frequentemente.

O teto mágico de defesa acima de nós foi cancelado, e nosso palanquim foi levantado novamente, dando-nos uma visão das consequências.

Três haviam caído ao todo, dois deles parando na depressão que cavaram na terra.

Eu também pude ver muitos outros lugares onde os buracos haviam sido preenchidos.

— As frutas caem assim com muita frequência?

— Ah, não. Fora da época de colheita, geralmente não há mais de uma por mês, daho.

Então acho que um monte deles deve ter caído de uma só vez em um ponto…

— Normalmente, os pardais anciãos comem as frutas no topo da árvore, daho. Mas no último mês, mais ou menos, não tem havido tantos, por isso muita fruta madura tem caído, daho.

…ou não.

Os pardais anciãos eram pássaros gigantescos e redondos, como aquele que a bruxa da Floresta das Ilusões havia montado.

O que poderia ter causado a diminuição de seus números?

— Eu me lembro daqueles pássaros sendo bem grandes. Existe um predador perigoso por perto ou algo assim?

— Não mais, então não se preocupe, daho. Mas durante a lua nova mais recente, um bando de hidras passou pela barreira, daho. Muitos dos pardais foram comidos, daho, o líder dos pequenos gigantes respondeu tristemente.

Hidra de novo, hein? Poderosa e móbil. Essas pragas devem ser difíceis de se controlar.

— Os grandes gigantes da floresta as afastaram jogando frutas de casca dura nelas, mas várias pessoas foram atingidas pelo sopro venenoso das hidras, daho.

— Isso parece terrível.

Eu ficaria bem desde que matasse a coisa instantaneamente à distância para que não pudesse contra-atacar, mas se eu acabasse recebendo aquele bafo de veneno, aposto que lavar minhas roupas seria um grande problema depois. Pode até danificar as fibras e torná-las inutilizáveis.

— Foi, daho. Essa foi a primeira vez em trezentos anos em que estou vivo que fomos atacados por monstros, então eu realmente entrei em pânico, daho.

Talvez eu estivesse apenas sendo paranoico, mas me perguntei se o demônio havia provocado o bando de hidras a atacar a vila.

— Os Gigantes da floresta adultos foram curados por um antídoto dos gnomos, pelo menos, mas ainda há três crianças gigantes da floresta que estão acamadas por causa do veneno, daho.

O veneno ainda estava em seus sistemas um mês depois?

Tentei procurar gigantes da floresta no mapa.

Com certeza, três crianças gigantes da floresta tinham a condição de status Veneno/Hidra [Crônico]. Seus medidores HP estavam reduzidos a um terço ou quarto de seu valor original, e seus medidores mágicos e de resistência também estavam à beira do esgotamento.

— O antídoto não funciona em crianças?

— Bem… Ouvi dizer que eles só tinham material suficiente para o antídoto contra o veneno da cobra, por isso não foi muito eficaz, daho. Então agora um gigante da floresta, Lord Braidbeard, está fora caçando a hidra para que possamos fazer o antídoto verdadeiro, daho.

Ah! Deve ser o único gigante da floresta que encontrei quando procurei no mapa do baronato antes.

No momento, ele estava perto da barreira.

Uma busca de seus pertences revelou que ele tinha uma cabeça de hidra cortada, então ele deve ter sido capaz de manter os materiais do antídoto em segurança.

Eu também tinha um cadáver de hidra em meu Armazenamento, mas seria rude tornar seus esforços questionáveis pouco antes de seu retorno triunfante, então decidi guardar isso para mim mesmo.

O palanquim que carregava nosso grupo parou em frente à maior casa da aldeia.

— Bem-vindo ao lar, querido. Então, esses são os convidados dos grandes gigantes da floresta?

— Sim, daho. Há um elfo entre eles também, então, por favor, trate-os com cortesia, daho.

— Minha nossa. Acho que já se passaram quase cem anos desde a última vez que recebemos um elfo em nossa casa.

Os dois eram marido e mulher, ambos com mais de trezentos anos.

— Eu sou Whitefinger, esposa do chefe da aldeia, Lank. É um prazer conhecê-la.

Portanto, o líder da nossa pequena comitiva gigante era o chefe da aldeia.

Os nomes que ela nos deu eram aparentemente versões abreviadas de seus longos nomes, como os dos gigantes da floresta. Provavelmente eram traduções diretas da linguagem gigante para o Shigan.

Já que Mia estava se escondendo atrás de mim e não fazendo nenhuma tentativa de se apresentar, eu os cumprimentei.

— Eu imploro seu perdão, Mia é muito tímida. Sou um comerciante ambulante humano chamado Satou.

— Entendo. Então o nome dela é Lady Mia? Não se preocupe – estamos bem cientes de que os elfos costumam ficar em silêncio. As únicas palavras que Lord Yusaratoya nos falou em sua visita foram Yuya, obrigado e adeus.

Ela disse isso brincando, então duvidei que ela estivesse tentando ser sarcástica.

Depois que todos os outros foram apresentados e nós fomos apresentados aos nossos quartos, Mia finalmente murmurou seu nome para Whitefinger.

— Mia.

— Meu Deus, os elfos têm vozes maravilhosas! Vou preparar uma refeição para você com o fruto da Árvore da Montanha esta noite. Há algum alimento que você não gosta?

O tom da voz de Whitefinger aumentou quando Mia falou, e ela se inclinou em direção à elfa.

— Carne, Mia respondeu, formando um X sobre a boca com os dedos e puxando um pouco para trás.

— Vou me certificar de não fazer nenhum prato com carne, então, Whitefinger respondeu com zelo.

O desespero apareceu no rosto das garotas-fera, então eu discretamente pedi que ela incluísse carne nos pratos de todos, exceto de Mia.

No caminho para a casa do chefe, eu tinha visto um vaqueiro com um rebanho de animais que parecia gado de pelo longo, então carne não era tão escassa aqui.

Pouco tempo depois, Lank disse que ia pegar um pouco de fruta da Árvore da Montanha, então pedi que ele levasse eu e Liza junto.

Fiquei um pouco preocupado com a Srta. Karina. Ela imediatamente se trancou em seu quarto, alegando que estava cansada, então fui ver como ela estava enquanto o chefe da aldeia se preparava.

Armado com bolos e chá verde-azul recém-preparado do Armazenamento, visitei o quarto da senhorita Karina.

— Por favor, coma um pouco. Lulu diz que o estômago vazio só piora o mau humor.

— Não tenho apetite nenhum…

Como que em protesto, seu estômago imediatamente soltou um grunhido.

Ofereci novamente, e depois de aceitar com relutância, ela começou a comer imediatamente.

A maneira como ela segurou a massa com as duas mãos enquanto mastigava me lembrava um pequeno esquilo fofo.

— Por que…? Senhorita Karina murmurou baixinho. — Por que devo ser tão odiada por pessoas que nunca conheci?

 O medo e a raiva em sua voz trêmula expressavam claramente a complexidade de seu coração.

— Talvez desde que o Marquês Muno fez coisas tão terríveis …

— Mas por quê? Não tenho laços ou relação de sangue com essa pessoa!

Senhorita Karina se levantou apaixonadamente, agarrando meu colarinho e colocando seu rosto perto do meu. Seus olhos estavam cheios de raiva e tristeza por este mundo irracional.

— Para eles, tudo o que veem é que você é um humano com o nome de ‘Muno’, eu imagino.”

Mesmo em um mundo paralelo, uma coisa pode bastar para odiar alguém.

Ao ouvir minhas palavras, a Srta. Karina simplesmente repetiu:

— Por que …? e pressionou sua testa em meu peito.

Vagamente, eu podia ouvi-la começando a chorar.

Eu não conseguia tirar os olhos de seus cílios trêmulos e lábios brilhantes.

Como pode uma mulher em um momento de fraqueza ser tão adorável …?

Eu a abracei levemente para confortá-la, e ela se inclinou para mim como uma criança.

Com seu peito macio contra mim, eu desesperadamente lutei contra o terrível desejo de cair de volta na cama com ela.

Naquele momento, Liza abriu a porta.

— Mestre, Lord Lank diz que está quase pronto para … Oh, me perdoe. Voltarei mais tarde.

— Espera! Isso não será necessário.

Liza percebeu a situação e fez menção de sair com muito tato, mas eu rapidamente a interrompi.

Graças à sua chegada, a batalha entre o anjo e o demônio em minha alma terminou em uma vitória apertada para o lado do bem.

Foi por pouco. Se eu colocasse uma mão na filha de um nobre, ou acabaria na lista dos procurados ou no caminho mais rápido para um casamento.

Eu relaxei meu braço em torno da Srta. Karina e, em vez disso, dei um tapinha de leve em suas costas para acalmá-la.

Então fiz outra tentativa para animá-la depois de pedir a Liza para esperar um momento.

— Lady Karina, é muito cedo para desistir. É exatamente como um famoso líder do meu reino disse uma vez: Quando você desiste, está tudo acabado.

Parei por um momento, esperando sua reação.

Ela não parecia emocionada, mas pelo menos ela estava me ouvindo.

— Lady Karina, mesmo que eles não mostrem um pingo de gentileza, você não pode recuar ainda. Você apenas terá que agir para ganhar o favor deles.

— …Favor? Senhorita Karina olhou para mim esperançosa, então eu balancei a cabeça.

Se eu dissesse isso a um dos meus amigos não nerds, eles provavelmente zombariam de mim por tratar tudo como um jogo.

A senhorita Karina não pareceu entender completamente, então tentei explicar.

— É isso mesmo. Não há muitas pessoas que farão algo agradável por alguém que elas odeiam. Então você só tem que começar, fazendo amizade com eles.

— Fazendo amizade com eles …? Como eu faria uma coisa dessas?

— Só temos que tentar encontrar uma maneira. Pelo menos temos permissão para ficar, para começar.

A vida estava voltando aos olhos da Srta. Karina, mas ela ainda parecia ansiosa.

— Não se preocupe. Vai dar certo de alguma forma.

Segurei sua mão tranquilamente, sorrindo o mais levemente possível.

— Obrigado … Satou.

Minha habilidade de “Audição Aguçada” garantiu que os agradecimentos murmurados da Srta. Karina me alcançassem.

Minha promessa precipitada parecia ter funcionado, já que as sombras estavam finalmente desaparecendo de sua expressão. Suas bochechas também estavam ficando rosadas. Seus olhos ainda estavam ligeiramente turvos de tanto chorar – ela parecia uma donzela apaixonada.

Ela ficaria bem agora.

— Liza e eu vamos com Lord Lank para reunir informações, certo?

— Deixe-me acom..-

— Espere, Lady Karina. Se os acompanharmos, nós só dificultaremos suas tentativas de coletar informações. Devemos ser prudentes.

— Sr. Raka…

A senhorita Karina queria ir junto, mas Raka a impediu.

Oh sim, Raka está aqui também, hein?

— Deixe a investigação por nossa conta. Vou pegar alguns bons petiscos e voltarei.

Sorri de novo para acalmar suas preocupações e saí do quarto.

Antes de partirmos, visitei Arisa e pedi-lhe que fosse conversar com a senhorita Karina.

Liza e eu marchamos junto com Lank na rua principal de Vila de Árvores de Montanha.

A pequena comunidade consistia em cerca de cento e oitenta casas, mas ao contrário de uma aldeia humana, os edifícios aqui tinham tamanhos muito diferentes. Não apenas isso, mas, aparentemente, cada raça tinha seu próprio estilo de arquitetura, então foi fascinante ver a variedade de telhados, janelas e assim por diante.

— Esta é uma bela vila.

— É gentil de sua parte dizer isso. Estamos todos muito orgulhosos de nossa aldeia, daho.

Lank consideradamente igualou o seu ritmo com o nosso, e nós nos aproximamos da rua enquanto avançávamos em direção à fábrica de processamento de frutas.

Pelo caminho, vimos algumas crianças correndo pelas ruas; as jovens fadas eram menores que Pochi e Tama, mas os pequenos gigantes eram mais altos que eu.

Agora, você nunca encontraria uma cena fantástica como essa na Terra. Eu não esqueceria a visão de um menino spriggan cavalgando orgulhosamente nas costas de uma criança gigante em um futuro próximo.

Decidi explorar a aldeia com todos amanhã. Arisa em particular provavelmente ficaria muito feliz.

Em pouco tempo, chegamos à fábrica de processamento de frutas, que parecia uma oficina sem paredes externas.

Enormes frutas coloridas esperavam em filas pelos pequenos gigantes para cortá-las com grandes machados e serras.

Bati experimentalmente em uma fruta cinza escura que se encontrava por perto, e parecia quase como aço. Ao lado havia uma fruta amarela quase tão firme quanto um coco. Claramente, havia grandes diferenças entre cada uma das variedades.

— Esta é muito dura. Lank, assuma para mim.

— O dever chama, daho. Eu volto já, daho.

Um dos pequenos gigantes implorou a Lank por ajuda depois de não conseguir cortar a fruta com um machado.

A casca robusta também causou problemas ao Lank, pois seu machado ricocheteou de forma inofensiva.

— Eu poderia tentar também?

Eu geralmente não gosto de chamar a atenção, mas eu realmente queria experimentar isto por mim mesmo.

Com habilidades como o Fortalecimento Corporal neste mundo, não deve ser muito estranho para um humano ser capaz de empunhar um machado gigante.

Além disso, esta vila não parecia ter muito contato com o mundo exterior, então eles provavelmente não espalhariam nenhum boato estranho. No mínimo, a autoridade de Mia e o Sino Silencioso de Bolenan deveriam me proteger aqui.

— Tem certeza de que pode segurá-lo, daho?

— Vou ficar bem. Eu tenho uma ferramenta mágica de Fortalecimento Corporal.

Como de costume, minha habilidade de “Fabricação” estava funcionando com grande efeito aqui.

Peguei emprestado o machado gigante e testei seu peso. Já que meu próprio corpo era tão leve, não pude fazer muito sobre a inércia do machado.

Perto da parede, havia uma espada grande, de lâmina fina, que parecia um pouco mais leve, então eu a peguei emprestada e lhe dei um golpe.

— Ooh, incrível, daho. Nunca vi ninguém cortar um desses em seu primeiro golpe, daho.

— Que braço! Você acha que ele pode ser capaz de quebrar uma fruta de ferro?

— Vale a pena tentar, daho. Se der certo, poderemos beber vinho de fruta de ferro no banquete de hoje à noite, daho.

Esta “fruta de ferro” era provavelmente a fruta cinza escura que eu tinha visto perto da entrada. Era tão dura quanto o aço, então somente as ferramentas de quebrar cascas dos gigantes da floresta podem quebrá-la.

O vinho fruta de ferro, eles explicaram, era doce e forte e tinha um alto teor de álcool.

Talvez este fosse o ingrediente chave do vinho Lágrimas do Gigante que eu tinha bebido na Cidade de Sedum, no Condado de Kuhanou?

Com um olhar intenso para a fruta elevando-se sobre mim, eu dei um golpe nela com a espada.

A lâmina fina quebrou com uma rachadura retumbante.

— Sinto muito…

— Bem, uma fruta de ferro provavelmente era esperar demais.

— Sim, é de se esperar…

Pedi desculpas, e os trabalhadores da fábrica responderam com desapontamento.

— …E-ei, olhe lá!

Um dos trabalhadores gritou e apontou para a casca de ferro.

Uma fissura tinha aparecido no alto da fruta, e como se encorajada pelo grito de surpresa, a fissura estava crescendo.

— E-ele cortou!

— Uau!!

— Incrível, daho. Satou, você é um mestre espadachim, daho.

Um coro de surpresa e adulação ergueu-se da multidão de trabalhadores.

Pegando os restos da lâmina do chão, terminei meu pedido de desculpas.

— …Eu quebrei a espada.

— Isso não é problema. Machados e espadas quebram o tempo todo enquanto estamos partindo frutas, daho. Se trouxermos um pouco de vinho para o ferreiro mais tarde, ele ficará feliz em consertar, daho. Deixe isso para o pessoal da fábrica, daho.

A resposta casual de Lank me encorajou.

Só por precaução, pedi desculpas aos outros trabalhadores, mas longe de ficar com raiva, eles insistiram que eu poderia quebrar tantas quantas eu quisesse, contanto que eu cortasse mais frutas de ferro para eles.

Ao dividir mais três, o número de espectadores aumentava constantemente.

 

> Título adquirido: Artista de rua

 

Assim que adquiri o título, uma mulher com a cabeça de cachorro apareceu na oficina.