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Crônicas do Bahamut Invicto – Vol. 01 – Cap. 05 – Encontro com uma Amiga de Infância

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Parte 1

— …Com isto dito, ele é Lux Arcadia que frequentará a escola a partir de hoje. Pessoal, provavelmente há muitas coisas com as quais vocês ainda não estão acostumadas, mas espero que vocês se deem bem como ele.

No dia seguinte…

Prédio da escola: segundo andar, sala do segundo ano pela manhã.

Ao receber a apresentação da instrutora responsável pela classe Raigree Balheart, Lux fez uma expressão mostrando que não sabia o que dizer.

Raigree, mesmo mulher, desempenhou um papel ativo como Drag-Knight na era do Antigo Império, e assumiu o lado do Novo Reino como aliada das mulheres no golpe de estado.

Além disso, incluindo sua beleza e personalidade digna, ela parecia se orgulhar de sua grande popularidade com as meninas.

Parecia ter sido algum tipo de sorte que ele tenha sido colocado na classe que tinha uma instrutora desse calibre como encarregada.

Isso é… Se Lux fosse candidato a oficial do sexo feminino.

— ………….

Ontem a noite, como não havia quarto vago no dormitório feminino, Lux acabou ficando na sala de recepção dos visitantes e passou uma noite que não conseguiu dormir muito bem.

No entanto, foi por causa do estômago de Lux doer.

Após o estabelecimento do Novo Reino pelo golpe de estado, Lux, que estava trabalhando como Príncipe das Tarefas, estava acostumado a ser ocupado e trabalhar duro.

O mais difícil foi que, ao ver a sala de aula, ele estava se sentido fora do lugar.

(É impossível.)

Ainda mais do que a imposição de Lisha, como “uma entrada de teste que considera uma futura coeducação” e, francamente, ele também não sabia nada sobre o motivo que a diretora Relie o permitia, embora fosse uma inscrição temporária que ele estava pensando.

(Como ela pode permitir isso facilmente, mesmo que essa seja uma academia para garotas….?)

Lux sabia que Relie tinha essa personalidade há muito tempo, mas como esperado, ela tinha muita liberdade.

A propósito, como parecia que uma pessoa capaz substituta seria arranjada pelo Novo Reino para realizar os trabalhos estranhos que Lux estava programado para fazer, ele ficou aliviado por enquanto.

— Errr, eu sou Lux Arcadia. Espero me dar bem com vocês…

Por enquanto, ele fez uma apresentação estranha.

A propósito, Lisha, que estava na mesma classe, provavelmente devido ao cansaço de ontem, longe de oferecer ajuda a Lux, estava dormindo em cima da mesa.

Pequenas vozes zumbindo e sussurrando encheram a sala de aula.

Bem, não é de admirar.

Ele era um Príncipe do Antigo Império que impôs a tendência da androcracia por muitos anos, portanto, embora o sistema tenha mudado a cinco anos, ainda era objeto de cautela para as meninas.

Além disso, ele era o único homem admitido numa academia para garotas.

(Haa… Eu quero ir para casa.)

(Todo mundo provavelmente odeia isso também, e honestamente, mesmo eu não sei sobre o que falar…)

— Ah… É o Lu.

Enquanto Lux chorava por dentro, de repente ele ouviu isso.

— …Eh?

Uma garota de cabelo rosa que estava sentada no lado da janela da sala de aula.

Seus cabelos macios foram amarrados com duas fitas, que combinavam bem com a atmosfera distraída da garota.

E seu peito grande, que empurrava bastante o uniforme, provocava um charme misterioso no rosto da garota, onde restavam vestígios de infantilidade.

 

 

— Há quanto tempo.

Com uma voz suave, a garota sorriu para Lux.

Sua maneira lenta de falar e sua atmosfera peculiar despertaram Lux.

— Errr, você é por acaso, Philuffy?

— Isso mesmo.

Para a pergunta de Lux, a garota assentiu e confirmou.

Philuffy Aingram.

Ela era a segunda filha da grande casa mercantil, o Conglomerado Financeiro Aingram, e amiga de infância de Lux.

Além disso, ela era a irmã mais nova da diretora Relie Aingram.

Fazia sete anos desde a última vez que se encontraram.

Naquela época, a Casa Aingram estava associada ao Antigo Império e havia também o fato de serem da mesma idade, então Lux lembrou que eles brincavam juntos quando eram crianças.

— Então você está frequentando essa escola. Estou feliz. Por favor, cuide de mim, Lu.

Com um tom que não parecia muito feliz, disse Philuffy.

No entanto, Lux sabia que Philuffy era normalmente uma garota que não era muito boa em expressar suas emoções.

E, o fato de ela não ser muito faladora e ter uma personalidade honesta.

Portanto, mesmo assim, provavelmente estava muito feliz.

— Ah sim. Da mesma forma, cuide de mim.

Enquanto eles trocavam cumprimentos assim, a instrutora Raigree olhou e disse    — Tudo bem Lux. Seu assento será ao lado dela.

Lux estava nervoso, mas quando se sentou ao lado de sua amiga de infância, ele suspirou aliviado pela primeira vez.

(Graças a Deus.)

Havia pelo menos um amigo com quem ele podia falar.

Enquanto Lux, que estava cansado de várias maneiras desde ontem, suspirou de alívio, e olhou para sua amiga de infância sentada ao lado…

(Mas estamos em uma idade e posições diferentes das de sete anos atrás, então devo levar isso em consideração um pouco, não devo?)

— Hum, seria melhor eu te chamar de Senhorita Philuffy?

No momento em que Lux disse isso, de repente Philuffy virou com um olhar sério.

— Eh…?

Lux ficou perplexo com essa reação.

(Mas, me lembro que era raro Philuffy ficar brava com alguma coisa, mas…)

— É Phi, não é?

Enquanto Lux pensava assim, Philuffy disse isso enquanto ainda olhava para o outro lado.

—…Eh? Posso te chamar assim aqui!?

— ……….

Philuffy assentiu.

(A-Agora que penso nisso…!)

Lux lembrou com suor frio.

Desde antigamente, Philuffy exigia um relacionamento em que ela e alguém a quem ela gostava de se chamarem pelo apelido.

Lux também estava fazendo isso, porque eles eram muito próximos quando eram crianças, mas…

— E-Eu estou feliz que você diga isso, mas como esperado, eu não posso te chamar assim aqui… Quero dizer, olha, nós já crescemos, também somos candidatos a oficiais e estamos na Academia…

(Ou devo dizer, é muito embaraçoso chamá-la assim na frente de desconhecidos.)

— Você consideraria a situação dessa maneira?

Lux esperava que sim, mas…

— …………….

— Hmph.

Olhando para Lux, que deu desculpas, Philuffy desviou o olhar mais uma vez.

Os sussurros das colegas de classe podiam ser ouvidos.

— Pessoal, não façam barulho. Estou começando a lição.

Com a fala de Raigree, a sala ficou em silêncio instantaneamente.

Mas, como se tratava de uma admissão repentina, Lux ainda não tinha um livro em mãos.

— Senhorita Philuffy. Posso usar seu livro junto com você?

— ……….

Ele foi ignorado.

— Ph-Philuffy. E-Está tudo bem, certo? E-Ei, estamos em aula agora…

— …………..

Não houve reação.

(Eu quero chorar.)

— …Ei, Phi.

— O que…? Lu.

Quando Lux de alguma forma apertou sua voz, Philuffy virou-se para ele e disse isso.

— P-Podemos ler seu livro juntos…?

— Sim, tudo bem.

Nesse momento, risos foram ouvidos em toda a sala.

— Fofo…

— Ele chamou ela de Phi.

— Esses dois tinham esse tipo de relação?

Ao ouvir essas vozes, o rosto de Lux ficou vermelho.

(Haa, isso é muito embaraçoso…!)

(O que é isso!?)

(Que tipo de situação é essa!?)

— Fufufufu…!

Aliás, até a instrutora Raigree que normalmente era séria, estava tentando conter seu riso.

Lux suportou seu desejo de querer fugir e de alguma forma continuou na aula.

— ….Hmph.

Lisha que acordou, olhou para isso enquanto parecia estar de mau humor.

E Lux não percebeu o olhar de uma outra aluna.

 

Parte 2

No entanto, inesperadamente, sua conversa embaraçosa com Philuffy pareceu dar frutos, pois as colegas de classe de Lux pareciam ter esquecido sua cautela em relação a ele.

— Ei, ei, Philuffy e o Lux foram casados por acaso?

— Que tipo de trabalhos o Príncipe das Tarefas costuma fazer?

— Falando nisso, como você consegue lutar contra um Abyss sozinho? Não é ótimo?

— Os homens são bons em usar Drag-Rides? Ouvi dizer que a taxa de aptidão era originalmente maior para as mulheres, mas…

E então, o número de alunas que faziam perguntas e se juntavam em frente à sua mesa, a cada curto intervalo durante as aulas, aumentava como um festival.

O duelo com Lisha, que era a Princesa, e a vitória sobre o Abyss.

Para o bem ou para o mal, a má impressão de ter invadido o banheiro foi completamente apagada e parecia que apenas o interesse e a impressão favorável em relação a Lux permaneciam nas alunas.

Pouco antes do intervalo para o almoço, muitas alunas de outras classes apareceram.

(De alguma forma, é diferente do que eu imaginei…!)

Academia de candidatos a cavaleiros que jovens nobres frequentavam.

Como Lux ficou perplexo demais com a atmosfera que se desmoronou em relação a isso…

— Lux. Isso me lembra que você ainda está fazendo trabalhos estranhos, não é?

— Errr. Sim, bem… É meu dever, afinal.

Quando ele respondeu, sendo perguntado por uma das meninas que cercava sua mesa…

— Então, se eu solicitar, Lux fará trabalhos aqui. Tudo bem, devo solicitar uma vez?

— Ah, não é justo! Eu também queria solicitar!

— Senhor Lux. Mais importante, você gostaria de tomar um chá comigo?

— Pessoal, se vocês tiverem um pedido, eu os pegarei. Se vocês se aproximarem dele de uma só vez, Lukkuchi ficará perturbado, certo?

Tillfur, que era colega de classe, se aproximou e começou a reunir todos.

(Eu recebi egoisticamente um apelido estranho….)

Parecia que Tillfur, que fazia parte da “Tríade”, que parecia ser famosa mesmo na academia, era a pessoa que criava humor, mesmo na sala de aula.

— Ufa…

No entanto, honestamente, ele se sentiu aliviado.

(É bom que Tillfur interceda por todas.)

— Sim, sim. Escrevam suas solicitações de trabalhos estranhos para o Lukkuchi e as coloquem nesta caixa. Cuidem deles. Coloque também a data marcada. Eles serão feitos em turnos mais tarde.

— Eeeeeeeeeeeeeeeeeh!?

(De alguma forma, a conversa foi resolvida de um jeito ruim!)

— Não se preocupe. Todas são ricas, afinal. Assim, a dívida do Lukkuchi pode ser paga rapidamente!

— ………….

Na medida em que ele podia ver os pedidos escritos sendo jogados na caixa de madeira que Tillfur preparou que estava sendo transbordada, ele sentiu que ia desmoronar antes da conclusão dos pedidos.

Era hora do almoço quando Lux, que estava mentalmente cansado, ficou de bruços em sua mesa por um tempo…

— E-Ei. Se estiver bem para você, que tal almoçarmos juntos? Lux.

— Uwah!?

Subitamente chamado de surpresa, Lux pulou.

Diante dele estava Lisha.

Ele teve a sensação de que ela dormia no meio das aulas, mas ela parecia ter acordado antes que ele notasse.

— Errr, você quer dizer… Nós dois?

— I-Isso mesmo… Você não quer ir comigo?

Enquanto sua bochecha ficava levemente avermelhada, Lisha desviou o olhar.

Naquele momento, uma pequena agitação encheu a sala de aula.

— E-E se possível… Eu gostaria que de agora em diante você se tornasse meu assistente pessoal exclusivo. Coincidentemente, eu queria um ajudante, afinal.

Enquanto Lisha dizia isso cruzava e enroscava os dedos na frente no peito…

— Eeeh!?

Junto com o grito de Lux, toda a turma se agitou mais uma vez.

— Eh? O que ela quer dizer?

— Se bem me lembro, a Senhorita Lisesharte não contratou nem uma empregada para seus cuidados, pois ela é reservada, né?

— Para fazer de um ‘homem’ seu assistente é….

— De jeito nenhum…

Das alunas da turma, ele podia ouvir essas conversas de longe.

— Q-Que coisa…

Como ele não podia rejeitar em voz alta, ele ficou perturbado.

— Está tudo bem, certo? Naquele dia você viu à força até meu corpo nu, afinal….

Nas palavras de Lisha, gritos como “Kyaaaaaaaaaaaaah” encheram a sala de aula.

Como era de se esperar, o incidente do banheiro havia se tornado um boato, mas parecia haver estudantes que não sabiam os detalhes.

— I-Isso foi… Hum…

Quando Lux entrou em pânico completamente…

— ………

Uma garota se aproximou silenciosamente de Lux.

— ….Phi?

Era Philuffy.

Enquanto já comia algo que parecia rosquinhas assadas em silêncio provavelmente para o almoço, ela ficou ao lado de Lux e de frente para Lisha.

Ela não tinha expressão, como de costume, mas revelou uma presença forte.

— *gulp*. Lu está perturbado. Senhorita Lisesharte.

Engolindo a rosquinha que estava comendo, disse Philuffy.

— Ah. Eu queria saber quem era, mas é apenas a filha avoada do Conglomerado Financeiro Aingram, hein. É problemático. Ok, eu vou te dar meu lanche, então fique quieta.

Depois de torcer as sobrancelhas por um instante, Lisha pegou pacotes de papel do bolso e deu para Philuffy.

A julgar pelo leve cheiro doce e pela embalagem, pareciam doces.

Era pão coberto com mel.

— ………

Foi especificado nos regulamentos da escola que não havia relação hierárquica entre as nobres e que elas eram tratadas iguais como candidatos a cavaleiros dentro da academia.

Mas, isso foi para colocar um amargo fim na posição social, e na realidade não acontecia assim.

Afinal, uma Princesa era uma Princesa.

— Não é como se o próprio Lux pedisse ajuda, certo? Não sei se você é amiga de infância ou o que quer, mas aconselho a não enfiar o nariz nos assuntos de outras pessoas.

Lisha disse isso para convencê-la.

Philuffy silenciosamente roeu o pão do pacote que recebeu como um pequeno animal.

— Ah, então você está comendo…

Philuffy gostava muito de coisas doces. E ela fazia as coisas no seu próprio ritmo.

Ela também não parecia ter mudado esse jeito há muito tempo.

— Todo mundo entenderia só de olhar que o Lu está perturbado. Então pare. Princesa.

Um tom lento e solto.

Mas Philuffy disse claramente.

Não se sabia o que Philuffy estava pensando, pois costumava estar distraída, mas ela inesperadamente insistiu firmemente e era do tipo obstinada.

A discussão das duas garotas estava começando esquentar.

As colegas da sala de aula brilharam seus olhos com aquela cena e começaram a ficar muito animadas.

— Gostaria de saber quem vai ganhar…

— A Princesa do Novo Reino ou a amiga de infância do Conglomerado Financeiro Aingram…

Lux que se tornou incapaz de suportar estar ali, apressadamente…

— E-Espera, vocês duas, acalmem-se.

No momento em que ele levantou a voz…

— Desculpe por me intrometer enquanto você está ocupado, mas posso?

Uma voz digna.

Ele ouviu uma voz educada na sala de aula.

Lux lembrou-se da garota com belos traços como uma fada.

Krulcifer Einfolk.

Ela era uma colega cadete que era uma estudante estrangeira vinda da Teocracia Ymir, uma nação poderosa no Norte.

Foi a garota que impediu Lux de escapar; arremessando-o para longe no incidente de anteontem.

— Krulcifer, hein. Se você tem assuntos, deixe para depois. Estou no meio de uma conversa importante agora…

Lisha inchou as bochechas e reclamou, mas…

— Eu tenho favores da diretora da escola. Há um lugar que ela quer que eu mostre a essa criança durante o almoço. Entendido, Lux?

— Errr…. Ah, sim.

Ele não tinha ouvido sobre esse assunto, mas pensando que era sua salvação, Lux seguiu em frente.

— Então, é assim, então.

Quando Krulcifer disse e segurou suavemente a mão de Lux, ela o puxou para o corredor sem esperar pela resposta de Lisha e Philuffy.

— …..De jeito nenhum, pensar que até a talentosa Senhorita Krulcifer está interessada nele…

— Isso está ficando interessante.

Para as vozes estridentes de suas colegas de classe que ele podia ouvir por trás, Lux caminhou pelo corredor enquanto mostrava um pouco de ansiedade.

 

Parte 3

Saindo da sala de aula para o corredor, eles subiram as escadas.

Quando eles chegaram na cobertura, onde não havia ninguém, Krulcifer aproximou-se do corrimão e silenciosamente olhou para baixo.

A paisagem do local da grande escola podia ser apreciada daqui.

Um pátio vividamente verde e ótimos edifícios escolares.

Em um local um pouco remoto, havia o dormitório feminino e o campo de treino e o quarto hangar de Drag-Ride.

E havia alguns edifícios que ele não conhecia.

— Hum, obrigado, Senhorita Krulcifer.

Por enquanto, Lux, que respirou fundo, lhe agradeceu primeiro.

Ele ouvira apenas boatos sobre Krulcifer Einfolk de sua irmã Airi.

Uma garota que possuía habilidades de primeira classe em estudar, técnicas corporais e manuseio de Drag-Ride.

Incluindo sua beleza que excedia a de uma pessoa comum, ela era uma mulher talentosa cuja superioridade era reconhecida pelas pessoas da academia.

— Você me ajudou… Não ajudou? Provavelmente.

— Apesar de seu rosto infantil, você é inesperadamente esperto.

— I-Isso não tem nada a ver com isso, né!? Por que você diz uma coisa dessas? Mesmo que eu me importe!

Quando Lux involuntariamente avermelhou o rosto, Krulcifer riu.

— O fato de você ficar imediatamente bravo assim, apesar de ser um Príncipe do Antigo Império, é o que eu chamo de infantil. Apesar de antiga, você também é da realeza, então eu queria que você notasse uma provocação tão óbvia como sarcasmo.

— ………

(Não é bom. Deveríamos ter a mesma idade e, no entanto, ela tem toda a vantagem.)

Quando Lux foi interiormente desprezado…

— Mas, fora isso, eu te louvo. Você pode dizer que eu te admiro. Por perceber minha intenção. Isso me salvou do problema.

— …Hum. Então, como esperado, há algo que você queira conversar comigo?

— Sim, existem várias coisas. Mas antes de tudo.

Ela disse isso e virou seus olhos para Lux.

— Por que você não deu o golpe final ontem – naquela hora?

— …Você está falando sobre a Senhorita Lisesharte? Ou sobre o Abyss?

— Eu acho que você poderia ter derrotado os dois. Caso você quisesse…

Ao olhar de Krulcifer quando viu através dele, Lux hesitou por um instante.

Depois de alguns segundos, ele respondeu.

— Certamente, nunca perdi uma batalha simulada oficial de Drag-Knight. Mas também nunca ganhei.

O apelido “mais fraco invicto” vem do estilo em que ele se dedicou totalmente à defesa e evasão e não faz nenhum ataque.

Mas, como esse nome mostrava, todos os seus registros de batalha eram de empates.

Lux também nunca venceu.

— Não se preocupe. Não pretendo forçá-lo a falar sobre algo que não quer falar.

(E-Eu não sou confiável…!)

Quando abaixou a cabeça, Krulcifer disse como se estivesse lendo seus pensamentos.

— Ora, não há como confiar em você, certo? Você é o Príncipe espião e ladrão de roupas íntimas.

— Como eu disse! Você está errada….

Quando Lux corou e ficou confuso, Krulcifer riu.

Era um sorriso gracioso que dificilmente se pensava ser de uma garota da mesma idade.

O coração de Lux palpitou por um instante com essa expressão.

— Estou um pouco aliviada.

— Eh….?

— É porque você é um garoto mais inofensivo do que eu esperava. Você não é muito parecido com a realeza do Antigo Império.

— …………

Um tom com o qual ele não sabia se era elogiado ou enganado.

Mas só um pouco, ela parecia estar se divertindo.

— Não pode ser evitado. Afinal, sou o sétimo Príncipe e, além disso…

— Você tem um rosto infantil e é baixo?

— NÃO!? Hum… Por várias razões, fomos expulsos da Corte Imperial quando eu era criança. Então, não estamos muito familiarizados com o Antigo Império…

Após o golpe de estado, Lux e Airi foram libertados pela anistia do Novo Reino.

Com um colarinho de criminoso preso ao pescoço e uma grande dívida como sinal de perdão.

E um outro acordo…

— É assim mesmo.

Krulcifer murmurou bruscamente com essas palavras sem demonstrar nenhum sentimento em particular.

— Então, Senhorita Krulcifer saiu da Teocracia Ymir e veio estudar aqui para aprender mais sobre Drag-Knights?

— Certamente, esse também é um dos meus objetivos.

Como dizer, essa garota parecia sempre gostar de ter uma maneira ilusória de falar.

— Então, que tipo de outro objetivo você tem? Ouvi dizer que você é filha de um Duque, é para criar relacionamentos com o Novo Reino ou algo assim…

— …Ei, você conhece o ‘Herói Negro’?

Interrompendo as palavras de Lux, Krulcifer perguntou.

— Eh…?

— O monstro que destruiu cerca de 1200 Drag-Knights do Antigo Império usando apenas um Drag-Ride desconhecido, e levou o império à derrota. Sua afiliação e propósitos eram desconhecidos. A figura desse usuário não foi confirmada no atual Novo Reino. Portanto, ele é declarado como um demônio da destruição do Antigo Império e como um  herói lendário do Novo Reino.

— ….Se é apenas o boato, eu ouvi sobre ele, mas…

— …………

Para resposta de Lux, Krulcifer não disse nada.

Ela estava apenas olhando silenciosamente a paisagem abaixo, em frente ao corrimão da cobertura.

— Hum…?

— Eu tenho um pedido para você.

— Eh?

— Procure o ‘Herói Negro’. Eu tenho negócios a tratar com essa pessoa.

— …!?

O momento em que Lux sem querer ofegou.

*dong” – o som do grande sino ressoava da torre do relógio.

— Ah…

— A lição da tarde começará em breve. A seguir, é o exercício de treinamento prático para Drag-Rides, então é melhor nos apressarmos.

Ao dizer isso, Krulcifer lentamente caminhou até as escadas e desceu da cobertura.

— H-Hum… Senhorita Krulcifer.

Quando Lux a chamou pelas costas, Krulcifer parou por um instante e se virou.

Lux estava perplexo como se não soubesse o que ia dizer…

— Falando nisso, Lux, você almoçou?

— Eh…!?

(A-Agora que ela mencionou, eu ainda não comi!)

Foi porque ele estava completamente exausto no início do intervalo para o almoço e acabou enrolado em problemas depois…

No momento em que ele percebeu, o estômago de Lux roncou e seu rosto ficou vermelho.

— Faça o seu melhor. Príncipe das Tarefas fofo.

Krulcifer sorriu de repente e saiu assim.

— ………….

De alguma forma, ela era uma pessoa muito misteriosa, mas só havia uma coisa esclarecida até agora.

(Essa pessoa é muito dura, de várias maneiras….)

Lux segurou esses sentimentos indescritíveis e sua fome e foi para a lição da tarde.

 

Parte 4

— Haa, já estou cansado…

À noite.

O grande banheiro público do dormitório feminino.

Enquanto lavava fortemente a banheira e o chão onde ele invadiu anteontem, Lux estava exausto.

Depois de terminar a aula de tarde, o número de pedidos para “trabalhos estranhos” que faziam a Lux aumentou.

Era por que ele era o primeiro homem a estudar nessa academia feminina?

Ou ele atraiu a atenção de várias maneiras por causa do duelo e incidente de ontem?

Os pedidos, incluindo os da academia e das estudantes, excederam dezenas de tipos apenas hoje, e o número de reservas continuava aumentando.

Originalmente, se Lux não tivesse organizado os trabalhos estranhos que atingiam um horário difícil, ele poderia ter desistido há muito tempo.

— Mesmo assim, acho que esse lugar é como um paraíso.

Cerca de cinco anos depois de ter sido libertado pela anistia do Novo Reino.

Sua vida como Príncipe das Tarefas não era nada confortável.

Claro, também havia pessoas boas no local de trabalho.

Mas, durante os inúmeros pedidos, também houve muitas coisas dolorosas e difíceis.

Ele foi terrivelmente amaldiçoado pelas pessoas que se ressentiram do Antigo Império.

Por outro lado, ele também fora considerado o “cão do Novo Reino” pelos seguidores do Antigo Império.

— Mas… Esse lugar é…

Enquanto trabalhava duro para estudar, ele podia pagar sua dívida e, além disso, sua segurança era garantida.

E, acima de tudo, era possível treinar diariamente com Drag-Ride.

Pode-se dizer que o fato do fardo da gestão cara e das taxas de manutenção do seu Drag-Ride também desaparecerem, foi ideal para o tipo de vida que Lux visava.

No entanto, a única coisa com a qual ele estava preocupado…

— Tudo bem para alguém como eu ficar em um lugar assim?

Neste lugar em que Lux murmurou, depois de uma leve batida, a porta do vestiário foi subitamente aberta.

— W-Waaaah!? Desculpe! A limpeza do banheiro já terminou, você pode esperar um pouco agora….!?

(Droga!?)

(Por acaso esqueci de colocar o aviso “em limpeza”?)

Quando Lux levantou a voz em pânico…

— Sinto muito por não atender às suas expectativas, Querido Irmão. Você queria ver isso? Meu corpo nu.

Era sua irmã mais nova, Airi, e a aluna do primeiro ano da Tríade, que era sua amiga, Noct.

— O-O que você está dizendo!? Ah, Senhorita Noct, boa noite…

— Yes. Mas, é inevitável. Ouvi dizer que os adolescentes do sexo masculino têm dificuldades de várias maneiras. Eu me pergunto como eles desejam um parente de sangue, mas…

— Por que você supôs que eu estava esperando um corpo nu!?

— Bom, está tudo bem. Vamos, os únicos membros da família, entrar no banho juntos da próxima vez? Querido Irmão.

— Airi… É embaraçoso, você poderia não contar esse tipo de piada na frente das pessoas?

Quando as bochechas de Lux ficaram vermelhas e ele reclamou, Airi também estava um pouco envergonhada, ela enganou-o limpando a garganta. *tosse*

— Então, você tem assuntos comigo? A limpeza do banheiro já é o último dos pedidos de hoje. Portanto, se não for algo urgente, quero que espere um pouco…

Para Lux, que endireitou as costas, Airi e Noct sorriram ironicamente.

— Sim, é um pouco de trabalho. Depois, por favor, venha imediatamente para o grande salão da academia. Um desvio está fora de questão. Bem, até mais tarde.

Airi disse suavemente e virou as costas.

— Entendido. Eu vou imediatamente.

— Yes. Espero ansiosamente.

Ao se curvar a Lux, que respondeu, Noct também saiu do banheiro junto com Airi.

— Espera ansiosamente…?

Lux inclinou a cabeça em perplexidade, mas no final ele não entendeu.

 

Parte 5

De noite, quando o sol já tinha sumido completamente.

Depois que a empregada que fez o pedido verificou a limpeza, Lux seguiu para o grande salão sem perder tempo, como lhe foi dito por Airi e Noct.

Enquanto ele caminhava pelo dormitório, grande como um hotel de alta classe na Capital, sem querer sorriu ironicamente para si mesmo, quando sentiu algo como estar  “fora do lugar”.

— Falando nisso, eu também era da realeza…

Ele viveu na Corte Imperial até os 7 anos de idade, mas depois de ser privado do direito de sucessão ao trono, viveu fora do castelo, e não era uma vida tão farta.

O golpe de estado ocorreu aos 12 anos de idade e, com a guerra de curto prazo de cerca de um mês, após a vitória dos oficiais principais de Atismata, ele foi preso junto com sua irmã Airi e ficaram detidos por um tempo.

E, ao mesmo tempo em que o governo do Novo Reino nasceu, Lux tornou-se um criminoso e foi decidido que ele assumiria a missão de aceitar trabalhos estranhos e uma dívida como anistia.

Eles foram os únicos dois sobreviventes da realeza do Antigo Império.

Embora tenham sido expulsos da família imperial, para deixar Lux e sua irmã mais nova, que tinham sangue imperial, viver e libertá-los, vários acordos foram necessários.

Juntamente com outro segredo que não pode ser dito de forma alguma.

— Errr, era no grande salão?

Lux notou e parou.

(….Mas por qual motivo elas me chamariam nesse momento?)

(Mesmo havendo muitos trabalhos que não posso fazer de noite.)

Enquanto pensava, Lux viu a figura de Airi no corredor que descia as escadas.

— Parece que você arrumou sua aparência. Eu tenho uma opinião melhor de você, Querido Irmão.

— M-Mesmo pelo menos faço isso! Hum, sobre o pedido das meninas…

— Bem, então, por favor, venha aqui. Todo mundo está te esperando.

Ignorando as palavras de Lux, Airi pegou sua mão.

Assim, do outro lado da passagem, até o refeitório.

— Hã…? Se bem me lembro, esse lugar é…

(Mesmo que já tenha passado do horário do refeitório estar fechado.)

Enquanto Lux pensava assim, parecendo intrigado e entrando…

— PARABÉNS PELA SUA ADMISSÃO!

Ele ouviu as vozes de todas as meninas de uma vez.

— Eh…?

Ao olhar para frente, muitos pratos foram colocados em uma grande mesa.

Torta de carne com molho e todos os tipos de sanduíches com legumes foram colocados.

Macarrão com cogumelo coberto com molho vegetal. Frango refogado com especiarias.

Sopa com legumes cozidos, extraindo doçura.

Até uma garrafa de vinho tinto e um bule de chá foram preparados.

— Não me diga que isso é…

— Certo, é a celebração da sua admissão. Lux.

Vendo a reação de Lux, Shalice da Tríade, sorriu levemente.

Ao olhar, o refeitório estava montado como um pequeno local de reunião para festas, e muitas alunas se reuniram lá.

Lisesharte, Krulcifer, Philuffy.

Shalice, Tillfur e Noct da Tríade.

E várias alunas da mesma sala e até a instrutora Raigree se sentaram em um canto.

Por um momento, ele não pôde acreditar naquela visão.

Foi como um sonho.

Lux ficou distraído por um tempo.

— Hum, por acaso… É pra mim?

— …Bem, é algo simples que reunimos e planejamos, afinal. Pode ser um pouco simples para entretê-lo, um ex-Príncipe, mas por favor, aceite isso.

Quando a aluna do terceiro ano Shalice disse…

— Uhum. Os pratos foram feitos a mão por todas, mas não espere algo gostoso do que eu fiz! Eu sou extremamente desajeitada, afinal!

Disse Tillfur com um sorriso no rosto.

— No. Eu não acho que isso seja algo que você deva dizer em primeiro lugar.

Noct deu uma resposta calma a ele.

— Lu. Estaremos juntos a partir de agora.

— Estou esperando várias coisas de você.

Depois que Philuffy e Krulcifer falaram respectivamente para Lux…

— Ei. Ah, como dizer.

Lisha, que estava sentada em uma cadeira próxima, ergueu levemente a mão e se levantou.

— H-Hum… Francamente falando, eu não sou muito boa com festas ou eventos assim. Portanto, hum, eu não sei se você está realmente feliz. Mas pensei que deveríamos fazê-la… Bom trabalho… Não, foi uma grande honra nessa ocasião. Lux Arcadia.

Enquanto desviava um pouco os olhos, ela murmurou.

Sua roupa era um vestido vermelho que Lux viu pela primeira vez.

— Yes. Lisesharte parece querer dizer ‘eu queria agradecer e parabenizá-lo, e por isso planejei. Ficarei feliz se você gostar um pouco’.

— V-Você está errada!? Não traduza por conta própria! Mesmo que você seja apenas do primeiro ano.

Vendo essa conversa, as outras alunas de repente caíram na gargalhada.

— ………

Por estar muito chocado, Lux ficou rígido por um momento, mas…

— …Obrigado. Lisha. Eu estou feliz.

Ele disse isso com um sorriso natural.

— N-Não… Bem, hum, como dizê-lo. É apenas um, mas eu também tentei e fiz um prato. Errr…

*tosse* – Com um olhar perplexo para Lisha que corou e começou entrar em pânico, Shalice tossiu.

— Bem, então, já devemos ir para a torrada?

Com essas palavras, todo mundo colocou vinho em seus copos e brindaram.

A noite animada continuou.

 

Parte 6

A festa passou num piscar de olhos.

Depois que a festa de boas-vindas de Lux terminou, eles se dispersaram.

— O que fazer… Eu esqueci completamente…!

Como seu estômago estava cheio e havia também o cansaço dos trabalhos e a mudança no primeiro dia, Lux queria deitar-se o mais rápido possível, mas havia notado nessa hora o fato de que um problema importante permanecia.

Isso foi sobre onde dormir.

Lux usava a sala de visitas, mas como uma manutenção era necessária, ele apenas se lembrou de que se dizia que não poderia ser usada por um tempo.

Nesta academia, onde havia apenas um dormitório feminino, o quarto onde Lux ficaria ainda não foi encontrado.

Portanto, garantir um lugar para dormir também era um problema para Lux, mas…

— Eu me pergunto por que apenas este lugar é idêntico à época antes da mudança…

Mesmo que houvesse muitos quartos, não havia onde ele pudesse ficar.

(Eu deveria ter consultado a instrutora na festa…)

— Não adianta. Estou com sono…

A fadiga acumulada e a sensação de estômago cheio de comida.

Sem lutar contra a sonolência que de repente o atacou, ele se ajoelhou.

— Eu vou descansar um pouco, então…

Justo no tapete do corredor, foi logo depois que ele se encostou na parede.

A consciência de Lux foi imediatamente engolida pela escuridão e ele caiu em um sono profundo.

 

Parte 7

*cheep* *cheep*

Ouvia-se pequenos sons de pássaros e, nas costas de suas pálpebras, ele sentia o calor de uma fraca luz vinda do sol.

É de manhã. Pensou Lux dentro de sua consciência.

(Eu dormi no corredor? É uma sensação misteriosa para isso.)

(O tapete deste dormitório é quente e macio, hein.)

(Além disso, de alguma forma cheira muito bem.)

(Até pouco tempo atrás, dormir ao ar livre ou permanecer em um estábulo era normal para mim, afinal.)

Lembrando-se de uma coisa dessas, Lux sorriu ironicamente em um cochilo.

Antes de perceber, ele tinha se acostumado com sua vida bastante pobre.

Eu deveria me levantar logo, ainda tenho muitas para fazer.

Mas quero ficar assim só mais um pouquinho…

Pensando assim, ele tentou puxar o cobertor na mão, com os olhos ainda fechados.

— Ahn…

*funyu* – Junto com essa sensação suave que tocou sua mão, ele ouviu uma voz assim.

— Hã…?

(Eu me pergunto o que é isso.)

Era fofo, carnudo, suave e muito macio.

Tinha elasticidade como massa de pão amassada e, quando afundava, os dedos de Lux eram empurrados para trás.

Como aquela sensação era confortável e Lux a massageava várias vezes com os olhos ainda fechados…

— A-Ahn…

— ………

A voz diante dele transformou-se em uma voz sedutora.

Quando Lux, que ficou surpreso com isso, abriu os olhos…

— O qu…!?

Uma garota com cabelos macios e rosados e pupilas douradas que se abriam finamente. Philuffy Aingram estava na mesma cama – ao lado de Lux.

— Espe..!? Por que a Phi está aqui!?

— …Ah, bom dia. Lu. Fuhaaah.

Em contraste com o Lux confuso, Philuffy piscou sonolenta.

Sua aparência era camisola fina, peitos expostos e…. sua calcinha podia ser vista na parte inferior do corpo.

— O q… O que diabos aconteceu!? Por quê?! Por que você está aqui…

Lux rapidamente se levantou da cama e olhou em volta.

Beliche, um guarda-roupa, uma pequena mesa de duas cadeiras, uma escrivaninha…

Não importa como você pense sobre isso, era um quarto para duas pessoas.

— …O banheiro fica no primeiro andar?

— Isso não..!? Não é com isso que estou preocupado!? Quero dizer, cubra-se! Eu posso ver tudo afinal! Eu posso ver de várias maneiras.!

Enquanto respondia confuso, Lux rapidamente cobriu os olhos com as mãos.

Ao fazê-lo, Philuffy bocejou de uma maneira fofa e se cobriu mais uma vez com o cobertor.

— Ei!? Não durma de novo! O que há com esta situação!? Se bem me lembro, ontem à noite eu estava…

— Sim, eu te trouxe aqui. É porque eu o encontrei dormindo no corredor, a caminho do banheiro…. Você pegaria um resfriado, sabia?

 

 

— O-Obrigado… Não é isso!? Este quarto é para duas meninas, certo!?

— Eu sou a única que usa este quarto, então está tudo bem.

— Mesmo que seja um beliche, por que você dormiu comigo?

— Foi incômodo carregá-lo para cima. E eu estava com sono…

— E-Então, não teria sido melhor se você tivesse subido, certo!?

— Subir a escada foi incômodo.

Fim da discussão.

— B-Bem… Hum, afinal é ruim, certo? De várias maneiras… Você e eu já estamos nessa idade.

— Mas eu estou bem com isso.

— Ah, nossa… Você não mudou nada durante todo esse tempo…!

Não importa o quão inocente ela seja, como esperado, ela é um pouco desligada.

(Estou feliz por estarmos próximos depois de muito tempo, mas o estímulo é mais forte agora.)

Tanto a aparência quanto o cheiro davam a sensação de que ela era uma “garota” completamente adulta.

— Você mudou, Lu?

— Eh…?

Silenciosamente levantando-se e com um olhar sério, como sempre, Philuffy disse isso.

E só um pouquinho, ela sorriu.

Um sorriso suave na medida em que só podia ser notado por alguém que estava perto dela há muito tempo.

— Está tudo bem. Tenho certeza de que não mudamos.

— ……….

(Eu quero saber porquê.)

Para o sorriso de Philuffy e suas palavras, Lux quase chorou.

(Afinal, eu sou…)

(No último dia daquele golpe de estado, eu…)

*tock* *tock*

Naquele momento, um som de batida ecoou no quarto.

— Philuffy! Já é de manhã. Se você não acordar rapidamente, vai se atrasar! Você já está atrasada o tempo todo, então se você se atrasar mais do que… Posso entrar?

A aluna do segundo ano da “Tríade”, a voz de Tillfur podia ser ouvida vindo da porta.

— …!?

(Isso é mau!)

Não importa o quanto houvesse motivos, ser visto nessa situação seria…

— Philuffy… você entende? Eu já estou acordado, então você pode manter segredo sobre eu estar aqui…

— Tudo bem. Pode entrar.

Antes de Lux terminar de dizer, Philuffy respondeu claramente.

— Espe…!? Por acaso, não tranca o quarto com uma chave!?

Tillfur abriu a porta e entrou.

— …Hã?

E, depois de distraidamente abrir a boca ao ver Lux e Philuffy…

— ……….

*patan*

— Desculpa pela intrusão!

— Ei!? Você está errada! Então, por favor, não espalhe essa história!

Lux saiu apressadamente do quarto e correu atrás de Tillfur, que fugiu.

No final, Lux, Philuffy e Tillfur se atrasaram enquanto se davam bem.

 


Tradução: Ouroboros

Revisão: PcWolf


 

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