CAPÍTULO 4
Muoru estava no meio da escuridão.
Imaginava estar olhando para a parede de madeira com água da chuva escorrendo. Ao redor, conseguia sentir com clareza o som de água gotejando, como se existisse um buraco no teto. Deitado com um dos joelhos erguidos, pensamentos vaguearam.
“Já faz quanto tempo que não há mais animais neste estábulo?”
A julgar pela condição das paredes, que eram expostas ao vento e à chuva, e seu interior danificado, parecia que a estrutura não passava por manutenção há muito tempo.
Todavia, apesar da condição do estábulo, a mansão parecia ser nova. Mesmo assim, ouviu que o cemitério era um antigo lote de terra, por isso, ou era uma nova construção ou foi reconstruída a partir de ruínas.
Entretanto, com relação ao local de repouso dele, as paredes e pilares estavam apodrecendo e despencando, a ponto de serem quase inutilizáveis. Porém, considerando o espaço do piso, ainda utilizável, diria que, provavelmente, era grande o suficiente para acomodar dez cavalos.
Podia até estar vazio agora, mas não significava que foi construído sem propósito. Muoru não tinha ideia de quando foi, no entanto, com certeza houvera cavalos ali.
Desde os tempos antigos, humanos e cavalos viviam juntos.
Era como se os belos herbívoros tivessem sido feitos por engano pelos deuses apenas com o propósito de serem montados pelos humanos. No passado, eram o melhor meio de transporte, ajudavam na aragem dos campos e, durante as guerras, cavalgavam com seus donos dentro do campo de batalha. A unidade de potência chamada de “horse-power (HP)”, daquela época, era muito usada e reconhecida.
Porém, nos dias de hoje, o valor que possuem continua diminuindo.
A partir dos avanços científicos e invenções subsequentes de nova tecnologia, cavalos pareciam estar sendo substituídos por veículos e trilhos em todos os ramos da indústria, nos quais já foram úteis no passado. Já que humanos sempre estiveram em busca de formas para aumentar a eficiência, os companheiros da raça humana, desde antes dos registros históricos, estavam desaparecendo dos holofotes.
Até mesmo existia um carro na mansão do cemitério. Muoru viu o veículo preto e de luxo andando mais de uma vez.
Era quase certo que a remoção dos animais se deu logo após a chegada do carro. E, agora, o estábulo servia como residência para o coveiro.
Desde o primeiro dia em que dormiu ali, notou muitos vestígios dos antigos coveiros. Havia um longo fio de cabelo preto, cujo sexo do dono ele não conseguia determinar, alguns fios castanhos, uma marca na palha em que dormia e vários trapos sujos. Tudo estava espalhado pelo local e, no momento, Muoru não conseguia ver nada.
Inclinou-se, imóvel, no estábulo escuro, desprovido de qualquer fonte de luz. E, já que não conseguia enxergar, ficou mais atento à natureza ao redor da construção. Se tentasse sair para ir ao cemitério, seria igual a vez em que esteve vendado.
No meio daquela escuridão, estendeu a mão diante do rosto. Mesmo não conseguindo ver, ao tocar algo com os dedos, permitia que imaginasse de forma adequada qualquer coisa que estivesse à sua frente.
Dois dias já se passaram e Muoru ainda conseguia se lembrar bem da sensação ao tocar aquele monstro.
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Presenteado com um lampião elétrico, dado pela velha, Muoru pegou sua pá e voltou ao cemitério.
Dentro do lampião, o qual parecia uma jaula para insetos, havia uma bateria e um equipamento de luz, o qual era composto por uma liga metálica de cobre e zinco. E, pela parte da frente, selada com argamassa, uma luz branca era emitida com o ligar de um interruptor. Não era necessário o uso de carvão ou óleo para iluminar o ambiente, tornando-o uma ferramenta valiosa e conveniente.
Se fosse em circunstâncias normais, Muoru estaria feliz por colocar as mãos em um aparelho desses.
Porém, agora…
Estava no cemitério, no meio da noite. Sob seus pés, havia o caminho que ele e Mélia usaram para ir até a mansão alguns dias atrás. No entanto, desta vez, estava sozinho carregando sua pá, como de costume, e seu lampião. À medida em que se aproximava das fileiras de túmulos, as árvores balançavam, tudo isso sob a lua crescente, a qual estava coberta por nuvens dispersas.
O vento que soprava contra sua pele estava morno, mas seu braço ainda sentia arrepios. Suor escorria de suas costas, respirar também estava difícil.
Antes, havia agarrado a mão de Mélia, a qual estava coberta de sangue, e conversaram por um tempo…, mas apenas por pouco tempo. Mesmo assim, sentiu que havia tropeçado em algo que ela tentava esconder. Quando Mélia estava em seus braços, foi a primeira vez que Muoru a viu nervosa.
Mas agora…
Seus sentimentos confusos o deixaram completamente perdido mais uma vez.
“Se foi apenas um sonho ruim ou algo do tipo, acho que não tem problema…” pensou, tentando se consolar… “só que, infelizmente, não há mais como fugir.”
Pelo fato de aquele monstro ser enorme, logo entrou em seu campo de visão. Por instinto, quis desviar o olhar.
No entanto, olhar para o lado não faria diferença. Querendo ou não, “aquilo” ainda estaria ali.
O solo do cemitério estava coberto por uma sombra baixa, no entanto, ela era volumosa. Além disso, não se moveu. O causador dessa sombra, o monstro, era semelhante às imagens nos livros ilustrados, algo como um gigantesco monstro marítimo… entretanto, agora, parecia que o espetáculo dele chegou ao fim.
As pernas de Muoru pararam, ficando a aproximadamente cinquenta passos de distância.
“O que estou fazendo? Não devia estar me aproximando, mas sim fugindo.”
“Inimigo natural da humanidade”. O sentido dessa frase estava se tornando cada vez mais claro agora.
Desde os primórdios, ao longo de muitos milhares de anos, a humanidade viveu com medo dessas coisas. O fato era que, por centenas de anos, os humanos prosperaram um pouco e já não sabiam mais sobre estes monstros, mas lá no fundo, enraizado em seus ossos, a memória e medo ainda persistiam.
Tanto Muoru quanto o PM cara de cavalo, o qual o escoltou, sentiram isso quando chegaram àquele local. Sem dizer qualquer coisa, conseguiram sentir algo ruim no ar. Naquele momento, ele pensou que era o resultado da imagem de um local obscuro, criada pela palavra “cemitério”.
Mas a realidade era totalmente diferente.
Talvez, no momento em que chegou, seu corpo entendeu a verdade. Independentemente da sensação, foi capaz de compreender a realidade de uma forma melhor que os seus cinco sentidos.
E, agora, sabia que os monstros, os quais poderiam matá-lo com facilidade, estavam dormindo sob o chão em que pisava.
“Droga, não é engraçado.” O garoto ficou ciente da impossibilidade da tarefa diante dele. “De agora em diante, eu…”
Agora precisava enterrar aquela coisa.
Mas, primeiro, tinha que levá-lo até o buraco que cavou por um tempão. E, a fim de arrastá-lo, era obrigado a se aproximar e tocá-lo.
Seu corpo e coração congelaram apenas ao pensar nisso.
“Sem chance, não consigo fazer isso… hm, que cheiro é esse?”
De repente, sentiu um cheiro ruim, parecia peixe podre. Muoru, que tinha toda a atenção no monstro, olhou para o lado, como se estivesse preparado para correr e procurar pela fonte deste fedor.
“Mas o quê? Como não notei antes?”
Olhou para seus pés, iluminados pelo lampião.
O solo… estava manchado e encharcado por um líquido vermelho.
Sua mente não conseguiu pensar em mais nada, sem dúvidas, era o sangue que saiu do corpo de Mélia.
Levou a mão à boca, fechou os olhos e fez suas pernas o levarem em direção ao monstro.
Não havia como saber se isso era “A Escuridão” ou apenas um demônio.
Agora, aquele gigantesco e caído monstro estava morto… não, não sabia se estava vivo ou não. Porém, independentemente de se a expressão “sua existência é imortal” fosse apropriada, por enquanto, a grande bola de carne estava imóvel.
“Se realmente não pode se mover, não importa com qual frequência sejam chamados de inimigo natural da humanidade, não deve ser capaz de me fazer mal, né?” Acreditando neste fato, aguentou a dor em seu peito e continuou se aproximando.
Caminhou devagarinho, como se andasse em uma ponte suspensa, a qual estava com a corda danificada.
Suas pálpebras fechadas o deixaram completamente no escuro, mesmo assim, ele avançou pouco a pouco.
Algo pequeno acertou sua bochecha.
Muoru, em uma demonstração risível e cômica de surpresa, abriu os olhos.
Quando o fez, viu-se cara a cara com o monstro.
— Ah.
Sem tirar os olhos daquilo, limpou a bochecha com a mão direita.
Suor e frio atravessavam suas luvas cobertas por lama.
Parecia que, antes de perceber, as nuvens haviam se amontoado e taparam o céu. Talvez, o que caiu em sua bochecha tenha sido a primeira gota de chuva.
Mesmo quando levantou a cabeça para olhar o céu noturno, o cadáver do monstro não saiu de seu campo de visão. O flácido saco de carne tinha mais do que o dobro da altura de Muoru. Também sendo muito mais largo, com suas várias pernas tendo garras.
Mesmo assim, ainda que tivesse essas coisas, a criatura não possuía olhos e boca. E não sabia se, dentro do saco de carne, cuja feiura o fazia lembrar de criaturas como sanguessugas ou polvos, havia alguma coisa.
Estava perto o bastante para tocá-lo. Apenas olhar para aquilo por um momento era como mudar suas crenças, como se aquilo não pudesse ser real. Parecia não existir limites para as grandes sensações desagradáveis que tinha e, como se fosse acionado por suas emoções, um vaso sanguíneo em sua testa saltou, causando uma dor aguda em sua cabeça.
Aos seus pés, as pernas do monstro estavam espalhadas como a teia de uma aranha, todas as quais eram mais longas e espessas que uma serpente gigante, a qual poderia matar um urso esmagado. Além disso tudo, na ponta de cada uma delas, havia uma garra, como se fosse a foice de um carrasco, todas pareciam ser mais afiadas do que qualquer lâmina que já vira.
E nelas, conseguia ver gotas do sangue de Mélia.
Era muito tarde para parar de pensar nisso agora. Pouco tempo atrás, muitas das garras do monstro estavam atravessando o corpo dela, as quais eram mais que o suficiente para a matar. E cada golpe que mutilou seu corpo foi gravado nos olhos de Muoru.
Mas agora, ele precisava tocar e mover aquela criatura monstruosa.
Mesmo depois de se aproximar, ainda era uma ideia absurda.
Na verdade, estava deixando-o louco.
O sangue nas garras era o mesmo que estava na mão de Mélia quando a segurou.
Seja qual for o segredo que a garota tivesse, ele não sabia.
Porém, mesmo que perguntasse, ela provavelmente não contaria. E caso o fizesse, talvez seria algo que Muoru não conseguiria entender.
Só que uma coisa era certa, Mélia, uma única garota, havia enfrentado aquele monstro.
“Com aqueles braços finos e corpo pequeno…”
Muoru não sabia dizer o que estava fazendo seu corpo se mover. Força de vontade? Coragem? Independentemente do que era, colocou as mãos no monstro e o empurrou com toda a força.
O que sentiu com suas luvas não era calor ou frio, nem macio ou duro. Pelo contrário, era uma sensação muito estranha, como se colocasse as mãos nas vísceras de um cadáver.
Tremendo bastante, imaginou que o monstro havia despertado.
Ao olhar para suas mãos, pensou ter visto as luvas finas corroendo, alcançando sua mão e sua carne.
No entanto, não era corrosão, apenas um problema com sua mente.
“Aguente”—ele pensou— “aguente, aguente, aguente, aguente…“
Ficou surpreso com a sensação ardente nos olhos. Sua visão estava ficando borrada, e algo quente escorreu pela bochecha.
Não tinha certeza de quando isso começou, mas seus olhos estavam lacrimejando.
— Aaaahhh!! — gritou com raiva o garoto. Porém, ao invés de desistir, fez uso de seu desespero e, mais uma vez, empurrou o monstro gigante.
Quando colocou o máximo de força que podia, o corpo grotesco começou a se mover para frente, o som de seu movimento era tão claro quanto um deslizamento. Muoru colocou toda a força que tinha nos braços, ao ponto de cravar os dedos do pé no solo para se apoiar, mas, no final, só conseguiu movê-lo um pouco.
Baixando os ombros e avançando, continuou a empurrar.
Enquanto isso, o som de deslizamento continuou, ele seguiu aguentando as sensações desagradáveis, seus gritos, que soavam como se alguém estivesse vomitando, ecoaram dentro do cemitério.
Mas Muoru era a única pessoa que podia ouvi-los. E, à medida que continuava empurrando, a chuva que acertava suas costas aumentava de intensidade.
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Ouvindo o som da chuva passando pelas frestas do estábulo, não, debruçado debaixo do teto seguro e sem sinais de vazamento, Muoru encarava a escuridão.
Fazia dois dias que estava chovendo sem parar.
Enquanto era apenas uma garoa, não atrapalhava seu trabalho. Pelo fato de ser verão, quando a temperatura baixava, ficava mais fácil passar o tempo. Mas não podia caminhar pelo cemitério à noite. Com as nuvens escondendo a lua e as estrelas, não conseguia ver o que estava diante de seu nariz.
Entretanto, quando não saía, sua expressão se tornava diferente e agradável, pois descobriu que havia muito para pensar… e precisava de tempo para organizar suas ideias.
Com o passar dos tempos, os cavalos desapareceram do estábulo. Mesmo assim, depois de partirem, ainda deixaram traços. Então, pensando nos outros possíveis coveiros que vieram antes dele, Muoru se perguntou: “onde diabos eles foram?”
Quando Corvo lhe disse: “Parece que não importa quantas pessoas sejam empregadas para abrir covas, sempre que ficam incapazes de lidar com os demônios, logo se tornam inúteis”, na hora, ignorou essas palavras, mas agora, sentia que testemunhou em primeira mão que eram verdadeiras.
De repente, houve uma batida à porta do estábulo.
Foi um som fraco, mas com certeza não era algo que ocorria naturalmente. Na verdade, por estar acostumado com o som silencioso da chuva, a pequena batida foi o suficiente para assustá-lo.
— Muoru.
Porém, depois de dois dias, no momento em que ouviu aquela voz, seu choque se transformou em alívio.
Havia apenas uma pessoa em todo o cemitério que dizia seu nome assim.
A porta se abriu silenciosamente e Mélia entrou, segurando seu lampião. A luz fraca do objeto iluminou o local de laranja. Ela permaneceu em silêncio o tempo todo, até que se sentou.
Já que o teto estava apodrecendo e repleto de buracos, para evitar que ficassem encharcados por causa das goteiras, os dois se sentaram perto um do outro, de forma que seus joelhos se encostavam.
O rosto dela estava quase todo coberto pelo capuz, mas ela não tentou encontrar o olhar dele. “Talvez tenha vindo aqui sem um guarda-chuva”, pensou Muoru enquanto olhava para a sua franja molhada e manto úmido.
Como sempre, ele estava muito nervoso para conversar. Não havia fim para as perguntas que queria fazer: está tudo bem com o corpo dela? Será que o perdoou pelo incidente do banho? Quem realmente era “Maria” e o que diabos era um guarda sepulcral?
Porém, não conseguia colocar isso em palavras, primeiramente, nunca imaginou que Mélia visitaria o estábulo. Não havia razão para pensar que ela perdoaria o que acontecera, no entanto, ao olhar novamente de muito mais perto…
— Algo errado, Mélia? — perguntou o garoto, seus pensamentos estavam descontrolados.
Mélia mostrou sua mão esquerda, a qual estava escondendo dentro de seu manto. Havia uma maçã muito grande nela.
Sem palavras, o garoto permaneceu imóvel conforme a garota parecia apertar a fruta antes de entregá-la no final.
— É para mim? — perguntou ele subitamente, da mesma forma de quando ela o emprestou o kit de primeiros socorros.
Porém, desta vez, Mélia não acenou com a cabeça ou algo do tipo. A única coisa que fez foi continuar com a cabeça abaixada para esconder o rosto.
Ao pensar que nada podia ser feito, Muoru continuou a encarar a fruta em sua mão. Era grande e estava bem madura, seu peso sugeria que estava repleta de polpa. Pessoalmente, gostava de todos os tipos, exceto abacaxis, então, esta maçã foi a primeira que ganhou desde que chegou ao cemitério. Para falar a verdade, já fazia tempo que não tinha uma maçã sem estar tocada pelos vermes.
— Ah… — A garota abriu um pouco a boca e Muoru a olhou.
— Serei sua amiga — disse ela, fechando os olhos, seu rosto ficando mais vermelho que a maçã.
Muoru, mais uma vez, olhou para o lado, como se alguém tivesse lhe acertado na bochecha.
De alguma forma, olhar diretamente para ela a deixava mais envergonhada do que a ver se banhando.
Mesmo que as palavras fossem diferentes, a sensação por trás delas era como se tivesse acabado de confessar seus sentimentos por ele.
“Será que é algo parecido?”
Sem conseguir aguentar mais a vergonha, perguntou:
— É, Mélia? — As palavras soaram como um protesto, e a garota endireitou-se no mesmo instante.
“Preciso falar da forma mais gentil possível.”
Embora estivesse incomodado pela situação e pelo esforço com o qual não estava acostumado, continuou:
— Não sei o porquê de eu precisar pensar que isso é constrangedor. Porém, sermos amigos não é grande coisa, então estará tudo bem se você só dizer “aham” ou “beleza”. Essas palavras devem servir, não acha?
Mélia abriu seus olhos devagar, com a mesma velocidade que luz subindo no céu. Em silêncio, ele observou os longos cílios dela tremerem.
Os olhos azuis da garota encontraram os dele.
Ele viu-se desviando o olhar cada vez mais. Novamente, sentia o impulso de tocar a mão dela… e, com desespero, pensou que precisava matar essa vontade.
Ainda o observando, Mélia acenou com a cabeça:
— Beleza.
Muoru levantou o rosto.
Então, como se mudasse abruptamente da ofensiva para a defensiva, ela começou a hesitar.
— Me… me desculpe. Acabei vindo do nada.
— Tudo bem, eu não estava dormindo — disse ele, mas ela parecia não estar ouvindo.
— Bom, era só isso. Independentemente do que fosse, eu queria te dizer isso. — No momento em que parou de falar, ela ficou de pé com uma rara demonstração de agilidade e com o rosto ficando vermelho mais uma vez.
Observando as costas dela conforme atravessava o estábulo, Muoru fez outra pergunta para que ela se virasse:
— Você disse para mim não sair por um tempo, está tudo bem agora?
Mélia assentiu e o garoto forçou um sorriso.
Então, ela se foi.
Sozinho novamente, Muoru mastigou a maçã no escuro. A fruta era muito suculenta, doce e tinha um aroma muito bom.
Tradução: Taiyo
Revisão: Bravo, Guilherme e Taipan
QC: Milady
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