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Império Tearmoon – Vol. 02 – Cap. 38 – Reencontro e Duelo

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O cavalo de Abel relinchou. Ele lhe deu um tapinha e olhou ao redor. Cercando-o estava um mar de cavaleiros montados – a segunda companhia da força de resposta rápida de Remno. Uma voz aguda e imponente ressoou ao seu lado.

— Ainda não ouvimos nada do exército rebelde? — perguntou Bernardo Virgil, o comandante da companhia.

Ele era um homem alto com um bigode grosso e o olhar penetrante de um falcão. Como um dos guerreiros mais fortes de Remno, era chamado de a Lança de Adamantina, o que era um tributo à sua proeza, bem como uma descrição física da arma que favorecia. Ao contrário das lanças padrões, que tinham pontas metálicas enxertadas em hastes de madeira, a sua era uma arma monstruosa — um colosso metálico forjado inteiramente de uma única barra de aço. Apesar do peso punitivo, que impedia a maioria das pessoas de usá-la, ele empunhava a lança com facilidade. Ele não era um Legionário de Diamante, mas um cavaleiro experiente com uma carreira distinta. Muitas vitórias contra nações vizinhas levavam seu nome. Inúmeros bandidos amaldiçoavam sua existência, e muitos mais o fariam, se ao menos tivessem vivido para contar.

Entendi como isso deve funcionar. Bernardo faz o comando real, enquanto eu fico aqui, parecendo bonito, e levo o crédito por minha primeira campanha.

Depois de observar a dinâmica da companhia por algum tempo, Abel chegou à conclusão de que Bernardo fora, para todos os efeitos, enviado aqui para decorar a florescente carreira militar de um jovem príncipe.

— Alteza, como gostaria de proceder? Sou da opinião de que já lhes demos tempo mais do que suficiente… Felizmente, as muralhas de Senia são baixas, e os rebeldes a fortificaram com pouco mais do que algumas barricadas frágeis. Rompê-las deve ser uma tarefa simples.

Ao contrário da previsão de Abel, no entanto, Bernardo diligentemente se reportava a ele para cada decisão significativa. Apesar da tendência predominante de menosprezar o príncipe notoriamente de vontade fraca, o comandante veterano sempre dava ouvidos atentos aos pensamentos de Abel. Era uma demonstração de respeito imaculado tanto pela cadeia de comando quanto por sua pessoa, mas também pesava muito em sua consciência. Significava que a supressão de seu povo prosseguiria não por acaso ou circunstância, mas por seu próprio julgamento e comando.

— O dever de um príncipe, hein… — ele murmurou baixinho para si mesmo. Então ele se endireitou e olhou para frente. — Este lugar será uma pedra no nosso sapato se permitirmos. As tropas também apreciarão um impulso na moral. Devemos atacar com força e rapide…

— Relatório da cidade!

Um batedor entrou correndo no acampamento, e o ar se adensou com a tensão.

— Qual é o problema? Eles enviaram um mensageiro? — perguntou Bernando, seus olhos se estreitando.

O jovem soldado hesitou por um segundo antes de responder em um tom incerto.

— Não. Quer dizer, não exatamente… Duas crianças vieram e… elas querem falar com Sua Alteza, o Príncipe Abel.

— Um pedido absurdo. Os rebeldes desejam ver Sua Alteza pessoalmente? Teríamos que estar loucos para permitir tal disparate. E o que é isso sobre crianças?

— B-Bem, é justamente isso. São crianças. Mas, hum… não crianças comuns, aparentemente. Eles afirmam ser colegas de classe de Sua…

— Com licença.

Afastando a explicação gaguejante do batedor, um garoto entrou em cena. Ele caminhava com a graça e a gravidade de um soberano nato, e os soldados se viram instintivamente se afastando para abrir caminho.

— Príncipe Sion! Por que está aqui? Espere, mas… isso significa… — Os olhos de Abel se arregalaram quando uma segunda figura apareceu atrás de Sion.

— Princesa Mia…

— Príncipe Abel. Senti sua falta.

Seus cabelos prateados refletiam a luz do sol, emitindo um brilho suave como a lua. A sabedoria irradiava de seus olhos, profundos e cintilantes. Então, havia sua pele perolada… Tudo estava como ele se lembrava. Com toda a beleza estonteante daquela noite no baile, Mia Luna Tearmoon apareceu diante de Abel.

— E eu de você. Infelizmente, como eu gostaria que me ver fosse o objetivo de sua visita…

— Oh? E que outro objetivo o senhor sugere para minha visita? — Ela inclinou a cabeça, intrigada, o que Abel sabia ser uma atuação. Vê-lo era certamente sua intenção, mas não passava de um corolário, um pensamento posterior, do que ela realmente viera fazer. O propósito de sua visita era, sem dúvida, pôr um fim a este conflito tolo. A Grande Sábia do Império, ele raciocinou, não viria até aqui apenas para lhe dar um oi.

Ela… provavelmente não ficará do meu lado. Mas mesmo assim, eu…

Por um momento vulnerável, ele se permitiu vacilar. Então, ele pôs seu coração de lado e vestiu a armadura da resolução.

— Príncipe Sion — disse ele, sua voz endurecendo —, e quanto a você, então? Certamente, não fará a mesma alegação que ela? Confio que não está aqui para chá e conversa.

— Não, não estou. A princípio, eu pretendia apenas acompanhar a Princesa Mia como seu guarda. Agora, no entanto… vi demais para ficar de braços cruzados.

Sion colocou a palma da mão no punho da espada.

— A chance chegou antes do esperado… mas é hora de cumprir minha promessa de verão. O senhor terá sua revanche.

A declaração pegou Abel de surpresa, e ele o encarou sem expressão por um segundo antes de se recompor rapidamente.

— Entendo isso como… você me desafiando para um duelo?

— Sim, embora, se o senhor optar por retornar à sua capital com a espada ainda embainhada, ficarei mais do que feliz em esperar até o inverno pelo próximo torneio.

Abel encarou Sion com firmeza, que arqueou uma sobrancelha provocadora. Justo quando Abel estava prestes a falar, Bernando deu um passo à frente.

— As palavras deles não têm peso, Alteza. Ignore-as. Desafiar o príncipe e comandante de um exército para um combate singular é ridícu—

— Afaste-se, Bernardo. Isto não é um mero duelo. O Príncipe Herdeiro de Sunkland acabou de colocar sua vida em risco pela justiça em que acredita. Recusar seu desafio seria um sério golpe no moral de nossos soldados.

Abel dispensou o conselho de Bernardo. Ele olhou para Mia. Um sorriso amargo passou por seus lábios.

E… uma parte de mim simplesmente não quer recuar com ela assistindo.

Ele soltou um breve suspiro.

— Que seja, Príncipe Sion. Vamos duelar.

M-Minha nossa? Que estranho…

Mia olhou de Abel para Sion. Ela coçou a cabeça. Então olhou para eles novamente.

Eu… acabei de dizer ao Príncipe Abel que vim aqui para vê-lo, certo? Com base no que sei da história de Elise, o próximo passo não deveria ser… sabe, um abraço, talvez? Ou pelo menos alguns sorrisos aqui e ali, e então todos se dão tapinhas nas costas e vão para casa e o problema está resolvido?

Era por isso, afinal, que Mia estava ali com os braços estendidos, esperando que Abel a abraçasse. Para sua perplexidade, a história não parecia mais girar em torno dela. Havia dois novos protagonistas, e todos os olhos agora estavam focados neles.

É impressão minha ou já estive nesta situação antes? Ah, certo. Foi durante o torneio de esgrima, quando estávamos comendo sanduíches no almoço. Assim como agora, aqueles dois entraram em sua própria conversa e me deixaram pendurada…

— As estradas do meu reino são largas e planas. Elas servirão como arena para nosso duelo.

Mia ergueu os olhos e viu que os dois príncipes já estavam se afastando.

— Príncipe Abel! Espere! Um duelo? Você não pode—

Ela correu para alcançá-lo, apenas para ser detida por um braço musculoso.

— Bernardo — disse Abel, virando a cabeça para trás em direção a ela —, por minha autoridade como príncipe, ordeno que proteja a Princesa de Tearmoon. Você deve garantir que nenhum mal lhe aconteça.

— Tem certeza, Alteza? — perguntou Bernardo, ainda segurando Mia.

— Preciso que a princesa testemunhe a legitimidade de nosso duelo. Ela tem uma voz neutra, não pertencendo nem a Remno nem a Sunkland. Se o Rei de Sunkland questionar o resultado, a palavra dela certamente o apaziguará.

— Não! Você não pode! Príncipe Abel! Isso está tudo errado!

— Eu… estava ansioso por nosso reencontro, Princesa Mia. Só gostaria que tivesse acontecido em melhores circunstâncias. Eu gostaria… que pudéssemos ter… — Sua voz vacilou. Ele balançou a cabeça e soltou uma risada curta e zombeteira de si mesmo. — Todo esse propósito e resolução, e quando chega a hora, eu fico com os pés frios…

Ele cerrou a mandíbula. Então se virou, cortando o olhar deles com a mesma certeza com que usaria uma espada.

— Príncipe Abel!

Seu grito não o comoveu. Seus olhares não se encontraram. Seus olhos agora estavam firmemente fixos no garoto parado à sua frente.

— Seus ouvidos estão surdos para as palavras dela?

— Estão surdos para todas as palavras. A sorte está lançada. Não há como parar agora, Príncipe Sion. Pensei que você, de todas as pessoas, entenderia.

— A podridão cobre seu trono, Abel Remno. Você escolhe apodrecer com ele?

— Apodrecendo ou não, um reino precisa de um trono. Um mundo sem ordem é um mundo no Inferno. O caos gera sofrimento, e o povo será sua lenha.

Limpe o reino de realeza e nobres, e bandidos entrariam para preencher o vácuo. A ordem entraria em colapso. A paz acabaria.

— Se a corrupção manchou o trono, então é meu dever purificá-lo, não destruí-lo.

Havia um tom de finalidade na voz de Abel. Ele não disse mais nada, e silenciosamente sacou sua espada.

— Não posso permitir que você atropele seu povo — respondeu Sion.

Para esse fim, ele estava disposto a iniciar uma intervenção militar para depor a totalidade do regime corrupto, chegando a considerar uma ocupação de longo prazo, na qual Sunkland assumiria os deveres de governo até que uma nova administração fosse estabelecida e operacional. Irreconciliável era sua postura com a de Abel, cuja lealdade pertencia à família e ao reino.

— Se você optar por participar desta brutalidade, Abel Remno, então eu o terminarei aqui com minha própria espada.

Com um flash, sua espada saltou da bainha para a mão. A lâmina finamente afiada brilhou, sua agudeza perdendo apenas para o olhar de seu portador.

Assim como naquele dia na arena, Abel ergueu sua arma bem alto sobre a cabeça em sua postura característica de agressão total. Sion, enquanto isso, segurou sua lâmina com um braço solto, sua ponta inclinada para baixo em uma postura preparada para aparar e contra-atacar.

— Nostálgico, não é? — disse Sion. — Mas a maneira como isso termina será tudo menos isso. Hoje, você não me pegará de surpresa.

— Nem eu pretendo. Nós dois sabemos que sou um pônei de um truque só, então vamos ver se o truque ainda funciona.

De repente, houve uma explosão de movimento… e veio de Sion! Ele avançou para um ataque surpresa! Mantendo o corpo baixo, ele se lançou para a frente, entrando na distância de ataque. Tendo visto anteriormente que Sion empregava um estilo reacionário, Abel não estava preparado para o assalto abrupto. Com um passo reflexivo para trás, Abel quebrou sua postura, dando a Sion a abertura que ele procurava. Sua vantagem, no entanto, provou ser de curta duração, estilhaçada pelo arco devastador do golpe de Abel, que, com o equilíbrio prejudicado e os pés instáveis, ainda assim fez sua lâmina descer com força no meio de sua retirada. Sua espada era um borrão, e Sion se apressou em reagir.

— Ugh!

A velocidade e o poder do golpe superaram em muito a expectativa de Sion, e ele ergueu o braço rápido o suficiente para aparar o golpe com sua própria espada. As duas armas se encontraram com uma força que fez os ossos tremerem, e ele teve que dar um passo para trás para suavizar o impacto.

— Um golpe poderoso para um inimigo despreparado. Quão mais poderoso, então, se você não estivesse fora de seu ritmo? — brincou Sion enquanto continuava a recuar. — Bem, então… Parece que não sou o único que tem se preparado para esta revanche.

— Ao contrário de algumas pessoas, não sou um talento natural. Quando você está treinando para vencer um gênio, aprende a ir além.

— Seu esforço é louvável — respondeu Sion. — Comprou-lhe tempo e respeito, mas a vitória não virá tão barata.

Abel retomou sua postura elevada. Então, ele partiu para a ofensiva, transferindo suavemente o impulso de seu avanço para a frente em um golpe poderoso. Sion respondeu inclinando sua lâmina, usando-a como um trilho para desviar o golpe. Faíscas voaram quando metal roçou metal, mas a força foi tão grande que ainda cravou a ponta ofensiva em seu braço, deixando um corte sangrento.

Isso não o abalou.

— Haa!

Embora conhecido por seus contra-ataques viciosos, Sion nunca havia demonstrado seu golpe característico — nem mesmo no dia do torneio de esgrima. Tudo isso mudou quando sua espada se soltou do choque e se lançou em uma varredura feroz que traçou uma trilha com precisão cirúrgica pelo lado de Abel… que a recebeu sem vacilar. Em vez disso, ele rugiu e enfiou o ombro em Sion.

— Ugh! Ok… Então esse é o seu jogo. Você se esquiva para dentro de mim em vez de para longe, hein. Nada mal, Abel Remno.

— Você também não é fácil, Príncipe Sion. Um movimento errado ali e eu seria um homem morto — disse Abel antes de olhar para seu lado ensanguentado. Ele deu um tapinha. — Estou usando cota de malha, e você a atravessou como uma faca quente na manteiga.

Ele riu. Eles foram para cima um do outro novamente em uma enxurrada de faíscas de fogo e pétalas carmesim. Cada golpe devastador de Abel era respondido com uma aparada e um contra-ataque. O príncipe de Sunkland lutava com uma graça mortal, girando e rodopiando como em uma dança. Os soldados espectadores prenderam a respiração enquanto contemplavam um turbilhão estonteante de movimento, acentuado por arcos de sangue vermelho brilhante.

Diante do ataque implacável de um espadachim genial, Abel brandiu sua única arma — sua recusa obstinada em ceder. Ao encarar uma lâmina, a hesitação era a norma. Abel descartou essa norma. Onde uma pessoa normal congelaria ou se encolheria, ele não o fez. A cada golpe que se aproximava, ele se adiantava, fechando a lacuna que o recuo deveria ter ampliado. Então ele engoliu o medo e avançou mais, colocando-se ainda mais perto de seu inimigo, mas mais longe de um golpe letal. Com a proteção adicional de sua armadura militar, ele podia ser ferido, mas não cairia.

— Bem, que surpresa… Não pensei que você seria um osso tão duro de roer — disse Sion.

— Hah. Fico feliz em saber que não decepciono — respondeu Abel. Ele sorriu, mas a expressão era tensa.

Gênio é a esgrima de Sion Sol Sunkland. Abel podia sentir que a lâmina de Sion o atingia com cada vez mais força. Para um prodígio como o príncipe de Sunkland, reajustar seu espaçamento no meio da batalha era uma tarefa trivial.

Duvido que eu dure muito mais… O próximo… provavelmente é o último…

Abel caiu de joelhos, seu rosto uma máscara de dor, e soltou um suspiro. Então, pelo canto do olho, ele notou uma figura familiar. Era Mia.

Ah… Ela está assistindo. Não posso me dar ao luxo de jogar a toalha.

Ele respirou fundo e se forçou a ficar de pé.

— Em guarda, Príncipe Sion. Vamos acabar com isso!

Ele apertou o punho de sua espada, concentrando toda a sua força restante em seus braços para um golpe final.

— Chega! Por favor, parem com isso, vocês dois! Vocês vão morrer!

A visão dos dois príncipes se preparando para trocar um golpe final gelou Mia até os ossos, e ela ergueu a voz em outro apelo desesperado. Para seu horror, nenhum dos dois lhe deu atenção. Suas armas permaneceram sacadas, e o desespero encheu seu coração.

Ahh… No final, minhas palavras não significam nada, não é? Assim como antes…

Sua visão embaçou e, de repente, ela estava de volta ao antigo império. Liderada por Ludwig, ela corria de um lugar para outro, tentando apaziguar as massas ressentidas. Repetidas vezes, ela lhes suplicava, falando como a Princesa de Tearmoon, mas suas palavras se perdiam em um mar de raiva e ódio. No final, seus esforços se mostraram fúteis. Ela falhara em conquistar sua confiança.

É o mesmo de antes…

Desamparada e sem esperança, ela observou enquanto ambos os príncipes avançavam. Seu mundo inteiro pareceu escurecer enquanto eles erguiam suas espadas, cada um pronto para mergulhá-las no peito do outro. De certa forma, ela pensou, talvez isso fosse inevitável. Talvez ela fosse a tola por pensar o contrário. Diante de pessoas que já haviam sacado suas espadas e resolvido lutar, as palavras eram, em última análise, impotentes. E as dela, especialmente, não alcançavam ninguém.

…Ou alcançavam?

Suas palavras realmente não alcançavam ninguém? Não! Absolutamente não! Embora caíssem nos ouvidos surdos dos príncipes em duelo, os laços que ela forjara levariam sua voz. Para onde iria? Quem estava ouvindo? Ora, seus súditos fiéis, é claro!

— Sério, vocês dois são um pé no saco…

Uma forma passou voando por Mia em um borrão, deixando uma rajada de vento em seu rastro, que pegou uma lágrima em sua bochecha e a ergueu no ar. A gotícula cristalina brilhou à luz do sol.

— Hora de separar, garotos. Vocês estão fazendo nossa querida princesa chorar.

A forma continuou a avançar como um vendaval senciente, subindo aos céus antes de cair de volta entre os dois príncipes, bem no momento em que suas espadas estavam prestes a se encontrar. Abel desceu sua lâmina. Sion varreu a sua para cima. Houve um clangor agudo — Não, dois! Então um par de espadas girou no ar e caiu no chão. Os dois príncipes, ambos desarmados, congelaram e encararam as lâminas agora apontadas para seus peitos, e em direção ao homem que as segurava.

Dion Alaia, com uma espada em cada mão, sorriu.

— Veja, nossa princesa é um pouco chorona, então eu agradeceria se vocês parassem de lhe dar mais motivos para fazer uma cena.

— Ahh…

A aparição súbita de um aliado trouxe uma onda de alívio que percorreu Mia e transformou suas pernas em gelatina. Ela balançou um pouco antes de tombar para trás, mas aterrissou, não na superfície dura do chão, mas no abraço terno de algo quente e macio.

— Milady!

Uma voz familiar soou em seu ouvido. Ela se virou e encontrou um rosto igualmente familiar.

— A-Anne!

Sua primeira e mais fiel súdita a segurava em seus braços, lágrimas escorrendo por seu rosto.

— Anne… Anne…

Mia envolveu os braços em volta de Anne e apertou, enterrando o rosto em seu peito. O momento precioso, no entanto, foi interrompido por um rugido de fúria.

— Patife insolente! Ousa brandir uma arma contra Sua Alteza, o Príncipe Abel? Abaixe-a imediatamente! — O homem que guardava Mia, Bernardo, a Lança de Adamantina, fuzilou Dion com raiva.

— Você não tem honra? Nenhuma vergonha? Você se intrometeu em um duelo sagrado entre príncipes!

Dion riu.

— Bem, bem, bem, acho que sim. Sim, posso ver por que você estaria furioso, com seu precioso príncipe duelando até a morte enquanto você range os dentes resistindo ao impulso de ajudar. Enquanto isso, o pequeno eu aqui simplesmente entra e se junta à diversão. Irritante, não é? O problema é que minha lealdade não é jurada a nenhuma de Suas Altezas.

— Silêncio, canalha! Sua impudência merece a morte! Considere sua vida perdida!

O comandante enfurecido correu em direção a Dion que, em resposta, largou a espada em sua mão esquerda e mudou para uma empunhadura de duas mãos para a da direita. Ele observou seu inimigo se aproximando com um sorriso de lobo.

 


 

Tradução: Gabriella

Revisão: Matface

 

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