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O Caçador Imortal de Classe SSS – Cap. 39 – O Título do Herói (3)

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A sombra cresceu. Um sapo… Sim, a sombra agora sabia que a primeira criatura que engolira era um sapo. Na verdade, sabia muito mais do que antes. Agora conhecia o que era um sapo, uma cobra e uma águia.

Quando era sapo, descobriu a felicidade de sentir a chuva na pele. Ao se tornar cobra, o deslizar pela terra lisa lhe trouxe alegria. Quando virou águia, aprendeu a felicidade de deixar o vento carregar seu peso.

Percebeu que a chuva, a terra e o céu cada um guardavam sua própria felicidade.

Por fim, a sombra se tornou um leão e descobriu a alegria de matar. No momento em que cravou os dentes na presa, o sangue jorrou em sua boca. Era tão fragrante que a sombra sentiu que poderia morrer ali mesmo. Naturalmente, teria se tornado um espírito elemental ou divino se não tivesse, por acaso, encontrado uma criatura barulhenta. A criatura fugiu da sombra.

— Ah… Eeekkk! Ahhhhhh!

A sombra instintivamente perseguiu a criatura.

— S-socorro…! Pai! Pai! Me salva!

A criatura era barulhenta, mas lenta, e se jogou de cara no chão. A sombra ainda não sabia que a criatura tropeçara, pois não conhecia o conceito de “tropeçar”. Viajara entre a terra e o céu, engolindo inúmeras criaturas, mas era a primeira vez que encontrava uma tão tola a ponto de cair enquanto corria.

— Não quero morrer! Pai! Socor…

Antes que a criatura barulhenta gritasse mais, a sombra cravou os dentes e a devorou. O sangue fluiu para sua boca. Quando sua boca se encheu de sangue, a sombra ficou atônita.

Era tão incrível. O aroma era inacreditável. Cativada pelo sangue, a sombra se perdeu no banquete e consumiu tudo o que havia na criatura. Sangue… Carne… Ossos! Intestinos! Tudo na criatura era um deleite.

À medida que a sombra cravava os dentes mais fundo, suas patas traseiras afinavam e as dianteiras se alongavam. Enquanto as traseiras permaneciam pernas, as dianteiras se tornaram braços, e sua juba virou uma cabeleira. Silenciosamente, devorou cada pedaço da criatura. Ao terminar o último bocado, a sombra aos poucos ganhou as memórias dela.

Humano – era como a criatura se chamava. O humano nascera numa vila remota, e sua família o enchia de amor sem fim. Contudo, a vida sempre carece de algo, e, para esse humano, era saúde.

Não havia como tratar a doença do humano naquele interior isolado. Mesmo que fosse curável, a família não tinha dinheiro. Amor era a única coisa abundante naquela família. O humano se aproximava da morte dia após dia, mas, admiravelmente, recusava-se a morrer na cama.

— Quero caminhar antes que não consiga mais! Vou respirar o máximo de ar fresco possível.

Esse foi seu erro. Ao testar até onde podia ir, ela se afastou demais e encontrou a morte no estômago da sombra.

— Querida! Estelle! Aí está você!

A sombra deixou de ser “isso”.

— Eu te disse várias vezes para não sair sozinha! É perigoso perto da floresta. Nunca se sabe quando uma besta pode atacar. Nunca saia sozinha assim… Espera, o que houve com suas roupas?

— Pai. — Ela sorriu. — Acho que estou saudável agora.

Estelle foi o primeiro nome que o Rei Demônio conseguiu ter.

 

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[A Habilidade Invocação da Legião de Monstros foi ativada.]

As planícies começaram a mudar, começando bem sob meus pés. Minha sombra se expandiu infinitamente, cobrindo a água fétida espalhada pelo Rei Demônio.

Algo emergiu da sombra – esqueletos humanos. Pareciam demônios tentando escapar do inferno.

Sr. Imperador da Espada, você queria saber por que escolhi a Invocação da Legião de Monstros?

— Hein? Sim, queria.

No começo, também pensei em pegar outra Habilidade.

A habilidade de aprimoramento de aura era tentadora, porque o raio vermelho que o Rei Demônio disparava era formidável. Seria incrível se eu pudesse atacar assim. Mas mudei de ideia após refletir.

Mostrar minha Carta de Habilidade.

Invocação da Legião de Monstros

Classe: SS

Efeitos: Você pode invocar aqueles que matou como monstros. Os mortos não terão suas habilidades originais nem suas memórias. São invocados apenas como monstros, como goblins, orcs, zumbis ou esqueletos.

※ No entanto, você pode invocar sua legião apenas uma vez por semana.

Invocar aqueles que matei como monstros, murmurei enquanto observava a carta dourada. Aqui vai a pergunta: quantas pessoas você acha que eu matei?

— Uhh… Você e aquele cara que chama de Cuzão. Não são duas pessoas? — O Guardião franziu a testa.

É o que se pensaria, né? Sorri. Mas por que os Olhos de Detetive do Espada do Luar mostram que tenho um contador de mortes acima de quatro mil?

— O quê?

Honestamente, é alto demais. Eu me matei muito, mas não assassinei ninguém inocente. Era só eu e eu mesmo. Então, por que o contador de mortes ultrapassa quatro mil? Deveria ser dois.

Olhei à frente. Em outras palavras, a Torre usa um método específico para contar mortes. Matar a mesma pessoa duas vezes conta como duas mortes, não uma.

À frente, mais monstros emergiam das planícies sombreadas. Também vi um grupo de esqueletos que já havia escapado do meu inferno.

Agora, pergunto de novo.

Uma legião de soldados esqueléticos se espalhava pelas planícies.

Quantas mortes você acha que causei?

Eu havia cometido 4097 suicídios. Após caçar Yoo Soo-Ha pela primeira vez, fui morto pelo Espada do Luar antes de um dia passar, então minhas caçadas a Yoo Soo-Ha ocorreram duas vezes. Isso totalizava 4099 mortes.

Nas planícies, estavam as marcas da minha morte. Assenti para o inferno que eu mesmo criei.

— Wow… eu realmente morri muito.

Os esqueletos mostravam os dentes. Todos pareciam iguais e tinham meu físico. Suponho que era natural, já que aqueles esqueletos eram a prova da minha morte.

Suas armas também são as mesmas.

Todos os esqueletos seguravam uma adaga, a arma que usei para tirar minha vida e a de Yoo Soo-Ha.

— Impossível…!

Eu era o único a examinar as armas dos esqueletos com calma. A Bruxa Negra e o Espada do Luar observavam ao redor com cautela.

— O que é isso? Sr. Kim, é sua Habilidade?

— Sim, é — assenti.

— Só pode ser brincadeira. — A Bruxa Negra ficou boquiaberta. — Meu Deus. Nunca ouvi falar de uma Habilidade que invoca milhares de monstros! Então foi assim que você completou o décimo andar!

— Uh… Não, não é bem…

Parecia que a Bruxa Negra estava entendendo errado, mas antes que eu pudesse corrigir, ela se distraiu com os esqueletos.

Bem, não era importante.

— Bom, é. Você está certa.

— Eu sabia! — A Bruxa Negra cerrou os punhos.

— Podemos falar mais sobre isso depois.

Não havia motivo para esclarecer o mal-entendido agora. Não podíamos nos dar ao luxo de conversar com o Rei Demônio bem à nossa frente.

— Como… você está usando a mesma Habilidade que eu…?

O Rei Demônio estava igualmente perplexo e apenas ficou parado, congelado. Ela não tinha rosto, mas eu podia perceber só pela voz. Uma pena – teria sido divertido ver o quanto um rosto pode se contorcer se ela tivesse um. Mas guardei esse pensamento.

— Quer saber como? — sorri. — Mas… ops, que pena, não vou te contar. Continue se perguntando. Ou posso te contar em troca da sua cabeça. Que tal?

— Não acredito…! Isso não deveria ser permitido! Quando você vai parar de me ridicularizar, Deusa? Meu ressentimento! Minhas mágoas! Nossa promessa é abraçar tudo isso! Como pôde…! — O Rei Demônio uivava como um leão ferido.

— Sr. Estrela do Luar! — Não dei ouvidos aos gritos do Rei Demônio. Ela tinha suas razões, mas era minha inimiga, o que significava que eu tinha um trabalho a fazer – e se ela estava distraída, eu tinha uma oportunidade.

— Por favor, lute ao lado dos esqueletos! Eles poderão enfrentar os monstros de igual pra igual com você ao lado!

— …Okay. Não me sinto à vontade lutando com monstros… mas acho que é melhor que ajudar você — resmungou Espada do Luar.

— Obrigado! Me ajude, Mestra do Dragão Negro! Vamos esmagar o Rei Demônio!

— Pode deixar. Só não me atrase!

Espada do Luar brandiu sua espada, e a Bruxa Negra liberou sua aura. Parecia que decidiram seguir minha liderança até derrotarmos o Rei Demônio. Assenti e gritei para minha morte.

— Esqueletos!

Mais de quatro mil esqueletos rosnaram baixinho.

— Mostrem o que sabem fazer! Matem e morram! — ordenei.

A legião obedeceu. 

Os esqueletos saltaram sobre os monstros de todas as direções. Eram apenas ossos, então eram leves. Um deles voou pelo ar e aterrissou na cabeça de um orc. Apertou o crânio dele com suas pernas ossudas e desceu a adaga com ambas as mãos. Freneticamente, golpeou repetidamente, rasgando os olhos, boca e pescoço do orc. A criatura soltou um grito curto antes de colapsar. O impacto custou o braço esquerdo do esqueleto, mas ele não se importou. Simplesmente correu para a próxima presa.

Em outro lugar, um goblin gritava de dor. Um esqueleto, reduzido a apenas o crânio, arrancou o braço do goblin com uma mordida.

Outros esqueletos atacaram o goblin. Cada um faltava algo – um braço, uma perna, uma cabeça – mas todos seguravam adagas.

O goblin se debatia, mas era inútil. Os esqueletos o cercaram e o apunhalaram, criando uma grande poça de sangue.

— Wow. Esses esqueletos realmente herdaram sua tenacidade. Um exército de monstros que não temem a morte. Droga! Isso é assustador! — O Guardião balançou a cabeça, incrédulo.

O massacre enfureceu o Rei Demônio.

— Como ousa! Você não tem esse direito! É apenas um homem de outro mundo! Não carrega a malícia, as mágoas, a vida deste mundo! Como ousa me impedir! — Ela uivava.

Sua sombra despejava água fétida incessantemente. Se fosse vermelha, eu pensaria que estava sangrando. O Rei Demônio gritava tanto que qualquer outro teria cuspido sangue após tal esforço. O uivo ecoava entre o céu e a terra.

— Que diferença faz de onde eu venho? Estou bem aqui. Se isso não basta…

Antes que o eco cessasse, ouvi a voz novamente.

[A Torre concedeu um título a você.] 

[Seu título é Rei da Morte.] 

A voz continuou. Parecia que alguém me observava há muito tempo e agora abençoava e celebrava minha libertação da prisão do tempo.

[Saudações ao rei que ceifa mortes.]

Sim, alguém se lembrava de mim. Mesmo que eu revivesse um dia, alguém sabia por que eu estava aqui. Isso era o bastante.

— Não me fale sobre direitos — brandi minha espada contra meu inimigo. — A Torre é minha testemunha.

Rei da Morte era meu segundo nome.

 


 

Tradução: Rlc

Revisão: Pride

 

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