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Bruxa Errante, a Jornada de Elaina – Vol. 01 – Cap. 02 – Uma Menina Tão Doce Quanto Flores

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Estava no começo de uma estação intermediária, não era exatamente primavera, nem verão.

Cortando o ar fresco e seco, voei entre as árvores de folhas largas de uma floresta. Ela parecia ser bastante extensa; eu já estava fazendo o meu caminho há algum tempo, mas não conseguia ver o fim.

Enquanto virava minha vassoura para a direita e esquerda, tentando desviar das árvores que ficavam sobre o caminho extremamente estreito, os galhos continuavam me arranhando.

De onde eu estava, não conseguia ver o céu. Bem longe, mal conseguia ver algo brilhando do outro lado de todo o verde. As árvores estavam crescidas demais para poder ver mais alguma coisa.

— Ops…

Por estar olhando para cima em vez de para frente, um galho de árvore derrubou meu chapéu pontudo. Parei, dei meia volta, peguei e depois voltei pela floresta apertada.

Essa floresta é tão densa. Eu deveria ter voado sobre ela, pensei com pesar, mas já era tarde demais. Já tinha ido longe demais, não valeria a pena dar a volta para seguir outro caminho. Poderia tentar forçar meu caminho para cima e para fora, mas tinha a sensação de que meu chapéu não seria a única vítima.

De alguma forma, parecia que eu estava sempre atrasada. Quanto à culpa de quem era, era… bem, completamente minha, mas e daí? Continuei voando, reclamando mentalmente para ninguém em particular.

Não sei a que distância estava, mas, depois de um tempo, o caminho de repente se abriu.

— Whoa… — murmurei.

Na clareira havia um campo de flores.

Ao me aproximar, vi flores vermelhas, azuis, amarelas e de outros tons espalhados abaixo de mim. Cada uma delas era grande e orgulhosa, banhada pela luz do sol. Quando a brisa da minha vassoura passou pelas flores, pétalas se espalharam ao vento junto com um aroma refrescante.

A fragrância, doce o suficiente para limpar as profundezas da minha alma, flutuava quando as flores de cores vibrantes dançavam na brisa. Segurando meu chapéu com uma mão para que não voasse, diminuí a velocidade da vassoura.

Havia um mundo totalmente diferente no meio da floresta. Meu coração foi cativado.

— Minha nossa…

Entre o campo de cores vivas, vi uma forma humana.

Será que é a cuidadora daqui? Virei minha vassoura na direção dela.

— Hm, com licença…

Quando a chamei, ainda de cima da minha vassoura, a pessoa permaneceu sentada, mas se virou para mim. Era uma garota adorável, da minha idade.

— Ah, olá.

— Olá. Você é a cuidadora?

Ela balançou a cabeça.

 — Não. Não tem nenhuma cuidadora aqui. Só estou aqui porque gosto das flores.

— Não tem nenhuma cuidadora…? Você quer dizer que essas flores são selvagens?

— Sim, é isso mesmo.

Uau.

Eu pensava que os campos de flores só cresciam sob a supervisão de humanos. Mas como supunha que as flores existiam desde antes dos humanos, não era como se precisassem de nós para crescer. Mas pensar que esse cenário incrível poderia existir apenas pelo poder da natureza, sem a ajuda de uma mão humana…

Incrível.

— Você é uma bruxa? — Olhando para o meu peito, a garota inclinou a cabeça.

— De fato. Estou em uma jornada.

— Que incrível… Ah, na verdade, nesse caso, eu tenho um pedido.

— Claro, se for algo que eu possa fazer.

A garota pegou várias flores, tirou a jaqueta, enrolou-a em volta delas e as estendeu para mim. Era um buquê improvisado.

— Se estiver tudo bem, gostaria que você levasse este buquê para o país para onde está indo.

— Quer que eu entregue para alguém? — perguntei confusa ao aceitar o buquê.

— Ninguém em particular. Só peço que sejam entregues a alguém que possa apreciar sua beleza. Isso é bem importante.

Suponho que significa que você deseja que outros saibam sobre este campo de flores.

Certamente entendi o desejo de mostrar essa bela vista a alguém.

— Em outras palavras, você quer que eu divulgue o campo de flores, certo?

— Você não quer?

— Não, não me importo. Na verdade, estou mais do que disposta — respondi.

A garota sorriu com profundo alívio e disse:

— Muitíssimo obrigada.

Por mais alguns minutos, nos envolvemos em uma conversa leve, mas animada. Ao menos acho que foi isso. Contei a ela sobre os lugares que havia visitado até o momento, e a garota me contou sobre suas flores favoritas.

Depois de passarmos um tempo agradável juntas, falei:

— Bem, então vou indo, darei suas flores para alguém no próximo país, okay?

— Estou contando com você, senhorita Viajante. — Ela apertou minha mão com um sorriso.

— …

Algo parecia estranho.

— Você não consegue deixar este lugar, não é?

— Não, não consigo — respondeu ela. — Estou bem, sério, desde que fique aqui neste campo de flores. Passo o dia todo com elas. Estou feliz por estar aqui à luz do sol. Isso não é maravilhoso?

A garota nunca se levantou de seu lugar.

 

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— Pare aí mesmo, mocinha. Ei, eu disse pare!

Voei por várias horas após deixar o campo de flores e, quando cheguei em outro país, um guarda de roupas pretas saiu para me cumprimentar em um tom não tão acolhedor.

Ele não tinha motivos para gritar comigo assim, e por que está me chamando de “mocinha”?! Mesmo a pessoa mais amável do mundo não gostaria de ser tratada dessa maneira. Naturalmente, fiquei um pouco brava.

No entanto, não demonstrei isso. Sou uma adulta, afinal.

— Você é uma viajante?

— Sim. Você não pode dizer só de olhar para mim?

— O que vai fazer com este buquê?

— Ah, nada demais.

— …

— O quê?

— Deixe-me ver. — Ele veio em minha direção e pegou o buquê das minhas mãos.

— O quê? Ei! — Era o suficiente, eu não ia deixar que ele me tratasse dessa maneira. Desci da minha vassoura e tentei pegar as flores de volta. Mas o guarda afastou minhas mãos e olhou tão fixamente para as flores que qualquer um pensaria que ele estava tentando fazer um buraco nelas. Meus protestos não tiveram efeito.

Para piorar a situação, o homem só fez uma careta e murmurou:

— Espera um pouco… são do…? — Mas eu não tinha ideia do que ele estava falando.

Este guarda é um idiota…

— Onde você pegou isso? — perguntou.

— E isso importa? Devolva.

— Não me diga que você as pegou em um campo de flores?

— O quê você quer? — Você está realmente me subestimando. Como devo puni-lo? Talvez deva reduzi-lo a cinzas. Puxei minha varinha.

— Ei, o quê você está fazendo?

Eu estava me preparando para disparar uma rajada de vento quando ouvi uma nova voz atrás de mim – e esta tinha ainda mais autoridade.

Que diabos? Este país está cheio de homens com atitudes grandiosas? Me virei, furiosa.

— Isso pertence à viajante. Devolva.

Ali estava um homem de meia-idade, vestido com as mesmas roupas pretas do guarda. Ele estava olhando não para mim, mas para seu jovem colega.

Me virei para o guarda mais novo e o encontrei segurando o buquê de flores e claramente chateado por ser pego.

— Mas, senhor, isso… isso é…

— Eu sei. Vou cuidar do resto, você está dispensado.

— Não, isto é…

— Dispensado. Você não me ouviu? Vá fazer uma pausa.

— Tch… — O jovem guarda estalou a língua e, depois de me lançar outro olhar desagradável, se virou para sair.

— Ah, meu buquê, por favor.

— …

O jovem guarda deu meia-volta, irradiando protestos com todo o corpo.

— Aqui… — E empurrou as flores de volta para mim.

— Obrigada.

Ele não respondeu, mas finalmente saiu. Tudo o que aquele guarda fazia me irritava. Fiquei feliz por me livrar do homem.

Se nos encontrássemos novamente, ele não teria tanta sorte.

Depois de confirmar que o guarda mais jovem não estava mais à vista, o mais velho, que foi chamado de “senhor”, virou-se para mim com uma expressão de desculpas.

— Minhas desculpas, Madame Bruxa. A irmã mais nova dele desapareceu recentemente, e desde então ele esteve agindo assim. Por favor, perdoe-o.

— Isso não me incomodou tanto. — Uma mentira, obviamente.

— Enfim, quanto a estas flores… Me desculpe, mas você poderia me deixar descartá-las? Trazê-las para este país é estritamente proibido.

— Proibido? Tipo, estas flores em específico?

Não entendi o que ele quis dizer ou o que estava tentando fazer. Inconscientemente, abracei as flores com força.

— Estas flores são amaldiçoadas — disse ele com naturalidade, sem tentar tirá-las das minhas mãos. — São inofensivas para uma bruxa como você, mas aparentemente contêm um feitiço que enlouquece os não-magos. Não sei todos os detalhes, mas essa é a informação que temos até o momento.

— Amaldiçoadas…?

Ele assentiu.

— As pessoas que têm contato com estas flores são levadas onde crescem e se tornam sua comida. Elas nunca mais são vistas. É por isso que as flores são proibidas.

— …

— Aconteceu alguma coisa?

— Não…

Se assumirmos que realmente há uma maldição nestas flores, e suspeito que possa ser o caso, por que a garota que me deu esse buquê não tentou se levantar uma vez sequer? E por que estava sentada no campo de flores? Fiquei intrigada com isso.

E se não fosse por ela não se levantar, mas por não poder se levantar? E se a metade inferior do corpo não fosse mais dela?

— …

— Hum, sobre a irmãzinha daquele guarda…

— Ah. Alguns dias atrás, ela foi para a floresta onde as flores crescem e desde então não foi mais vista.

Ele abaixou o olhar. Estava olhando para o buquê.

— Diga, senhorita… alguém lhe deu isso? Será que…

— Não. — Eu o interrompi. — Fui eu que as peguei. A roupa enrolada nas flores é uma das minhas blusas. — Então, eu não sei nada sobre a irmã do guarda.

Cortei seu questionamento com uma mentira vergonhosa.

 

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Depois disso, entrei no país e descobri que não havia muito o que fazer, então fui para uma pousada. Aluguei um quarto por apenas uma noite, tomei um banho e fui para debaixo das cobertas.

Olhando para as tábuas de madeira barata do teto, pensei no campo de flores e na garota sentada lá.

Há algum tempo li As Aventuras de Nique, ali tinha uma história sobre outra planta estranha. Pelo que me lembro, em uma parte da história, havia uma planta com uma mutação que a levou a absorver energia mágica, em vez de exalá-la, assim como as plantas normais. Ela ganhou senciência e acabou se tornando violenta.

Primeiro, devo esclarecer que a substância que conhecemos como “energia mágica” flui livremente de todas as partes do mundo naturalmente. Flores, árvores e a flora em si produzem e exalam energia mágica, absorvendo a luz solar. Honestamente, eu não entendo toda a teoria por trás disso.

De qualquer forma, o corpo humano normalmente é incapaz de absorver essa energia, mas há certas pessoas que podem aproveitá-la independentemente e até usá-la à vontade. Nós as chamamos de magos.

É por isso que nossos poderes podem alcançar todo o seu potencial no meio de uma floresta transbordando energia mágica. Quando eu ainda estava estudando para ser uma bruxa, o lugar onde minha professora me treinou também era uma floresta.

Poderia dizer que os magos se parecem com as plantas mutantes de As Aventuras de Nique. Nós nos tornamos capazes de lidar com coisas que os humanos normalmente não conseguem.

Ou são as pessoas que não conseguem fazer magia que são as estranhas…?

Não sei qual é qual. Sinto que talvez não seja uma boa ideia pensar muito nessas coisas. Além disso, ficar sentada tentando decifrar tudo não resolve nada. É como tentar descobrir o quê veio primeiro, o ovo ou a galinha. Completamente improdutivo.

Uah… — Cobri minha boca e esfreguei meus olhos. Ainda não estou cansada. Estou bem. Não estou cansada, não estou cansa… o campo de flores.

Talvez o campo de flores tenha evoluído de uma maneira estranha porque havia muita magia. Como as plantas sencientes da história. Pensando nisso, a floresta ao redor do campo de flores estava tão coberta de árvores que não dava para ver o sol. A energia mágica produzida em tal lugar poderia criar as condições necessárias.

Realmente não seria tão estranho se o campo de flores sofresse uma mutação devido à superabundância de energia mágica.

E assim o campo de flores começou a atrair humanos com sussurros do veneno doce como néctar. O que diabos nasceu lá?

— …

O que aconteceu com os humanos atraídos para aquele campo de flores?

Um mau pressentimento se enraizou em minha mente, e eu não pude me livrar disso.

 

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— Olá novamente, Madame Bruxa. Já está indo?

Era a manhã seguinte e o guarda de idade que encontrei no dia anterior estava parado no portão da fronteira. Parecia que se lembrava de mim e me cumprimentou com um sorriso alegre.

Retornei seu sorriso e disse:

— Sim. Não é um país muito grande, então vi tudo o que queria em um só dia.

— Sim… este lugar não é dos mais excitantes.

— De modo nenhum. Foi muito agradável.

— Ha ha, essa foi uma boa piada. — Ele viu através de mim.

— A propósito, o que aconteceu com o guarda de ontem?

— Hmm? Ele está de folga hoje. Deixou o país ontem à noite e ainda não voltou. Você tinha negócios com ele?

— Só mais uma piada. — Perguntei, já que estou tentando evitá-lo.

— De qualquer forma, ele disse que voltaria de noite, então você pode esperar se quiser vê-lo.

— Está tudo bem.

— Hmm. Então você já vai?

— Sim. Não tenho nenhuma pressa em particular para chegar ao próximo lugar, mas se não sair do país durante a manhã, geralmente não consigo chegar ao próximo antes do pôr do sol. — Além disso, tem uma parada que eu quero fazer.

Estava mais preocupada com esse lugar do que com qualquer outra coisa.

— É isso? Bem, cuide-se.

— Vou me cuidar. Obrigada.

E então atravessei o portão.

E… pude ver a floresta lá longe. Olhei para a área por onde passei no dia anterior e voei com a minha vassoura.

Havia um caminho aberto por entre as árvores, como se elas tivessem sido arremessadas da floresta, dando um tom diferente ao mar de verde que se espalhava diante de mim. O vento frio soprava violentamente. Nuvens pairavam no ar, bloqueando a luz do sol. O céu cinzento já começara a ficar com a cor de chumbo.

Em breve vai chover.

 

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Na floresta, evitei as árvores que roçavam meus ombros e encontrei a clareira.

Avistei o campo de flores.

Parecia tão sombrio quanto o céu, e as cores desbotadas estavam completamente diferentes da variedade vibrante do dia anterior.

— …

E as flores não tinham apenas as cores erradas, mas também as formas erradas.

Conforme me lembrava, refiz meu caminho desde o dia anterior, então não estava no lugar errado, ele só parecia diferente, mas com suas similaridades. No entanto, havia um certo desconforto que eu não conseguia afastar.

Desci da minha vassoura e fui até a fonte do meu mal-estar. Meu pé fez um squish  inquietante quando pousou no chão, e eu pude sentir as pétalas de flores morrendo sob meus pés.

Um aroma agradável pairava no ar acima do campo de flores.

Na minha frente havia uma pessoa. A verdadeira fonte do meu desconforto estava lá – ela era o desconforto.

— …

Era a jovem que me deu o buquê de flores, e agora também havia um homem de frente para ela. Ele estava vestindo roupas diferentes, mas eu lembrava de seu rosto. E estava sentado no campo de flores, sorrindo para a garota.

Era o guarda jovem.

— Olá de novo.

— Ah, a viajante de ontem. Olá. — Ele me deu uma resposta muito simples.

— Essa… coisa é sua irmãzinha? — perguntei.

Ele inclinou a cabeça.

— Sim, finalmente a encontrei. Eu não podia acreditar que ela estava em um lugar como este. — Ainda com uma expressão gentil, ele agarrou a mão da garota.

Quanto mais eu olhava, mais estranho ficava – de alguma forma, não podia mais chamar a garota que segurava a mão do jovem de humana. Manchas verdes pontilhavam sua pele, trepadeiras se curvavam ao redor de seu corpo, e seus olhos vagos encaravam o ar estagnado sem nem piscar. Sua boca estava escancarada como uma caverna, e a baba escorria pelos cantos.

A coisa mais estranha era a sua metade inferior. Da cintura para baixo, estava envolvida em enormes pétalas de flores vermelhas, como se um humano tivesse crescido de uma enorme flor. Flor e humano se tornaram um, que vista bizarra.

O guarda olhou para ela, encantado.

— Ela está tão bonita. Quem teria pensado que estava aqui fora, se tornando tão bonita?

— …

— Qual é o problema?

Balancei a cabeça.

— Não é nada. Estou surpresa porque ela parece muito diferente de ontem.

— Ah, ontem. Sinto muito. Eu estava me sentindo mal, já que não sabia para onde minha irmã tinha ido.

Virei meu olhar um pouco para baixo e vi sua perna envolvida por trepadeiras. Tive certeza que ele não podia mais se mover. Ou melhor, poderia, mas provavelmente havia perdido qualquer desejo de se mover.

— …

Ele não deu atenção à minha presença. Se eu não falasse, logo o homem se voltaria para a garota e continuaria falando com os olhos vazios.

— Não posso acreditar que você manteve esse lugar incrível só para você…

— Ah, é mesmo… Diga, por que não trazemos todo mundo lá de casa? Se mostrarmos isso a todos, ficarão tão felizes.

— Quero que vejam especialmente você, ainda mais agora que ficou tão bonita…

— Ei, tudo bem, né…?

— Entendo… Obrigado.

Eu suspeitava que ele estivesse ouvindo palavras que eu não conseguia escutar. Para mim, apenas parecia uma conversa unilateral com a coisa que costumava ser sua irmã.

A irmãzinha conseguiu conversar comigo no dia anterior, mas agora não conseguia nem piscar. Ela certamente não conseguia expressar nada verbalmente. Suas emoções, seu corpo físico, todo o seu eu estavam perdidos no campo de flores. Ela havia perdido a capacidade de fazer qualquer coisa, só podia ser admirada.

Igual a uma flor.

 

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Voei sobre um campo gramado.

Felizmente, quando montei na minha vassoura, a chuva havia parado. Gostaria de chegar ao próximo país antes que comece a chover de novo, mas vamos ver.

— Ah, não…

Sob o céu pálido, vi algo se movendo na direção em que eu estava indo. Quando me aproximei e a forma embaçada ficou mais clara, percebi que era uma pessoa. Sem diminuir a velocidade, passei por ela.

— …

Não sabia dizer se era homem ou mulher. Sua idade era um mistério. Poderia dizer apenas que era humana. A pessoa estava caminhando para algum destino desconhecido; se continuasse em frente, talvez chegasse a outro país.

Todos os seus detalhes se confundiam vagamente, exceto por um detalhe, algo que estava cuidadosamente embalando nas duas mãos. Eu tinha visto claramente o que era, mas desejava não ter visto.

Estava carregando um buquê de flores.

 


 

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