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Império Tearmoon – Vol. 01 – Cap. 54 – O Torneio de Esgrima: A Luta de Abel

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A Academia Saint-Noel realizava um torneio de esgrima semestral, no verão e no inverno. Em geral, todos os estudantes homens eram obrigados a participar, tornando o torneio um evento muito popular.

— Milady, veja! Tem tanta gente aqui!

— Sim. Parece que a cidade inteira veio.

No enorme terreno da escola foram montadas três arenas especiais, cada uma cercada por barracas de rua. Por ser uma escola da nobreza, normalmente Saint-Noel era fechada para plebeus, mas hoje era exceção: pessoas de todas as classes podiam entrar. Comerciantes, depois de passarem pela rígida inspeção de Rafina, podiam montar suas barracas onde quisessem. O local inteiro parecia um festival.

Isso me lembra… Eu já fiz isso na linha do tempo anterior, já andei sozinha entre as barracas…

Naquela vez, Mia queria passear com Sion. Nem passou pela cabeça dela ser rejeitada, então avisou suas amigas que estaria ocupada. Resultado: ninguém aceitou sua marmita, e ninguém a acompanhou. No fim, ela abriu sua lancheira e acabou comendo sozinha, ela também acabou vagando sozinha pelas lojinhas.

Aquilo foi um horror…

Ela ficou tão amargurada por não aguentar ver suas amigas se divertindo que passou o dia de cara feia, fazendo surgir o boato de que odiava o torneio. Depois disso, ninguém mais a convidou para os próximos torneios.

— Olha, milady! Aquilo parece delicioso!

— De fato, Anne. Pode comprar para nós? Três porções, por favor: uma para mim, uma para você e uma para a Chloe.

— Pode deixar!

Anne correu e logo voltou com uma caixinha de papel. Um cheiro adocicado encheu o ar. No topo da comida tinham alguns pedaços de algo vermelho. Mia pegou um pedaço com seus dedos e colocou na boca. Na hora que aquilo tocou sua língua, ela sentiu seu nariz arder. Um segundo depois, ela sentiu lágrimas escorrendo pelo seu pescoço…

Ahh… Então é assim que é ser emocionada às lágrimas…

Ela pensou em Anne e Chloe… e em como era maravilhoso ter amigas de verdade para andar pelo festival.

Eu devo estar tão feliz agora que… Estas devem ser… lágrimas de alegria…

— Princesa Mia! Isso! Isso!

Chloe agitava os braços desesperadamente.

— Eh?

— Isso é pimenta carmesim! É super apimentada! Cuspa! Rápido!

— Hã? A-Ahh, está apimentado! Está muito apimentado! Ahhh, meu nariz está queimando!

O ardor da pimenta carmesim fez seus olhos encherem de lágrimas e o nariz ficar vermelho.

— Á-Água… alguém… traga água…

— Aqui, beba isto.

Alguém estendeu uma garrafa para ela. Ela imediatamente pegou a garrafa e bebeu. Um sabor cítrico refrescante limpou o gosto picante.

— Ufa… agora estou bem. Muito obrigada, — ela disse, enxugando as lágrimas e olhando para seu salvador…

— P-Príncipe Abel! 

Abel estava na frente dela, usando uma armadura de cavaleiro. Mesmo sendo uma armadura de treino, com proteções de couro para o peito e cotovelos, ele ainda estava impressionante, mesmo com uma roupa que, sem sombra de dúvidas, era feita para lutar. Tendo que enfrentar essa visão nova do príncipe, Mia não pôde fazer nada além de…

Não, coração, não! Nada de palpitar! Eu sou melhor que isso!

…resistir o máximo possível para não desmaiar.

— Ah, desculpe! Era algo que você ia beber no torneio? — Mia perguntou enquanto olhava para a garrafa na qual ela acabara de beber — Vou comprar outra para você!

— Não tem problema. Ainda tem metade, —  Abel respondeu enquanto pegava a garrafa de volta. Mia assistiu enquanto ele amarrava ela de volta em seu cinto.

No-Nossa, ele pretende beber naquela garrafa? Mas… eu acabei de beber nela. Eu toquei minha boca nela, então, se ele beber dela… então… então—

Enquanto ela pensava no significado da situação, o ponto final de seu raciocínio a levou para algo que sobrecarregou seus sentidos, e sua mente ficou em branco. Abel, por outro lado, não pareceu se importar. Ele era um garoto de doze anos com um conhecimento escasso sobre relacionamentos. Além disso, ele tinha um torneio para se preocupar, só isso já ocupava espaço o suficiente de sua mente para impedi-lo de se obcecar com o fato de se compartilhar uma garrafa era algo apropriado ou não.

Is-Isso é… um beijo indireto?!

Por outro lado, Mia estava no meio de um colapso.

— Algo errado, Princesa Mia? Você parece estranha…

— Es-Estou perfeitamente bem! —  foi o que ela falou, mas notou Abel olhando intensamente para ela, com o seu rosto a apenas alguns centímetros dela.

— …Nngh!

Mia engoliu em seco.

— Você tem certeza? Você parece estar com febre….

— E-E-Eu não tenho febre alguma, estou perfeitamente bem! Fa-Falando nisso, uhm… Princípe Abel, qual é o seu primeiro oponente? — Mia perguntou em uma tentativa desesperada de mudar de assunto.

Antes que ele respondesse, uma terceira voz interrompeu:

— Ora, ora, quem temos aqui? Se não é Vossa Alteza Mia.

Um jovem homem se intrometeu na conversa. Ele não era nenhum estranho, Mia havia confrontado ele antes, confronto esse no qual ela deferiu verbalmente algo equivalente a um tapa na cara.

— Você… é o irmão do Príncipe Abel, não é?

— Que honra ser lembrado por Vossa Alteza —  disse o Primeiro Príncipe de Remno. Ele fez uma reverência exagerada antes de continuar. — Aliás, ouvi rumores que você preparou uma marmita para o meu irmãozinho.

— Preparei sim, com muito carinho, —  Mia declarou de forma orgulhosa, apenas para ser rebatida com uma risada zombeteira do Primeiro Príncipe.

— Hahahaha. Foi mesmo? Bem, isso… Hm, como eu devo dizer isso… é realmente um grande azar.

— Hum? Do que você está falando? 

— Heh. O que eu quero dizer é que… o primeiro oponente de Abel serei eu. Ou seja, ele perderá a primeira batalha. O que é perfeito, porque então ele poderá comer seu almoço. Nada melhor do que uma boa derrota antes de uma refeição, certo? Realmente faz a comida descer bem, lágrimas são um ótimo tempero, — ele disse com sorriso de desprezo — Mas eu devo admitir, eu não esperava você ficar caidinha pelo meu irmão. Parece que a famosa Grande Sábia do Império é apenas uma criancinha ainda. Quanto mau gosto por homens.

— Me desculpe querido irmão mas, — Abel interveio enquanto apressadamente se colocou no meio deles — por favor, pare de ser rude com a Princesa Mia.

Abel sabia que seu irmão mais velho estava julgando Mia baseado na visão do reino de Remno sobre as mulheres. Isso era um erro. Embora Mia não tivesse – ao menos em sua cabeça – falta de tolerância e benevolência, isso não significava que ela era um saco de pancadas. Atrevida, orgulhosa e extremamente sábia – descrições apenas válidas no mundo fantasioso dele, é claro – ela não era o tipo de garota que engoliria facilmente um insulto. Sentindo que a insolência de seu irmão devia ter incitado a ira de Mia, ele olhou ansiosamente na direção dela. Para a surpresa dele, ela não disse uma palavra. Ao invés disso, ela calmamente recuou e se escondeu atrás dele.

Princesa Mia… Mas, por quê?

De primeira, Abel ficou abismado que Mia havia recuado do confronto. Então, ele percebeu a verdadeira intenção dela.

É por que… ela quer eu assuma?

Se ela quisesse, Mia facilmente poderia enfrentar ele. Com sua esperteza, o irmão dele não teria chances em um duelo de palavras. Mas ela não fez nada disso. Invés disso, ela decidiu falar apenas uma coisa.

— Irei esperar por sua vitória, Príncipe Abel.

A expressão dela estava perfeitamente calma.

Minha… vitória? Ela acredita que eu posso vencer?

Era verdade que agora vencer seu irmão também seria uma forma de defender a honra de Mia. No entanto…

Abel respeitava seu irmão, o irmão contra o qual ele nunca venceu uma única batalha, que era muito mais habilidoso na espada do que ele, e que bem mais alto do que ele.

Eu vou conseguir? …Eu consigo?

Algo pesado e obscuro começou a tomar seu coração. Ele conhecia esse sentimento. Era desespero, e justo quando sua visão começou a escurecer…

— Prefiro vencer antes de comer. A comida fica mais gostosa assim.

O calor da voz dela expulsou a escuridão e acalmou seu coração ansioso.

— S-Sim, claro… — Ele sorriu. — Eu também prefiro.

 

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— Você… é o irmão do Príncipe Abel, não é?

Mia franziu a testa. Ela não conseguia lembrar o nome do jovem. Enquanto ela se esforçava para pensar no nome, o príncipe sem nome lançou um discurso desdenhoso que ela vagamente prestou atenção. Eventualmente ela suspirou e desistiu de lembrar do nome dele.

Vejo que ele nutre bastante desdém por mim, ela pensou enquanto ociosamente olhava para o sorriso exagerado no rosto dele. Certo, isso vai ser um pouco complicado.

Mia não realmente pensou algo ruim do irmão de Abel. Ela… não pensou nada sobre ele na verdade.. Ela esquecera completamente da existência dele até esse momento. Daquela vez ela estava tão focada em ficar longe de Sion, e se aproximar de Abel, que ela não prestou atenção em mais ninguém. Depois disso ela continuou sem nenhum interesse em particular sobre o irmão de Abel, e a aparência dele rapidamente sumiu de sua memória.

Todavia, a situação atual requeria um pouco de cuidado. Interessante ou não, ele era o Primeiro Príncipe de Remno, azedar as relações com ele não levaria a nada bom. Afinal, toda a razão para ela se aproximar de Abel era para pedir reforços à Remno quando tudo fosse de mal a pior. Todos os esforços dela iriam por água abaixo se o Primeiro Príncipe vetasse o pedido dela. Ela não precisava que ele gostasse dela, mas não queria que ele a odiasse do fundo do coração também.

O que quer dizer que é importante não demonstrar hostilidade em excesso!

Com essa finalidade, ela decidiu recuar e deixar a animosidade dele se dispersar em outro lugar. O objetivo de Mia era simples: não ser guilhotinada. Evitar a guilhotina estava na sua mente o tempo todo, e esse desejo era o que impulsionava suas ações.

Agora o Príncipe Abel só precisa perder e o irmão dele se sentirá bem e orgulhoso de si mesmo… Então eu confortarei o Príncipe Abel após sua derrota e ficarei ainda mais amiga dele. Ora, ora, é basicamente matar dois coelhos com uma cajadada só.

Depois de alguns cálculos meticulosos, ela olhou para Abel…

— Irei esperar por sua vitória, Príncipe Abel.

…E deixou escapar seus verdadeiros pensamentos. Ela queria dizer algo diferente, mas de repente ela se lembrou das mãos calejadas dele. Se lembrou das horas que ele gastou praticando com a espada. Sabia o quanto ele houvera se esforçado. Naquele momento, o pensamento dele perdendo… soou estranhamente irritante.

Nossa, que estranho. Porque me sinto dessa forma?

Confusa com suas próprias palavras, ela tomou um momento para pensar nisso. Eventualmente ela chegou a uma conclusão.

Ah, entendo. É porque eu me esforcei tanto para fazer esses sanduíches, seria uma pena se ele se sentisse triste depois de perder e não conseguisse apreciar o quão delicioso eles são…

Ela acenou pra si mesma, confiante da precisão de sua própria análise. — Prefiro vencer antes de comer. A comida fica mais gostosa assim.

 

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— Agora, vamos começar a sétima luta das qualificatórias! Abel Remno, Gain Remno, venham para a arena!

Chamado pelo árbitro, Abel respirou fundo e subiu os degraus da arena rapidamente. Chegando ao centro, ele sacou sua espada e esperou. Além da lâmina de sua espada de treino estava seu irmão — um símbolo perpétuo de todas as suas derrotas. O nervosismo fez seu estômago remexer.

Mas… eu não posso perder.

Ele firmou sua mão na empunhadura da espada e encarou seu irmão.

— Vamos ver o quanto você melhorou, querido irmãozinho

Gain levantou sua espada acima dos ombros e sorriu de forma arrogante. Abel piscou. De repente, Gain avançou e balançou sua espada para baixo.

— Ugh…

Abel recebeu o golpe pesado com sua espada; as espadas colidiram, gerando um ruído irritante. O impacto percorreu seus braços, deixando eles dormentes, ele quase derrubou sua espada. Embora as espadas foram cegadas, isso não fazia o metal ficar nenhum um pouco mais leve. Elas poderiam não cortar, mas com certeza poderiam machucar. E, sem sombra de dúvidas, poderiam quebrar ossos. Uma memória passou rapidamente pela sua cabeça, uma memória da última vez que ele sofreu uma fratura enquanto enfrentava seu irmão. Ele lembrou da dor, seu corpo ficou tenso.

— Hmph. É só isso? Nada melhor do que eu esperava.

Gain lançou um olhar de desdém. Ele cerrou os dentes.

Maldição, ele é forte.

Os garotos no começo da adolescência crescem rápido, ficando maiores e mais fortes a cada ano. Sendo mais velho, a vantagem de Gain na força bruta era considerável, e seus ataques poderosos deixavam Abel sem nenhuma outra escolha senão gastar todo o seu tempo se defendendo.

— Tenho que admitir,—  provocou Gain, — você arrumou uma boa garota, Abel.

— O quê?

Eles atacaram novamente, travando espadas. Gain se inclinou, aproximando seu rosto.

— Não pensei que um fraco como você pudesse conquistar a princesa do Império. Nosso pai vai adorar saber disso.

Gain gargalhou antes de olhar para trás de Abel, para as arquibancadas, onde Mia estava assistindo.

— Falando nisso, sua garota está bem menos ousada hoje. O que aconteceu com a Grande Sábia do Império, hein? Ela é só uma criancinha no final das contas. Imaginei que se assustasse ela um pouco ela começaria a se comportar, e olha só para ela agora. Agradável e silenciosa.

— Isso—

Gain continuou antes que Abel pudesse refutá-lo.

— Se vocês dois se casarem, então traga ela para Remno. Me dê uma semana, e eu irei ensiná-la a se comportar.

Abel viu flashes de memória em sua mente: sua mãe, sua irmã, as criadas…

— Talvez eu tenha que ser um pouco violento com ela, mas não se preocupe. Um pouquinho de dor passa rápido. Elas aprendem melhor dessa forma. Será melhor para você a longo termo. Com isso, nós teremos o Império nas nossas mãos…

Memórias obscuras ressurgiram na mente de Abel. Visões de assédio, abuso, às vezes de violência… As imagens de mulheres na vida dele — todas com os olhares vazios e cabisbaixo — não paravam de ir e vir,  e, por um momento, ele viu Mia, com o olhar tão triste quanto o delas…

Seu coração, que estava batendo furiosamente, começou a se acalmar. Sua visão clareou, ele sentiu que podia enxergar novamente. Um golpe da espada de seu irmão iria doer, até mesmo iria feri-lo, mas isso não importava mais. Nada podia se comparar com a coisa que agora ele sabia que era mais importante do que todas as outras.

— Gain,—  ele pôde ouvir si mesmo falando. Sua voz era fria – bem mais fria do que ele próprio esperava.

— O quê? — Seu irmão também notou a mudança no tom de voz dele.

Abel abaixou sua espada e recuou.

— Você pode me chamar do que quiser. Xingue-me. Insulte-me. Não me importo. Mas, — Abel encarou seu irmão com um olhar penetrante, — se você falar mais uma única palavra ruim sobre a Princesa Mia…

Ele pensou na garota conhecida como “Grande Sábia do Império”. Pensou na luz que ela trouxe para o mundo dele. Tomarem dela aquela aura radiante… 

Era algo absolutamente inaceitável.

— Então o quê? O que você vai fazer?

Gain balançou sua espada com apenas uma mão, zombeteiramente, o nível de provocação com a sua atitude era quase ridículo. Abel observou calmamente seu irmão enquanto ele segurava a espada com as duas mãos e levantava-a acima de sua cabeça. Era a primeira postura do estilo de luta passado adiante pela Família Real de Remno. Haveria apenas um único golpe, no qual o usuário usaria toda a habilidade e força que tinha em um único corte para baixo. O objetivo era simples — Balance mais forte. Balance mais rápido. Acerte eles antes que lhe acertem. Era isso. Não havia necessidade de defesa. Esse único ataque decidiria tudo.

Vendo a postura de Abel, Gain caiu em gargalhada. De certa forma, sua chacota era entendível, porque essa era a postura mais básica de todas — a primeira coisa que todo espadachim iniciante aprendia em seu treino inicial.

— A primeira postura? Está brincando comigo? Mas enfim, creio que isso combina com perdedores como você.

Abel manteve seus olhos fixos em seu irmão. Observou ele confiantemente se abaixando em uma postura. Observou ele levantando sua espada. Observou o irmão que ele nunca havia derrotado se posicionar para receber seu golpe final. Então, ele exalou.

Agora!

Ele deu um pisão no chão e avançou.

— Eu não vou permitir que você a insulte mais!

Ele gritou essas palavras o mais alto que pôde. Ao mesmo tempo, ele balançou a espada com todas as suas forças. O sol bateu na espada e ela refletiu um raio cegante.

Em um piscar de olhos, a luta terminou.

— GYAAAAAH!

Gain soltou um gemido patético. Sua espada caiu no chão com estrondo. Cravada em seu ombro estava a lâmina cega da espada de Abel.  

— A luta acabou! —  gritou o árbitro.

Aplausos ensurdecedores reverberaram pela arena. Abel observou enquanto seu irmão era carregado para fora, sua mente entorpecida.

— Príncipe Abel!

Foi só quando ouviu a voz dela que a tensão abandonou seus ombros.

 


 

Tradução: Maycon

Revisão: Matface

 

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