Uma Elfa Lésbica e Uma Princesa Amaldiçoada

Uma Elfa Lésbica e Uma Princesa Amaldiçoada – Cap. 02.2 – Noite do Festival, Juramento da Primavera

De repente, o cenário ao seu redor mudou; as lâmpadas sobre as quais Alferez havia explicado antes estavam acesas. Rem virou a cabeça para o céu e viu que começava a escurecer. O sol tinha se posto e as duas garotas estavam fascinadas demais com o festival para perceber. O brilho fraco da lua emanou por trás das nuvens.

                — Gata…! — gritou Rem de repente, fazendo que algumas cabeças se voltassem em sua direção e que algumas pessoas a olhassem perplexas. Ela estava tão em pânico que nem percebeu isso. — Maldição… Está tão escuro… Agora ela pode se transformar em uma gata a qualquer minuto…

Não havia tempo a perder. Rem saiu correndo, bem, “trombando”. A multidão estava densa demais para que pudesse se mover a qualquer velocidade que valesse menção. E também estavam bloqueando a sua visão, então encontrar a garota não seria uma tarefa fácil. Em algum momento se perguntou se Alferez não tinha apenas partido, mas isso parecia improvável; sem Rem não havia maneira de ela cruzar as muralhas.

— Al! Alfe… Al!!

Ter que evitar de chamar pelo nome verdadeiro de Alferez deixou Rem irritada. O vestido dela também; ela ainda se sentia desconfortável com ele, o que só tornava atravessar a multidão ainda mais difícil. A elfa não queria nem imaginar o que aconteceria se alguém visse a princesa se transformando em gata. Será que ela seria exilada do país? Ou a pessoa só pegaria a gata e a sequestraria? Em qualquer caso, sua vida relativamente confortável na mansão com certeza chegaria ao fim.

— O que eu faço…? Fui eu quem sugeriu que viéssemos aqui… Isso é tudo minha culpa…

As lágrimas começaram a surgir nos olhos de Rem. Ela sentiu uma incrível culpa por arrastar a garota para o festival. Porém, não era hora para demonstrar auto-piedade; poderia fazer isso depois que encontrasse Alferez.

A lua brilhava intensamente no céu noturno. Não seria estranho se a garota já tivesse começado a se transformar. Nesse momento, Rem ouviu um grito vindo de um beco.

— A Princesa… A Princesa se transformou em uma gata!

— Não! Ela pode até parecer com a Princesa, mas é uma bruxa!

Era tarde demais. As pessoas viram sua transformação em gata. Rem estalou a língua, frustrada, e se apressou em direção ao barulho. Entretanto, um problema logo surgiu; por não estar familiarizada com a cidade, ela não tinha ideia de como chegar lá. Todas as esquinas em que virava pareciam levá-la ainda mais para longe dos sons.

— Argh!

Rem enrolou o vestido e pulou por cima de um muro ao seu lado. Havia algumas pessoas gritando e apontando para as suas ações, mas ela não tinha escolha a não ser ignorar isso. O mais irritante de tudo foi que, por um breve momento, pensou que havia encontrado Alferez, mas acabou sendo apenas uma briga entre bêbados. Sua busca continuou por um tempo, até que finalmente…

— Aqui…!

Ela encontrou um grupo de pessoas longe da rua principal segurando paus e panelas. Estavam fazendo um círculo em torno de algo, e esse algo era uma gata branca com uma calça preta em volta do pescoço, tremendo de terror.

— Agora te pegamos! Mostre a sua forma real, bruxa! — gritou um homem grande de meia-idade enquanto erguia o enorme pau que segurava acima da cabeça, preparando-se para bater na gata. A criaturinha com certeza estaria acabada se fosse acertada. Rem entrou em pânico, pulou na cabeça de uma pessoa mais jovem ao lado do homem e chutou a arma de sua mão.

— Uooh! Mas que merda?!

O golpe surpresa foi eficaz. A arma voou pelo céu antes de atingir uma das pessoas, seguida por um grito agudo de dor.

— Al! — gritou Rem para a gata enquanto pousava no meio do círculo. Alferez, tendo percebido o que acabara de acontecer, correu até a elfa, claramente ainda em pânico. Rem a pegou no colo.  Entretanto, assim que deu uma olhada ao redor, a alegria por se encontrar com a Princesa logo se desvaneceu.

Rem estremeceu aos olhos das pessoas que as rodeavam. Estavam emanando hostilidade, ódio, assim como sede de sangue. O quão assustada Alferez deve ter ficado ao encarar essas pessoas sozinha, sendo só uma gatinha? A elfa também ficou paralisada de medo; tudo que podia fazer era olhar para todos.

— Você é amiga dela?!

— Entregue a gata! Ela é uma bruxa!

O círculo foi ficando menor conforme todos ficavam com mais raiva. Quanto mais isso acontecia, mais condensada a sede de sangue dessas pessoas se tornava.

Ela é a sua princesa! Planejam mesmo matá-la?! desejava gritar, mas achou que seria melhor não o fazer; as pessoas não apenas seriam incapazes de acreditar, como provavelmente só serviria como mais lenha na fogueira. Rem pressionou a gata contra o peito com força, incapaz de dizer qualquer palavra que pudesse tirá-las dessa confusão.

— A Al está tremendo…

Fosse o que fosse, Rem tinha que proteger a Princesa. Alimentada por esse desejo, foi capaz de recuperar algum nível de calma, permitindo-lhe dar uma olhada nas pessoas ao seu redor.

Embora os homens e mulheres estivessem segurando armas, não tinham pressa para desferir um ataque. Afinal, tinham acabado de testemunhar uma criatura que assumia a forma de sua princesa se transformar em uma gata. Para tornar as coisas ainda mais estranhas, uma garota misteriosa também havia caído do céu. As duas claramente não eram as únicas temendo por suas vidas. Não, esse sentimento era compartilhado entre todos os presentes.

— Olha… Ela é uma elfa… — disse uma das pessoas com a voz trêmula. Rem, surpresa com a declaração, logo verificou a sua cabeça. Era verdade; as duas coisas que escondiam suas orelhas – as flores e a máscara – haviam caído enquanto ela procurava por Alferez.

— Uma elfa?! Foi você quem trouxe essa bruxa para a nossa cidade, não foi, seu demônio?!

— Hein? Eu não sou um demônio…!

Parecia que Rem também tinha se tornado um alvo de todo o ódio. Conversar civilizadamente, com certeza, não era mais uma opção. Mesmo se fosse, provavelmente não teria tempo para isso; os guardas chegariam a qualquer minuto. Rem fixou os olhos no homem grande e de aparência forte que antes tentou golpear a Princesa e saltou sobre seus ombros. A multidão atônita deu um passo para trás, fazendo com que ela pisasse no rosto do homem.

— Uoh! Não fique se movendo desse jeito aleatório!

Não que ela realmente se importasse; o homem merecia. Ela continuou pulando em mais algumas cabeças e ombros, e logo conseguiu sair do cerco. A elfa usou o seu ímpeto para continuar correndo, dobrou uma esquina e pulou em um telhado.

— Onde?! Para onde ela foi?!

Rem correu pelos telhados o mais rápido que pôde, tentando ao máximo ignorar os gritos atrás dela. A escuridão da noite e a comoção do festival ajudaram muito em sua fuga. Além disso, as ruas logo abaixo ainda estavam lotadas, tornando impossível para que qualquer humano a perseguisse.

— É a segunda vez que sou vista… Desta vez os humanos com certeza não vão ignorar… — ponderou Rem enquanto corria. Para Alferez, não seria melhor que a elfa deixasse esta terra antes que causasse mais problemas? Mas sua prioridade momentânea era levar a garota de volta para a mansão. Ela segurou a gata ainda trêmula contra o peito, tomando cuidado para não deixá-la cair.

Rem estava certa. Na manhã seguinte, antes que a névoa matinal se dissipasse, um grupo de soldados apareceu para visitar Alferez em sua mansão. Estavam, é claro, procurando por uma elfa. Parecia que havia outro motivo: para confirmar onde a Princesa estivera na noite anterior.

— Princesa, você está ciente do que aconteceu durante o festival na noite passada?

O capitão da guarda real, de rosto severo e meia-idade, questionou a Princesa com um tom muito áspero. Pouquíssimas pessoas dentro do país sabiam a verdade sobre a maldição, disse Alferez a Rem, e parecia que o capitão estava entre elas. A chegada dele mostrou que os rumores haviam alcançado o castelo.

— Sim, fui visitar o festival. Parecia que podia ser algo bem divertido. Me arrependo disso, é claro. Ser pega por uma elfa e tal, foi horrível.

Parecia que Alferez havia optado por contar a verdade. Mas o capitão continuava claramente desconfiado.

— Princesa, você, por acaso, não sabe onde aquela elfa miserável poderia estar?

— Ela fugiu depois de sentir o gostinho das minhas presas e garras. Para onde? Não faço ideia. Mas deve pelo menos ter ficado com alguns cortes nas mãos. Você não pode usar isso como pista?

Ela obviamente não tinha feito isso. Rem só podia pedir desculpas a qualquer elfo que andasse por essas terras com alguma ferida nas mãos, mas isso parecia ser algo improvável.

— Princesa, você não está escondendo nenhuma elfa, está?

— Eu? Uma elfa? Por que eu precisaria fazer algo assim?

O capitão a fitou fixamente. E Alferez manteve a sua posição.

— Essa é uma pergunta que não posso responder. Entretanto, recebi relatos afirmando que o seu consumo de alimentos dobrou.

— Hmph! Uma garota em crescimento precisa se alimentar. E essa é uma das poucas coisas que restaram na minha vida e que podem me alegrar. Por favor, mantenha esse tipo de comentário apenas para você.

Após alguns momentos de silêncio, o capitão se virou e partiu. Embora a garota fingisse estar firme ao ver os homens partindo, no momento em que desapareceram, ela caiu de joelhos.

— Al! — gritou Rem em pânico quando saltou do seu esconderijo. Ela tinha testemunhado todo o diálogo. A elfa pegou o corpo da garota nos braços e percebeu que o seu rosto estava pálido. E também estava tremendo um pouco; parecia que conversar com o capitão tinha sido mentalmente desgastante. — Foi mal… Sinto muito, Al… Isso é tudo culpa minha…

— Ah, pare com isso. Ontem à noite mesmo já cansei de escutar isso.

Embora Alferez fingisse ser forte, estava claro que estava exausta. Ela havia sido perseguida pelos cidadãos que deveriam adorá-la e então questionada como uma criminosa por um capitão que deveria respeitá-la. Chamar a sua noite anterior de “horrível” não seria exagero nenhum.

— Você não devia precisar me proteger…

— Então prefere ser pega pela guarda?

— Bem… Na verdade não… — murmurou. A Princesa se libertou dos braços de Rem e recuperou a sua postura.

— Mais importante, ainda estou banhada de suor por causa da correria toda de ontem. Preciso de um banho. Prepare um, por favor.

— S-sim… — resmungou Rem em resposta e se dirigiu ao banheiro.

— Ou melhor, espere. Hoje o clima está muito bom. Por que não vamos para a nascente?

— Nascente?

Alferez a guiou para um lugar dentro da floresta, a uma curta distância da mansão. Havia ali uma linda nascente, assim como dito pela garota. Não era muito grande, tinha aproximadamente o mesmo tamanho de dois dos quartos da mansão. Água fluía para fora formando um rio. Assim que as duas chegaram, a Princesa começou a tirar a roupa.

— A-Al, espere…! E se alguém te ver?!

— Não precisa se preocupar. Essas terras pertencem à família real. As únicas pessoas que viriam aqui seriam invasoras como você.

Sim, e são com essas pessoas que mais me preocupo! Rem teve vontade de gritar, mas a Princesa mergulhou na água antes que a elfa pudesse abrir a boca. A outra garota também se despiu com relutância e a seguiu. A água batia um pouco acima dos joelhos e era perfeitamente límpida; Rem podia distinguir com clareza até mesmo os dedos do pé pelo véu de água.

— Whoa! Fria!

— Mas está gostosa, não está? Às vezes eu tomo banho aqui.

Ela era muito descuidada para alguém que morava sozinha. Quando Rem franziu a testa com o descuido de Alferez, a garota sinalizou para que fosse lavar as suas costas. Claramente perplexa, a elfa pegou a água fria com ambas as mãos e começou a lavar o suor da noite anterior do corpo da Princesa.

— Eek…!

Entretanto, sua tentativa foi interrompida; assim que as mãos de Rem entraram em contato com a pele de Alferez, ela soltou um gritinho assustado e se agachou, lançando um poderoso borrifo de água ao fazer isso.

— F-foi mal, Rem… Não foi nada… Eu só…

A elfa não permitiria que a frase fosse terminada. Ela pressionou o peito contra as costas da garota e colocou os braços em volta do seu corpo.

— Rem…?

— Não precisa se forçar, Princesa. Se você estava com medo, podia só ter dito. Eu sou a única aqui.

Os ombros de Alferez estremeceram ligeiramente. Rem podia sentir a garota começando a se engasgar.

— M-mas… Não quero parecer fraca na sua frente… Eu, sua senhora…

Rem a apertou com mais força, como se repreendesse  essa afirmação absurda de que ela precisava agir com força. Ao fazer isso, pensou consigo mesma:

Seja uma Princesa ou o que for, no fundo ela é só uma garota normal…

Alferez foi alvo de uma maldição horrível, por isso foi privada da liberdade. Não havia uma única pessoa neste mundo que ficaria bem depois de sofrer tudo o que ela sofreu. E ainda assim Rem a abandonou, a criança pequena e assustada, uma vez mais lançando-a na prisão da solidão.

— Sinto muito, Al… Sinto mesmo…

— Rem…? Por que você está… se desculpando…?

As vozes de ambas começaram a tremer. Seus olhos estavam começando a lacrimejar. Em segundos, as emoções as dominaram e as duas começaram a chorar juntas. Alferez se virou e abraçou a elfa de volta, sem mostrar qualquer sinal de hesitação.

— Rem, sua idiota! Por que me deixou sozinha?! Fiquei com tanto medo!

Seus dedos afundaram-se nas costas de Rem, transmitindo as emoções da garota para ela. Isso era mais frustração do que medo. E também tristeza. Desesperança diante desse destino cruel e inevitável.

— Foi mal, Al… Nunca mais vou te deixar sozinha de novo… Prometo que vou te proteger…

— Eu… Eu não… preciso que você… me proteja…

Constrangida por mostrar sua fraqueza, Alferez desviou o olhar de Rem. Ao mesmo tempo, encostou sua bochecha no ombro da elfa, com as palmas das mãos desesperadamente agarradas às suas costas. Rem fez o mesmo. O doce toque da pele uma da outra logo derreteu qualquer solidão que alguma delas pudesse estar sentindo.

— Sniff…

Parecia que esse calor havia permitido que a Princesa recuperasse a calma. Ela soltou soluços baixinhos enquanto algumas lágrimas corriam pelo seu rosto. Enquanto suas mãos acariciavam as costas de Rem, ela também apertou o abraço da garota, seus seios macios pressionando uns contra os outros entre elas. Isso era simplesmente agradável. Rem moveu um pouquinho o seu corpo e soltou um longo suspiro.

No entanto, ao fazer isso, sentiu uma pulsação dolorosa no peito.

Hã…? Me sinto meio estranha…

Supunha-se que Rem sentia pena da garota, mas ela estava cheia de calor e alegria transbordante. Quando abriu um pouco as suas pálpebras, sem ter certeza do que estava acontecendo, os olhos das duas se encontraram, fazendo o coração da elfa palpitar de novo. A garota com os olhos marejados abriu a boca, em vã tentativa de chamar pelo nome da elfa, que não a deixou fazer isso.

— Re… Mmh?!

A respiração de Alferez encheu o coração de Rem de alegria e, sem pensar duas vezes, ela pressionou seus lábios contra os dela. Embora um pouco chocada com suas próprias ações – esta foi a primeira vez que a elfa beijou a Princesa por conta própria – a suavidade de seus lábios rapidamente apagou qualquer dúvida na mente dela, que continuou a beijá-la em transe enquanto chamava pelo seu nome.

— Aah… Al… Al…!

— Mmhm… Rem… Ah… Ha…!

A língua macia da garota deslizou para dentro da boca de Rem, quase como em retaliação. Ela a acolheu com alegria, e colocou a sua própria língua para fora, envolvendo a de Alferez em seu abraço.

— Ah… Mhh… — Alferez gemeu um pouquinho, balançando Rem em seu incrível prazer enquanto sua respiração fraca tocava a pele da elfa. Sentindo uma pulsação embaraçosa entre suas pernas, Rem torceu seu corpo, fazendo com que seus mamilos enrijecidos esfregassem contra os de Alferez, enviando ainda mais ondas de formigamento por seu corpo. — Ahh…! Rem…!

— Ha… Ah… Al…!

Parecia que Alferez compartilhava desses sentimentos. Ela olhou para Rem com lágrimas nos olhos antes de mergulhar sua língua ainda mais fundo na boca da elfa. As línguas das duas garotas se encontraram, entorpecendo suas mentes de prazer.

— Ah… Ahh… Beijando… Al… Sua língua… É tão gostosa…

— A sua também, Rem… Rem… Ahh!

Calafrios desciam por suas espinhas toda vez que suas línguas tocavam-se. Seus corpos estavam fracos e provavelmente teriam sido levados pela água se não estivessem  segurando uma na outra.

— Mais… Rem… Mais… Eu quero mais…!

Seguindo essa ordem, quase confusa demais para entender, Rem ensopou a própria boca com saliva. Ela então enrolou a língua em forma de U e, usando-a, despejou a substância pegajosa dentro da boca da outra garota.

— Ahh… Aaah…

A princesa empurrou sua própria língua e aceitou o líquido em transe, misturando-o com a sua antes de devolvê-lo à boca de Rem. Continuaram fazendo essa troca mais algumas vezes, e logo o líquido se espalhou uniformemente entre seus lábios e línguas. Os sons obscenos e o cheiro forte da saliva entorpeceram suas mentes, quase como um afrodisíaco.

— Ahh… Isso é tão obsceno… Estou fazendo… coisas obscenas com a Rem…

— Sim, Princesa… Vamos fazer… coisas… ainda mais obscenas…

Ambas sabiam o que era isso; uma fuga. Uma fuga do medo, da tristeza. Mas de que importa isso? Ficar sozinha e afundar no desespero; ao menos neste breve momento as duas queriam se entregar ao prazer. E não apenas Alferez; Rem também não pôde deixar de buscar a alegria com a garota.

— Haa… Haa… A… Al… Princesa…

— Ah… Aaahh… Rem…

A elfa gemeu e começou a esfregar os seios da Princesa. Ela os acariciou por baixo com seus cinco dedos, fazendo que o corpo da garota se curvasse para trás, permitindo que continuasse acariciando seus seios como bem entendesse. Embora já tivessem feito isso outras duas vezes, aqueles momentos foram graças à influência da poção e estavam confusos na mente de Rem. Pela primeira vez, sob a plena luz do dia, ela deu uma boa olhada no corpo nu de Alferez. A visão, sua imensa beleza, era simplesmente de tirar o fôlego.

Sua pele era lisa e leitosa, e seus seios muito grandes para Rem cobrir até mesmo um deles com as suas mãos. Em ambos os picos florescia um botãozinho rosado como uma flor, sua beleza mostrando o verdadeiro eu da Princesa confiante enquanto seu corpo trêmulo se esticava até o limite. O latejar dolorido de antes reviveu no peito de Rem duas vezes mais forte e, sem pensar duas vezes, a elfa começou a chupar os doces seios da garota.

— Eek?! Aaaah!

Alferez não estava preparada para esse ataque surpresa contra seus pontos sensíveis e, por reflexo, tentou escapar. Rem passou um braço ao redor dos ombros dela e outro ao redor de seus quadris, enquanto ao mesmo tempo rolava o botão endurecido dentro de sua boca.

— Ahh! Aahhh! S-se você fizer isso, então… Ahhh! — gritou ela enquanto bagunçava o cabelo da elfa com as mãos trêmulas, uma reação que a agradava.

— Eeeeek?! Rem… Meu peito… Meus seios… Eles parecem tão… Ahh!

Os dedos trêmulos de Alferez cravaram-se nos ombros de Rem enquanto a elfa continuava chupando seus seios. A garota tentou desesperadamente apoiar o seu corpo, mas mesmo ficar de joelhos logo se provou impossível, e ela foi forçada a colocar seu traseiro no leito íngreme do rio.

— Aah… Haa… Haaa… Rem…

A elfa empurrou o peito da garota, subindo e descendo rapidamente enquanto ela ofegava, e a deitou toda no leito do rio coberto de vegetação. Ela então se acomodou entre as pernas abertas de Alferez e começou a atormentar seus seios com ainda mais ferocidade do que antes. Brincou com os botões rosados com a língua, chupou-os e até mesmo os mordiscou de leve.

— Hii! Hya! Hnnh?!

A Princesa se contorcia soltando gemidos agudos. Seu corpo arqueava para trás enquanto ela agarrava as plantas que brotavam pela nascente com força, tentando o seu melhor para resistir ao prazer. Enquanto a própria Rem não estava recebendo nenhuma ação, apenas observar a garota se contorcer em êxtase foi o suficiente para fazê-la continuar; o corpo da elfa estava começando a ficar quente. Ela se moveu entre os seios de Alferez, chupando os dois, antes de enterrar o rosto profundamente entre eles.

— Ahh! Hii!

As pernas dela, abertas pela elfa logo adiante, estremeceram violentamente. E ainda por cima, apesar de todo o prazer que estava sentindo, havia algo estranho em seus gemidos; a garota estava claramente os contendo.

— Ei, Al. Você não precisa manter a sua voz baixa. Ninguém vai te ver aqui.

— M-mas… Isso é tão embaraçoso…

— Do que você tá falando? Esta não é a nossa primeira vez fazendo isso.

— Sim, mas é a nossa primeira vez sem a poção… — murmurou Alferez envergonhada com a cabeça virada para o lado, tentando ao máximo escapar do olhar de Rem. O jeito da garota sempre dominadora estava corando agora que ela não podia culpar o afrodisíaco, isso era simplesmente adorável. Rem podia sentir seu peito apertar.

— Você é tão fofa, Al…

— V-você precisa falar isso? Claro que eu sou fofa…

Embora envergonhada, ela continuava tão obstinada quanto sempre. Esta princesa atrevida precisa ser punida, pensou Rem enquanto alcançava a metade inferior do corpo da garota. Alferez tentou se esquivar de seu ataque, mas só conseguiu fazer um borrifo ou dois na água. Para piorar as coisas, se descuidou e deixou as pernas abertas, fornecendo uma entrada fácil à intrusa. Usando os dedos de sua mão direita, Rem começou a acariciar a parte interna da coxa da garota.

— Hyaaah?! — gritou Alferez em face ao ataque surpresa. Ela, por reflexo, tentou fechar as pernas, levando Rem a rapidamente tocar a sua fenda com a ponta dos dedos. Estava úmida, mas com certeza não era a água da nascente. Era algo muito mais quente, muito mais espesso.

— Nossa, você está bem molhadinha aqui… Quando eu chupei os seus seios, foi tão bom assim?

— N-não seja boba… Alguém como você nunca conseguiria…

— Vamos lá, desiste. Você ama isso, não ama?

Ao dizer isso, Rem passou o braço em volta dos ombros de Alferez para se certificar de que ela não seria capaz de escapar, e começou a atormentar a sua fenda com o seu dedo médio. As duas ainda eram muito inexperientes e, assim sendo, a elfa não fazia ideia de quanta força seria adequada para as partes íntimas e delicadas da garota. Ela agiu de forma muito mais reservada do que quando estivera sob a influência da poção, apenas deslizando os dedos pela fenda de Alferez, para frente e para trás.

— N-nãão…! Você é tão malvada… Pare de me provocar… Ahh! — gemeu a Princesa enquanto olhava para Rem com um olhar acusatório. A elfa, é claro, sabia muito bem o que ela queria dizer: isso estava longe de ser o suficiente para satisfazê-la. Ela decidiu não esclarecer o mal-entendido, entretanto, e enquanto fingia agir com maldade, perguntou o seguinte à garota:

— Eh? Então como você quer que eu faça isso? Por favor, me diga.

— V-você é arrogante demais para uma serva…! Haa… Haaa… Pode fazer mais rápido… Eu aguento… Ahh… Tipo… Esfrega… Esfrega por dentro…

Quando a luxúria superou o constrangimento, Alferez ensinou a Rem como ela queria que a elfa a tocasse. Os dedos de Rem também estavam começando a criar coragem, movendo os lábios inferiores da Princesa com uma velocidade cada vez maior.

— Aham, bem assim… Bem aí… Sim… Mais… Ah! Ahhh!

Seu corpo estremeceu. Rem soube, na mesma hora, que ele era um ponto particularmente sensível, e decidiu concentrar toda a força de seu ataque bem ali.

— Ah! Ha! Ah! Ahh!

Alferez envolveu seus braços ao redor de Rem, claramente querendo provar os doces lábios da elfa. Incapaz de resistir ao seu apelo desesperado, ela ofereceu a língua, que a garota aceitou sem hesitação.

— Mmh! Princesa… Ahh… Mmmh!

Arrepios correram pela espinha de Rem. O que estava acontecendo dificilmente poderia ser chamado de beijo; estava mais para uma acariciando a outra com as línguas. Seus rostos se esfregavam, e toda vez que isso acontecia, a elfa sentia sua mente ficar em branco. Enquanto isso, ela continuou desesperadamente atormentando as partes íntimas da Princesa, tentando de tudo para não se perder no prazer.

— Ah… Aah… Rem… Isso… Isso é tão… bom…

— Sim… Pra mim também… Vamos só… continuar… e… nos sentir… ainda melhor… Aah!

O prazer causado pelas carícias em seus seios era imenso, fazendo com que o corpo de Rem se contorcesse por cima dos peitos de Alferez enquanto ela continuava beijando a garota em total êxtase. Seus dedos se cravaram nas costas da elfa, como garras, mas, como prova de seu prazer, fez que Rem sentisse muito mais alegria do que dor.

— Ahh! Rem… Rem! — gemeu ela. Seus lábios inferiores também reagiram, agarrando-se com força ao dedo da elfa. Cada vez que ela o movia, os fluidos quentes da garota esguichavam, derretendo na água fria da nascente.

— Nããão… Rem… Me ajuda… Eu… Eu… Aaaaahh!

Seu corpo trêmulo agarrou-se ao de Rem enquanto suas pernas trêmulas levantavam respingos de água. Sabendo que a garota estava quase lá, a elfa empurrou seu dedo um pouco mais fundo e começou a esfregar seu interior pegajoso. Ela traçou a entrada do buraco de Alferez com movimentos rápidos, o que fez a garota envolver os braços e as pernas ao redor do corpo de Rem.

— Ahh! Ah… Hnngh! Aahhh!

Suas tentativas de manter a voz baixa tornaram-se totalmente inúteis. Ela continuou lambendo o doce néctar que escorria dos lábios de Rem, o tempo todo balançando os quadris para frente e para trás, devorando avidamente o dedo da elfa.

— Rem… Eu… Não consigo mais segurar… Eu vou gozar!

Não havia necessidade de se conter. A elfa partiu para o seu golpe final, fazendo a garota chegar ao orgasmo na mesma hora.

— Ah! Ahh! Gozando! Estou gozando! Aaaahh!

O corpo da Princesa tremia igual um peixe fora da água. Ela agarrou Rem com mais força, a ponto de a elfa temer que seu corpo esguio se partisse ao meio. E ainda assim suas mãos não paravam, fazendo a garota gritar ainda mais alto.

— Chega! Eu já gozei! Eu vou… Eu vou gozar de novo! Aaaaah!

Seu buraco se contraiu e chupou o dedo de Rem com força. A elfa olhou maravilhada para o corpo de Alferez, enquanto ela expressava prazer com cada fibra de seu ser, sentindo uma grande sensação de dever cumprido por fazer a garota chegar ao orgasmo com suas próprias mãos.

— Haa… Haa…

No meio de sua respiração ofegante, Alferez olhou para Rem com os olhos entreabertos. A elfa havia se empolgado e esquecido o motivo pelo qual estava fazendo isso: para permitir que Alferez libertasse sua mente de todas as coisas dolorosas que a incomodavam. Ela poderia ser honesta ao dizer que fez qualquer coisa para cumprir com esse objetivo? Rem abaixou a cabeça, de repente se sentindo muito menos confiante. Só então a garota colocou as mãos nas suas bochechas e a beijou.

— Mmmhg?!

Ela se aproveitou da confusão de Rem, e antes que a elfa tivesse a chance de entender o que estava acontecendo, Alferez moveu o seu corpo para cima dela. O rosto da garota logo acima dela, iluminado pelo sol, com um par de olhos repletos com uma mistura de raiva e vergonha a fitava.

— C-como você se atreve a me fazer gozar… Uma serva dessas deve saber o seu lugar…

— Hein? “Serva”…? Ainda vamos continuar com isso?

— É claro! Pre… Prepare-se! Não vou deixar você se safar depois de humilhar a sua senhora!

Rem achou o motivo pelo qual Alferez estava zangada ridículo, ainda mais considerando que estava claro que ela também queria isso, mas a Princesa lançou o seu ataque antes de dar qualquer tempo para que alguma reclamação fosse apresentada. Ela tirou as pernas de Rem da água, jogando-as sobre os ombros.

— “Prepare-se”? Para o que… Hyaaah!

Alferez então colocou a boca na fenda da elfa e passou a língua – completamente encharcada com os seus fluidos – por ela.

— Hmph. A maneira como você usou o dedo não foi tão ruim. Mas, deixe-me ensinar-lhe o que realmente significa se sentir bem, serva.

— E-espera… Ah! Aaaahh!

Sua língua deslizou rapidamente pelos lábios de Rem e começou a fazer cócegas no buraco por trás deles. Seus movimentos eram rápidos, instantaneamente colocando fogo na metade inferior da elfa. As pernas de Rem estavam totalmente esticadas sobre os ombros da garota, cada músculo até os dedos dos pés tensos até o limite.

— Isso é muito gostoso, né?

— C-como você é tão boa…?! Al, você já fez isso com alguma outra pessoa…?

— Definitivamente não! Não, você é a minha primeira. É só que… todas aquelas tentativas fracassadas com a poção me transformaram em uma especialista!

Rem queria perguntar exatamente o que ela queria dizer com “me transformaram em uma especialista”, mas vendo como a garota já estava animada, decidiu que seria melhor ficar em silêncio. Entretanto, ela tinha um palpite; a garota provavelmente tinha fantasiado sobre todo tipo de coisa durante suas repetidas sessões de autossatisfação. Ser capaz de colocar essas fantasias em prática com Rem como a sua parceira devia deixá-la  muito feliz. A elfa riu desses pensamentos, recebendo um olhar feroz da Princesa.

— Do que você está rindo?! Argh! É isso, é hora de você ser punida por duvidar e tirar sarro de mim! — gritou ela, dando um poderoso golpe de língua no clitóris de Rem. Tremores violentos percorreram a elfa, endurecendo todo o seu corpo. O estímulo foi muito forte e ela tentou escapar, mas, vendo como sua metade inferior estava suspensa no ar, isso era impossível.

— Ahhh! Aí não! Isso é demais… Hnnngh!

A Princesa, é claro, não tinha planos de ir devagar; afinal, isso era uma punição. Ela ergueu os quadris de Rem ainda mais alto, ao ponto que suas costas ficaram longe do chão e sua virilha acima de seu rosto. A única coisa que sustentava seu corpo eram seus ombros.

— Nããão…! Isso é muito embara…

O protesto de Rem foi interrompido pela visão aberta diante de seus olhos; esta posição lhe deu uma visão completa da língua da garota enquanto ela lambia suas partes íntimas. Não havia como lutar, e a vergonha rapidamente preencheu a sua mente.

— Nãão! Para! Al…! Sua… idiota…! Ah! Ahh! Ah!

E ainda assim seu corpo estava ficando excitado. Ondas de prazer continuaram disparando por ela. Uma mistura de seus próprios fluidos e a saliva da garota escorria formando fios grossos em seus lábios. Seu gosto e cheiro vívidos foi tudo o que levou Rem ao orgasmo.

— Tão bom! Gozando! Estou gozando! Al! Mais…! Mais…! Gozando!!! — Rem continuou a implorar enquanto gozava. Seus quadris tremeram com violência, mas seu corpo queria mais, avidamente sugando a língua da garota.

As duas garotas nuas deitaram lado a lado na margem gramada da nascente, ainda tentando recuperar o fôlego. Elas tinham continuado um pouco mais e, apesar de originalmente terem ido ao local para se lavar, estavam agora mais suadas do que quando chegaram.

— Al, você é uma péssima influência para mim… E pensar que fazer isso com uma garota seria tão bom…

— O mesmo vale para mim. Desde que você veio aqui, minha cabeça ficou cheia de nada além de pensamentos suj…

Alferez fechou a boca antes de terminar a frase, dando à declaração uma vibração um pouco estranha.

— Com isso, você quer dizer que tem pensado no quanto quer fazer isso comigo todos os dias?

— Calada! Foi a primeira vez que fiz isso com alguém, não posso evitar!

A Princesa se virou de costas para Rem, deixando a elfa para lidar com uma mistura de emoções. A garota teria agido da mesma maneira se seu parceiro fosse outra pessoa que não Rem? Mas realmente importava com quem ela fazia amor? Só então Alferez murmurou algo com as costas ainda voltadas para a elfa, quase como se pudesse sentir a insegurança dela.

— N-não me entenda mal…! Eu nunca falei que qualquer pessoa serviria…!

Rem sentiu seu peito apertar com a voz zangada da garota. Não era dor ou tristeza, porém, mas, por algum motivo estranho, calor. Ela colocou as mãos nos ombros de Alferez, fazendo com que a garota virasse a cabeça e desse à elfa um olhar perplexo.

— Ei, Al… Aquela coisa de gata… Vamos curar isso…

— Bem, sim. Eu tenho tentado. Mas não sei mais o que fazer…

— Sim. E é por isso que vou te ajudar. Eu te prometo, vou quebrar a maldição, não importa o que aconteça.

Para Rem não importava que a garota fosse uma princesa. Nadinha. Tudo o que ela queria era ter certeza de que aquela pobre criança nunca mais teria que sentir medo.

— E até que isso seja feito, nunca vou sair do seu lado, Al.

— Hein…?

O repentino juramento da elfa pegou Alferez desprevenida. Ela queria dizer algo, mas não saiu nenhuma palavra pela sua boca.

 


Tradução: Pimpolho

Revisão: Texugo

 

💖 Agradecimentos 💖

Agradecemos a todos que leram diretamente aqui no site da Tsun e em especial nossos apoiadores:

 

  • Decio
  • Exon
  • Nyan
  • Leonardo
  • Kovacevic
  • Another
  • Rafa
  • Tat
  • Raphael Conchal
  • Lyo
  • Morningstar
  • Bamu
  • Gabriel Felipe
  • Thiago Klinger
  • Diego
  • Enrig
  • Leonardooc
  • Rodemarck
  • Rublica
  • Cael
  • Khan Sey Jah

 

📃 Outras Informações 📃

Apoie a scan para que ela continue lançando conteúdo, comente, divulgue, acesse e leia as obras diretamente em nosso site.

Acessem nosso Discord, receberemos vocês de braços abertos.

Que tal conhecer um pouco mais da staff da Tsun? Clique aqui e tenha acesso às informações da equipe!

 

Bravo

Recent Posts

O Caçador Imortal de Classe SSS – Cap. 165 – Chuva, Lama e Fogo (2)

  Quando dei um passo em direção à luz, fechei os olhos reflexivamente. — Grr.…

18 horas ago

O Caçador Imortal de Classe SSS – Cap. 164 – Chuva, Lama e Fogo (1)

Os Terras mais jovens não sabiam o que era chuva, embora os mais velhos –…

18 horas ago

O Caçador Imortal de Classe SSS – Cap. 163 – O Fogo da Caverna (3)

  O alvoroço naquela manhã cedo despertou os Cascomontes. — Qual é o motivo dessa…

18 horas ago

O Caçador Imortal de Classe SSS – Cap. 162 – O Fogo da Caverna (2)

  — Gostaria de ouvir as opiniões de todos também — disse o Inquisidor. —…

18 horas ago

O Caçador Imortal de Classe SSS – Cap. 161 – O Fogo da Caverna (1)

  A caverna estava fria. Os goblins fungavam, o vapor gelado da mina aderindo à…

18 horas ago

A Nobreza de um Cavaleiro Fracassado – Vol. 01 – Cap. 01 – A Prodígio e o Fracassado

  Blazers. Aqueles que podem manifestar o poder de sua alma em uma arma —…

21 horas ago