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Crônicas do Bahamut Invicto – Vol. 07 – Prólogo – O Paradeiro do Príncipe

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A noite escura onde o uivo das feras podia ser ouvido.

As silhuetas de duas pessoas estavam paradas em uma casa deserta nos arredores, onde não havia nenhum sinal de vida.

Uma pessoa era um homem alto e magro, vestindo um sobretudo luxuoso.

A outra era uma jovem garota de cabelo prateado e corpo esguio.

— ……Essas são as palavras da Primeira Princesa Imperial. Ela pergunta se podemos receber sua ajuda nessa ocasião.

Em direção ao homem alto com quem falava, Fugil, a garota mostrou um olhar ligeiramente ameaçador.

— Eu entendo a situação. Porém há uma coisa que quero perguntar. Por que você ajudou aquele homem do Novo Reino — Dilwy Froias? A instrução da Princesa Listelka não incluía isso.

A garota perguntou para pressionar ainda mais o homem à sua frente.

Mesmo assim, o sorriso destemido de Fugil era imutável.

— Isso é um mal-entendido. Estava simplesmente escolhendo aquele homem como um método para insinuar a ameaça da Dragões Saqueadores e das Ruínas nos países. Tudo é a base para o que está por vir.

— …Eu entendi, pode ir embora.

Depois de ouvir o suspiro da garota, Fugil ajeitou a gola do sobretudo e se curvou.

— Então, por favor, tenha cuidado, Vossa Alteza Aeril, Segunda Princesa Imperial. Até que o dia em que o nosso mais acalentado desejo, do Império e de todas as Supervisoras da Chave — o caminho para chegar à Avalon[1] seja realizado.

O homem apenas disse essas palavras antes de sair sem fazer nenhum som.

Fugil… aquele homem que era um irregular, um caso especial até mesmo entre a Família Imperial, tinha sido seu aliado consistentemente desde muito tempo atrás.

Porém, independentemente disso, quando a garota estava na presença do Fugil, levantava a voz contra sua melhor decisão.

Sua irmã mais velha, Listelka, estava colocando toda sua confiança nele, mas ela era incapaz de aceitar isso instintivamente.

Não importava o que acontecesse, sentia uma sensação desagradável com a maneira como aquele homem a olhava e para as outras pessoas.

Não era um olhar que desprezava os outros.

Mesmo que não fosse um olhar apático, era um olhar bizarro que não conseguia sentir nem a menor fixação nele.

Aquele olhar parecia avaliar os humanos como cobaias – não,  aqueles olhos aparentavam nem mesmo considerar os humanos como seres vivos.

Aquele olho com brilho escuro que parecia estar observando algum tipo de objeto ou mesmo fórmula numérica estimulava o desconforto da garota.

— Como pensei, eu tenho que revelar a verdade…… Eu—

A garota apenas sussurrou isso no final antes de desaparecer na noite escura.

 

Separador Tsun

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— Fuaaah……!

Na cidade de Cross Field do Novo Reino, na Academia do primeiro bloco.

Dentro do ateliê de Drag-Ride localizado naquele vasto terreno, Lisesharte se espreguiçou à vontade.

— ……Hmm. No final, adormeci aqui novamente.

Esfregou seus  olhos meio adormecidos enquanto afastava o cobertor que foi colocado em seu corpo. Estremeceu-se ligeiramente depois que o cobertor foi removido.

A manhã de outono, onde as folhas também estavam começando a mudar de cor, parecia um pouco fria.

— Só mais um pouco até terminar, hein. Pensei que terminaria a tempo para o festival do campus, mas—

Lisha ia ao ateliê para desenvolver uma nova tecnologia para Drag-Ride.

O incidente que aconteceu no Exame de Promoção de Classe realizado no Principado de Vanheim outro dia.

A taxa de aparecimento de Abyss estava aumentando e as Ruínas se tornaram mais difíceis de conquistar, e o surgimento dos guerreiros que eram chamados de Dragões Saqueadores.

Enquanto todos estavam se tornando mais fortes para se opor, Lisha também colocava seu zelo em suas pesquisas.

A partir disso, esteve tão imersa nisso que adormeceu aqui sem querer.

Na mesa de trabalho central, havia peças desmontadas e projetos escritos espalhados por toda parte.

— Espera, droga!? Já é essa hora!?

Depois de ficar atordoada por um tempo, Lisha viu o relógio colocado dentro da sala e entrou em pânico.

Hoje deveria ser feriado, mas a essa altura Lux já teria começado a fazer suas tarefas matinais.

— Nada bom! Se eu não me arrumar rapidamente—!?

Ela tirou o jaleco de trabalho apressadamente, então arrumou a blusa e a saia do uniforme desarrumado.

Então lavou o rosto e amarrou a cauda lateral orgulhosa de seu cabelo antes de dar um tapinha no peito em alívio.

Desde que Lux se tornou o cavaleiro da Lisha, ficou preocupado com ela, que dormia durante a noite no ateliê e vinha uma vez todas as noites e de manhã cedo para ver como estava.

Ela se sentiu muito feliz por ele fazer isso, mas ficou um pouco preocupada por ele ver sua aparência exausta e desleixada.

Se possível, queria que Lux pensasse nela como uma gracinha quando a visse.

— Ah, hoje está agendado para a operação, hein.

Lisha lembrou de repente e ferveu água na sala de servir bem no interior do ateliê.

Ela planejava secretamente tratar Lux, que vinha visitá-la entre suas muitas tarefas, com chá, pelo menos quando era feriado.

Mesmo que você também esteja ocupada, ir tão longe a ponto de fazer algo assim por mim — estou feliz, senhorita Lisha.

— Não, bem, não é um grande problema. De vez em quando até eu preciso mostrar meu lado feminino.

Lisha fez um ensaio enquanto imaginava a reação grata do Lux.

Além disso, desta vez, estava pensando que faria um pedido a ele.

Era um plano para ir anonimamente a uma inspeção preliminar em uma cidade dentro do território, onde iria realizar uma inspeção em uma de suas visitas oficiais como Princesa.

Se tudo corresse bem, talvez pudesse ficar de mãos dadas com ele mais uma vez. Se sentiria feliz se pudesse.

— Certo! Com isso, estou pronta a qualquer momento que você vier, meu cavaleiro!

Dizendo isso, Lisha cruzou os braços e esperou com um sorriso orgulhoso.

……Mas, por algum motivo, era apenas hoje que não havia nenhum sinal de que estava vindo.

— Estranho, hein? O ritmo de atividade dele deveria ser muito mais exato do que o meu, no entanto…

Depois de inclinar a cabeça em perplexidade e esperar mais, um som veio de fora da porta.

— ……? Quem é?

Lisha ficou curiosa e abriu a porta do ateliê, mas não havia ninguém do lado de fora.

Contudo, uma xícara de chá que parecia ter sido fervida no refeitório foi colocada em uma bandeja preta no chão.

— Isso é do Lux?

Lisha falava sozinha, mas naturalmente não houve resposta.

— Nossa, que cara apressado. Mesmo que pudesse pelo menos me acompanhar no café da manhã…

Seus lábios fizeram um leve beicinho, mesmo assim levou a xícara à boca.

Mas, quando tomou um gole, algo estranho aconteceu.

— …Espere, é ruim!? O que é isto!?

Olhando mais de perto, dentro do chá havia muitas folhas de chá flutuando. Resumindo, não foi filtrado.

— Quem! Quem foi que fez esse tipo de coisa enganosa!?

Lisha estava convencida de que não foi Lux quem trouxe isso.

Parecia estar duplamente culpada, inclusive pela forma como foi enganada a beber aquele chá ruim.

— É inevitável. Hoje irei encontrá-lo.

Lisha resmungou assim, então começou a se mover para procurar Lux.

— A localização de meu irmão, certo?

Lisha, que saiu correndo do ateliê, visitou primeiro o quarto compartilhado de Airi e Noct no dormitório feminino.

— Certo. Lux, que normalmente sempre aparece, não deu as caras. É por isso que estou curiosa, só um pouco…

Falou um pouco envergonhada.

Airi e Noct viram isso começaram a sussurrar em voz baixa.

— Ela está apaixonada pelo meu irmão, não é? Para procurar expressamente por ele assim, só porque não foi até ela como de costume.

— Yes. Porém, em comparação com quando estava totalmente imersa no desenvolvimento de Drag-Rides, acho que este é um pensamento muito mais saudável.

— C-Chega disso, apenas me digam! Onde está Lux agora!?

— Infelizmente, eu também não sei sobre isso.

Airi respondeu seriamente à pergunta da Lisha com o rosto corado.

— O cronograma de tarefas do meu irmão é muito complexo, a um nível que até mesmo Tillfur, que está compilando as solicitações, não entende qual a localização dele.

— E-Entendo… Entendi, vou tentar perguntar a outra pessoa.

Depois que Lisha saiu, Airi soltou um suspiro.

Em seguida, Noct aproximou suavemente os lábios do ouvido de Airi.

— Tudo bem, Airi? Você não contou a senhorita Lisha sobre aquele assunto.

— Está bem. Não é como se fosse algo relacionado. Normalmente a figura dele pode ser vista da janela desta sala, mas hoje não o vi por acaso, dizer a ela tal coisa é—

Airi falou bruscamente.

Sim. Assim como Lisha, até Airi nutria a mesma sensação desagradável nesta manhã.

Mas era constrangedor dizer às outras pessoas que geralmente olhava ao redor da janela de seu quarto para procurar a figura de seu irmão mais velho fazendo tarefas no dormitório feminino, então não podia dizer isso.

Especialmente porque no incidente do outro dia, houve o caso em que ela foi bajulada depois de tanto tempo, o que a deixou ainda mais envergonhada.

— Você também está passando por problemas, Airi. Em vários significados.

— P-Por favor, não diga coisas estranhas logo cedo!

Quando Noct, que normalmente era calma, disse tal coisa sorrindo, Airi ergueu a voz nervosamente.

— No entanto, certamente estou um pouco preocupada. Sobre meu irmão.

O início do dia normal e calmo de sempre.

Mas Airi estava sentindo uma atmosfera vagamente diferente do normal.

— Eu acho que a possibilidade é baixa, mas…

Lisha, que saiu do quarto compartilhado de Airi e Noct, estava indo diretamente para o quarto do Lux desta vez.

Lux não deveria estar lá se estivesse fazendo suas tarefas matinais, mas ela bateu na porta para o caso.

Podia ouvir a respiração de alguém dormindo silenciosamente no lugar de uma voz, então entrou sentindo-se confusa, mas—

— Lux, você está aí? —Eh?

A figura do Lux não estava lá dentro. Em vez disso, Philuffy estava dormindo em sua cama.

— Munyaa…… Lu…

Instantaneamente, *piki* Lisha ficou petrificada no local.

Olhou rapidamente ao redor procurando se Lux estava na cama ou não, então saiu para verificar a etiqueta com o nome do quarto, depois disso pulou em Philuffy.

— Ei! O que você está fazendo aqui garota avoada!? Para onde o Lux foi!?

— N-nn……

Quando Lisha sacudiu o corpo de Philuffy rudemente para a esquerda e para a direita, o inchaço de seu peito, que era incrivelmente grande, também balançou após o balançar.

Lisha também era categorizada por “ter” peitos grandes para seu pequeno corpo, mas como esperado, a presença impressionante da Philuffy era avassaladora.

— Fua…… Bom dia, Princesa…… Aconteceu alguma coisa?

— Eu é quem pergunto! Onde Lux está!?

Da camisola fina da Philuffy, o contorno de um corpo voluptuoso bem-carnudo podia ser visto claramente, e junto com aquela expressão infantil e pura, parecia realmente excitante.

Quando Lisha pensou no que aconteceria se Lux visse aquela figura que faz até mesmo o coração do mesmo sexo palpitar, ficou muito preocupada.

— Lu……? Estávamos dormindo juntos até ontem, mas…

— D-Dormindo juntos você disse!? P-P-P-P-Por que vocês fizeram tal coisa—? N-Não, mais importante—

Isso significava que Lux estava definitivamente no dormitório feminino até a noite passada.

Ela estava preocupada com o caso de Lux e Philuffy dormindo juntos, mas também sentia que ele estava subitamente desaparecendo de vista.

— Merda—! Vou perguntar sobre isso mais tarde, com certeza, Lux!

As bochechas da Lisha estavam ligeiramente avermelhadas enquanto se movia para o próximo lugar para procurar Lux.

Embora este fosse um dos poucos feriados, muitos de seus conhecidos ainda estavam passando o dia em seu próprio ritmo.

Quando Lisha se dirigiu ao campo de treino Drag-Ride, acidentalmente viu a figura da Celis enxugando o suor enquanto se trocava pela janela da sala de espera.

— Fuu, como esperado, o suor fluindo do treinamento é uma coisa boa. Será ainda mais valioso se o Lux também aparecer, mas—

Por poder ouvir tal monólogo do outro lado da parede, a mão da Lisha que quase bateu na porta parou.

Lisha veio procurar aqui porque às vezes Lux acompanhava Celis em seu treino matinal, mas—

(…Ela está falando, isso significa que mais alguém está lá?)

Celistia Ralgris, a mais forte da Academia e capitã do Syvalles.

Possuía uma aparência digna e uma graça condizente com alguém dos Quatro Grandes Nobres, e era famosa por “odiar homens”, mas pela primeira vez reconheceu Lux, que era o único homem na Academia, fazendo com que a Academia ficasse muito agitada.

Além disso, outro dia, tinha se estabelecido como ajudante do Lux, que foi indicado como membro dos Sete Paladinos Dragão, o grupo de Drag-Knights que cada um representava seu respectivo país.

Nesse sentido, era parecida com Lisha pelas posições, uma garota próxima do Lux pelo relacionamento de seus cargos oficiais.

(B-Bem, pelo menos parece que Celis só pensa em Lux como um homem que é o calouro dela de qualquer maneira…)

Lisha sussurrou em seu coração para se acalmar, mas—

— Porém estou feliz. Por ele entregar expressamente uma bebida a mim.

— O qu……!?

Lisha estremeceu em reação ao murmúrio da Celis que parecia profundamente impressionada.

Mesmo pensando completamente que o chá foi colocado só para ela em seu ateliê de manhã, e ainda…!

(Não, mais importante, ela disse que uma bebida foi entregue a ela, o que significa que aquele que está dentro da sala de espera agora é—)

— Pensando bem, todos que treinavam comigo iam descansar mais cedo do que eu, então nunca tive alguém sendo atencioso comigo… n-não. Eu sou a Capitã, então estou na posição que tem que prestar atenção a todos os outros, mas—

Ouvir o tom encantado da Celis que era diferente de sua atmosfera normal deixou Lisha nervosa.

— Lux é mais jovem do que eu, mas também está sendo atencioso comigo. Da próxima vez, como minha gratidão por todos os meios, eu—

— O que vocês dois estão fazendo!?

Lisha, que não aguentava mais, abriu a porta com força em pânico.

— Kyah……!?

— ……Eh?

Por dentro, Celis que estava só de roupas íntimas gritou de surpresa, enquanto Lisha inclinou a cabeça em perplexidade.

Mesmo pensando que Celis estava falando com Lux pelo tom dela, dentro da sala não havia nenhum sinal de outra pessoa.

Apenas, na cadeira em frente a Celis, um pequeno urso de pelúcia estava sentado.

— Q-Que assunto você tem, Lisesharte!? N-Não é como se eu estivesse fazendo nada. I-Isso é, algo como consultar um ursinho de pelúcia porque não tenho um parceiro de conversa, tal coisa não acontecia de jeito nenhum aqui!

— …Bem, não importa. A propósito, Lux veio aqui?

Quando Lisha perguntou com um olhar como se tivesse testemunhado algo terrivelmente decepcionante, Celis ajustou sua respiração apressadamente.

— S-Sim. Parece que há algum tempo ele veio dar uma olhada aqui e deixou uma carta e uma bebida. Embora eu não o tenha visto diretamente.

 

 

 

— Então é a mesma coisa que eu, hein…

Não havia nada que fosse obviamente estranho, mas como esperado, parecia estranho.

Considerando a personalidade do Lux, contanto que não houvesse nada realmente urgente, deveria pelo menos mostrar o rosto.

— Mas, certamente é estranho. Antes de encontrar esta carta, senti a presença de alguém.

— O quê……?

No momento em que Lisha mostrou um rosto duvidoso…

*Farfalho*

Ouviu-se um leve som vindo do matagal.

— ……!? Você está aí, Lux!?

Lisha gritou reflexivamente na direção de onde veio o som, mas não houve resposta.

— Ei! Depois de vir até aqui, não vou parar até te encontrar!

— P-Por favor, espere Lisesharte! Eu também irei com você para procurar!

Quando Lisha começou a correr em direção ao prédio da escola, Celis, que havia se trocado, também a seguiu.

Agora era a hora do café da manhã, enquanto as figuras de alunas uniformizadas começavam a entrar no terreno da escola aqui e ali, a busca continuava.

Biblioteca, arredores do dormitório feminino, atrás do prédio da escola, o depósito, etc., elas continuamente percorriam os lugares onde Lux poderia estar fazendo tarefas, mas por algum motivo, não estava em nenhum desses lugares, embora houvesse sinais de trabalho.

Mesmo assim, depois de continuarem caminhando, se depararam com duas pessoas andando pelo terreno da academia pela manhã, assim como elas.

Eram Shalice e Tillfur da Tríade, o famoso trio da Academia.

— Oh, bom dia, Princesa.

— Bom dia, senhorita Lisha. Hoje você chegou muito cedo, não é?

— ……Vocês duas, o que estão fazendo desde cedo?

Elas estavam caminhando na mesma direção, talvez por coincidência. Lisha as perguntou enquanto caminhavam lado a lado.

— Não, estamos procurando por alguém que parece ser o Lukkuchi, mas, de alguma forma, não podemos encontrá-lo.

— O que isso significa?

Celis perguntou com curiosidade para Shalice, que estava no mesmo ano que ela, que acenou calmamente com a cabeça.

— Percebemos quando estávamos fazendo nossa patrulha matinal. Limitada a esta manhã, a qualidade das tarefas do Lux está estranhamente grosseira. Então, junto com Tillfur, estava perseguindo-o seguindo sua programação para hoje, mas—

— E-E então, onde você acha que o Lux está?

— Deve estar limpando a sala. Se estiver seguindo a ordem usual, então a possibilidade deve ser alta—

Tillfur olhou para o memorando em sua mão enquanto respondia à pergunta da Lisha.

— ……Certo, então vamos com certeza encontrá-lo!

Assim as quatro entraram no prédio da escola. Lá, uma garota sozinha estava parada na frente da sala.

— Eh? Philuffy?

A voz da Tillfur fez com que a menina distraída diante delas voltasse o olhar para elas.

— ……Bom dia, pessoal.

Philuffy estava segurando a maçaneta. Parecia que estava prestes a entrar na sala.

— Esp—!? Por que você está aqui, hein!? Hoje é feriado, certo!?

— Recebi lanches do refeitório, então estou pensando em comê-los junto com o Lu.

Atrás da Philuffy, que respondia daquela forma com seu olhar inexpressivo de sempre, até Airi e Noct chegaram lá.

— Oh, Airi também está procurando pelo seu irmão mais velho? Além disso, Noct também.

Noct, que também pertencia à Tríade, concordou com a pergunta da Shalice.

— Yes. Airi disse que queria ver o Lux de qualquer jeito, então estou ajudando um pouco.

— Por favor, não diga estranhamente! Quer dizer, só tenho algo que quero pedir ao meu irmão!

— Então, no final das contas, todo mundo está procurando pelo Lukkuchi? Mesmo que hoje seja feriado.

— …………

Um silêncio indescritível se espalhou com as palavras da Tillfur.

Lisha, Philuffy, Celis, Airi e depois a Tríade.

Todas essas garotas que estavam espalhadas por toda parte se reuniram procurando por Lux.

— T-Tudo bem! No momento, essa é a prioridade. Você está aí!? Lux— ……!?

Logo depois que Lisha abriu a porta da sala, espontaneamente perdeu as palavras de choque.

A luz brilhou da fresta da cortina fechada na sala escura.

No interior, decorado com um tapete vermelho extravagante e móveis de alta classe, uma garota solitária estava de pé.

— Nossa? Então fui descoberta.

Uma garota de cabelo preto vestindo o uniforme da Academia, com um Dispositivo Espada em forma de katana pendurado em sua cintura.

A garota era uma Drag-Knight que já foi chamada de Lâmina Assassina do Império no tempo do Império Arcadia e, atualmente, reconheceu Lux como seu mestre e se tornou sua serva.

Só recentemente sob a jurisdição da Academia ela havia se tornado uma aluna recém-admitida. Yoruka Kirihime, estava parada lá.

— O qu…!? Por que você está aqui!? Não me diga, quem está fazendo as tarefas hoje é—

— Sim. Sou eu.

O rosto da Yoruka se abriu em um sorriso brilhante em resposta à pergunta da Lisha e ela respondeu imediatamente.

Todas que viram aquilo se enrijeceram em perplexidade.

— Qual o significado disso? Por que você está enganando—

Quando Celis perguntou isso, Yoruka riu e apresentou uma carta diante de seus olhos.

— É porque esse é o meu papel.

— Isso é… do Lux!?

Lisha agarrou a carta como se a estivesse roubando e leu apressadamente o que estava escrito.

Ao mesmo tempo, Yoruka também falou sobre o conteúdo da carta.

— Desde a noite passada, o Mestre saiu do país para uma determinada tarefa. Embora sua partida tenha sido um dia mais cedo do que o cronograma original.

— EEEEEH!?

Tillfur levantou espontaneamente uma voz chocada.

Quando olhou para Airi ao lado com pressa, a garota balançou a cabeça para a esquerda e para a direita.

— Eu também não ouvi sobre isso…

— Recebi a ordem de fazer as tarefas de hoje no lugar do Mestre e, no final, devia contar esse assunto a todas vocês. E com isso, meu dever está concluído.

— E-Espere um pouco. Não vejo Krulcifer há algum tempo, não me diga—

Quando Lisha olhou ao redor da sala inquieta, Yoruka respondeu com um sorriso despreocupado.

— Sim. Ontem à noite, o Mestre embarcou para a Teocracia Ymir com Krulcifer. Só os dois.

— …………

Todas lá, exceto Yoruka, ficaram de boca aberta enquanto seus corpos enrijeciam.

— EEEEEEEEEH!?

[1]Avalon é uma ilha lendária que aparece na lenda arturiana, sendo grandemente conhecida por suas belas maçãs, bem como o local onde a espada Excalibur foi forjada. Além desse conto, existem outros em que a bainha da Excalibur também tem esse nome.

Avalon – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)

 


 

Tradução: Ouroboros

Revisão: Matface

QC: Bravo

 

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