A Prisão Infernal – Cap. 347 – Legado

— Merda! Eu estava errado desde o começo!

Armas e canhões disparavam ao redor, mas Kieran avançava em direção à chuva de projéteis. Estava ansioso além da compreensão. Por conta de seu julgamento errôneo, Sem-Lei e Rachel estavam em grande perigo.

Quando os jogadores assassinos morriam em quantidades, quem é que mais sofreria com a perda?

A resposta era simples, o líder dos jogadores assassinos!

O alvo original do Agente era o Líder deles o tempo todo!

Talvez um par de jogadores assassinos pudesse formar uma organização insignificante, mas incontáveis desses poderiam formar uma importante facção. Além disso, essa facção operava de uma maneira mais eficaz.

Pense sobre o pedido de Kieran!

Se não houvesse uma pessoa que controlasse toda a situação, teria uma rápida reação ao plano de Kieran?

O que o Agente queria dessa pessoa?

Kieran não tinha ideia, mas ele sabia que se ambos se encontrassem, os benefícios certamente ultrapassariam o de reunir todos os jogadores aqui.

Mais importante, Sem-Lei e Rachel haviam ido até o esconderijo do Agente para uma emboscada de acordo com o prometido.

Kieran falou sobre atrair todos os jogadores assassinos para longe e Sem-Lei iria diretamente ao Agente para lidar com ele, com Rachel o acompanhando. Isso era o que eles tinham planejado.

Com a força de Sem-Lei e Rachel, se o Agente estivesse sozinho e distraído pelo imprevisto repentino ali, o plano deles poderia realmente funcionar. Contudo, a atenção do homem de negócios não estava completamente em Kieran, mas sim no real alvo de seu plano, o líder que ditava as regras a todos aqueles jogadores assassinos.

Um sentimento de inquietação preencheu o coração de Kieran, aumentando sua ansiedade.

*Ugh!*

— Vão para o inferno!

Um movimento na horizontal de sua grande espada dividiu ao meio os robôs a sua frente, pela cintura. Kieran então mergulhou no exército de robôs do Agente como um rinoceronte enfurecido, abrindo um caminho entre eles, mas ele ainda sentia que era muito lento.

— Rapído! Rapído! Esperem por mim!

O coração de Kieran batia rigorosamente com ansiedade. A ira que veio por consequência garantiu-lhe ainda mais força bruta.

*Dong Dong Dong!*

Uma aura ardente e agressiva, caótica e violenta começou a irromper como magma do solo, a retumbar e formar uma aura diabólica em ciclones, assolando o local.

Os jogadores assassinos ficaram impressionados e aturdidos quando sentiram a aura apocalíptica, mesmo os robôs ficaram em curto circuito por um tempo.

Kieran aproveitou a pequena abertura e irrompeu do exército de robôs e jogadores assassinos.

…

— Poder de uma linhagem!?

Ao observar a tela, o Agente se sentiu estarrecido antes de gargalhar alto.

— Interessante! Interessante de fato! Mas… — O Agente resmungou para si mesmo, mas nenhuma alma pode ouvir o que ele disse após aquilo.

Apesar de que as mudanças óbvias nos robôs ao seu redor eram muito visíveis.

Uma rede azul clara de ondas eletromagnéticas estava pronta para se espalhar em todas as direções a partir da posição do Agente, mas outra figura era mais rápida que a rede.

Uma faca de chefe surgiu do nada e pousou perto da garganta do Agente.

— Já faz algum tempo, Madame Rachel!

O Agente disse com um sorriso, sem mudar de expressão mesmo ao sentir a dor em seu pescoço.

— Se fosse possível, eu preferiria não te ver! — Rachel contraiu o canto da boca com desdém.

— Mas aqui está você… Apesar de você ser não é a única que eu estava aguardando, ainda desejo-lhe boas vindas, assim como desejo ao meu visitante mais honrado.

O Agente disse com um sorriso feliz.

Depois de suas palavras soarem, uma série de passos ecoou.

*Dak, Dak, Dak*

O dono dos passos entrou sem intenção de se esconder.

O Agente olhava para a pessoa de manto preto que apareceu com um sorriso caloroso. Mesmo que a pessoa tenha aparecido com a cabeça mecânica de Jason em sua mão, o sorriso do Agente não diminuirá.

Comparado com o que ele procurava, um robô modificado não era nada. Ele não se importaria mesmo que tivesse que sacrificar todo o seu exército de robôs, pois se tivesse sucesso nos seus planos, ele poderia criar mais dez exércitos de robôs com facilidade.

Quanto à faca de chefe em seu pescoço, foi o menor de sua preocupação.

Qualquer coisa tinha o seu risco e comparado com os benefícios de seu plano, o perigo diante dele não valia a pena mencionar.

— Seja bem vindo, Senhor Extremus! Se minhas fontes estiverem corretas!

O corretor não se podia curvar com a faca em seu pescoço, tudo o que podia fazer era acenar para mostrar os seus modos. Seria perfeito para ele se a faca estivesse fora de questão.

— Suas fontes são de fato precisas, a ponto de eu ter que vir e te matar por conta própria.

O líder dos assassinos, Extremus deu ênfase a cada palavra com sua voz fria e mecânica. Não havia muita diferença entre os robôs do Agente e sua maneira de falar, talvez até mesmo fosse mais impiedosa.

— Eu não tenho objeções se quiser me matar. Por alguns motivos, muitas pessoas querem, assim como agora. Depois de tudo, eu não sou uma pessoa do ‘povo’.

O Agente disse enquanto apontava para a faca em seu pescoço.

Então ele continuou com seu sorriso caloroso costumeiro. — Mas, não quer saber a razão pela qual fui tão longe para te “encontrar”?

Extremus não estava nenhum pouco interessado, não só não se importava, pelo contrário…

*Shuuu!*

Extremus levantou a mão e um vento poderoso surgiu perto da garganta do Agente, no entanto seu alvo não era ele, mas a faca de Rachel!

*Chang!*

Uma luz fria brilhou sobre a sala.

Uma moeda caiu ao meio e caiu do ar ao chão.

Extremus, que havia atirado a moeda, apareceu atrás de Rachel em um instante e ergueu sua mão em direção ao pescoço de Rachel para agarrá-lo, mas errou.

Rachel já desviara do ataque e apareceu mais 10 metros de distância dele.

A dona da pousada inspecionou o líder assassino que apareceu de repente com olhos duvidosos.

Aquela sensação familiar fria a fez perguntar em um tom pesado. — Quem é você?

Extremus não respondeu, Ao invés disso ele se virou para o Agente.

A intenção assassina fez o Agente erguer suas mãos para cima.

— Não ha pressa em me matar. Que tal fazê-lo quando nós localizarmos o Legado da Bruxa?

O Agente disse tranquilamente com as mãos erguidas.

Extremus de repente parou seus passos e olhou para o Agente com um olhar cortante.

— O Legado da Bruxa? — A voz fria repetiu.

— Está correto, O Legado da Bruxa! Deseja uma colaboração, Senhor Extremus? — O Agente perguntou.

— Muito bem!

Extremus ficou em silêncio por alguns segundos antes de revelar sua condição para a colaboração.

Ele apontou para a figura na tela e disse. — Somente se me ajudar a matar… Ele!

A pessoa a quem Extremus se referia era Kieran!