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Como um Herói Realista Reconstruiu o Reino – Vol. 08 – Cap. 03 – Designação de pessoal

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10° dia do  10° mês, ano 1.547, Calendário Continental Castelo Parnam

Neste dia, a câmara de audiência no castelo de Parnam estava lotada de pessoas. Mesmo sem incluir os guardas, haviam mais de 30 pessoas reunidas, e o cômodo supostamente largo parecia apertado.

Havia muitos rostos variados reunidos também.
Muitos deles eram membros das Forças de Defesa Nacional, como Excel e Ludwin, mas também haviam burocratas como Poncho e Colbert. Também tinham aqueles de fora do país como o bispo do Estado Papal Ortodoxo Lunariano, Souji, e Kuu, o filho do Chefe de Estado da República de Turgis. Mesmo o antigo General da Força Aérea, Castor, que supostamente estava sob  custódia de Excel, marcava presença, fazendo aqueles presentes se exaltarem.

Aqui era o momento no qual quase todos os principais vassalos de Souma, independente da posição, estavam presentes.
Havia algumas pessoas a quem não se viam a um tempo, então podia-se ouvir conhecidos se reencontrando.

— Mestre, é bom te ver novamente. — O atual chefe da Divisão Aérea das Forças de Defesa Nacional e o antigo administrador da Casa Vargas, Tolman, estava se curvando perante seu outrora mestre, Castor.
Castor rapidamente o fez parar.

— Não me chame de “mestre”, eu já não sou mais o chefe da Casa Vargas. Deixei a liderança para Carl e agora estou sob a custódia da Casa Walter. Se você abaixar sua cabeça para mim, vai soar ruim.

— Ah… eu entendo. Então como irei me referir a você de agora em diante?

— Está bem me chamar apenas de Castor, mas… se você tiver que me chamar de algo mais, então que seja “capitão”.

— Capitão… Certo?

— Sim, soa bem! — Castor acenou, então pôs o chapéu de capitão que estava em suas mãos de volta a sua cabeça com a borda escondendo seus olhos. — Eu tenho um navio e uma equipe em meu comando agora. Não está nem perto do tanto de homens que tive uma vez, mas gosto desse trabalho mais do que você possa imaginar.

— Agora que mencionou isso… Você desenvolveu um bronzeado. Como um verdadeiro homem do mar.

Assim como Tolman tinha apontado, Castor estava bem mais bronzeado que antes. Ele era magro e parecia jovem, então se parecia com um surfista na praia no verão. Enquanto Castor arregaçava suas mangas para mostrar, ele acabou dando uma risada satisfatória.

— Comparada a altitude elevada da cidade do Dragão Vermelho, a Cidade Lagoon é quente e úmida. Eu me visto com coisas leves o tempo todo, e isto aconteceu.

— Você parece bem forte e confiável. Me pergunto, se a lady da casa pudesse lhe ver, acredito que ela se apaixonaria de novo, não concorda?

— Accela… está indo bem? — perguntou Castor hesitante.

— Sim, ela e Carla, ambas estão bem. No entanto, diferente de Carla que apareceu na Transmissão de Voz da Joia, eu não tenho ouvido tanto de você, mes…Capitão, então fiquei meio preocupado. Tenho uma mensagem que me pediram para comunicar caso tivesse a oportunidade de me encontrar com você.

— Uma mensagem? — Castor perguntou.

— Lady Accela me disse isto: “Eu sou uma dragonato, então vou ter uma longa vida. Portanto, posso esperar pelo tempo que precisar.”
Lady Accela era filha de Excel e uma dragonato.

— Entendo… Accela vai esperar por mim, não vai…? — ouvindo a mensagem de sua separada esposa, Castor sorriu um pouco triste.
Era uma atmosfera sombria, mas… a mensagem de Tolman não acabava ai.

— Bem, há mais uma coisa: “No entanto, se levar muito tempo, vou pedir permissão de Sua Majestade para ir te ver. Se o encontrar tendo uma vida desleixada quando eu chegar, mamãe e eu vamos te dar um sermão juntas, então esteja preparado…”. Está foi a outra mensagem.

— Urgh…

O clima pesado foi quebrado em um instante, Castor começou a suar profusamente. Ele deve ter algo sobre o qual se sentir culpado, porque seus olhos estavam se movimentando furtivamente.

— A-Accela não deve estar recebendo quaisquer informações sobre mim, certo?

— Ela não deveria, mas… algo vem em mente? — perguntou Tolman.

— Não, aquilo não foi minha culpa! Sim, eu vou a um lugar de vinhos e mulheres com meus camaradas marinheiros, mas somente para socializar.

— Capitão…

Tolman pressionou sua testa e a sacudiu exasperado.
Era uma conversa entre mestre e servo, sem diferenças daquelas que eles tinham na Cidade do Dragão Vermelho. Enquanto estavam tendo essa troca, o outro time de mestre e servo, Kuu e Leporina, estavam se encontrando novamente com outro grupo pela primeira vez desde a República de Turgis.

— Ookyaya! A quanto tempo, Hal! — Kuu exclamou.

— Hey, Kuu! Já faz um tempo!

Kuu e Halbert, que tinham lutado juntos na República, trocaram um forte aperto de mão. Ao lado deles, Kaede e Leporina estavam se cumprimentando.

— Já faz tempo desde que te vi também, Leporina.

— É bom ver você de novo, Kaede.

— ???

— Ruby, que estava de pé ao lado de Halbert com Kaede, tinha um ponto de interrogação em seu rosto, completamente fora de sintonia. Ela puxou a manga de Halbert pedindo por explicação.

— Quem são todas essas pessoas, Hal?

— Ah, Claro. Esta é sua primeira vez encontrando eles. Este é o filho do atual Chefe da República de Turgis, Kuu Taisei, e sua companheira, Leporina. Kuu, esta é Ruby, o dragão com o qual formei um contrato na Cordilheira do Dragão Estelar. Isso faz dela minha segunda noiva.

Em seguida, eles se introduziram uns aos outros. Kuu e Leporina estavam sorrindo, mas Ruby estava confusa sobre o que fazer depois de ouvir que Kuu era o filho do chefe da República.

— O filho do Chefe de Estado!? — Ela exclamou. — Ele é filho do líder de um país vizinho! Está tudo bem ser tão casual com ele!?

— Ookyaya! Eu não ligo, jovem senhorita. Hal foi de grande ajuda em Turgis, e eu sou apenas um convidado do grande Mano Souma aqui. Estou feliz em tê-lo me tratando como amigo.

— Kuu deixou sair uma alegre risada.

Kaede encolheu os ombros um pouco incomodada.

— Hal sempre sai impune ao tratar Sua Majestade como um amigo. Me tremo só de pensar em fazer o mesmo, mas… talvez só temos que desistir e aceitar que este é o tipo de estrela que Hal nasceu para ser?

— Eu não acho que ser adorado por nosso lorde é uma coisa ruim. — Ruby opinou. — Tenho certeza que Sua Majestade tem expectativas para Hal.

Kaede disse, acenando:

— Quando aqueles que estão acima dele tem altas expectativas por ele, Hal fará seu melhor para atendê-los. Eu me preocupo se ele vai ser levado por isso e acabar cometendo um grande erro, sabe.

— Eu… posso ver porque você se sente assim.

— Esse é o porquê de nós precisarmos manter suas rédeas firmes, para que isso não aconteça.

— Um dragão que segura as rédeas de seus cavaleiros, hein? Nada mal.
Halbert ignorou a troca acontecendo entre sua futura primeira e segunda esposas, fingindo que não podia ouvi-las. Mesmo se ele não gostasse do conteúdo, era claro que se abrisse sua boca agora, elas se virariam contra ele em um instante.

 Felizmente, Halbert tinha começado a adquirir as mesmas técnicas para lidar com o mundo (ou no mínimo com suas esposas) que Souma tinha.
Sem saber como Halbert se sentia, Kuu o cutucou com seu cotovelo.

— Ainda assim, Hal, nós não podemos deixar você sozinho por um segundo! Você tem uma linda noiva como Kaede, então foi lá e teve outra noiva dragão tão linda quanto.

— Eu acho que sim — Hal admitiu com um sorriso. —, isso me deixa com menos espaço no quarto, mas sinto que é mais divertido desse jeito.
Halbert sentiu como se pudesse entender o porquê agora, mesmo parecendo que Souma estava a mercê de suas esposas, ele ainda parecia gostar. Tendo uma família para proteger, e um forte senso de ter um lar para o qual voltar, aumentando o número de responsabilidades que um homem tinha, mas fez seus dias mais vívidos.

— Você tem beldades como Taru e Leporina também, não é? — Hal perguntou.
— Seu id- Taru é uma coisa… mas Leporina e eu não somos assim.
Kuu, que tinha aprendido outro dia o quão complicadas são as mulheres, hesitou.
Hal se perguntava por que Kuu ficou repentinamente envergonhado, mas então uma voz alta veio de trás deles.

— Hey, Vocês dois!

Halbert e Kuu pularam no ar.

—Whoah?!
Eles se viraram, piscando rapidamente, e o pai de Halbert, Glaive, estava lá de pé com um olhar severo em seu rosto.

— Velho!? Para que isso do nada!? — Halbert exclamou.
Enquanto Halbert protestava, apertando seu peito sob o coração acelerado, Glaive cruzou seus braços corpulentos.

— Por quanto tempo você pretende ainda ficar surpreso, neste encontro onde muitas pessoas importantes neste país estão reunidas! Você em especial, Halbert! Você vai ser um homem casado em breve. É esperado que você faça mais ainda por Sua Majestade. Se você ficar desse jeito, será uma desgraça para as jovens senhoritas Kaede e Ruby, a quem estão fazendo o favor de se casar com você! Eu não posso lhe dar a liderança da Casa Magna ainda, pelo que vejo.

— Você diz isso, mas ambos sabemos que não planeja se aposentar tão cedo — disse Halbert, ressentidamente massageando suas bochechas.

Vendo essa troca de pai e filho, Kuu começou a sussurrar para Leporina.

— Parece que o pai é o mesmo onde quer que se vá…

— Eu sei. É como tenho visto você e Sua Excelência. Estou certo que Sir Glaive está tentando agir como uma parede para Sir Halbert superar. É um reflexo de suas altas expectativas para seu filho. Igual a Sua Excelência que enviou você ao mundo para expandir seus horizontes.

— Hmph. — Kuu murmurou. — Bem, é bom ver que eles estão cheios de energia.
Enquanto Kuu e Leporina estavam tendo essa troca, Halbert e Glaive continuaram sua briga de pai e filho, com Kaede e Ruby intervindo para acalmar Glaive.
Com ambas as futuras enteadas mediando, ele não tinha escolhas.
Enquanto mestre e serva da República de Turgis olhavam com sorrisos irônicos, incapazes de não se sentir absortos na briga entre pai e filho que estavam assistindo, muitos outros estavam tendo uma conversa com o Ministro da Agricultura e Silvicultura, Poncho.

Quem estava falando com ele era Colbert, o Ministro das Finanças e ex-vassalo do Principado de Amidônia; junto de Herman, que era o Avô de Roroa e Lorde da cidade Nelva na região sul de Amidônia; e Margarita Wonder, a antiga comandante mulher do principado que agora trabalhava como uma cantora.

Atrás de Poncho estavam Komain e a empregada chefe, Serina. Komain tinha recentemente se tornado sua assistente pessoal.
Poncho disse nervosamente:

— V-Você também foi chamado, Sir Colbert?
Colbert acenou.

— Sim. eu ouvi que Julius… não, Sir Julius, o Irmão mais velho de Lady Roroa… está envolvido nisto. E também, por causa de uma grande força que vai ser enviada fora do país nesta ocasião, nós provavelmente vamos ser chamados para gerenciar a região de Amidônia sob a ausência de Sua Majestade.

— Vocês irão? Então neste caso, Madame Margarita fora chamada aqui como uma comandante, não uma cantora?

Margarita estava usando uma armadura, e bateu um punho em seu peitoral. Sendo uma mulher alta, apenas essa ação era suficiente para fazer dela intimidadora.

— Fico feliz de ser capaz de agir como uma comandante pela primeira vez em tanto tempo! Eu não deixei meu treinamento como guerreira degradar no meu período como cantora.

— Hm, seu espírito de luta é impressionante. — Herman sorriu. — O sangue deste velho soldado está começando a ferver.

Talvez tendo sido levado por Margarita, Herman agora estava com o espírito elevado. A aura de cavaleiro emanada por esses dois militares fizeram os burocratas presentes, a quem se manteriam longe do campo de batalha, se sentirem um pouco estranhos.
Enquanto isso, Serina e Komain, que estavam acompanhando esta troca…

— Madame Margarita mostra um vigor impressionante para uma mulher — disse Komain.

— Como membro de uma tribo de caçadores, posso sentir meu sangue começar a se agitar também.

— Você está ficando muito animada. — Serina a informou. — Aqueles que servem devem manter uma mente focada em todo o cenário.

— Você diz isso, Madame Serina, mas também é uma combatente e tanto, não é? Não estimula seus instintos de combate ?

— Quanto mais animado você fica, mais aberturas se cria para seus inimigos. Acalme seu coração, finja serenidade, e enterre seus adversários sem que seus mestres mesmo notem. Este é o jeito que as Empregadas Reais fazem.

— …Empregadas Reais são algum tipo de assassinos ou algo assim?

Elas estavam tendo uma conversa mais violenta do que seria esperado de empregadas.
Em contraste às empregadas meio assassinas, o comandante dos Gatos Pretos, os quais eram mais ninjas do que assassinos, estavam no canto do salão escorados contra o pilar. Pelo fato de Kagetora usar uma capa feita para escoltar, encantada com magia que fazia ele mais difícil de se notar mesmo se estivesse vestindo uma máscara de tigre negro e uma armadura negra totalmente intimidadora. Ninguém ao redor dele o notou.

Exceto por uma pessoa. Uma única jovem garota se aproximou de Kagetora, que era supostamente difícil de se perceber.

— A quanto tempo não nos vemos. Como vai? — A única pessoa que se dirigia a ele casualmente era Excel, Comandante Encarregada das Forças de Defesa Nacional.
Parecia que sendo um membro da raça das serpentes do mar, que eram sensíveis ao poder mágico, ela podia sentir a magia de desvio de percepção de Kagetora.

Quando Kagetora foi cumprimentado por essa beldade, que parecia ter vinte e cinco anos de idade, ele tirou suas costas do pilar, se endireitou, e curvou-se com seus braços cruzados na frente dela.

— Duquesa Walter, é um prazer. Estou honrado que você veio falar com um homem das sombras como eu. No entanto, apesar do que disse sobre o tempo que não nos vemos, onde já nos encontramos antes? Tive a impressão que esta era a primeira vez.

— Oh… Pensando nisso, essa era a história, não era? — Excel pressionou seus dedos contra sua testa e balançou sua cabeça como se estivesse incomodada com algo. No entanto, Excel achou incômodo continuar com esse tipo de história, ela não poderia ter uma conversa de outra forma, então decidiu ir com isso por agora. — Bem então… Prazer em conhecê-lo, Sir Kagetora. Sua Majestade o chamou aqui?

Quando ela estava lidando com o comandante dos Gatos Pretos, a Comandante Encarregada das Forças de Defesa Nacional estava em uma posição muito maior, então Excel não se incomodou com formalidades e apenas falou francamente.

— Sim. — Ele disse. — Eu espero ser designado para operações de inteligência na União das Nações Orientais.

— Se ele está reunindo tanto de seus vassalos… será um envio de tropas numa escala que não tínhamos visto desde Amidônia. — Excel disse. — É importante o suficiente para chamar você aqui depois de tudo.

— Ao mover uma grande força, nós não podemos negligenciar preparações contra os países vizinhos. Eu espero que haja um grande movimento na posição de nossas tropas, mesmo entre aqueles que ficarem para trás.

— Eu me sinto mal por Sua Majestade, isto acontece em um momento importante quando sua criança está prestes a nascer. — Excel repentinamente olhou para o rosto de Kagetora e deu uma leve risada.

— Oh, aliás… Eu ouvi que a Princesa Liscia terá gêmeos. Você viu ela no domínio de Sir Albert?

— Seria inapropriado para um mero espião como eu encontrar com a princesa.

— Oh? E eu pensando que você seria incapaz de evitar a preocupação, não é?

— …

Excel tinha um sorriso provocante, enquanto a boca de Kagetora se apertava desenhando uma linha reta. No entanto, eventualmente perdeu para a sorridente Excel e falou.

— Eu não me encontrei com ela. —Ele disse por fim. — Porém, fiz um pedido para meu mestre, e fui permitido patrulhar o domínio de Sir Albert por um curto período de tempo. É assim que sei que ela está bem.

— Hehe! — Excel sorriu com uma cara que dizia te peguei.

Apesar do rosto de Kagetora não poder ser visto sob a máscara de tigre, ele olhou para o lado, constrangido.

Naquele momento, o salão repentinamente ficou em silêncio.

Souma tinha aparecido na câmara de audiência com Aisha, Roroa e Hakuya.

As pessoas foram apressadamente para suas posições, das quais eram determinadas pelo título.

Quando Souma ficou de pé ao lado do trono, todos se sentaram.

Ele olhava para seus vassalos e fez uma declaração:

— Agradeço por responderem a minha convocação repentina. Foi decidido que nós enviaremos reforços à União das Nações Orientais, a pedido do Império Gran Caos. Eu agora vou anunciar quem será enviado como parte da força tarefa, e quem vai permanecer no Reino.

 

Separador Tsun

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Olhando os rostos aqui reunidos entre burocratas e oficiais, anunciei os nomes que Hakuya e eu tínhamos concordado a se juntar a expedição para a União das Nações Orientais.

— Primeiro, vamos despachar cerca de 60 mil soldados do Exército das Forças de Defesa Nacional. — Eu disse.

— Ooooh… — Houve uma exclamação de espanto das pessoas ali.

As Forças de Defesa Nacional do Reino da Friedônia, organizadas a partir da união do Exército Proibido, Exército, Força Naval, e Força Aérea de Elfrieden, além das forças do Principado de Amidônia, reuniram aproximadamente 130 mil soldados.

Este envio de tropas usaria cerca da metade disso, então era difícil culpar as pessoas reunidas aqui por estarem impressionadas. Na verdade, esta seria nossa primeira operação militar desde a guerra com o Principado.

— Eu vou estar na liderança com minhas tropas — continuei. — Por isso, serei o Comandante Encarregado dos reforços, mas em termos práticos, o comando será deixado para o Vice-Comandante Encarregado das Forças de Defesa, Ludwin. Excel vai permanecer no país, e enquanto eu estiver fora, ela vai ser responsável por reforçar as defesas do país. Eu assumo que isso está bem. Certo?

— Sim senhor! Como você comanda! — Ludwin disse.

— Na sua ausência, eu defenderei o país com minha vida. — Excel adicionou.
Ludwin e Excel estavam ajoelhados na linha de frente, ambos se curvando em uníssono.
Eu acenei, então chamei o General da Força Aérea que estava esperando ao lado deles.

— Tolman!

— Sim senhor.

— Este envio de tropas vai ser diferente de uma operação militar dentro do país. Aqui nós podemos rapidamente mover soldados e provisões com as redes de estradas e rinossauros, mas isso não será possível dentro da União das Nações Orientais. Por isso, nós vamos ter metade da Força Aérea lidando com os suprimentos. Poncho!

— S-Sim! Estou aqui, Senhor! — Poncho rapidamente foi a frente e se prostou quando chamado.

— Nesta ocasião, irei lhe deixar com o gerenciamento de suprimentos, muitos das quais serão as provisões para nossas tropas. Trabalhe com Tolman e assegure que os suprimentos serão recebidos pelos reforços sem interrupção.

— C-Como desejar, Senhor! — Poncho disse firmemente, aceitando suas ordens.
Eu recebi uma informação dizendo que apenas por ter Poncho – que foi reverenciado como Ishizuka, o Deus da Comida – responsável pelo gerenciamento das provisões das tropas, seria suficiente para levantar a moral do exército.  Então o deixei estudando as linhas de gerenciamento dos suprimentos enquanto ele estava em Vinetinova.

Poncho ainda é novo nisso, mas os Comandantes atuais viriam de burocratas designados a trabalhar abaixo dele, então ficaria bem. Ele apenas precisa ser aquele nominalmente no cargo.

Eu acenei, então me dirigi às pessoas reunidas no hall.

— Eu certamente consultarei Hakuya, Excel, Ludwin, e Tolman para tomar decisões sobre as unidades do Exército e Força Aérea a serem despachadas como reforços mais tarde. Como um assunto diferente, agora irei anunciar a colocação dos Comandantes como uma medida de precaução contra países vizinhos enquanto estou em campanha!

Pausei para respirar, então chamei seus nomes.

— Herman! Owen!

— Sim senhor!

— Sim senhor!

Em resposta por ter chamado seus nomes, ambos ergueram suas vozes fortes.

O avô de Roroa, Herman, foi um comandante militar. E Owen, meu professor de artes marciais, que também agia como um conselheiro para mim.

— Vou ter vocês como defesa contra o Estado Mercenário Zem, no oeste. — Eu disse.

— Eles clamam por neutralidade, então não espero que nos invadam como uma nação. Entretanto, desde a última guerra, estou certo que aquele país tem uma opinião miserável de nós, então podem nos fazer algo indesejável. Permaneçam devidamente vigilantes e defendam as pessoas da Região de Amidônia.

—Sim senhor! Conte conosco!

— Não podemos deixar os mais jovens nos ultrapassar ainda!

Herman e Owen bateram em seus peitos em uníssono. Esses caras velhos eram mais musculosos do que seria esperado para suas idades, eles pareciam bastante confiáveis.

— Próximo, a respeito das preparações contra o Estado Papal Ortodoxo Lunariano no noroeste… Gleive!

— Sim senhor! — O velho de Hal respondeu.

— Quero que você entre em Van e faça as preparações contra o Estado Papal Ortodoxo Lunariano de lá.

— Sim senhor. Pode contar comigo.

— Certamente irei. Mas seja cuidadoso. O Estado Papal não apenas se utiliza de operações militares; nós antecipamos que eles poderiam também incitar seus fiéis a uma revolta ou usar inúmeras cartas na manga. Como uma contramedida, irei enviar Margarita e o Bispo Souji com você. Vocês dois, um passo à frente.

Ambos, Margarita e Souji, vieram à frente e se ajoelharam. Diferente de Margarita, a quem abaixou a cabeça profundamente, Souji pertencia a outro país, então ele me deu somente um leve aceno.

— Margarita tem o respeito das pessoas da Região de Amidônia por seu antigo trabalho como comandante militar, e agora como uma cantora — anunciei. — Se ela tem uma forte presença no coração das pessoas do noroeste, vai ser difícil para os superiores do Estado Papal mexer com eles. Além disso, quero usar o Bispo Souji como representante da Ortodoxia neste país, para cortar o vínculo entre os fiéis nesta região e o Estado Papal Ortodoxo. Bispo Souji, posso contar com você para isso?

Mesmo pensando que ele era um bispo da Ortodoxia Lunariana, Souji tinha pouca lealdade ao Estado Papal Ortodoxo. Mas ele ainda era tecnicamente um deles, então, neste caso, eu emiti isso como um pedido, não uma ordem.

Se eu der ordens a ele, seria considerado que estava o tratando como um retido, e o Estado Papal poderia excomungá-lo como um herege que tinha deixado seu controle e tentado enviar um Bispo diferente. Para prevenir uma dor de cabeça como essa, preciso que Souji permaneça publicamente do lado do Estado Papal Ortodoxo por agora.

— Oh, Deus, parece que não tenho escolha… — Souji encolheu os ombros com um sorriso irônico. — Tendo sido enviado a este país como um bispo, eu acho difícil aceitar uma situação onde nossos fiéis e as pessoas deste país iriam se virar uma contra as outras. Permita-me cooperar.

— Fico agradecido. Glaive, trabalhe com eles para defender nossas fronteiras com o Estado Papal Ortodoxo.

— Sim senhor. Será feito.

Quando eu tinha finalizado de dar a eles suas ordens (e pedidos), três deles abaixaram-se, e eu olhei para Excel.

— Vou precisar que você permaneça em Parnam. Durante esse tempo, há alguém que possa comandar as Forças de Defesa Naval, e se preparar contra a União do Arquipélago do Dragão de Nove cabeças?

— Neste caso… Eu acredito que você pode fazer isso, Castor. — Excel disse se curvando.

O nome de Castor passava pelos murmúrios na multidão. Ela estava recomendando um homem que, mesmo pensando que tinha sido o resultado da mistura de várias intenções complicadas, tinha levantado a bandeira da rebelião uma vez contra mim, então era inevitável que haveria resistência à ideia. No entanto, Excel parecia indiferente ao humor do salão, e continuou como se nada tivesse acontecido.

— Desde que foi deixado sob minha custódia, eu o tenho educado aos modos da Força Naval. Castor também tentou se misturar com os marinheiros, aprofundando seu relacionamento com eles, e ganhando sua confiança. Dito isso, há vezes que ele fica um pouco turbulento.

Enquanto Excel diz isso, ela lança algumas olhadas de canto de olho nele.
Naquele momento, seus ombros estremeceram e ele desviou o olhar.
Era como a reação de uma criança que foi pega fazendo algo que não deveria. Ela sabe alguma sujeira dele?

Isso me preocupou um pouco, mas não parecia particularmente importante vendo a maneira como Excel falava, então estava bem ignorar.

Eu o questionei.

— Castor, você ouviu o que Excel disse. Posso deixar a Marinha sob seu comando?

— S-Sim senhor! Se essa for sua ordem, farei meu melhor para cumpri-la. — Castor curvou sua cabeça educadamente.

Eu acenei, então dei a ordem.

—Castor. Assuma o controle da Marinha no lugar de Excel e se prepare  contra a União do Arquipélago do Dragão de Nove cabeças. Entretanto, limite as operações a apreensão de embarcações engajadas na pesca ilegal e faça tudo dentro de seus poderes para evitar uma situação que possa resultar em conflito armado. Depois de tudo, nós não podemos entrar em  estado de guerra com outro país quando nós temos tantas tropas sendo enviadas para o norte.

— Sim senhor! Como desejar!

 — E também — desci as escadas para sussurrar no ouvido de Castor. — ,não ouse usar o Hiryuu. Eu não quero outros países cientes de sua existência ainda.

A construção do Pseudo-Porta Aviões do tipo ilha Hiryuu que poderia ser carregado com cavalaria de wyvern estava mais ou menos completo. Foi decidido que um segundo navio, Souryuu, e um terceiro, Unryuu, estavam para ser construídos. Mas nós queríamos o primeiro pronto antes disso. Mesmo pensando que poderia ser posto em operação, nós não poderíamos usar nossa carta trunfo em uma disputa de pescaria e tendo outros países descobrindo sobre ele. Usar wyverns para patrulhar o mar seria muito mais fácil, no entanto.

Provavelmente Castor entendeu tudo isso, já que ele acenou.

— Entendido. — Ele sussurrou de volta. — Somente irei usar navios tradicionais para prendê-los.

— Estou contando com você — sussurrei.

— Ah, e…

Discutimos algumas outras coisas, então voltei para minha posição de antes.

— Então agora, Castor, eu estarei contando com você. Quando declarei isso, Castor disse:

— Sim senhor. — se curvou.

Agora que as preparações para leste, norte e oeste do país. Restava somente o sul.

— Por último, a respeito das nossas preparações contra a República de Turgis…

— Espere ai, Mano! — Kuu se levanta e me corta.

— J-Jovem mestre! Você não deve interromper Sir Souma quando ele está falando!
Leporina, quem estava ao seu lado, rapidamente pulou em sua manga. No entanto, Kuu não deu ouvidos, e me olhou nos olhos enquanto falava.

— Meu velho… o Chefe da República, Gouran Taisei… fez um juramento de amizade com você, não é? Você acha que ele o trairia e viria invadir?

Outro murmúrio percorrendo pelas pessoas. Aquele jovem rapaz repentinamente mostrando desrespeito ao Rei, e ao mesmo tempo, tinha se auto revelado como filho do Chefe de Estado da República. Muitos daqueles reunidos aqui não sabiam sobre a identidade de Kuu.

Para acalmá-los, respondi de modo que não demonstrasse preocupação pelo desrespeito de Kuu.

— Eu confio em Sir Gouran. Mesmo assim, é trabalho de um Rei se preparar para vindas inesperadas. Com isso de lado, não é apenas Sir Gouran; há também um conselho de anciãos feito de chefes de cada raça, certo? Eu não acho que você pode apenas dizer que nenhuma daquelas raças vá tentar nos invadir sem o conhecimento de Sir Gouran.

Eu tentei usar lógica com ele, mas Kuu não estava satisfeito.

— Meu velho vai lidar com qualquer um de seu lado. Gouran Taisei não é um homem que facilmente trai seus amigos!

— Ainda assim…

— Ookyakya, ainda está preocupado? Que tal me levar com os reforços como um general visitante?

Kuu apontou para si com a ponta do polegar

…Como é?

— Como isto se tornou algo sobre levar você comigo? — perguntei.

— Como um refém, sabe. Me mantenha em algum lugar que eu possa ser executado imediatamente, e estou certo que meu velho irá manter os falcões na linha do medo por perder seu querido herdeiro. — Kuu disse isso com uma risada, como se não fosse grande coisa.
Me pergunto o porquê… Estava começando a ter um pouco de dor de cabeça.

— Você tem qualquer ideia do que está dizendo? — perguntei cuidadosamente.

— Você pode apostar que sim, Mano. Quero dizer, eu estou pensando que é uma ótima chance para mim, sabe? Vim a este país expandir meus horizontes. Depois de tudo, não há muitas chances para um cara vindo do país mais ao sul neste continente de visitar a fronteira do Lorde demônio ao norte.

— Não que eu entenda por que você quer isso, mas…

Foi pelo motivo de haver tão poucas oportunidades que eu recusei a sugestão de Liscia de “Você não pode deixar para seus retentores?” como um jeito de liderar os reforços por mim mesmo. Entretanto, estava tudo certo para mim trazer o garoto ao qual me foi confiado por outro país para um lugar que eu sabia que era perigoso?

Eu estava hesitante e olhei para Hakuya.

Hakuya encolheu os ombros em exasperação e respondeu-me brevemente.

— Sim, acho que estaria tudo bem.

Ele deve ter decidido que aquilo dito por Kuu no fim fazia sentido. Não havia mais o que fazer ?

Pela expressão em seus olhos, Kuu provavelmente iria comigo mesmo se eu recusasse.
Eu suspirei.

— …Bem. Vou permitir que você me acompanhe como um general visitante. Eu não irei fazer quaisquer colocações contra a República de Turgis no momento. Entretanto, se houver qualquer movimento, eu vou deixar o julgamento para Excel.

— Ookya! Obrigado, Mano!

— Mas tenha certeza de reportar isso a Sir Gouran, certo? E também, vou permitir que você venha como um general visitante, mas isso não significa que possa agir irresponsavelmente. Eu sei quão destemido você é, mas as relações cordiais entre o Reino e a República pairam sobre seus ombros. Você deve absolutamente respeitar minhas ordens. Entendido?

— Yeah, saquei! Eu juro que não vou fazer nada irresponsável! — Kuu respondeu com ousadia.

Ele estava sendo sério mesmo? Eu provavelmente terei que pedir a Leporina para manter a rédeas sobre ele firmes… minha nossa.

Bem, parece que as coisas acabaram aqui, mas com isto, muitas das distribuições foram decididas.

Por fim, me dirigi à assembleia.

— Então agora, estarei contando com todos vocês.

— Sim senhor! — Em resposta a minhas palavras, todos na assembleia se curvaram em uníssono.

Eu deixei a câmara de audiência com Aisha, Roroa, e Hakuya, do mesmo jeito de quando cheguei. Enquanto passava por Kagetora, a quem estava se escondendo atrás do pilar, sussurrei para ele uma ordem.

— Sonde a situação na União das Nações Orientais. E também mande Inugami até mim mais tarde.

— Como desejar.

Depois dessa curta troca, Kagetora desapareceu da câmara de audiência antes mesmo de nós.

Hmm… Eu acho que sua atuação como ninja ficou mais polida do que antes.

Então agora, tudo que restava era decidir quem iria vir comigo além do pessoal militar.

Nós fomos ao escritório de assuntos governamentais, onde as pessoas que precisávamos para discutir as coisas se reuniram mais uma vez.

Dentro do escritório além de mim estavam Aisha, Juna, Roroa, e Naden, minhas noivas, bem como Hakuya, Tomoe, Hal, Kaede, Ruby, Poncho, Serina, Komain, e Colbert, um total de quatorze pessoas.

Fiz com que todos sentassem em uma longa mesa que era normalmente utilizada pelos burocratas em seu trabalho, e uma vez que eu tenha confirmado que tudo estava pronto, começo a falar:

— Então, devemos começar a rever a situação atual ?

Expliquei a todos os detalhes sobre o despacho de reforços para a União das Nações Orientais desde o início, pois havia aqueles que não estavam na câmara de audiência antes.
No entanto, apesar de deliberadamente não ter tocado no assunto antes, expliquei desta vez que embora a movimentação foi em resposta ao pedido do Império, também foi por causa do pedido de reforços do irmão de Roroa, Julius.

Eu decidi isso mais por motivos familiares do que por problemas internacionais, então somente aquelas pessoas que eram próximas de nós poderiam saber.
Quando eles ouviram que Julius tinha pedido por reforços, Hal tinha um olhar engraçado em seu rosto.

— Julius!?

Era aquele cara com quem lutamos na guerra, não é!? Está tudo bem confiar num cara como aquel- ai! O que foi isso, Kaede!?

Hal olhava para Kaede, que estava sentada ao lado dele, em surpresa. Soou como Kaede o tivesse beliscado  debaixo da mesa ou pisado em seu pé.

Kaede massageou sua têmpora, balançando a cabeça frustrada.

— Este é Sir Julius, Hal. Não importa qual posição ele tenha tido antes, ainda é o irmão mais velho de Roroa, a terceira candidata a rainha primária, e sua conexão de sangue faz dele o cunhado de Sua Majestade no futuro. Você tem que mostrar a ele apropriado respeito.

— Urkh… Desculpa. — Encarando um argumento racional, Hal curvou sua cabeça e se desculpou.

Roroa balançou sua mão.

— Ah, não se preocupe com isso. É um fato que meu irmão era um inimigo. Se ele está tentando dizer “salve-me!” agora, me parece ser meio tarde.

— Princesa… — Colbert deu um olhar preocupado a ela. Ele era o único nesta reunião que conhecia os irmãos de Amidônia desde jovens, ele estava ciente dos sentimentos complicados de Roroa.

Então Roroa se levantou e abaixou educadamente sua cabeça para todos.

— Desta vez, eu não acho que possa fugir das acusações de dar tratamento preferencial a um membro da família. É só que, das coisas que meu irmão disse na carta, ele parece ter mudado. Não sei a causa dessa mudança, mas… estou pensando que podemos nos envolver com ele de forma mais construtiva do que antes. Então eu espero… Eu espero que vocês pudessem, por favor, emprestar a ele suas forças.

Roroa não usava sua linguagem mercantil, mas sim, fazia um apelo com palavras educadas na linguagem comum. Isso deve ter sido ela falando como a princesa do antigo Principado de Amidônia

Eu coloquei uma mão no ombro de Roroa.

— Eu entendo. É por concordar com você que decidi enviar reforços ao Reino de Lastania também.

— Querido…

Eu fiz Roroa levantar sua cabeça, então olhei para Komain.

— Além disso, parece que Jirukoma está no Reino de Lastania também.

— Irmão… — Komain sussurrou. Seu irmão estava na área encarando intensa luta por causa da manami, uma onda de demônios, então ela deve estar preocupada.

— Komain — chamei. — ,você agora estará trabalhando para Poncho, certo ?

— S-Sim! Ele gentilmente me permitiu servir abaixo dele.

— Poncho vai vigiar o transporte de provisões para os reforços que estarei enviando. Quero que você ajude ele junto de Serina. Vocês vão provavelmente estar indo para o Reino de Lastania também.

— Ah! Você vai me permitir ir!? — Sorri para Komain que estava de olhos arregalados.

— Roroa, que tem relações antagonistas com seu irmão, está preocupada sobre ele. Você se dá bem com seu irmão, então deve ser ainda pior. Além disso, com um passado marcial como o seu, não será um obstáculo. Então, aí entra você, Poncho. Nós vamos levar suas subordinadas conosco. Está tudo bem?

Poncho acenou vigorosamente.

— Se isso é o que você quer, então sim, é claro. Havia um tom de brincadeira no rosto de Komain enquanto ela curvava sua cabeça.

— Muito obrigada! Sua Majestade, Sir Poncho.

Poncho disse:

— Estou feliz por você. — Pondo uma mão em seu ombro.

Eu olhei para Serina, que estava ao lado deles com um olhar impaciente em seu rosto.

— Serina, será assim. Posso contar com você também?

— Parece que não tenho outra escolha. Além disso, a princesa foi embora, e Carla junto dela, eu fui deixada sem nada a fazer. Iria pedir que você me permitisse tomar conta de Sir Poncho por enquanto.

— Eu lamento por te causar problemas.

Poncho disse apologético. Os cantos da boca de Serina se levantaram apenas um pouco.

— Certo, eu acho que você deveria mostrar sua gratidão com ações.
Poncho acenou com gotas de suor em sua testa.

— Farei como desejar.

— Hehe. Então é uma promessa.

Serina deu um leve sorriso satisfeito. Poncho parecia aliviado por melhorar seu humor. Komain estava usando um pano para limpar o suor que tinha gotejado da testa de Poncho.
Era difícil definir a balança de poder entre esses três, mas apesar de alguns solavancos aqui e ali, eles parecem estar em sintonia uns com os outros, então vai ficar tudo bem.
Retornei a tarefa em mãos e me direcionei a todos.

— Bem, nessa nota, nós também vamos precisar de Roroa. Colbert, eu sei que vou lhe dar problemas a mais por levá-la, mas mantenha a fortaleza por nós enquanto estamos fora.

— Sim, Senhor. Aliás, isto é para minha princesa. Por favor, deixe as finanças comigo.

— Estou contando com você — acenei. — O próximo tópico é, pensando na possibilidade de encontrarmos demônios, Tomoe irá conosco. E considerando seu potencial de combate, Aisha e Naden também. Nós vamos agir juntos pela maior parte do caminho, mas eu vou pedir a Aisha e Naden para servir como minhas guarda-costas e de Roroa. Pretendo fazer de Inugami o guarda-costas de Tomoe.

— Irmã Ai, Nadie, contaremos com vocês. — Roroa balançou sua mão para cima e para baixo.

Aisha bateu uma mão em seu peito.

— Deixa com a gente! Eu vou proteger Madame Roroa! Então, Madame Naden, olhe por Sua Majestade!

— Entendido. Apostarei meu orgulho como dragão nisso. — Naden imitou ela e bateu com a mão em seu peito suavemente.

Vendo ambas baterem em seus peitos na frente uma da outra, só resultava em um sentimento caloroso em meu coração.

Eu preciso falar com Juna, que estava assistindo as duas com um sorriso gentil.

— Para ser honesto, eu quero que você venha também, Juna, mas prefiro evitar uma situação onde o Rei e todas suas noivas ficam longe do castelo, então pedirei para que fique aqui.

— Não há o que fazer. — Ela disse. — Lady Liscia está fora também, então alguém precisa vigiar o castelo.

Apesar disso, Juna parecia um tanto desapontada, ela juntou suas mãos em seu peito e se curvou timidamente.

— Seja feita a vossa vontade, Sua Majestade. Por favor, permita-me manter o forte por você. Mas se há algo que eu possa ajudar, apenas diga. Eu irei voando para seu lado imediatamente.

— Certo. Se isso acontecer, estarei contando com você.
Nós trocamos olhares por um tempo. Eu senti como se aqueles olhos estivessem querendo me dizer algo “se certifique de voltar para casa seguro.”

Quando eu dei a ela um forte aceno, esperando tranquilizar ela o tanto quanto possível, Juna deu um pequeno sorriso.

 Então Hakuya disse:

— Meu Senhor… Uma palavra, posso? — estava pedindo permissão para falar, então concedi.

— É sobre o envio de tropas. — Ele disse. — Levando em consideração a possibilidade que isso possa se tornar um engajamento de longo prazo. O que iremos fazer sobre a coroação e a cerimônia de casamento agendados para o fim deste ano?

— Oh! Eu tinha esquecido totalmente disso. Nós temos uma cerimônia de coroação para me formalizar como o Rei deste país e um casamento com Liscia e os outras planejado para o fim do ano, certo?

Não havia jeito de saber quando a horda de demônios iria diminuir, e mesmo se eu pudesse retornar ao fim de ano, as coisas iriam ser muito agitadas. Provavelmente iria sobrepor a Liscia dando a luz também.

Bem, quando eu perguntei a Liscia sobre isso, ela disse, “Eu ainda posso aguentar minha barriga esticando, sabe?”

Pareceu como se não a incomodasse, mas iria me dar preocupação sem fim se ela fizesse isso, então eu apenas esperei ela parar de falar coisas como essa.

— Vamos deixar isso de lado até a próxima primavera por agora — respondi. — Liscia tem o nascimento do bebê para lidar, então eu ficaria melhor em fazer isso uma vez que a criança nascer e as coisas se acalmarem. Vamos com isso até lá.

— Entendido. — Hakuya disse isso e se curvou educadamente. Isso era tudo.

Quando percebi, todos os outros já tinham praticamente pulado de seus assentos. Eu levei meu braço direito para a direção deles e dei a ordem.

— Pessoal! Para que o nascimento da criança de Liscia, a coroação, o casamento e todas as coisas boas possam acontecer em paz, vamos todos trabalhar juntos e passar por essa crise!

— Sim senhor!

Agora vamos para o norte, o qual está infestado de monstros.

 


 

Tradução: Hide

Revisão: Pride

 

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Vol. 08 – Cap. 03