POV ARTHUR LEYWIN
Medir e gravar “a magia que sai das pessoas”, era uma maneira pouco intuitiva de descrever um processo desconhecido para um grupo de magos idosos—e dois adolescentes.
No entanto, uma vez que Emily abafou seu entusiasmo e começou a explicar lentamente as funções dos discos por toda a sala e do painel de metal cheio de medidores, assim como a armadura de couro que eu estava usando, podia ver a emoção borbulhando no rosto de todos.
— Então as coisas anexadas por toda a sala servem como detectores de algum tipo para registrar o quão poderoso é um feitiço? — Camus perguntou, inclinando a cabeça.
Emily assentiu.
— A palavra “poderoso” é um termo vago, mas sim. Os discos são bastante difíceis de fabricar, porque cada um deles precisa ser resistente o suficiente para receber o impacto, mas sensível o suficiente para transmitir com precisão o feedback ao meu painel de gravação. Apesar que esse é apenas um de seus principais aspectos; o outro, vou explicar daqui a pouco.
— O que eram aquelas linhas brilhantes conectando os discos mais cedo? — Hester perguntou.
— Boa pergunta! — Emily assentiu. — Bem, veja bem, um feitiço raramente será do tamanho de apenas um sensor, então eu precisava que cada disco fosse colocado relativamente próximos um do outro com sensores no meio, para que, mesmo quando um feitiço tenha vários metros de diâmetro, os discos possam medir com precisão o impacto ou a força dele. Eu criei um novo termo para essa medida, é chamado de força por unidade ou fpu. As trilhas brilhantes de mana, que acendem uma vez que são alimentados o suficiente, neste caso, pela princesa Kathyln e pelos quatro anciões, servem como sensores que conectam cada disco um ao outro para que eu possa medir com mais precisão a fpu de um feitiço assim que for lançado no campo de discos.
Pude ver mais do que alguns olhos vidrados de confusão pela explicação animada de Emily, então fiquei tentado a ficar quieto e deixá-la ficar sem palavras para dizer, mas eu estava curioso sobre algo também.
— Então os discos agem como sensores depois de serem atingidos por um feitiço. E se eu hipoteticamente disparar uma rajada de vento contra o Ancião Buhnd e ele a bloquear? O feitiço nunca alcançaria nenhum dos discos, portanto esse feitiço não seria medido?
Os olhos de Emily se iluminaram.
— Como esperado, você percebeu rapidamente uma das deficiências. Percebi nos primeiros estágios o mesmo problema. Se esses discos fossem apenas alvos para serem atingidos, o impacto que eles recebem é suficiente para obter uma leitura precisa da força do feitiço. Mas em casos onde ocorre uma luta, mais da metade dos feitiços seria ilegível ou imprecisa, na melhor das hipóteses, devido a ser parcial ou totalmente atenuado por um contra-ataque do lado oposto. Eu disse anteriormente que a gravação por contato direto era apenas um dos principais aspectos dos discos. A outra também é a razão pela qual eu precisava cobrir toda a sala. Cada um dos discos não apenas envia trilhas visíveis de mana para os discos ao redor deles, mas também cria uma espécie de “pressão” que pode ler a força de um feitiço assim que ele é formado.
— É por isso que eu tive que ajudá-lo a colocar todos esses discos tão fundo do chão? — Buhnd perguntou, coçando a cabeça.
— Exatamente, e assim os discos não atrapalham, mesmo quando se usa magia da terra! — Ela respondeu. — Graças ao Ancião Buhnd, a instalação dos discos no subsolo foi fácil. É através dos sensores no chão, por todas as paredes e no teto que a mana manipulada pode ser medida mesmo sem precisar que qualquer um dos discos seja atingido fisicamente com um feitiço.
— Ok, então basicamente ter essa câmara completamente cercada por esses discos cria uma sala onde a mana pode ser medida. — Simplifiquei.
Emily apertou os lábios.
— Bem… sim, se você quiser resumir um trabalho inteiro de seis meses em uma frase, acho que sim.
Eu soltei uma risada.
— Acredite, eu sei muito bem que o que você criou aqui é uma maravilha tecnológica que ajudará os magos a se desenvolverem muito mais rápido no futuro, mas acho que nenhuma das pessoas aqui tem planos de ser artífices.
— Verdade. — Emily admitiu, ainda fazendo beicinho.
— Então você explicou o que os discos e o painel fazem, mas e essa armadura que me fez usar? — Eu perguntei.
— Ah, eu fiz essa armadura por causa da Emeria. — Respondeu a artífice, voltando o olhar para Alanis.
Minha assistente de treinamento assentiu antes de falar.
— A senhorita Wykes observou a possibilidade de que esse “ambiente” possa ter um efeito sobre minha habilidade, então criou esse traje para que eu possa fazer leituras precisas durante todo o seu treinamento.
— Essa é uma explicação bastante vaga. Se eu não te conhecesse melhor, diria que você está tentando manter sua capacidade escondida, assim como Emily com sua invenção. — Brinquei com minha assistente robótica.
Ela era, no entanto, menos do que divertida. Sua expressão permaneceu inexpressiva.
— General Arthur, você pediu detalhes do processo da senhorita Wykes, não da minha habilidade. Se você está curioso sobre a minha habilidade, por favor me diga.
— Farei isso. — respondi surpreso. Ao contrário de Emily, minha assistente de treinamento não parecia muito interessada em explicar tudo e qualquer coisa relacionada a um determinado assunto. — Então, Alanis, o que sua habilidade faz?
A elfa com cara inexpressiva assentiu, satisfeita com minha pergunta direta.
— Depois de fazer uma conexão física com um indivíduo, sou capaz de utilizar magia de afinidade com a natureza para observar com precisão o fluxo de mana do referido indivíduo.
Eu ouvi uma risadinha de Buhnd. Dando uma olhada, vi o anão nas proximidades cutucando Camus com o cotovelo e sussurrando: — Hehe, conexão física de fato.
Segurei um suspiro enquanto Camus simplesmente ignorou o anão lascivo.
— Então, isso faz de você uma desviante da magia da natureza? — perguntei curioso.
Embora se soubesse que as formas superiores de magia do vento, da água, da terra e do fogo eram som, gelo, gravidade e raio, respectivamente — com a magia do metal e do magma especificamente uma especialidade dos anões — pouco se sabia sobre o que exatamente a magia da natureza era. Foi reconhecido que apenas os elfos eram capazes de utilizar a magia da natureza, o que fez os pesquisadores de magia acreditarem que era uma espécie de especialidade desviante de vento e água, como o magma era uma combinação especializada de fogo e terra. Um exemplo da magia da natureza foi a manipulação de plantas, como o que Tess conseguiu, mas nunca tinha ouvido falar de ler o fluxo de mana usando a magia da natureza.
— Se minha habilidade é uma forma evoluída de magia da natureza ou um uso periférico especializado dela, não tenho certeza. — respondeu. — Contudo, o comandante Virion me encarregou de fornecer feedbacks precisos sobre o seu fluxo de mana ao longo do curso de seu treinamento, como eu fiz com as outras lanças.
— Você ajudou as outras lanças também? — perguntei. Não fiquei tão surpreso com o fato de os outros terem sido ajudados por ela, mas com o fato de que Virion não tinha me falado sobre Alanis até agora.
— Sim. — revelou.
— Quão intrigante. — Falou Hester. — Até que ponto essa magia sensorial mostra sobre o general Arthur?
Alanis tirou um pequeno diário, encadernado por couro gasto. Ela folheou várias páginas antes de ler em voz alta: — A taxa que o fluxo de mana do General Arthur sai do seu núcleo e vai para as extremidades é de aproximadamente ponto quatro seis segundos (ou 460 milésimos de segundos) para fortalecimento. Para lançar feitiços, há aproximadamente um aumento de quarenta por cento no tempo para feitiços de atributos do vento e um aumento de cinquenta e cinco por cento nos feitiços de atributos da terra em comparação feitiços de atributo relâmpago. Magia de fogo e água não foram usadas o suficiente durante a sessão, de modo que nenhuma leitura pôde ser feita.
— O ponto quatro seis segundos é muito específico. Como você conseguiu medir o tempo com precisão? — Camus perguntou, com seu interesse também despertando.
Alanis pegou um pequeno dispositivo em forma de cubo no interior de sua jaqueta.
— A senhorita Wykes generosamente me forneceu esse dispositivo de contagem de tempo.
Ela apertou um pequeno botão na lateral e o cubo começou a zumbir antes de rapidamente apertá-lo novamente. Ela nos mostrou o topo do cubo, e mostrou o tempo, até uma fração de segundo.
— Nunca pensei que veria uma ferramenta tão inútil. — Resmungou Buhnd, obviamente desinteressado na análise desses números.
— Absurdo. Esse dispositivo pode medir a rapidez com que você pode correr de um extremo a outro da sala com esses tocos curtos que você chama de pernas. — Hester zombou, um sorriso presunçoso em seu rosto.
Buhnd soltou um bufo alto. — Por que uma coisa tão plebéia como correr quando eu posso fazer a terra debaixo de mim mover meus pés, sua bruxa velha?
Os dois começaram a brigar mais uma vez, me fazendo pensar qual era o relacionamento deles. Mas não eram apenas as brigas deles, quando estávamos lutando, todos os três anciãos tinham um estranho grau de coordenação, como se já tivessem lutado juntos antes.
Fiz uma anotação mental para perguntar a Kathyln ou Virion mais tarde.
Voltando minha atenção para os dois elfos, parecia que Alanis tinha acabado de responder à pergunta de Camus, que eu tinha perdido.
— Entendo. — Respondeu o velho elfo, pensativo. — Eu não gostaria de incomodar muito a senhorita Wykes sobre isso, então eu mesmo vou adquirir alguns materiais.
— Não há realmente nenhum problema, Ancião Camus. — Emily falou. — Eu estava planejando melhorar o traje de Arth– general Arthur de qualquer maneira. Fazer mais alguns não seria muito difícil assumindo que eu tenha os materiais em mãos.
— O que está acontecendo? — sussurrei, inclinando-me para Kathyln.
— O Ancião Camus perguntou se era possível a senhorita Emeria fazer leituras para várias pessoas. — Respondeu Kathyln, se distanciado um passo de mim.
Ops. Um pouco perto demais para ela.
Também me distanciei, lembrando que a princesa sempre foi cautelosa com sua “bolha” pessoal.
— Isso vale para você também?
Ela assentiu.
— Estou curiosa para saber como é a velocidade do meu fluxo de mana se compara aos outros.
O aspecto da comparação trouxe à mente um monte de perguntas que eu queria perguntar a Emily, mas não era hora de perguntar agora. Em vez disso, me virei para a minha assistente de treinamento.
— Alanis, quais eram meus números depois que usei Realmhea– quero dizer, depois que meus cabelos e olhos mudaram de cor?
Todos olhavam para a elfa com expectativa. Até Hester e Buhnd, cujas brigas, talvez até flertando, pararam para ouvir sua resposta.
Alanis só precisou virar uma página no caderno antes de responder.
— A eficiência de conjuração de feitiços do general Arthur, desde o estágio de invocação mental para a modelagem física da mana elementar, aumentou quase cinco vezes em todos os espectros de elementos e…
— E? — Buhnd pressionou enquanto todos prendiam a respiração.
Alanis balançou a cabeça.
— Minhas desculpas, general Arthur. Não gravei o fortalecimento do seu corpo após a alteração de sua forma.
— Está tudo bem. — Eu a consolava. — Foi porque não houve diferença suficiente nos tempos?
— Ah não. Não foi por isso. — Alanis alterou, os olhos arregalados. — Eu não gravei porque simplesmente não consegui. General Arthur, a velocidade de fortalecimento do seu corpo já está a par com a maioria das lanças. Após a transformação, no entanto, a velocidade de fortalecimento do seu corpo foi rápido demais para eu tentar medir.
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— Como está seu irmão nesses dias? Perguntei, esperando preencher o silêncio desconfortável no corredor.
Estávamos andando em um dos andares residenciais do castelo. A visão clara da lua e das estrelas do lado de fora nos dizia que o treinamento tinha ido mais longe do que pretendíamos após nossa discussão aprofundada sobre as engenhocas de Emily e a capacidade desviante de Alanis. Com todo mundo já dormindo ou trabalhando nos níveis mais baixos, o castelo parecia quase abandonado.
— Curtis está se saindo muito melhor agora que meu pai finalmente permitiu que ele deixasse o castelo, sob supervisão, é claro. — Respondeu Kathyln com um pouco de inveja. — Ele descreveu em seu último pergaminho de transmissão como era gratificante ser um dos instrutores assistentes de treinamento da Academia Lanceler.
— Você não teve tanta sorte, eu acho?
— Esperava que ficar mais forte como mago me desse um pouco mais de liberdade, mas a imagem que meu pai tem de mim permanece a de uma tímida princesinha. — Ela suspirou.
Ri.
— Bem, para ser justo. Você é bem tímida.
— Dis-Disseram-me que me tornei mais extrovertida! — Kathyln respondeu, confusa. — Até a ideia de participar como sua parceira de treino foi por minha insistência… — A voz dela sumiu.
— O que é que foi isso?
Ela acelerou o passo, caminhando na frente.
— Não é nada.
Caminhamos em silêncio mais uma vez e me vi prestando atenção a estranha caminhada de Kathyln. Seus passos tinham uma cadência quase monótona, cada passo feito nas pontas dos pés para emitir pouco som. Ela era pequena, mas cada passo exalava uma confiança que parecia bem ensaiado. Se eu não a conhecesse, apenas andando, pensaria que ela era apenas mais um nobre arrogante e pretensioso.
Ela parou e, quando eu levantei os olhos, a encontrei olhando para mim com um pequeno levantar na sua sobrancelha esquerda.
— Está tudo bem?
Percebendo que eu havia passado os últimos minutos olhando para as pernas dela, corei.
— N-não, quero dizer que sim, está tudo bem.
— Seus passos são muito silenciosos. Não sabia se você ainda estava andando atrás de mim. — Disse Kathyln, esperando por mim para podermos caminhar lado a lado.
— Eu poderia dizer o mesmo para você. — ri. — Se eu não pudesse vê-la na minha frente, pensaria que você era um fantasma.
— A mamãe era muito rigorosa com qualquer coisa que pudesse ser vista por aqueles que estavam ao nosso redor. Curtis e eu fomos forçados a receber lições que cobriam tudo o que podia se esperar de alguém do sangue real. — Respondeu Kathyln.
— Oh! Minha mãe mandou Ellie frequentar esse tipo de aula quando ela era pequena. Exceto que a única coisa que ela parecia aprender era como escapar das tarefas dizendo que elas “não eram para damas”. — Eu suspirei.
Kathyln tinha um leve sorriso.
— Ellie é sua irmã, correto? Abreviação de Eleanor?
— Sim. Você a conheceu? Ela geralmente está na varanda ao ar livre praticando tiro com arco.
— Já a vi ocasionalmente, mas nunca falei com ela. — respondeu.
— Ela pode ser um pouco intimidadora com o urso que sempre anda com ela. — admiti. — Vou ter que apresentá-la adequadamente a ela algum dia. Tenho certeza ficaria animada em conhecê-la.
O sorriso de Kathyln aumentou até um ponto em que realmente parecia um sorriso.
— Eu… gostaria disso.
Continuamos conversando enquanto seguíamos para o quarto dela. Hester originalmente deveria escoltar a princesa de volta, mas eu queria sair da sala de treinamento e planejava conseguir algo para comer depois, então me ofereci. A velha maga estava relutante, mas saber que Kathyln estava com uma lança e a excitação de medir a fpu de seus feitiços superavam todo o resto.
Ela, junto com os outros dois anciões, ficaram para trás com Emily e Alanis para medir a força de seus feitiços. Se alguém estivesse de pé absolutamente imóvel e quieto, era possível sentir o castelo tremer de vez em quando.
O quarto de Kathyln estava apenas alguns metros à frente quando me lembrei.
— A sua tutora conhece Buhnd pessoalmente?
Ela assentiu.
— Todos os três anciões se conhecem.
Minhas sobrancelhas se levantaram em surpresa.
— Realmente? Como?
— Os três desempenharam papéis cruciais na última guerra entre humanos e elfos. Darv enviou soldados para ajudar Sapin durante a guerra, e é assim que Hester e o Ancião Buhnd se conhecem. Depois que a guerra terminou, os líderes dos três reinos foram obrigados a participar de uma cúpula realizada a cada alguns meses na tentativa de consertar as relações quebradas. Ouvi o nome do Ancião Camus e do Ancião Buhndemog serem mencionadas várias vezes por Hester. Eles costumavam treinar juntos antes.
— Isso explica sua impressionante coordenação durante o treino. — Observei.
Queria perguntar mais sobre Hester e a Casa Flamesworth em geral, mas estávamos do lado de fora da porta de Kathyln há um tempo e agora parecia mais apropriado perguntar diretamente a Hester.
— Você vai ficar bem sozinha, princesa? — provoquei quando Kathyln destrancou cuidadosamente a porta com um toque da palma da mão. Meu quarto não tinha um leitor de assinaturas de mana, mas, novamente, ter um provavelmente não me faria muito bem.
— Papai tomou precauções extras com os reforços no meu quarto. — Disse ela antes de tirar um pingente de aparência familiar do pescoço. — Eu também tenho isso.
— Isso é feito de uma fênix, certo? — perguntei, sabendo onde eu tinha visto.
— Estou impressionado que você saiba o que é com um olhar tão breve. — respondeu ela. — O artífice, Gideon, fez isso do núcleo e de uma escama de uma fênix.
— É lindo. — disse, omitindo o fato de ter trocado dois dos mesmos artefatos de Gideon quase dez anos atrás pelas plantas do navio de motor a vapor. Ellie e minha mãe ainda as usavam agora, uma das razões pelas quais eu conseguia dormir um pouco mais tranquilo a noite.
— Obrigada. — Ela colocou o pingente de fênix de volta dentro de sua blusa. — E obrigada por me trazer de volta. Fiquei feliz em ver Hester tão ansiosa, mas conhecendo-a, não teria ficado comigo.
— Não tem problema. — Respondi. — É o mínimo que posso fazer por reservar um tempo para me ajudar com meu treinamento.
Ela balançou a cabeça.
— É um treinamento para mim também. Não há necessidade de me agradecer por isso.
— Bem, então vamos treinar duro e ficar ainda mais fortes. — Estendi a mão.
Kathyln olhou para minha mão aberta por um momento antes de aceitar cuidadosamente o gesto.
A palma da mão e os dedos dela estavam mornos ao toque “até quentes” e sua mão permaneceu absolutamente imóvel em minhas mãos. Garantindo gesto amigo não se prolongasse até uma duração desconfortável, apertei delicadamente a mão dela antes de soltar.
— Boa noite.
Sem sequer uma pausa, ela afastou a cabeça e fechou a porta. Do outro lado da porta dela, ouvi um abafado:
— Boa noite, A-Arthur.
Tradução: Reapers Scans
Revisão: Reapers Scans
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