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Jk Haru é Uma Profissional do Sexo em Outro Mundo – Cap. 08 – O Homem com uma Cara Tipo “X←”

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Ele era o único que parecia especial para mim.

Com a janela sendo tocada pela chuva ao fundo, olhou ao redor do bar com aqueles olhos verdes fixos com suas feições esculpidas e, depois, levou a bebida à boca.

Cabelos prateados e barba por fazer. Não comeu nada, não falou com ninguém. Seus olhos afiados eram como os de falcões, e as outras garotas disseram que ele era “assustador”.

Para mim, parecia mais que estava gritando: “Estou sozinho”.

— Ei, Sumô.

— Sim?

— O que vai rolar esta noite? Quer subir?

— Uh, nah, hoje eu…

O Sumô continuava aparecendo todas as noites, mas só me comprava uma ou duas vezes por semana.

Ele provavelmente já estava acostumado a transar, mas era um cliente estranho que se contentava em escutar as minhas reclamações e contar histórias sobre Chute a Lata.

Quando eu disse que deveríamos conversar depois, ele só sorriu e disse:

— Tá.

Depois de vê-lo na porta, fui até onde o cara estava sentado.

— Não quer conversar com alguém? Meia hora por vinte rubers.

— Estou bem.

Não, você com certeza não está. E é por isso que estou tentando falar com você.

Naquela noite eu me recusei a deixar o homem frio de cabelo prateado sozinho.

— A propósito, eu vi você na arena esses dias, senhor. Você mora por perto?

Ele nem respondeu.

— Eu costumava jogar Chute a Lata, e aquele foi o fatídico dia em que conheci o meu time. Eu fui uma jogadora bem famosa. Você já me viu em algum lugar?

Ignorada.

— Bem, então, se você me der licença…

Tch. Ele nem me leva a sério.

O que foi aquilo? Eu me perguntei. Ele só queria beber sozinho mesmo? Era por isso que vinha até a loja?

Eu gostaria que ele falasse comigo, mesmo que só um pouquinho… Eu estava prestes a desistir miseravelmente quando aquilo aconteceu.

— Espera.

O homem de cabelos prateados me parou pela primeira vez.

— O que é Chute a Lata?

A diferença com  a sua voz madura falando “Chute a Lata” fez eu sentir algo lá embaixo.

E quando vi os vinte rubers na mesa quase dei uns pulinhos.

— Meu nome é Haru! Prazer em conhecer!

— Oh. Mas e aí, o que é Chute a Lata?

Wow, então você está mais interessado em Chute a Lata do que em mim? Foi isso que senti, mas foi a primeira vez que ele me deixou sentar junto, e eu fiquei tão animada com isso que comecei a explicar tudo.

— E mesmo se três de seus companheiros de equipe forem pegos, caso alguém chute a lata, você ainda ganha um ponto. Mas, para cada companheiro que é pego, você perde um ponto, então a verdadeira diversão do jogo é, bom, ao menos eu acho, criar estratégias sobre quanto você pode perder e depois ver como a defesa vai funcionar com o outro time.

— Estratégia? Então as brincadeiras infantis ensinam como lutar em uma guerra. Que ideia mais humana.

Eu não podia dizer pelo seu rosto se achou isso interessante ou chato, mas ele balançou a cabeça.

Seus olhos de falcão estavam olhando para mim com intensidade real. Encontrei-me desejando que ele me mordesse.

— Chute a Lata parece ser um passatempo nacional, ou esporte, sei lá, algo assim… parece que todo mundo joga quando é criança. Você nunca brincou?

— Jogam na chuva?

— Não, na chuva não.

— Então não — disse ele, como se isso fosse algo perfeitamente natural, e olhou pela janela.

Esse cara parecia sempre atrair a chuva para onde quer que fosse. Talvez, em algum lugar, tratassem-no como um deus.

— Você não brincou disso nem quando era pequeno?

— Não existem essas brincadeiras onde eu nasci.

Hmm? Ele deve que queria dizer que veio de outra cidade, mas, por algum motivo, senti que tínhamos algo em comum.

Era como se ele também fosse de outro mundo. Brincadeirinha.

— Onde nasci a gente brincava de um monte de coisas.

Tóquio, meus amigos e meu celular. Ainda lembro como se fosse… que nostálgico.

O homem olhou para mim com atenção e, depois, mostrou um sorriso pela primeira vez.

Meu coração parecia ter sido pressionado por suas garras. Mas, embora ele estivesse olhando para mim, estava vendo outra pessoa.

— Meu filho gosta de brincar. Ele costumava fugir para brincar com os filhos dos outros. Não sei se já existia Chute a Lata naquela época ou não, mas…

Pela primeira vez o homem falou sobre si. Ele tinha filhos?! Foi um choque bem grande, sério, mas, bem, um gostosão desses não poderia ter ficado solteiro até chegar em sua idade. Fazia total sentido.

Eu esperei, pronta para suportar suas próximas palavras, mas ele só tomou mais um gole de sua bebida como se não fosse dizer mais nada.

— Então, você é casado? Tem só um filho? — Sondei um pouco mais.

Do nada ele parou de falar. Droga, eu tinha falado demais! Ele também estava impondo limites. Talvez estivesse sob a chuva há muito tempo?

Comecei a sentir meu coração sendo despedaçado. Por que você afasta tanto as pessoas? Será que eu consigo descobrir? Ou talvez ele não estivesse afim de abrir seu coração para uma profissional do sexo.

O homem empurrou o cabelo prateado para trás com seus dedos compridos e sensuais, e eu fiquei com uma enorme inveja da mulher que já tinha ficado em seus braços, mesmo nunca tendo a visto.

— Você está na cidade a negócios?

Pensei que talvez ele fosse falar comigo sobre seu trabalho. Esse tende a ser um tópico que funciona com qualquer cara.

— Hmm. Trabalho. Isso, talvez o que eu estou fazendo seja chamado de trabalho. — Ele talvez tenha notado que eu mudei de assunto para puxar papo. Depois de pensar um pouco, disse: — Às vezes venho aqui para ver as pessoas.

Ainda inexpressivo.

Ver as pessoas? Oh meu deus, essa era a coisa mais chata de todas. Os caras que acham bacana olhar as pessoas, ficando escondidos, são as pessoas mais sem noção.

— Parece interessante! Também gosto de ficar vendo as pessoas.

Mas dá para mudar alguns hobbies se for para se adequar a um homem.

Aproximei-me dele, mas, por algum motivo, sua expressão ficou turva.

— Passatempo bem chatinho, hein?

Nem sempre

— Humanos são chatos. Eu só consigo vê-los como uma multidão inútil de vidas. Mas…

Ele parou do nada e ficou olhando para os cantos do salão.

Os homens idiotas, as mulheres jogando seus encantos para todos…

Era a cena mais comum do meu local de trabalho. Nosso serviço baseia-se em garantir que os clientes estejam se divertindo, então muitos sorrisos, queixas, fanfarronices e sexo viram dinheiro bem na frente dos olhos.

Ele acha isso chato?

Antes de vir para cá, eu era o tipo de pessoa que estava sempre se divertindo com algo, então eu não percebi, mas aposto que me diverti em ambos os mundos, se olhasse pelos bastidores, estaria cheio de dinheiro, trabalho e dificuldades.

Mas se eu começasse a pensar assim, nada valeria o esforço. Ganhar dinheiro e gastar ele para se divertir era válido. E este era um lugar para pessoas que queriam diversão. Você também devia se divertir!

Olhando para o perfil dele, eu ainda não sabia o que esse cara estava pensando, mas queria usar minhas orelhas de gato para diverti-lo. Como ele conseguia ser tão legal?

— Acho que o tempo já vai acabar…

— Hmm?

— Meia hora, certo?

Ah, tinham passado exatamente trinta minutos. O relógio correu feito louco.

— Por oitenta e cinco rubers eu posso te levar para o meu quarto… — disse, olhando para ele.

Eu sabia que não ia adiantar nada quando falei e, claro, ele não topou.

O cara só se levantou e se dirigiu para a saída. Eu disse “Obrigada” e fiquei vendo ele partir. Não virou nenhuma vez.

Me pergunto quando vai chover de novo.

:calcinha:

Eu estava pensando que o bar estava animado demais e, com certeza, deveria ser um grupo de soldados.

Shequraso estava entretendo-os em uma mesa. Um deles era seu namorado.

— Este é o Sr. Bisque.

Quando trouxe as canecas, Shequraso apresentou-o com bastante timidez.

Ele tinha uma franja azul-claro bem grande, a qual usava penteada para o lado. Elas quase cobriam seus olhos. Ele já tinha aparecido na loja, então o reconheci, mas essa foi a primeira vez que fomos apresentados.

Bem, ele tinha o rosto bem simples, mas seu sorriso era bom o suficiente.

— Obrigada por ser sempre tão gentil com a Shequraso!

— Ah, ei, essa aí é uma gracinha.

Soldados eram bons clientes, então a loja os valorizava. Eles apareciam em grandes grupos para comer e beber, eram jovens, e então compravam as meninas rapidinho. Eram tão pervertidos quanto contidos, mas geralmente bem alegres, então até mesmo beber com eles virava uma diversão.

A outra coisa boa era que quando eles estavam por perto, os clientes normalmente rudes ficavam mais calmos. Chiba não gostava da atmosfera mais saudável, então saía na mesma hora. Tudo melhorava quando os soldados apareciam.

Às vezes eles também me compravam. Eu já estive até em alguns encontros.

Pelo visto, alguns dos caras que vieram da capital ou se voluntariaram mesmo morando no interior deixaram as namoradas ou esposas em casa, então às vezes eles só queriam sentir o gostinho daquele relacionamento gostoso.

Algumas garotas eram convidadas a ir para o quartel transar, mas eu não aceitava trabalhos do tipo. Não é que eu não tivesse sido solicitada!

E também não é que eu não gostasse da jovialidade deles, ou que não tenha achado nenhum cara bacana, mas não achava que fosse boa ideia ir deitar com alguém, com tanta facilidade, se não fosse por trabalho.

Pelo menos nos últimos dias tinha me sentido assim.

— Certo, quem pediu oohaa?

— Ah, fui eu.

Fazendo bebidas, jogando conversa fora, bebendo, andando um pouco por ser mais divertido assim… a mesa dos soldados mantinha qualquer uma ocupada.

O Senhor Bisque era um comandante de esquadrão? Ao menos era o que parecia, já que estava bebendo com seus subordinados. Todo mundo era legal e interessante. A atmosfera era boa.

— A quanto tempo você está aqui Haru? — perguntou Bisque, enquanto Shequraso conversava com um outro soldado.

— Ainda não faz nem um ano.

— Oh, mas você parece já estar bem acostumada. Você deve ser popular, hein?

— Não, não. Não sou nada se comparada a Shequraso.

Ele tocou na minha coxa. Shequraso não notou.

— O quê? Não, isso não pode ser sério. Ah, alguém pediu algum refil?

Me levantei disfarçando e me movi.

Nossa, isso foi uma surpresa e tanto. Então ele é esse tipo de cara. Você não viu, né, Shequraso?

— Ouvi dizer que o comandante de esquadrão que está chegando é bem assustador.

— Ah, ficou sabendo que ele causou um alvoroço na Central? Mas acho que ele está relacionado a algum ministro ou coisa do tipo, entende?

— Ouvi falar que ele mandou uns caras para o hospital só por não ter gostado deles. E também contaram que ele se forçou para cima da filha de um nobre de algum outro país.

— Que sem noção.

— Se ele está sendo enviado para a linha de frente, então provavelmente só querem se livrar dele, já que causa problemas demais. Será que estamos ferrados?

— Comandante Bisque não vai deixar que ele faça o que quiser, não é Comandante?

A expressão do Senhor Bisque enrijeceu por um segundo, mas depois ele sorriu.

— Claro, vou proteger todo mundo. Não precisam temer.

— Ahh, você é tão legal!

— Isso aí, me proteja!

Este parecia ser um time com todo tipo de soldado. Bem, eu estava no meio do meu primeiro ano como trabalhadora, mas já tinha visto vários tipos de vida. Nenhum deles era fácil.

— Ei, acho que quero ir ao seu quarto, Haru.

Um soldado jovem e de cabelo sedoso falou. Meu tempo de conversa era só para isso.

— É? Ótimo. Então vamos.

— Espera aí, eu também quero a Haru!

Um soldado de cabelo curto interrompeu. Em tempos assim, a garota vai com quem paga mais, mas eles são amigos e tudo mais, então decidi que ficaria com os dois.

— Quem quer ir primeiro?

— Eu chamei primeiro.

— Mas eu sou mais velho que você!

— Ah cara, é mesmo.

Então o soldado de cabelo curto me comprou. Eu gosto do jeito simplista deles.

Quando chegamos ao meu quarto, ele de repente me pegou em seus braços e me beijou. Beijos custam quinze rubers. As garotas podem colocar o preço que quiserem nisso.

— A última garota cobrou só dez.

— Foi mal, eu sou mais cara. Mas todo mundo fala que eu valho à pena.

— Ah, é mesmo? Bom, então pode ser. Aqui estão seus quinze rubers.

Ele continuou me beijando e depois me empurrou para a cama. Ele acariciou meus seios antes de tirar minhas roupas e foi me despindo aos poucos. Era a maneira típica de os jovens fazerem sexo. Soldados eram legais.

Eu lambi seu peito. Seus mamilos ficaram durinhos. Ele também tinha ombros largos… Que corpo gostoso.

— Você deve trabalhar muito.

— Sim. Faço flexões e coisa do tipo todo dia.

— Para continuar assim?

— Isso aí.

Ele riu e disse que tinha o melhor corpo do esquadrão. Pensei que ele estava tentando ser fofo.

— Ahn… ah…

Ele ficou em cima de mim com seu corpo travado e meteu o pau duro feito pedra para dentro.

Coloquei meus braços em volta de seu pescoço e envolvi minhas pernas ao redor de sua cintura. Estatisticamente falando, caras com corpos bons gostam de garotas que se agarram a eles desse jeito. Essa é uma informação de primeira mão, isso aí.

— Haru, você é tão boa. Ngh. — Ele estava ofegante.

— E eu estou gostando disso. É surpreendente. Tão bom!

Ele empurrou seus quadris, quase como se estivesse fazendo flexões, por um bom tempo e… Uau, como ele é forte. Então, depois de me usar o bastante, o Senhor Cabelo Curto gozou e desceu as escadas.

Depois de tomar um banho também voltei para o bar.

— Haru, você lembrou de lavar tudo direitinho? Seria horrível se tivesse sobrado alguma coisa.

— Cara, cala a boca.

Pelo visto, o cara de cabelo sedoso estava me esperando, então me comprou na mesma hora, olhando torto para o Cabelo Curto.

Eu levei ele para cima e tirei sua roupa. Ele não era musculoso igual o Cabelo Curto, mas ainda estava em forma. Outro físico excelente.

A melhor coisa nos soldados é que são todos uma delícia.

— Ahhh…. ah cara, você é muito boa nisso…

Eu estava quicando nele, e o Cabelo Sedoso acariciou minha cabeça parecendo estar em transe.

Seu pauzão longo e magro tinha uma curva perfeita.

— Eu, eu também quero fazer umas coisinhas. Eu gosto disso. Tudo bem, né?

É por isso que ele queria que eu lavasse direito?

Abri minhas pernas na cama. O Cabelo Sedoso aproximou seu rosto e disse:

— Que cor mais bonita… — E me beijou.

— Mm…

Merda, acabei gemendo de verdade. Ninguém tinha me lambido lá ainda, e ele até sabia o que estava fazendo… Assim, sua língua macia me deixou toda molhada e mole.

Ele abriu minha abertura com a língua. Então lambeu a umidade extra com um movimento rápido, acabei gemendo de novo.

— Ahh…

Porra, ele é muito bom. Não sei se alguém já conseguiu fazer isso comigo só com a língua.

O Cabelo Sedoso agarrou minhas coxas e mordeu. A sensação foi elétrica e acabei curvando as costas.

— Posso te pegar por trás…?

Concordei:

— Sim. — Fiquei de quatro, abrindo as pernas direitinho.

— Você é apertadinha.

O Cabelo Sedoso estava tremendo dentro de mim. Parecia estar gostando.

Eu fiquei realmente feliz por ele ter me feito bem também, então agora era a minha vez. Mostrando minha bundinha, que tinha ficado com uma reputação melhor nos últimos dias, eu fiquei rebolando no seu pau.

Mas então ele começou a seguir meu ritmo. O cara realmente sabia como usar os quadris.

— Sou o melhor em montaria do meu esquadrão. Montar em mulheres é igual montar a cavalo, você devia saber.

Isso é sério?

Mas eu senti que ele era um montador experiente. Nós estávamos tendo uma transa perfeitamente sincronizada.

E, pelo visto, ele também curtiu, sempre sendo um cara bem legal, acariciando minhas costas, beijando meu corpo.

— Haru, isso é tão bom. E você é tão fofa.

Ele apertou minhas mãos e fizemos sexo como se fôssemos amantes. Eu apertei as dele também e empurrei meu traseiro. Isso é bom. Já faz um tempo desde que senti isso.

— Haru, eu vou gozar…!

Sua porra quente bateu em mim por trás e por dentro. Foi um pouco embaraçoso, mas eu até provei um pouco.

— Eu vou te comprar de novo alguma hora.

— Obrigada!

Dei um beijo especial na bochecha de brinde para ele.

Quando tomei meu banho e voltei lá para baixo ainda tinha um monte de soldadinhos acenando para mim.

Hoje eu vou fazer uma fortuna!

:calcinha:

Eu acabei bebendo demais, então no dia seguinte minha cabeça estava pesando feito um cadáver. Eu estava limpando a loja quando escutei uma voz triste.

— A senhorita Haru está…?

Ugh, é a Kiyori.

A bela mocinha, vestida com aquela roupa estranha e toda branca, igual sempre, estava de pé lá fora.

— Eu queria te perguntar uma coisa…

— Uh, hum, err, então, devemos ir a algum lugar?

As outras meninas estavam comendo no banco lá fora, e eu pensei que talvez fosse melhor sair da vizinhança, então fomos em direção do restaurante onde o Sumô costumava estar.

Quando perguntei se ela queria ir a algum lugar, a garota deu a resposta padrão deste mundo:

— Se for só nós duas, garotas, não quero ir.

Então compramos um pouco de carne, algo tipo uns salsichões, e sentamos em uma grama que tinha por ali.

Quando fui colocar um lenço por baixo da minha bunda, a Kiyori disse:

— Se você fizer isso vai sujar seu lenço! — Depois me deixou sentar na capa dela.

Era uma boa menina, bem feminina. E também um pouco opressiva.

Mordiscando a salsicha com sua boquinha, ela parecia um tipo de esquilo. Nem precisava abrir a boca para os homens serem atraídos por ela. Se saísse com algum cara bacana e desenvolvesse um pouco a sua personalidade, provavelmente ficaria mais bonita e mais alegre.

Eu seria amiga dela depois disso.

— Então, o que você quer me perguntar? — perguntei com relutância. Eu sabia que seria algo sobre o Chiba.

— É sobre o Senhor Gladivador das Chamas Furiosas, o Chuva Carmesim Infinita: A Próxima Inovação…

— Quem? — Tinha virado algo tão incrível que aquele nome, acho que X Japão, sumiu. Que idiota. — Você pode chamar ele só de Chiba. O nome de verdade daquele idiota é só Chiba.

— Chiba…? Eu não sabia disso.

— Se você chamar ele de “Gunma” ou “Ibaraki”, ele dirá, “Chiba” bem rapidinho. Você devia tentar uma hora dessas.

Sério, eu nem lembrava mais do primeiro nome do Chiba.

Tenho certeza de que eu ainda sabia quando tínhamos chegado aqui, mas agora…

Acho que é por eu estar usando o meu cérebro para lembrar o nome de todas as pessoas que eu não consigo… Não é como se tivesse esquecido o nome de todo mundo de Tóquio, mas o número de pessoas que não apareciam mais na minha cabeça estava só…

— Ah é, eu ouvi falar que agora você está saindo com ele. Então vocês já passaram da primeira linha?

Kiyori corou.

— Estamos namorando. — Ela balançou a cabeça. — Mas ele ainda não fez muita coisa. Eu achei que talvez devia pedir a sua permissão…

— Eu já te falei… Ele não tem nada a ver comigo!

— Mas o Senhor Chiba parece pensar diferente.

— Ele é o tipo de cara que não entende os sentimentos dos outros. Ele está convencido de que é popular com as garotas e não liga para o que eu ou você sentimos. Ele só pensa em si mesmo.

Bem, eu provavelmente sou bem parecida de vez em quando, mas ainda assim…

Mas uma coisa que aprendi depois de começar este trabalho e não poder mais usar meu telefone foi que não ter nenhuma outra forma de comunicação, senão cara a cara, é realmente inconveniente. Isso faz você precisar pensar.

Você precisa olhar para a cara da pessoa, perguntar na mesma hora se não entendeu algo, fazer sua voz ser ouvida, corrigir a si mesmo ou mudar a direção da conversa caso comece a dar errado… E é preciso fazer tudo de uma só vez, então a menos que esteja realmente usando a cabeça, uma conversa pode simplesmente não fluir.

Você sente que cada encontro é um milagre, e se quiser reclamar ou ser confortado por alguém depois, não é lá muito fácil. Se você se arrepende de algo ou coisa do tipo, precisa refletir sobre isso sozinho. Se eu não fizer tudo isso, posso não me dar bem com as pessoas, já que não tenho o senso comum deste mundo. Mas graças a todo o esforço, comecei a me sentir mais confiante em relação à minha capacidade de sobrevivência.

Chiba estava usando suas habilidades roubadas e vivendo um estilo de vida diferente da maioria, então ele provavelmente continuava o mesmo de quando estava em Tóquio.

— Acho que entendo o que você quer dizer… Mesmo quando eu falo o que quero, sinto que ele não entende — disse Kiyori.

Eles provavelmente não vão render muito como casal.

— Você não começou a falar com o Chiba por querer ir se aventurar na floresta? Por que ainda não foi? Você não devia fazer isso o quanto antes?

— Bom… Eu pedi, mas ele disse que só caça onde não se sente ameaçado. Ele fala que não precisa de alguém para curar, então ainda estou ajudando no hospital.

Isso soa exatamente como algo que o Chiba diria.

Já que ele ganhava pontos de experiência dezesseis vezes mais rápido que o normal, poderia upar matando até monstros fracos.

Então, não fazia sentido entrar em perigo desnecessariamente. Ele não queria se machucar. E, mais que isso, não queria que ninguém descobrisse sobre suas habilidades, então provavelmente não queria que ela visse seu acúmulo de experiência, que seria ganha como se não fosse nada. Como ele podia ficar falando merda sobre “se tornar o mais forte” quando as coisas eram assim?

— Então não tem motivo nenhum para você sair com ele, certo?

Kiyori disse que estendeu a mão para ele, já que queria um desafio para si mesma.

Mesmo ela sendo uma fã, seu descontentamento só iria crescer.

— Sério, parte de mim está desapontada. Mas eu não entendo muito os homens, e é verdade que a força dele me atrai, então eu queria fazer algo para manter nossa conexão.

— Hmm. Bom, ele é o seu primeiro cara, certo? Você pode acabar achando que ele é importante, mas isso não significa que vocês precisam ficar juntos.

— V-você é muito direta, senhorita Haru. M-meu primeiro… É verdade que nunca saí com outro homem, mas como você sabia…?

— É óbvio, ele me contou. O Chiba é o tipo de cara que fala sobre esses tipos de coisas sem parar. Você devia tomar cuidado.

Kiyori ficou tão vermelha que até eu me senti mal por ela.

Talvez eu tenha falado demais.

Mas eu senti que ela estava com ele sem saber que tipo de cara ele era, então é claro que eu precisava falar algo.

— Sério, ele deve fazer todos tipos de pedidos sexuais detestáveis, né? É por isso que você veio falar comigo, não é?

Pelo visto, eu acertei bem no olho do boi. Ela apertou o salsichão e abaixou a cabeça.

Cara, eu me sinto mal por ela. Eu realmente não entendia a igreja ou as Irmãs, mas parecia que ela estava bem em relação a tudo isso.

— O senhor Chiba parece insatisfeito comigo. Ele sempre fica falando que “É assim que a Haru faz”…

Ugh, ele é o pior.

Ele não tinha ideia de o quanto uma coisa dessas podia afetar a autoestima de uma garota. Mesmo não sabendo, era cruel demais.

Bem, acho que devia ensinar umas coisinhas, sendo alguém que ele conhece do outro mundo, mas a Kiyori também é muito insegura.

Pensei que ela tinha começado a conversar com o Chiba por saber o quanto era fofa, mas pelo visto foi só um ato de coragem. Ela vivia em um mundinho bem pequeno.

Achei que ela só precisava pensar que teve azar com o primeiro cara e trabalhar em aumentar seu orgulho e habilidade, abandonando o dedo podre. Sim. Esse tipo de coisa se resume a sentimentos e experiências.

— Sei que devo estar sendo um incômodo, senhorita Haru, mas meus sentimentos pelo Senhor Chiba não mudaram, e quero fazer o trabalho que me esforcei para aperfeiçoar. Eu vou descobrir um jeito de te agradecer, então, por favor, pode me ensinar as coisas?

— Você não precisa se preocupar com agradecimentos. Este é um daqueles momentos em que é inconveniente não ter internet.

Internet…?

— Deixa pra lá. Pronta? Vou começar, então preste atenção e me copie.

Achei que algo assim aconteceria, por isso dos salsichões.

:calcinha:

Quando desci as escadas depois da transa com o Sumô pela primeira vez em algum tempo, o bar estava lotado.

Imaginei que deviam ser os soldados, e era o esquadrão do Bisque com um cara que eu não conhecia.

— Haru, aqui. — O Cabelo Sedoso do outro dia acenou com vinte rubers.

— Já vou! — falei enquanto pegava algumas bebidas. Quando cheguei à mesa, o homem estava me olhando com uma cara bem rabugenta.

— Este lugar está com todas as caipiras do país ou o quê? Vocês realmente se divertem bebendo neste lixão?

Os outros soldados adotaram sorrisos complacentes.

Esse cara tinha um bigode que gritava que ele era militar, e tinha medalhas estranhas presas em seu peito.

Ah, esse é o cara de quem estavam falando da outra vez? O comandante de esquadrão da capital? Bem, foi mal por ser uma caipira idiota. Não sei que tipo de quadril vocês curtem neste mundo. E, de qualquer forma, tenho certeza de que no seu mundo, até a capital está presa em tempos antigos e está cheia de cavalos nas ruas. Vá lamber merda, seu idiota.

— Senhor, você é muito fanfarrão. Você chegou aqui recentemente?

Mesmo pensando um monte de besteiras ainda consegui adotar um sorriso. Não subestime minha lábia de vendedora.

O comandante do esquadrão me cutucou e acariciou seu bigode. O Senhor Bisque explicou:

— Este é o Comandante Buffness. Ele acabou de ser designado como o nosso novo comandante geral.

— Bem, acho que você não pode ser exigente onde precisa lamber até os palitos. Ei, você. Eu vou pagar. Dê a esse homem o dinheiro dele de volta.

Ele pegou os vinte rubers do Cabelo Sedoso de volta e colocou quinhentos rubers na mesa.

— Se quiserem mais alguma garota aqui é só chamar. Bebam o quanto quiserem.

Então ele forneceu mulheres aos seus homens. Os soldados ficaram tão felizes que foi até chato quando começaram a nomear as garotas que queriam.

A cara do Buffness tinha uma cicatriz estranhamente enorme e em forma de cruz. Seus olhos eram tão escuros que ninguém podia dizer o que ele estava encarando.

— Senhorita. Você não precisa me lisonjear. Se você tem tempo para isso, então faça meus homens felizes.

Bisque, sentado ao lado dele, balançou a cabeça e disse:

— Nosso comandante é tão legal! — Seu sorriso parecia bom no começo, mas percebi que na verdade era falso, igual um adesivo recém-colado.

— E não resmungue na cama. Deixe que façam o que quiserem. — Esse cara me assustou.

Ele era do tipo que só usava as pessoas. Ele moeria todos e tornaria cada um dos caras sua propriedade.

— Claro!

Mas eu ainda continuei sorrindo. Eu sou uma profissional do sexo, então sorri.

O comandante do esquadrão torceu a boca com desdém. Eu nunca vi um sorriso tão sinistro em toda minha vida.

 


 

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