Parte 8
— …Esta partida. Raffi venceu a batalha para medir seus calibres de Rei?
Perto do centro de Avalon, que foi transferido para a Floresta Antiga. A Rainha Raffi, que libertou a figura do corpo principal do Eclipse Sagrado, voou para o céu e devorava os Abyss um após o outro. Enquanto isso acontecia, a Autômata Arshalia olhou para o céu e murmurou.
O granizo prateado virou neve quando ela percebeu. A neve continuava a cair silenciosamente, como se fosse para esconder a matança sangrenta que se desenrolava diante de seus olhos.
Antes de Raffi ganhar força, ela não era mais do que uma mulher que só podia temer o mundo.
Mas, depois que se fundiu com o Eclipse Sagrado, ela reagiu apropriadamente mesmo diante do aparecimento de inimigos inesperados e construiu sua vantagem diligentemente.
Ela não confiava apenas nas Autômatas e Avalon, que estavam sob seu controle.
Ela acreditou que o inimigo era Lux, leu sua personalidade e então respondeu com o plano mais adequado.
Raffi fingiu que seu próprio exército estava sendo enganado, identificou Airi como a espiã de Lux e enviou um assassino para lidar com isso.
Mesmo na improvável chance de Lux vencer Philuffy e El Fajura, ela já havia preparado outra Autômata para acabar com ele depois disso.
A própria Raffi estava removendo o enxame de Abyss, além de estar estocando energia.
O destino da rebelião que Lux tentava realizar já estava prestes a ser determinado.
Seria desejável não matar Lux, que agora era o herói do Novo Reino, e aplicar uma lavagem cerebral, mas Raffi tomou a decisão de matá-lo devido ao desenrolar de tudo.
A determinação de derrubar o inimigo.
A determinação de acabar com o câncer do país mesmo que tivesse que sujar as próprias mãos.
A Autômata Arshalia estava falando enquanto levava em conta a situação atual, mas…
— Calibre, hein… Certamente, Sua Majestade, a Rainha está tentando cumprir o caminho que lhe é imposto para se tornar Rei. Quanto ao seu calibre, não há nada que possa ser criticado. Mas…
Em resposta à pergunta de Arshalia, Fugil permaneceu sentado em uma pequena pedra enquanto olhava diretamente para o céu vazio e cinza.
— Entendo, então essa é a sua resposta, hein… Lux.
— …?
As palavras que Fugil pronunciou de repente fizeram Arshalia inclinar a cabeça.
Parte 9
*GAKIiIN!*
Os golpes consecutivos de Philuffy, que nem sequer davam tempo para respirar, aproximavam-se com um rugido.
Ao contrário da técnica secreta de Lux, <Ação Final>, os ataques de Philuffy não eram feitos sem pausa entre eles.
Usando a armadura para socar, chutar, agarrar, arremessar, incluindo a <Âncora de Pilo> para atirar e puxar, ou talvez a própria movimentação de Philuffy em alta velocidade. Sua grande variedade de métodos de ataque quase não dava espaço para contra-ataque ou defesa.
Mas, para um humano controlando um Drag-Ride, tal coisa era uma ação impossível.
Como o Drag-Ride era controlado usando o corpo e a mente, o momento em que o piloto precisava respirar devido ao cansaço chegaria de qualquer jeito, e ainda assim esse momento nunca chegava.
Pelo contrário, a respiração de Lux, que estava completamente na defensiva, estava se esgotando primeiro. Ele estava se tornando incapaz de evitar os ataques.
A princípio ele pensou que a causa disso era o truque do Drag-Ride parasita <Python> de El Fajura, mas não era isso.
Aeril, que estava observando de lado, percebeu o motivo e chamou Lux.
— Lux! Não! Ela não vai parar mesmo se você continuar defendendo assim!
— …!?
Aeril estava suportando o ataque feroz do <EX Wyvern> de El Fajura enquanto mal levantava a voz para dizer isso.
— Operação de controle corporal, através de todo o seu corpo… até o interior de seu corpo! Esse é o poder que ela obteve através do Batismo!
Quando Lux olhou bem de perto, era fraco, mas havia leves padrões geométricos flutuando em todo o corpo de Philuffy.
Controle do corpo.
A maioria dos humanos tendia a pensar que era capaz de fazê-lo com habilidade suficiente sem se concentrar nisso, mas, inesperadamente, o número de funções corporais que podiam ser completamente controladas pela vontade própria de um humano era limitado.
Reflexo, imunidade, transpiração, etc. Tudo era realizado inconscientemente respondendo à situação. Não podiam ser controlados pela vontade de um humano.
— Se ela se tornar capaz de controlar completamente sua função corporal e o poder do Abyss… será capaz de prender a respiração por muito mais tempo do que um humano normal, a flexibilidade e resistência de seu corpo também.
As pessoas que foram transformadas em Nocturnal pelo Elixir no passado usaram seus Drag-Rides de uma forma que não levava em conta o peso em seus corpos.
Philuffy também inseriu isso em suas táticas e encurralou Lux.
(Então é isso…!)
O controle corporal que Philuffy obteve no Batismo.
Não havia dúvida de que isso aumentou sua força em um nível, mas ele estava sentindo uma força que ainda era incapaz de enxergar o fim.
Supondo que Philuffy obtivesse força, isso terminaria exatamente assim?
— É inútil mesmo se souber disso. Vocês dois não vão vencer ela e eu! Temos o dever de acreditar no Eclipse Sagrado, na mestra, e proteger Avalon e as Ruínas. Pelo bem da paz deste mundo!
Os arredores do <EX Wyvern> que El Fajura usava invocaram armadura adicional.
<Sobre-Limite> — a forma final após os limitadores do Drag-Ride serem removidos. Ela se preparou para encerrar a luta.
— Kuh…!
— Você está planejando me desafiar com um chicote quebrado, sua idiota.
Aeril, que afastou a espada de tamanho médio, pegou seu <Chicote de Luz> em sua mão.
O armamento especial foi parcialmente destruído durante o processo de apoio ao Lux várias vezes, mas era a arma na qual Aeril era mais habilidosa e decidiu fazer sua última resistência com ela.
— Eu tenho que proteger… se eu usar essa força, certamente… posso me tornar livre.
Por outro lado, Philuffy desejava algo em sua mente vazia.
Ela certamente pretendia usar todas as suas forças para proteger o Novo Reino.
(Eu não posso deixá-la…! Eu não vou deixar a Phi ser levada por eles!)
Mesmo que Lux desejasse que ela se esquecesse de alguém como ele, que poderia morrer fazendo isso.
Mesmo que não quisesse que ela arriscasse a vida por causa dele.
Ele se perguntou por que estava se sentindo tão magoado pelo coração dela ter sido levado por outro.
Lux sabia… não, já sabia há muito tempo.
A estrutura do <Bahamut> estava rangendo devido aos danos acumulados. A movimentação de cada parte foi gradualmente diminuindo.
Por que ele não queria que Philuffy fosse tocada por ninguém?
Por que ele queria que ela ficasse como era para sempre?
(Eu não queria que ela mudasse. Eu desejava que o único apoio do meu coração permanecesse como estava…)
Lux pretendia proteger Philuffy, quando na verdade dependia dela.
Ele não percebeu, fingiu não perceber o carinho que ela lhe dirigia.
A Veste Divina <Recarga em chamas> de Lux e as três técnicas secretas de controle do Drag-Ride foram seladas porque ela estava pressionando Lux sem lhe dar tempo para respirar.
Era possível em teoria, mas ele não esperava que existisse um Drag-Knight capaz de fazer isso.
Lux estava em uma situação desfavorável onde sua derrota era altamente provável, mesmo assim ele continuou a resistir.
Com a sua própria capacidade de previsão, que foi fortalecida também pelo Batismo, ele mal foi capaz de evitar um golpe letal.
(Só mais um pouco e poderei memorizar o movimento atual do <Typhon>. Se eu puder prever seu objetivo, terei que derrubá-la com um ataque. Para não deixar Philuffy usar o poder do Abyss ainda mais do que isso também.)
— Tsu… haa!
Philuffy parecia atingir seu limite. Sua respiração estava ficando mais rápida e o impulso de seu ataque estava diminuindo ligeiramente.
Lux, que viu isso, desviou o soco que <Typhon> desferiu com a ponta de sua lâmina, aparando-o.
Para acertar um golpe do <Saque Rápido> na parte de trás de seu ombro indefeso, ele reuniu forças por um momento. Naquele instante..
— Lu…?
— Tsu…!?
Quando Philuffy, que estava com uma expressão vazia, disse essa palavra, o interior da cabeça de Lux ficou puramente branco.
Ela recuperou a consciência? Ou talvez tenha sido apenas um murmúrio reflexivo?
O que aconteceu com o poder do Abyss plantado dentro de seu corpo? Se ela espalhasse a raiz de Yggdrasil em seu Drag-Ride, então o efeito…
Logo após ele abrigar tal hesitação por um instante, o soco direto do <Typhon> perfurou <Bahamut>.
— Uh-ah!
O soco não pôde ser defendido mesmo quando Lux fortaleceu imediatamente a barreira.
Ele bateu na parede de metal na direção em que foi jogado. Sua respiração parou com o impacto que percorreu todo o seu corpo.
Lux mal evitou que sua armadura fosse dissipada, mas não conseguiu continuar.
Pelos próximos segundos, ele não seria capaz de fazer nada além de receber totalmente o ataque de seu oponente.
Mas se Philuffy estivesse recuperando sua consciência…
— …
— Phi…?
Não houve nenhuma mudança na condição de Philuffy.
Ela estava olhando para Lux com um olhar vazio e ergueu o enorme punho do <Typhon>.
— Você caiu nessa, né, idiota. Isso foi o plano que a atual mestra me ordenou fazer.
— …
As palavras de El Fajura, que estava cruzando espadas com Aeril, deixaram Lux estupefato por um instante.
O fluxo dessa batalha, tudo, até o contra-ataque de Lux ser evitado, era o esquema de Raffi, que estava manipulando Philuffy.
A verdadeira força de Lux, que derrotou vários inimigos poderosos até agora, era sua força mental. Para selar isso, Raffi usou Philuffy.
(Essa é minha derrota… Sua Majestade Raffi, você é realmente formidável…)
Mas se Philuffy não estivesse vinculada ao poder de um Ragnarok e pudesse estar segura, então Lux pensou que estava tudo bem.
Se havia um arrependimento que ele ainda tinha, era…
(Senhorita Lisha….)
A garota em quem ele acreditava e a quem confiou seu próprio reinado…
Parte 10
Ao mesmo tempo, dentro de uma sala de um certo esconderijo localizado na Capital Real, Lordgalia.
Um homem e uma mulher estavam sentados em frente à lareira dentro da sala daquele prédio que parecia uma casa vazia.
— Está tudo bem? Senhorita Magialca…
— O que foi, Lolotte? É sobre eu não deixar você ir ajudá-los?
O jovem servo que ajudava Magialca, que estava confinada a uma cadeira de rodas, Lolotte, fez uma pergunta. Em resposta, sua mestra lhe respondeu.
Magialca, que estava cooperando com Lux nos bastidores sob o nome de Divisão Azure, deu-lhe todo o apoio que pôde. Agora ela estava olhando para o céu nublado que era visível pela fresta da cortina.
— Não, quero dizer sobre… confiar tudo a ele. Para começar, também estou intrigado com o seu envolvimento nesta batalha…
A pergunta de Lolotte, que era seu assessor e também seu fiel seguidor, só era natural se fosse considerada objetivamente.
Certamente era uma grande ameaça para o mundo, mas era impensável que seriam capazes de vencer Raffi, que se fundiu com o Eclipse Sagrado, e Fugil, o portador do <Ouroboros>.
A aposta precipitada de Magialca ao apoiar Lux, que até a fez enfrentar perigo, mesmo quando ela já era considerada como morta, era algo que Lolotte não podia apoiar.
Mas a mestra em quem ele confiava sorria destemidamente mesmo estando coberta de bandagens.
— Você está realmente desconfiado, apesar de nos conhecermos há muito tempo. Minhas apostas em relação aos negócios já falharam quando eu pensei que era a pessoa certa?
— …Não sei se foi influência do Singlen, mas esse jovem é muito honesto. Contra a Rainha Raffi, que está usando todos os métodos de estratégia, tanto como estadista quanto como alguém que está acima dos outros…
A Rainha Raffi obteve uma força igual ou superior a Lux ao se fundir com o Eclipse Sagrado.
Em contraste, Lux estava desafiando uma batalha para derrotar o Eclipse Sagrado e Fugil de uma forma que ninguém notaria. Era algo muito difícil.
Olhando para o todo, Lolotte julgava que Lux não tinha chance de vitória.
— Você realmente não entende. Por que acha que eu enviei os Sete Paladinos Dragão que não recuperaram suas memórias… que são incapazes de se libertar das amarras da revisão do mundo, para a Floresta Antiga?
— …?
Seu assessor inclinou a cabeça, perplexo. Magialca continuou com um sorriso malicioso.
— Veja, é porque aquele homem… Lux, é uma figura heroica que não é inferior em comparação com Singlen ou Raffi. Aquele homem olha para as pessoas, conversa com elas e as enfrenta mesmo que tenha que arriscar sua vida, sem fugir ou se sentir irritado pelo esforço incômodo. É exatamente por isso que as pessoas poderosas se aliaram a ele. É exatamente isso…
O reinado que Lux almejava e buscava até agora.
Era uma disposição como Rei diferente de Raffi e Singlen. A disposição própria de um Rei.
Parte 11
— …!?
A espada do <Vouivre> usado por La Krusche foi balançada para baixo. Airi fechou os olhos com medo da morte.
Porém, não só o corpo de Airi, até mesmo a armadura do <Drake> que ela usava não sentiu nenhum impacto.
Quando ela abriu os olhos com medo, uma visão completamente inesperada se desenrolava ali.
— …Parece que chegamos a tempo heeein.
— Você é…!?
Os olhos de Noct, que estava consertando seu Drag-Ride a alguma distância, se abriram espontaneamente.
Aquela que parou a espada do <Vouivre> usando uma grande foice e protegeu Airi era uma garota ruiva usando uma enorme armadura cinza escura.
— Rosa Granhide!? Por que está aqui?
La Krusche perguntou com uma cara duvidosa enquanto empurrava a espada que estava travada com a foice.
Em resposta, Rosa defendeu com sua foice junto com um sorriso perigoso.
— Essa frase é minhaaa. Não sei o que está acontecendo, mas se estiver atacando a irmã mais nova do Sr. Lux, obviamente irei protegê-laa. Você está preparada?
Os olhos vermelhos de Rosa brilharam e ela ameaçou.
Em resposta, La Krusche olhou para Rosa, que se opunha a ela, com uma expressão amarga.
— Que inesperado. Um oponente não planejado aparecendo neste lugar… mas ainda é…
Mesmo chocada, La Krusche enviou seus pensamentos para suas colegas autômatas.
Re Plica, que estava com Alma, iria dar o golpe final no Lux.
— Hmph. Bem, tudo bem então. Tenho certeza que também vai dar certo por lá.
La Krusche inclinou a cabeça ao ver o sorriso significativo de Rosa.
Ela não entendeu o significado daquele sorriso neste momento.
Mas algo também estava acontecendo em um lugar distante dali.

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— Por que você veio para cá desu? Você…
Ao mesmo tempo, Soffice Xfer, que veio junto com Rosa para a Floresta Antiga, estava enfrentando a Operadora da sétima Ruína, Lua, a Autômata Re Plica.
No braço blindado do Drag-Ride Divino de cor dourado, <Vritra>, que era usado por Soffice, estava Alma, que ela tomou de Re Plica.
— Você é…?
— Sim, sou Soffice. Membro dos Sete Paladinos Dragão da Confederação Turkimes e amiga íntima do Lux, talvez.
Alma não sabia o que dizer para a garota de pele morena que falava indiferentemente com seu peculiar rosto inexpressivo.
— Por que você me salvou?
— Ouvi da Magialca que você é colega do meu amigo íntimo… Lux. Além disso, tenho um negócio com a Autômata na minha frente.
Soffice também ainda não havia recuperado a memória de antes da revisão mundial.
Mas estava começando a ter uma vaga ideia de que algo fora do lugar estava acontecendo nesta Floresta Antiga.
— Vamos dar o nosso melhor como colegas que foram ajudadas pelo Lux. Então…
— …! Estou em dívida com você!
Alma, que foi desamarrada por Soffice, começou a correr para um matagal.
Assim, os dois membros dos Sete Paladinos Dragão, que estavam ajudando Lux, entraram em batalha contra as Autômatas.
Parte 12
— Haa, haa…… Droga! O que diabos é aquele monstro?
Lisha lentamente recuperou o fôlego enquanto se escondia atrás de uma árvore.
De longe ela podia ver os incontáveis Abyss voando no céu e um misterioso objeto voador devorando-os um após o outro.
O acampamento do Novo Reino e a Divisão Azure.
Ela não sabia que lado estava ganhando vantagem, mas entendia que esta não era uma situação normal.
Lisha se separou de Airi e Noct. Também era difícil procurá-las em seu estado, que era incapaz de usar seu Drag-Ride.
A neve estava caindo ao seu redor e ela estava sentindo muito frio.
Ela seria capaz de manter a temperatura se usasse seu Drag-Ride, mas nesse ritmo poderia congelar até a morte.
(Só mais um pouco e poderei invocar novamente o <Tiamat>. E então…)
Ela acalmou sua respiração e fortaleceu sua vontade.
— Lux. Eu não vou morrer até voltar e encontrar você mais uma vez…
Foi como naquele dia, há cinco anos.
Naquela época, Lisha perdeu tudo em que podia confiar e entrou em desespero.
(Fui abandonada pelo pai e até minha irmã mais nova me traiu… eu perdi tudo.)
No entanto, agora ela tinha o Lux.
Seu cavaleiro que era digno de confiança do fundo do seu coração.
Não, Lux já havia se tornado uma existência especial para ela há muito tempo, talvez até mesmo desde aquele dia em que ele a salvou.
— Na próxima vez que encontrar o Lux… vou lhe dizer corretamente. Na verdade, quero que seja ele quem me diga, mas…
Lisha colocou silenciosamente a mão no peito, fechou os olhos e pensou na figura do jovem.
(Eu decidi. Que vou ajudar a mamãe junto com o Lux e proteger o Novo Reino. É por isso que eu não vou perder contra esses caras nesse tipo de lugar…)
A determinação que nasceu dentro de Lisha despertou o poder do Batismo e aumentou a temperatura do seu corpo.
— Sim, eu consigo agora! Apenas espere! Lux!
Lisha respirou fundo e ergueu seu Dispositivo Espada para o céu mais uma vez.
A chama da esperança ardia naquele peito.
Parte 13
— O qu-!?
Na instalação de Avalon — Arquivo — localizada no subsolo próximo à posição de Lisha.
O soco que Philuffy desferiu não foi contra Lux.
Na verdade, a ponta da <Âncora de Pilo> cravou na armadura do <EX Wyvern> que El Fajura estava usando.
A realidade inesperada fez El Fajura e Lux arregalarem os olhos ao mesmo tempo.
— O que está fazendo? Você… deveria ser minha marionete! Por que está mirando em mim!?
Era impossível.
Devido à manipulação mental do <Python>, a consciência e os pensamentos normais de Philuffy deviam ser bloqueados.
No entanto, El Fajura percebeu depois desse momento que ela estava ignorando a existência de Aeril.
— Que pena, o <Python> já foi dissipado…
A armadura do Drag-Ride Divino parasita estava se desintegrando em pedaços da armadura do <Typhon>.
O <Chicote de Luz> que foi colocado na abertura da armadura estava destruindo a armadura como se estivesse descascando uma pele fina.
Por que Aeril continuava a usar uma espada que estava segurando com uma mão desde o meio do trajeto?
Isso foi para fazer a consciência de El Fajura esquecer a existência do chicote que ela empunhava na outra mão usando a Veste Divina do <Zahhak> — <Ataque Mental>.
Até El Fajura conseguiu entender até esse ponto.
Mas, mesmo com o <Python> removido, a consciência do alvo não voltaria ao normal imediatamente.
A mente de Philuffy ainda não deveria ser nada mais do que uma lousa em branco.
— Eu não sou uma marionete, sabe? Eu sou eu. Porque o Lu me ensinou isso.
— Tsu…!?
Ao puxar de volta o arame, El Fajura, que usava um <EX Wyvern>, foi puxada em direção ao <Typhon> em alta velocidade.
Ao mesmo tempo, o punho direito do <Typhon> de Philuffy reunia energia tingida de calor intenso.
— Impossível! Eu não vou perder! Pelo bem da mestra em quem também acredito!
O <EX Wyvern> de El Fajura, que estava usando o <Sobre-Limite>, brandia sua espada mesmo enquanto era puxado.
Ela pretendia contra-atacar Philuffy, para que se atacassem ao mesmo tempo. Naquele instante…
— …!?
A espada que atingiria o braço blindado foi destruída pelo <Bahamut>.
<Recarga em chamas>.
Logo depois que o punho de Philuffy parou, Lux percebeu que a consciência dela havia retornado e, sem perder tempo, ativou a Veste Divina do <Bahamut>.
E então, Philuffy também conhecia o pensamento de Lux e lançou o ataque para deixar El Fajura inconsciente sem hesitação.
Uma compreensão mútua instantânea.
Eles não fizeram nenhum arranjo ou preparação detalhada de antemão.
Se estivessem lutando juntos, confiariam um no outro e agiriam de forma a cooperar.
(Não tem como… um estado que é quase subconsciente, confiar em outra pessoa nesse grau é apenas…)
Logo depois que El Fajura ficou perplexa com o pensamento humano, que ela não conseguia compreender…
*DOOooOOOON!*
A destruição e o grande calor sopraram violentamente junto com um rugido estrondoso que sacudiu o ar.
Logo depois disso, o grande poder de fogo do armamento especial do <Typhon>, <Mordida Explosiva>, esmagou El Fajura junto com sua armadura.
— Haa, haa…
— Acabou.
Aeril, Lux e Philuffy dissiparam suas armaduras e ficaram parados naquele lugar.
Eles estavam respirando com dificuldade enquanto olhavam para o rosto um do outro.
— Philuffy, o quanto você se lembra dessa batalha?
— Até chegar a esta floresta, eu acho? Depois disso eu realmente não me lembro.
Philuffy inclinou a cabeça vagamente com a pergunta de Aeril e respondeu.
Ela não perguntou nada sobre Lux estar aqui quando originalmente ele deveria estar esperando na pousada.
— Lu, você vai derrotar Sua Majestade?
— Como você…
— Porque havia um pouco de cheiro de Abyss vindo de Sua Majestade. No momento eu realmente não entendo…
Philuffy, que também possuía um fator Ragnarok dentro de si, certamente estava sentindo algum tipo de mudança na Raffi.
Agora que foi exposta, não havia mais sentido em esconder a verdade.
A questão do que aconteceu em Guernica há duas semanas.
A questão dos três dias do desfile que foram repetidos.
A questão do Eclipse Sagrado. Ele contou tudo para Philuffy.
Incluindo como Lux pretendia lutar sozinho para que ninguém do Novo Reino e o pessoal do Syvalles não fossem arrastados para isso.
— Entendo. Então, eu também ajudarei.
— …Espere, isso não é bom, Phi! Não posso deixar você fazer isso.
Ela e também sua irmã mais velha, Relie, tinham posições importantes neste país.
Lux não podia deixá-las suportar o estigma de serem rebeldes que se opunham ao Novo Reino.
Isso sem falar no fato de ela entrar na batalha imprudente para derrotar Fugil e o Eclipse Sagrado…
— Além disso, não quero colocar mais nenhum fardo sobre você, Phi. Porque…
— …Porque esse corpo é atormentado por um Abyss, hein?
— …!?
De repente, a cabeça de El Fajura ,entre os destroços espalhados abaixo deles, moveu-se e ambos os olhos se abriram.
*IIIiiiIIII-!*
No momento seguinte, o som de uma flauta de chifre ressoou dentro do Arquivo.
— Mate esse cara, sua monstra! Apunhale o coração desse homem com seu Dispositivo Espada!
— …!?
Lux estremeceu com a última obsessão de El Fajura.
Embora Philuffy tenha se tornado capaz de resistir ao som de uma flauta de chifre durante o treinamento, se fosse usada como surpresa quando ela estivesse cansada…
Como se para provar a ansiedade de Lux e Aeril, Philuffy imediatamente puxou o Dispositivo Espada em forma de espada curta de seu cinto de espada.
E então, ela se virou levemente e jogou na direção de El Fajura.
— Gah…!?
A cabeça de El Fajura foi perfurada e desta vez ela parou completamente.
…o silêncio voltou mais uma vez.
— Phi!?
— Estou bem. Afinal, o Abyss dentro de mim já desapareceu.
— Eh…?
Lux ficou pasmo ao ouvir o murmúrio de Philuffy.
Se a memória do Lux estava correta, ele nunca a tinha visto mentindo.
Mas, independentemente disso, Lux duvidou espontaneamente de sua audição.
— A semente do Ragnarok Yggdrasil sumiu? Como é possível?
De acordo com a explicação de Philuffy, parece que a sensação da semente do Ragnarok que permanecia dentro de seu corpo já havia desaparecido.
O poder de manipulação corporal que ela obteve no Batismo.
O Ragnarok que dava poder a Philuffy e ao mesmo tempo colocava um fardo sobre seu corpo até agora, parece ter sido usado por ela para curar seu corpo.
O poder de controlar conscientemente as partes do corpo que antes não podiam ser controladas.
Quando Raffi sugeriu que esse ponto fosse fortalecido através do Batismo, ela pensou e testou.
Ou seja, apagou sozinha a semente do Ragnarok que fazia parte de seu corpo.
Claro, havia também a possibilidade de ela morrer devido à reação de rejeição.
Ela pensou que Lux e Airi iriam impedi-la se contasse, então não contou.
— É por isso que não precisa mais se preocupar comigo, sabe? Não há nada com que Lu precise se preocupar devido às falhas no passado. Por isso quero que você me diga para te ajudar.
— …
Lux não conseguiu dizer nada.
Ela já arriscou a vida por causa dele.
Da mesma forma que Lux, por algo importante.
— Phi…
Ele puxou o corpo de Philuffy para perto e a abraçou com força.
— Sim. Estou bem, sabe?
Lágrimas caíam em grandes gotas enquanto ele sentia o calor, a suavidade e o cheiro nostálgico de sua amiga de infância.

Seu sentimento por ela, que não podia ser descrito com palavras, estava transbordando.
Seu sentimento atual não poderia ser expresso por nenhum tipo de palavra.
Tradução: Ouroboros
Revisão: Matface
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