Uma Elfa Lésbica e Uma Princesa Amaldiçoada

Uma Elfa Lésbica e Uma Princesa Amaldiçoada – Cap. 03.2 – A Elfa e a Princesa Partem em uma Jornada

Graças aos cuidados da Princesa, não demorou muito para que realmente começassem a jornada. Não havia muitas pistas para seguir, mas, por sorte, as garotas não poderiam ter se apressado, mesmo se quisessem, e isso ajudou a aliviar a frustração. A maior preocupação em suas mentes, no momento, eram os perseguidores.

— De qualquer forma, Rem, acha que a sua tia ainda está atrás de nós?

Alferez continuou fazendo a mesma pergunta várias vezes, ainda preocupada com a ferida da elfa, já que ainda não tinha cicatrizado por completo.

— Não sei. Existem poucas coisas que os elfos odeiam mais do que deixar a floresta, mas a Tia Amita é bem obstinada, então talvez…

O fato de a mulher ainda não ter aparecido significava que deviam ter conseguido despistá-la um pouco.

— E quanto a você, Al? Assim que descobrirem que a princesa desapareceu, o castelo não vai ficar em confusão?

— Bem, eu até planejei deixar um recado. Mas, sabe, a aparição da sua tia meio que acabou atrapalhando esse plano.

— Entendo… Desculpa.

— Ah, não foi culpa sua, Rem. Só estou comentando — disse Alferez rapidamente. Pensando bem, para começar, a elfa nem possuía certeza do porquê tinha  se desculpado. Quando uma princesa some, não é como se um bilhete fosse mudar alguma coisa.

Simplificando, as duas garotas estavam sendo perseguidas por alguém. E os problemas não paravam por aí. Veja, como Rem não estava familiarizada com o mundo humano, teria que confiar no conhecimento de Alferez. Entretanto, como a princesa normalmente viajava de carruagem, também não era uma especialista na maioria das coisas.

— Então, vejamos… Por qual caminho…?

E o pior, ela não fazia ideia de como ler um mapa. As duas decidiram começar indo para uma região onde bruxas supostamente viviam, mas não importava quantas vezes a garota virasse e girasse o mapa, não conseguia encontrar a sua atual localização nele.

— Me dê  isso. Vou ler o mapa.

— Por favor…

Alferez desistiu surpreendentemente rápido, considerando o quanto tinha se oposto  a deixar a elfa guiá-la pelo seu próprio mundo. A princesa talvez estivesse começando a perceber o quão inútil era. As duas passaram o dia vagando como crianças perdidas e, quando chegaram à primeira pousada, já passava de meia-noite.

— Umm… Ela também pode ficar? — perguntou Rem a velha estalajadeira enquanto apontava para Alferez, em sua forma de gata. A mulher gargalhou, dizendo que os animais eram sempre bem-vindos, e guiou as duas até o quarto. As garotas estavam cansadas demais para continuarem acordadas e, assim sendo, para planejar o próximo movimento, teriam que esperar até depois do café da manhã.

Não conseguir conversar com ela durante a noite é tão inconveniente…

Rem nunca diria isso em voz alta, é claro. Isso não era culpa de Alferez. Elas teriam que viver com isso.

— Então, Princesa. Vamos ter que conseguir algum dinheiro para pagar as pousadas, comida e outras coisas.

— E foi por isso que trouxemos as joias. Vamos trocá-las por dinheiro e…

— Se começarmos a vender joias, as pessoas vão perceber que você é uma princesa. Não, não podemos usá-las, a menos que seja completamente necessário.

— Entendo…

Os ombros de Alferez caíram quando a sua ideia foi rejeitada. Ela poderia dizer que as usou como compensação pelos remédios, dizendo que estava com pressa, mas deste ponto em diante teria que ser mais cuidadosa. Afinal, a jornada mal havia começado. Estava cedo demais para cometer erros.

— Então, de qualquer forma, vou ver o que posso fazer. Apenas fique aqui, Al.

— Hein? Por que? Eu também consigo…

A garota tentou se levantar, mas Rem gentilmente colocou as mãos em seus ombros, antes que pudesse fazer qualquer coisa.

— Os habitantes da cidade vão ficar bem chocados se virem a princesa trabalhando, não acha?

— Você… Você pode estar certa… Mas isso também serve para uma elfa!

— Bem… Vou dar um jeito. Mas, na verdade, há um problema ainda maior.

— O-o que…?

Rem abaixou a voz e colocou o dedo na frente da boca, como se quisesse sinalizar para Alferez ficar quieta. A garota, ansiosa, engoliu em seco.

— A verdade é que… só estamos pagando por uma pessoa. Lembra que quando chegamos estava de noite? Você estava na sua forma de gata.

É por isso que havia só uma cama. O quarto era minúsculo e a única outra peça de mobília era uma mesinha. As paredes felizmente eram bem grossas, então conversas a uma altura normal deveriam ser seguras. Mesmo assim, não podiam baixar a guarda em momento nenhum.

— Isso é a mesma coisa que ficar trancada na mansão! Se o problema é dinheiro, então eu…

— Já falei que vou dar um jeito nisso, idiota. Ficar muito tempo no mesmo lugar pode ser perigoso, mas primeiro quero conseguir algumas pistas sobre o paradeiro daquela bruxa. E também precisamos de dinheiro.

Tomar a liberdade da Princesa fez o coração de Rem doer. Ao mesmo tempo, as coisas com certeza ficariam complicadas se ela a deixasse sair vagando por aí. A elfa explicou isso, e a garota, relutante, concordou.

— Não existe liberdade para uma princesa, hein?

— Você quer voltar para casa?

— Não. Vou ficar com você.

Alferez fez beicinho e deu as costas para Rem. O peito da elfa estava pesado. Não havia intenção de irritar a garota.

— Rem, espere.

Ela abaixou a cabeça e começou a sair, só para ser parada pela voz de Alferez.

— Sua manga ainda está rasgada, certo? Deixe eu consertar para você. Não é como se eu tivesse algo melhor para fazer. Enquanto isso, você pode usar as minhas outras roupas.

Rem estava na rua da cidade, sentindo-se ótima. A Princesa – que pensou ter irritado – emprestou as próprias roupas. Estavam um pouco frouxas na área do peito, mas quem se importava?

— Preciso dar o meu melhor. A Al está contando comigo!

Qual seria a forma mais rápida de conseguir algum dinheiro? Ela também tinha que reunir informações sobre a bruxa. Sério, havia muito a ser feito. Rem puxou o capuz e decidiu começar dando uma olhada pela cidade.

Embora não fosse nada se comparada com a anterior, ainda parecia relativamente grande. Os edifícios de pedra também eram parecidos. Entretanto, com certeza havia muito mais lojas. E não só na rua principal; até mesmo os becos estavam cheios de butiques de todos os tipos. Carrinhos e carroças carregados de mercadorias também eram bem comuns de se ver.

— Isso é, como chamam mesmo…? Uma cidade comercial?

Se fosse o caso, faria sentido supor que gente de todos os tipos de regiões diferentes estavam nela. Ou seja, era o local ideal para coletar informações. Rem também tinha feito uma outra observação importante. Depois de andar por um tempo pela cidade, não tinha visto nenhum soldado que poderia estar atrás da Princesa. Embora não planejasse ficar de guarda baixa, parecia que conseguiria ao menos descansar um pouco.

Depois de algum tempo, a elfa chegou ao que parecia ser a praça central da cidade. No centro do espaço erguia-se uma fonte de água, um pouco maior do que a que ficava em frente à mansão de Alferez. Estava cercada por uma enorme multidão que de vez em quando começava a gritar.

— O que é aquilo…? — perguntou Rem à mulher alta de pé perto do local.

— Uma performance de rua. Artistas viajantes mostram as suas habilidades em troca de dinheiro.

Rem deu um salto quando viu quão grossa era a sua voz. Sim, a “mulher” era, na verdade, um homem. Embora seu vestido e maquiagem pudessem confundir, bastou uma olhada em seu corpo para confirmar isso. Rem ficou surpresa por um momento, mas como o homem não parecia má pessoa, ela decidiu continuar fazendo perguntas.

— Isso é algo que qualquer um pode fazer?

— Claro, contanto que tenha algumas habilidades para exibir. Em outros lugares, pode precisar de uma licença ou pagar alguma taxa primeiro, mas aqui você é livre para fazer o que quiser.

Que conveniente. Rem agradeceu ao travestido e encontrou um lugar vago.

— Espíritos do vento, vou precisar da sua ajuda — sussurrou ela baixinho para o vento. Neste lugar os espíritos eram mais fracos se comparados com a capital. Fazia sentido presumir que havia algum tipo de feitiço de proteção ao redor do castelo, assim aumentando a força deles. Por que outro motivo uma meio-elfa como ela seria capaz de pular alto daquele jeito? Fugir nesta cidade não seria tão fácil, e Rem só podia esperar que nunca precisasse disso.

— Bem, por agora já é o bastante…

Ela pegou um guardanapo do bolso e colocou-o no dedo indicador, levantando-o. Sua pequena audiência de sete pessoas estava claramente em dúvida a respeito da garotinha vestida com um robe ali parada. Isso logo mudou quando Rem começou a fazer o guardanapo flutuar com uma brisa suave.

— Oooh…! — disse a multidão. A garota tinha conquistado o interesse geral. Rem percebeu que o travestido estava observando de longe, mas assim que seus olhos se encontraram, o homem inclinou um pouco a cabeça, quase como se perguntando “isso é tudo”? Claro que não. A elfa lentamente começou a mover a ponta do dedo, fazendo o guardanapo dançar pelo ar.

— Ooohh!

A multidão ficou completamente envolvida. Rem moveu também o resto dos seus dedos, operando o guardanapo como se fosse uma marionete. Sua aparência misteriosa com certeza também contribuiu para o tamanho de seu crescente público. Ela terminou a amostra fazendo o guardanapo flutuar bem alto no ar e pousar nas mãos de uma mulher que estava observando, conquistando uma salva de palmas. Moedas voaram a seus pés e Rem se curvou profundamente.

— Esse foi um show e tanto.

Enquanto a elfa pegava o dinheiro, foi abordada pelo travestido de antes.

— Muito obrigada por me contar sobre isso. Aqui, quero te dar isso em troca.

Ela ofereceu algumas moedas de prata, mas o homem sorriu e balançou a cabeça.

— Não, não precisa. Mais importante…

O homem deu uma olhadinha ao redor. Após confirmar que não havia ninguém ali, ele colocou os braços em volta dos ombros de Rem, puxou a garota para perto e sussurrou:

— Você é uma elfa, não é?

— …!

O rosto dela ficou pálido na mesma hora. A garota entrou em pânico e tentou fugir, mas o aperto firme do homem a deteve. Ele era surpreendentemente forte para uma pessoa tão magra. A elfa foi dominada. Enquanto continuava com a sua luta desesperada, o homem soprou em sua orelha.

— Eek?!

Vendo o corpo da garota congelar de medo, ele soltou uma risada amigável.

— Ahaha! Não se preocupe, não vou fazer nada com você. Mas, queria perguntar. Você é bonita e fofa. Por que não vem trabalhar na minha casa?

— T-trabalhar…?

— Sim, acho que você poderia dizer que eu te enganei. De qualquer forma, venha comigo.

— Hein? Eu… Umm… Acho que vou passar… M-me solta!

Rem teve um pressentimento extremamente ruim quanto a isso. Ela tentou se libertar de novo, mas não adiantou. O homem era forte demais. Com a garota ainda segurando em suas mãos, ele basicamente a arrastou por um beco e por uma porta de madeira suja.

Parece que a minha história termina aqui… Agora é com você, Al…

Preparando-se para o pior, Rem silenciosamente se despediu de Alferez.

— H-hein…?

Seus temores logo se revelaram infundados. O que a esperava lá dentro era uma taverna completamente normal. Embora com certeza não houvesse muitos pontos de referência, pelo que ela podia dizer, não parecia haver nada de estranho no lugar. Os cinco ou seis homens e mulheres sentados às mesas não prestaram atenção à entrada de Rem e do travestido, e continuaram desfrutando de suas bebidas e comidas como se nada tivesse acontecido.

Porém, havia uma coisa estranha que logo percebeu, seriam os clientes.

— Este é o meu bar. Como pode ver, a maioria dos nossos clientes são anões e humanos. Os elfos às vezes vêm, mas são bem raros. Resumindo, qualquer pessoa é bem-vinda aqui.

Além das duas raças que o homem mencionou, havia também um tipo de homem-fera, assim como uma pessoa cujo corpo inteiro estava coberto com o que pareciam escamas de cobra.  Não havia hostilidade entre eles, e também nenhuma amizade em particular. Não, eles estavam só… ali.

— Ainda está cedo, então está bem tranquilo. Mas não deixe isso te enganar. Vai ficar bem mais agitado assim que ficar de noite. Agora, o problema é que a minha garçonete de costume voltou para a cidade natal dela. Preciso de alguém para substituí-la. Você estava interessada em se apresentar na rua porque precisava de dinheiro logo, certo?

Rem ficou um pouco impressionada com a rapidez com que o homem falou, mas era tudo verdade. Entretanto, ainda não estava pronta para confiar nele. O homem percebeu isso na sua expressão, e isso o fez sorrir.

— Certo. Bem, volte durante a noite. Posso realmente precisar da sua ajuda, caso não se importe. Ah, e devo mencionar, eu que tomo conta deste lugar — disse ele apontando para si mesmo. Este travestido parecia ser mesmo uma pessoa legal.

Depois de pensar nisso pelo resto do dia, Rem decidiu começar a trabalhar no bar. Parecia ser uma oportunidade que, de todas as formas, era boa, exceto talvez pela peculiaridade do gerente. Pela primeira vez, poderia ficar tranquila sobre o fato de ser uma elfa, e com tantos diferentes tipos de clientes aparecendo, provavelmente nunca teria uma oportunidade melhor para conseguir informações.

— Ei, garotinha! Traga uma cerveja!

— É pra já!

Bem, “perfeito” talvez não fosse a melhor palavra para descrever o caso. Quando o gerente disse que as noites eram bem agitadas, não era bem isso que ela tinha em mente. Havia mais clientes do que cadeiras, e a maioria comia e bebia de pé, onde quer que encontrassem espaço. Além disso, parecia que os clientes só entravam e nunca saíam, especialmente os anões, que bebiam e bebiam.  Receber os pedidos e entregá-los na cozinha era relativamente fácil, mas aquilo em que Rem realmente sofria era lembrar para qual cliente deveria entregar as bebidas e comidas.

— Ei, isso é meu!

— Ah, certo! Desculpa!

Os clientes frustrados pegavam seus pedidos direto da bandeja. Quanto ao pagamento, as pessoas só deixavam em qualquer lugar e saíam, e recolher tudo também fazia parte do seu trabalho. Ela tinha trabalhado sem qualquer pausa durante a noite toda, e seus olhos já estavam começando a perder o foco.

— Gerenteeee! Lidar com as contas assim é boooom mesmoooo?!

Rem lançou a pergunta para o gerente – sacudindo uma enorme panela de ferro na cozinha – enquanto se segurava ao balcão para impedir que seus joelhos trêmulos cedessem.

— Aham, tá tudo bem. Qualquer pessoa que tentar alguma coisa não apenas apanha, como também é banida daqui pelo resto da vida.

Rem queria perguntar exatamente quem estava controlando isso em meio a todo o caos, mas como o próprio gerente disse que estava tudo bem, decidiu não se opor. Continuou trabalhando da mesma forma até o início da manhã, momento em que as únicas coisas que sobraram foram pilhas de pratos sujos, lixo que as pessoas jogaram no chão e, claro, Rem, completamente bêbada por causa do cheiro de álcool.

— Por hoje é isso. Bom trabalho. Você está começando a pegar o jeito. Vou cuidar da limpeza, então pode ir para a sua casa. Ah, certo, aqui está o seu pagamento.

— Muuuuuuito obrigadaaa!

A fala da elfa estava meio arrastada, em parte por causa do álcool e em parte por causa da exaustão. Não apenas isso, o mundo também estava girando diante de seus olhos. Pegou o dinheiro, sem ter certeza para onde estava olhando, e saiu do bar.

Por algum milagre, conseguiu voltar em segurança à pousada. Alferez, que a esperava, cumprimentou a garota com uma voz bem alta.

— R-Rem, o que houve?!

— Já faleeeeei, quieta! Quaaantas vezes… já te diseeeeee…?

— Isso é culpa sua! Ei, durma na cama!

A irritação de Alferez logo parou de chegar aos seus ouvidos, e a elfa caiu no sono mais profundo da sua vida enquanto seu corpo parecia derreter.

Os dias seguintes foram igualmente exaustivos. Entretanto, ela estava lentamente começando a pegar o jeito e aos poucos foi ficando bem eficiente. Alferez, que a princípio foi contra a ideia, também estava reclamando menos a cada dia que passava.

Trabalhar com mais eficiência também dava mais tempo livre para que Rem olhasse pelo bar. Os clientes eram, na verdade, a maioria humanos ou anões. Ela não viu nenhum elfo. Então decidiu perguntar sobre isso ao gerente.

— Pois é, agora que você mencionou, realmente não aparecem muitos. Muitos elfos são, e por favor, não me leve a mal, muito esnobes. Além do mais, a maioria dos que acabam deixando o país deles são, para começo de conversa, párias sociais. Não são do tipo de pessoa que interage muito com os outros clientes, mesmo quando aparecem aqui para tomar alguma coisa.

Rem sentiu uma pulsação dolorosa em seu peito. O gerente acabara de descrevê-la em detalhes. Ainda assim, se esse fosse realmente o caso, ela provavelmente poderia esquecer a ideia de conseguir alguma ajuda dos seus companheiros elfos. Quando se trata de problemas humanos, focar nos humanos em si seria o caminho mais rápido, hein?

— Estou me acostumando a conversar com os clientes… Será que posso começar a perguntar sobre os boatos que ouviram?

Para colocar seu tempo livre em uso, Rem foi em frente e casualmente perguntou aos clientes se tinham escutado alguma coisa sobre as bruxas nos últimos tempos. Entretanto, isso acabou se provando um esforço inútil. O fato de ainda estar trabalhando significava que poderia, no máximo, trocar só uma palavrinha, e só às vezes. Poderia até ser o local ideal para reunir informações, mas não era algo que poderia fazer como garçonete. Rem lamentou por não ser uma cliente, mas logo percebeu o problema óbvio dessa abordagem: em todas as vezes teria que pagar pelas suas despesas no estabelecimento . A elfa odiava admitir, mas a melhor coisa que poderia fazer no momento era se concentrar em juntar algum dinheiro.

Passaram-se sete dias. A exaustão que Rem sentiu após seu primeiro dia de trabalho se foi, e ela não dormia mais no instante  que chegava à pousada. O tempo passou rápido e o dia seguinte marcava a sua primeira folga.

Enquanto voltava para a pousada, estava tão feliz quanto uma elfa poderia estar. Naquela noite não tiveram muitos clientes, provavelmente devido à poderosa tempestade que caiu até o amanhecer e, como resultado, o gerente permitiu que saísse mais cedo. Estava, acima de tudo, feliz por poder passar um bom tempo com Alferez. A garota tinha passado todos esses dias só girando os dedos naquele cômodo minúsculo e apertado. Já devia estar ficando muito entediada. Nesta noite, Rem faria o que a Princesa quisesse, já que ela com certeza merecia.

— Estou de volta… – sussurrou a elfa ao entrar no quarto, não querendo acordar nenhum dos outros hóspedes. Enquanto o sol nascia, no momento em que Alferez voltava à sua forma humana, parecia que a garota ainda estava dormindo. Apenas a ponta da sua cabeça estava visível sob o cobertor.

— Yawn. Acho que também vou tirar uma soneca.

Rem tirou as roupas de baixo e puxou o cobertor da Princesa, tomando cuidado para não acordá-la enquanto fazia isso.

— …

                — …

Seus olhares se encontraram. Alferez, na verdade, não estava dormindo. Bem, nada de estranho nisso, certo? Claro, ela estava completamente nua, mas talvez tivesse acabado de voltar à forma humana, não? Isso fazia sentido. O que não fazia, entretanto, eram suas bochechas coradas, a mão direita apalpando os seios e a esquerda entre as pernas. Não vou nem perguntar, pensou Rem, e silenciosamente deu as costas para a garota.

— E-ei, diga alguma coisa! O quê, acha que quem está com vergonha aqui é você?!

A elfa achou que tinha tomado a melhor das decisões, mas os repetidos socos em suas costas mostraram que Alferez parecia discordar.

— Tá, tá! Vou deixar você explicar! Só pare de me bater!

— E-explicar?! Que parte disso você quer que eu explique, sua pervertida?!

A garota saltou de uma só vez, cobrindo os seios com as mãos. Rem, um pouco ofendida com a sua atitude, sentou-se no chão à frente dela.

— Foi você quem disse que queria conversar. Bem, então vamos conversar. Estou trabalhando sem parar lá fora, e enquanto isso você fica… fazendo exatamente o quê?

— C-como ousa…? Eu teria ido trabalhar com você, mas você disse que não podia!

Com os braços ainda ao redor dos seios, os olhos da garota começaram a  lacrimejar.

— Além disso, olha só para esse quarto! É tão pequeno! Não há nem um único livro aqui! O que mais você espera que eu faça, além de pensar em você?!

Rem não tinha como se defender do contra-ataque da garota. Tudo o que ela disse era verdade. Não poderia simplesmente tirar a liberdade de alguém e depois reclamar. A culpa pesou no coração da elfa. Alferez se sentiu abandonada, como se não fosse mais necessária, mas optou por não expressar os seus sentimentos.

— Você… pensou em mim… e começou a se masturbar…

— Hein…?! Bem… D-digo…

A voz dela tremeu. Suas bochechas ficaram coradas, e a garota rapidamente desviou o olhar.

— O que mais eu posso fazer?! — gritou ela e virou de costas. Sentindo-se péssima pelos comentários maldosos que tinha feito, Rem abraçou as costas da garota aborrecida.

— Sinto muito, Al… Me desculpa por te deixar sozinha…

— Bom mesmo. Você se diverte mais no trabalho do que comigo, não é?

— É claro que não! Fico o tempo todo pensando em você!

Embora antes pudesse ter pensado na garota como sua irmãzinha, a situação atual parecia mais com o fracasso de um homem tentando pedir desculpas para a namorada. Ainda assim, o que ela disse era verdade. Quase como se pudesse sentir a sua honestidade, Alferez se virou e olhou direto nos olhos da elfa.

— Bem, nesse caso, vou te perdoar.

— Obrigada, Princesa.

Rem não pôde deixar de acenar respeitosamente com a cabeça diante do olhar sério no rosto da garota.

— Eu… Sei que você está fazendo isso tudo por mim, Rem. Desculpe por mais cedo. É só que… me senti tão sozinha.

Rem suspirou com alívio. Parecia que a briguinha entre as duas já tinha acabado. Ou talvez fosse cedo demais para afirmar.

— Então, quero te recompensar, por todo o seu trabalho duro.

— Me recompensar? Bem, obrigada. Que tipo de… Mhhhn?!

Usando a falsa sensação de alívio de Rem contra ela, a garota agarrou o rosto dela entre as mãos. Assim que a elfa percebeu o que estava acontecendo, um par de lábios macios pressionou os seus. Quando foi forçada a se ajoelhar com a cabeça inclinada para cima, a língua de Alferez criou seu caminho por seus lábios ligeiramente fechados.

— Mh… Al… O que você…? Aaah!

— Eu não… te disse…? Eu quero… mhh… mhhn… te recompensar…!

— Mhhhh!

A garota envolveu a sua língua na dela e a chupou. Arrepios percorreram a espinha de Rem. Seus dedos cravaram ainda mais fundo nos ombros de Alferez, o prazer começou a derreter a sua mente.

— Al… Nãão… Eu… Ah… Mhh…!

Ela meio que imaginou que seria isso que a garota quis dizer com “recompensa”. Ainda assim, considerando que seu corpo a alguns minutos estava pronto para dormir, essas sensações estavam ao máximo. Os sentimentos de luxúria e sonolência entraram em conflito dentro dela. Quem sabe, se Alferez a empurrasse para a cama, talvez só adormecesse. Mas as coisas não acabaram chegando a esse ponto, já que a garota puxou a língua de Rem junto com a sua, forçando a elfa para baixo.

— Ahhhn!

As duas desabaram na cama enquanto se beijavam, com Alferez ficando por baixo. Ela deixou um gemidinho escapar, antes de abraçar a elfa com ainda mais força.

— Al…?

— Sua serva sem noção… O meu corpo é a sua recompensa. Eu vou… Vou deixar você me tocar como bem quiser.

Como se isso não fosse apenas um artifício para continuar sua sessão de prazer interrompida. Rem não pôde evitar de sorrir ao pensar na Princesa sexualmente frustrada.

Ainda assim, não era como se ela importasse. Afinal, a elfa compartilhava dos seus sentimentos. Desde o primeiro beijo, ela quis mais. Seu corpo, que já deveria estar morto de cansaço, foi reacendido pelas chamas da paixão. Mas, beijos por si só não seriam capazes de saciar a sua luxúria, então ela moveu o seu corpo, esfregando seus seios contra os de Alferez.

— Ah… Haa…

A garota gemeu e dobrou o pescoço fino e pálido para trás e, quando Rem beijou, ela apertou os braços da elfa com força.

— Não… Aí não… Isso é tão bom…

— O quê? Você não prometeu que eu poderia fazer o que quisesse? Mhhn…

— Aaahh!

Rem a beijou de novo e de novo, sem prestar atenção à resistência inútil da garota abaixo dela. Mesmo quando ela tentou afastá-las, a elfa só agarrou seus braços e os forçou contra a cama com os dedos entrelaçados. Depois de um tempo, mais uma vez juntou seus lábios aos da garota e rolou a língua por dentro da sua boca.

— Ah… Rem… Pare… Mhh… Se você… Aah…

Apesar de estar pedindo para que parasse, Alferez estava retribuindo todos os beijos, movendo a língua como se quisesse fazer espirais de saliva.

— Eu também… Isso é… incrível… Aah… Al… Al…!

Assim como o da garota, o corpo de Rem tremia de prazer. Esfregaram suas peles sensíveis, enviando ondas de prazer da ponta da cabeça até os dedos de seus pés. Enquanto Alferez continuava lutando, sua coxa acabou escorregando entre as pernas da elfa, esfregando sua fenda para cima e para baixo na calcinha, enchendo sua mente de prazer.

— Aah… Haa… Aahh…

Era a vez de Rem se contorcer de prazer e inclinar a cabeça para trás. Linhas de baba desciam da sua boca, os quais Alferez bebeu aos poucos  antes de lamber as orelhas da elfa. Ela revirou a língua por toda a extensão, como se estivesse fazendo cócegas com a ponta.

— Ahh! Al…! Isso também é tão…! Ahh! Aaaahh! — Rem gemeu enquanto arqueava o corpo. E, ainda, a garota não mostrou misericórdia. Ela libertou as mãos do aperto fraco da elfa, abraçou-a com força e começou a lamber a sua outra orelha. Sons horrivelmente obscenos encheram a cabeça de Rem. — Al! Chega! Isso é… isso é demais…! Aahhh!

— Não, pare, Rem. Os outros hóspedes vão escutar se não parar de fazer tanto barulho.

— A-acho que sim… Mesmo assim…! Mhh.!

Rem só pôde morder o lábio e suportar. Afinal, momentos antes, foi ela quem mandou Alferez calar a boca. Bem, era mais fácil falar do que fazer; este não era o tipo de prazer que alguém poderia simplesmente suportar. Mesmo assim, a garota também começou a sentir cócegas nas laterais do corpo. O ataque completo foi demais para Rem suportar. Ela sentiu que seu cérebro estava a ponto de derreter.

— Mhh… Aah… Al… Me ajuda…!

Incapaz de aguentar por mais tempo, implorou por misericórdia. A Princesa, entretanto, não mostrou reação. Na verdade, muito pelo contrário. Ela rolou o corpo e trocou de lugar com a elfa, colocando-se sobre ela.

— Aah… Não aguento mais…

Alferez lambeu os dedos e olhou para a sua presa, a luxúria enchia os seus olhos. Ela balançou seus quadris finos suavemente e, enquanto o fazia, seus enormes seios balançavam bem na frente de Rem. A virilha da elfa latejava e seu coração batia cada vez mais rápido, quase como se houvesse algo no cheiro da garota deixando-a louca. Ela não pôde deixar de se lembrar da primeira vez que fizeram isso.

— Al… Não me diga… Você usou aquela poção de novo…?

— Não preciso dessas coisas grosseiras. Só a sua fofura já é o suficiente para me fazer… Tome isso!

— Hyaaahh?! — gritou Rem quando Alferez acariciou ambos os seus mamilos de uma vez. Seu corpo estremeceu por reflexo, dando um saltinho com a Princesa sentada contra sua barriga. Ela ficou um pouco surpresa, mas logo se recuperou e mudou o seu foco para as regiões inferiores da elfa.

— Você ainda está usando isso, Rem? Está na hora de tirar.

— Ah! E-espera…! Ahhn!

Os dedos da garota deslizaram por baixo da calcinha e puxaram-na suavemente. Rem estava a ponto de morrer de tanta vergonha. Ela cobriu o rosto com as mãos enquanto o pedaço de pano inútil passava por seus tornozelos.

— Agora estamos as duas peladas! — afirmou Alferez em um tom que se esperaria escutar de uma garota que estivesse só brincando. E, ainda assim, nem mesmo tentou esconder a luxúria em seu olhar. Ela lambeu os lábios lentamente, mostrando o que é que queria. Rem não pôde deixar de se perguntar se ela de fato havia tomado a poção, mas não estava contando.

Ah… Ela talvez só esteja… envergonhada demais…

Embora a luxúria da Princesa fosse sem dúvidas genuína, seu orgulho jamais permitiria que se expressasse com tanta sinceridade. Ela iria, então, fingir que era a poção que a fazia agir daquela forma.

Não que essa percepção fosse ajudar Rem em algo. Um doce prazer engoliu sua metade inferior quando os dedos da garota entraram em contato com a sua fenda. Ela os moveu, fazendo com que a parte interna das coxas da elfa se enrijecesse com êxtase. Suas pernas, por conta própria, ficaram completamente abertas.

— Haaa… Aaaahhhn…

— Boa garota. Agora, abra mais — sussurrou a Princesa ao seu ouvido. Rem fez como foi dito. Quase como se para recompensá-la, Alferez começou a mover os dedos em círculo, agitando o que havia por trás dos lábios inferiores da elfa

— Ahhn! Aaah… Mhh!

Rem mordeu o lábio, desesperadamente tentando conter os seus gemidos. Alferez sorriu em resposta. Estava claro que o objetivo da garota era vê-la fracassar. Vá em frente e tente, pensou a elfa. E, ainda assim, seu corpo saltou por vontade própria quando os dedos da Princesa mais uma vez lançaram um ataque agitado contra ela.

— Ahh… Você está toda molhada… Está ouvindo isso, Rem? O seu som?

Ela não precisava ouvir isso. Rem estava bem ciente da inundação descendo entre suas pernas. Os sons dos dedos de Alferez mexendo os seus fluídos aumentaram ainda mais a sua vergonha.

— Ah! Ahhn! Al… Você… Você disse que eu poderia fazer qualquer coisa que eu quisesse… Ahhh!

— Exatamente. E está claro que é isso que quer que eu faça. Agora sem reclamar, isso tudo faz parte da sua recompensa.

— N-não, eu… Aaaahhn!

Neste ponto, a mente de Rem mal estava funcionando, mas, mesmo assim, ela podia ver o que  Alferez acabara de dizer não fazia sentido algum. Ainda assim, o que ela poderia fazer para rejeitar alguém que só queria que ela se sentisse bem? O calor dentro da elfa ficou mais intenso e seus quadris se moveram em um círculo, combinando com os movimentos da Princesa. Enquanto as ondas de prazer passavam por cada canto e fenda do seu corpo, seus dedos trêmulos agarravam os lençóis da cama com ainda mais força.

— Ha… Ah… Tão… Tão bom… Al… Isso é… incrível…

Alferez observou enquanto a elfa se contorcia de prazer. Ela lentamente moveu as mãos dos lados do corpo para o estômago, e então para seus seios. A princesa então moveu seu rosto para logo acima do de Rem e empurrou um pouco a sua língua para fora. Querendo mais disso, a elfa estendeu o pescoço. Entretanto, pouco antes de suas línguas se tocarem, Alferez se afastou.

— Você quer?

— Eu quero…

A garota mostrou a Rem um rápido vislumbre da sua língua, como se fosse para provocá-la. A elfa empurrou a própria avidamente.

— Você quer me beijar?

— Sim, Eu quero te beijar…

— Claro. Então vamos nos beijar.

O rosto de Rem ficou preenchido por felicidade. A breve provocação só fez com que seu desejo de beijar ficasse ainda mais forte. E, ainda assim, quando ela se preparou para isso, a garota afastou os lábios. Rem ficou furiosa. Ela tinha mentido? Ela se levantou, mas foi rapidamente jogada de volta na cama.

— Eeek!

Um grito agudo saiu pela boca da elfa. Alferez a beijou, assim como prometido. Não nos lábios que esperava, mas sim nos outros, naqueles entre as suas pernas. A garota beijou exatamente como faria na sua boca. Então passou a língua pela fenda da elfa, fazendo-a soltar gemidos tão doces que Rem mal pôde acreditar em seus ouvidos.

— Haa… Ahhn!

— Fique quieta, Rem… As pessoas vão ouvir esses seus gemidos fofos… Mhh… Mhhn…

— Hnnnnhh!

A maneira como a sua língua se movia com certeza não parecia querer que a elfa ficasse quieta. A ponta da língua fez cócegas em sua virilha, lambeu a parte interna das suas coxas, deixando rastros de saliva, e então voltou aos seus lábios.

— Al! Não! Isso… Isso é tão bom…! Minha voz vai escapar…! Haa! Ahh! Ahhhn!

Ela tentou cobrir a boca com as mãos, até mordeu o cobertor, mas não serviu para nada. Ao mesmo tempo, Alferez ajustou a sua posição. Sua bela bunda arredondada estava agora logo acima do rosto de Rem. Ela olhou para a visão diante dos seus olhos quase em transe. Os lábios molhados da garota abriram e fecharam, quase como se estivessem respirando. A elfa engoliu em seco. O que deveria ser a parte mais oculta do corpo da Princesa estava bem à sua frente.

Alferez lançou-lhe um olhar rápido, quase como se dissesse “use isto para tapar a sua boca”. De qualquer forma, não havia falta de desejo em seu olhar. Isso ficou evidenciado pelos fios de suco escorrendo pelas suas coxas, deixando rastros brilhantes para trás. Mesmo se não estivessem lá, Rem não se importaria.

— Haaa…

A língua da elfa se lembrava do toque da garota na última vez que a lambeu. Ela percebeu o quanto ansiava por aquele sabor. Alferez – aparentemente incapaz de continuar esperando – abaixou os quadris e Rem moveu a boca para encontrá-la pelo meio do caminho. Ela agarrou a bunda da garota, puxou-a mais para perto e empurrou a língua contra a sua fenda.

— Aaahn!

A Princesa deixou um gemido escapar quando foi beijada por Rem. Um mel espesso escorria da sua fenda trêmula. A elfa engoliu tudo sem hesitar e começou a beijá-la com ainda mais intensidade.

— Ah… Rem… Rem…! Isso é incrível! — Alferez gemeu de êxtase. Ela então logo retomou o seu próprio ataque, como se por vingança. A garota deu uma mordidinha nos joelhos da elfa, lambeu as suas coxas e enfiou a língua bem dentro dela. Assim como antes, não estava mostrando misericórdia, especialmente na forma como usava a língua.

— Ha! Ah! Al…! Ahn! Aahh!

O prazer estava fazendo com que os quadris de Rem saltassem. Isso era exatamente o que a Princesa queria, e seu ataque ficou ainda mais implacável. A elfa devolveu o ataque e lambeu a fenda para cima e para baixo, fazendo movimentos curtos e rápidos. Ela continuou indo cada vez mais fundo, até que finalmente encontrou a abertura do buraco que conduzia às suas profundezas.

— Eeeek!

Alferez arqueou as costas assim que Rem empurrou a língua para dentro daquele buraco.

Surpresa com a reação da garota, ela enfiou a língua ainda mais fundo.

— Ah… Rem… Tão bom… Isso… É incrível… Aaaaahhh!

Incentivada pelas suas palavras, ela queria ir ainda mais fundo. Entretanto, sua língua simplesmente não era grande o bastante. Tudo o que ela pôde fazer foi lamber as partes mais próximas à entrada. Mesmo assim, só isso foi o bastante para fazer a bunda da Princesa contorcer e tremer a ponto de Rem ter que segurar os seus quadris para impedir a sua fuga. De novo e de novo, a elfa traçou o buraco da garota com a língua.

— Hnnnhhhh!

Alferez sacudiu os quadris como se estivesse chegado ao orgasmo. E, ainda assim, não estava pronta para se render. Usando a confusão de Rem quanto à intensidade da sua reação, ela começou o seu contra-ataque. Usando ambas as mãos, abriu a fenda da elfa e atacou o seu clitóris então exposto.

— Hnh…?!

Este prazer estava além de qualquer coisa que Rem já tinha experimentado. Seu corpo queria gritar, mas som algum saiu de sua boca. Seus dedos dos pés esticaram até o limite, a tal ponto que tinha certeza de que dessa vez tinha alcançado o orgasmo. Alferez – inabalada por essas reações – colocou as mãos na parte interna das coxas da elfa e as abriu mais ainda.

— Al… Nãão… Isso é tão embaraçoso… Aaahh!

Não havia tempo para se envergonhar. A língua de Alferez envolveu o seu clitóris, lambeu e deu-lhe alguns movimentos suaves. O corpo de Rem se contraiu e não quis ouvi-la. Mesmo assim, conseguiu agarrar a bunda da garota e atacar a sua entrada.

— Haa… Ah… Aah… Ahhn!

A Princesa fez o possível para resistir e continuou o seu próprio ataque. Não era mais questão de fazer a outra se sentir bem, mas sim ver quem se renderia primeiro.

— Aah… Al… Al… Mhh… Mhhhn…

O mel continuava escorrendo pela fenda da garota. Cada vez que Rem engolia, seu corpo ficava ainda mais quente. Ela foi completamente incapaz de suprimir o seu desejo, como quando estava sob o efeito da poção.

— Aah… Seu sabor é tão bom, Al… Eu quero mais…

— Eu também… Quero provar mais de você, Rem… Mhh… Mmmh…

Assim como Rem, Alferez também estava bebendo o mel da elfa sem parar. Se não a conhecesse, nunca teria imaginado que se tratava de uma princesa.

O que nós duas estamos fazendo…? Ainda está de manhã…

Isso tudo parecia meio imoral. Entretanto, só fez o corpo dela ficar ainda mais quente. As duas garotas estavam conectadas em um círculo de prazer e, de certa forma, parecia que estavam lambendo a si mesmas. Lambida por lambida, sua mente encheu-se de luxúria.

— Aah! Rem! Rem! Eu… Eu vou…! Aaahhh!

Enquanto Alferez gritava, Rem também podia sentir o seu orgasmo chegando. Por alguma razão estranha, sua atitude competitiva de repente foi reativada, e ela lançou um último ataque para fazer a garota gozar primeiro. Entretanto, parecia que Alferez teve exatamente a mesma ideia.

— Ah! Aah! Al! Nãão…! Se você fizer isso, então… Aah! Aahhh!

As duas garotas tentaram dar o golpe final exatamente ao mesmo tempo.

Seus corpos rapidamente ficaram rígidos.

— Aaah! Gozando! Rem… Eu… Nãão! Gozando! Estou gozando!

— E-eu também, Al…! Eu também…! Ahh… Aaaahhh!

Ambas gritaram a plenos pulmões. A fenda de Alferez encolheu e então jorrou mel como se fosse uma fonte de água. Quanto a Rem, bem, ela estava mais do que feliz em aceitar esta “recompensa” em sua cara.

— Ha… Ah… Ahh… Al…

Ainda tremendo com o que acabara de acontecer, a Princesa mudou de posição, procurando os lábios da elfa. Rem, é claro, respondeu a esse apelo e a beijou.

Aah… Certo, hoje tenho o dia de folga, não tenho…?

Nesse ponto a sua cabeça estava completamente bagunçada, mas por alguma razão esse fato chegou à sua mente. Embora tivesse planejado originalmente passar o dia passeando pela cidade, isso poderia esperar até depois. Por enquanto, isso era tudo que ela queria. Quando o dedo de Alferez alcançou sua fenda mais uma vez, a elfa soltou um gemidinho.

 


Tradução: Taipan

Revisão: Guilherme

 

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