Selmburg era uma bela cidade fortificada que ficava no 61º andar.
A cidade em si não era muito grande, mas o castelo, com sua bela torre, fora delicadamente construído com granito branco e criava um contraste espetacular com a abundante folhagem verde. Havia algumas lojas no mercado e muitos jogadores desejavam morar ali, mas o preço das casas era exorbitante — provavelmente o triplo de Algade —, sendo praticamente inviável, a menos que você estivesse num nível bem alto.
Quando eu e Asuna chegamos no Portão de Teletransporte de Selmburg, o sol já quase havia se posto e os últimos raios de luz davam ao céu uma coloração arroxeada.
O 61º andar era tomado por um lago, e Selmburg ficava em uma pequena ilha que flutuava no centro dele, então era possível ver o pôr do sol refletido nas águas, igual a uma pintura. Com a grande superfície do lago como plano de fundo, a cidade brilhava em tons de azul e vermelho, e eu fiquei completamente fascinado com a visão. Não seria impossível para a Nerve Gear, com sua CPU de última geração com semicondutores de diamante, criar efeitos de luz como esses.
O Portão de Teletransporte ficava localizado na praça em frente ao castelo e à avenida principal, que se estendia em direção ao norte e era ladeada por postes de luz. Havia lojas e casas alinhadas ordenadamente em ambos os lados da rua e tanto os NPCs quanto os jogadores que transitavam por ela estavam todos bem vestidos. Até o gosto do ar parecia diferente do de Algade, o que me fez inspirar profundamente enquanto esticava os braços sem perceber.
— Ah, aqui é espaçoso e tem pouca gente. É muito relaxante.
— Venha morar aqui também!
— Não tenho tanto dinheiro.
Respondi, dando de ombros e ajeitando minha expressão facial, antes de perguntar com certa hesitação:
— …Aliás, tudo bem , mesmo, você ter feito aquilo?
— …
Como se tivesse entendido o que eu queria dizer, Asuna se virou e, com a cabeça voltada para baixo, deu umas batidinhas no chão com o salto da bota.
— É verdade que já passei por maus bocados por estar sozinha, mas andar escoltada é exagero. Eu falo que não preciso… Mas eles insistem, dizem que é a política da guilda…
Ela continuou falando com uma voz desanimada:
— Antigamente, o grupo era pequeno, e o comandante recrutava cada membro pessoalmente. Mas, conforme foi crescendo, tudo começou a mudar… Quando passou a ser chamada de “guilda mais forte”, as coisas começaram a ficar estranhas.
Ela parou de falar e virou-se um pouco para trás. Algo em seu olhar parecia querer dizer algo para mim. Eu simplesmente engoli em seco.
Achei que deveria falar alguma coisa, mas o que um jogador solo egoísta como eu poderia dizer? Nós ficamos trocando olhares em silêncio por alguns segundos.
Foi Asuna quem desviou o olhar primeiro. Ela olhou para o lago e disse, como se quisesse se livrar da atmosfera incômoda que havia se formado.
— Bom, isso não tem importância! Vamos logo, antes que o sol se ponha.
Asuna começou a andar primeiro e eu fui atrás dela. Nós passamos por alguns poucos jogadores, mas nenhum deles ficou olhando para o seu rosto.
Eu só tinha ficado ali, em Selmburg, por alguns dias, meio ano atrás, quando a linha de frente estava ali, e pensando bem, não me lembrava de ter parado para olhar direito. Enquanto eu olhava as belas estruturas que enfeitavam a cidade, pensei que não seria má ideia morar em um lugar como esse pelo menos uma vez na vida, mas então mudei de ideia e decidi que seria melhor vir só de vez em quando, apenas para passear.
O lugar onde Asuna morava ficava a alguns minutos de caminhada, em direção ao leste da área central, no terceiro andar de um pequeno, porém bonito, sobrado. Era óbvio que era a primeira vez que eu vinha ali. Pensando bem, eu só tinha conversado com aquela garota durante reuniões de estratégia contra os chefes, nós nunca tínhamos ido juntos a um restaurante de NPC antes. Ao me dar conta disso, parei em frente à porta, hesitante.
— Mas… Err.. Tem certeza disso?
— O que foi? Foi você quem deu a ideia. Não tem jeito, já que não tem outro lugar onde eu possa cozinhar!
Asuna deu as costas e subiu as escadas aos pulos. Eu me preparei mentalmente e a segui.
— C-com licença…
Passei pela porta com um pouco de vergonha e fiquei parado ali, sem palavras.
Nunca tinha visto a casa de um jogador tão bem organizado. A ampla sala e sala de jantar, junto com a cozinha adjacente, eram mobiliadas com móveis de madeira clara, decorados com tecidos verde-musgo. E é provável que todos eram itens da mais alta qualidade, feitos de forma customizada por outros jogadores.
Os cômodos não eram decorados em excesso, na verdade, havia uma sensação de conforto pairando no ar. Em outras palavras, era um universo completamente diferente da minha casa. Eu me senti extremamente aliviado de não tê-la convidado para ir lá.
— Ei… Quanto custou tudo isso…?
À minha questão materialistas, ela respondeu:
— Hm… Somando a casa e os móveis, acho que uns 4000k. Vou me trocar, sente-se.
Asuna respondeu sem hesitação e logo em seguida desapareceu por uma porta aos fundos da sala de estar. “K” era uma abreviação para mil, então 4000k significava quatro milhões de col. Eu praticamente vivia na linha de frente, então teria conseguido guardar isso tudo de dinheiro se tivesse tentado, mas eu sempre acabava gastando à toa com uma espada que havia chamado minha atenção ou com um item diferente, então nunca tinha como acumular uma grande quantia. Eu me repreendi por isso, o que não condizia com a minha personalidade, e me afundei no sofá.
Algum tempo depois, Asuna saiu do quarto vestindo uma simples túnica branca sobre uma saia que terminava um pouco acima dos joelhos. Mesmo que digamos que ela trocou de roupa, não é como se ela tivesse se despido e colocado outra roupa, no jogo, bastava apenas mexer na figura que aparecia na janela de status, mas havia um período de alguns segundos em que o jogador ficava só com as roupas de baixo. Então, a menos que a pessoa fosse um jogador homem sem nenhuma noção de vergonha, a maioria dos jogadores, principalmente as mulheres, não trocavam de roupa na frente de outras pessoas. Mesmo que os nossos corpos sejam apenas um amontoado de dados representados por figuras 3D, depois de dois anos vivendo nesse estado, você acaba perdendo essa noção e, naquele momento, meus olhos se fixaram nos braços e pernas desnudos de Asuna sem qualquer remorso.
Asuna, que não tinha a mínima ideia do meu conflito interno, lançou-me um olhar e disse:
— E você, até quando vai ficar vestido assim?
Eu abri minha janela de menu às pressas e logo tirei meu sobretudo de combate de couro, minha espada e outras demais armas. Em seguida, abri o inventário, tirei de dentro dele a “Carne de Ragout Rabbit”, que estava em uma panela de cerâmica, e a coloquei sobre a mesa à minha frente.
Asuna segurou a tampa com cara de quem estava diante de um artefato sagrado e olhou o que havia lá dentro.
— Então, ele é um lendário ingrediente nível “S”! E aí… Como quer que eu prepare?
— D-Deixo por conta da chef.
— Ok… Então, vou fazer um ensopado! Afinal, tem ragu1Do francês ragout. Molho à base de carne cozida, usado bastante na culinária italiana como acompanhamento de massas. no nome.
Asuna foi em direção ao outro cômodo e eu a segui.
A cozinha era espaçosa: em um canto, havia um enorme forno à lenha, e ao lado dele, inúmeros aparelhos de cozinha de alta qualidade. Asuna clicou duas vezes na superfície do forno, ajustou o tempo do timer na janela que apareceu e tirou uma panela de metal de dentro do armário. Ela transferiu a carne para a panela, adicionou algumas ervas, encheu-a de água e fechou a tampa.
— Na vida real, teria vários outros métodos de preparo, mas tudo foi simplificado demais em SAO, então não tem graça.
Enquanto reclamava, ela colocou a panela dentro do forno e apertou o botão de início de preparo. Mesmo durante o tempo de espera de trezentos segundos, ela se movia rapidamente, materializando vários ingredientes que parecia já ter em estoque e preparando acompanhamentos com movimentos fluidos. Eu observava tudo fascinado, enquanto ela executava as ações sem cometer nenhum erro na hora de mexer no menu ou nas próprias tarefas.
Em apenas cinco minutos, a mesa estava posta, e Asuna e eu nos sentamos um de frente para o outro. Numa travessa à minha frente, o ensopado marrom havia sido servido em abundância e soltava um vapor cujo cheiro me fazia salivar. Dentro do molho espesso, havia vários pedaços de carne e o creme de leite criava um desenho marmoreado, deixando o prato extremamente atraente. O tempo que levamos entre agradecer pela comida e levantar nossas colheres pareceu ser longo demais. Então, comemos uma colherada da melhor iguaria em SAO. Eu saboreei o gosto e o calor da comida dentro da minha boca, e em seguida, quando cravei os dentes num pedaço macio de carne, todo o caldo que havia nele inundou meu paladar.
Comer em SAO não significava calcular ou simular a sensação de morder a comida. Em vez disso, era utilizado um “Sistema de Reprodução de Sabor”, desenvolvido pela Argus, em parceria com um designer de programação de ambientes.
Isso enviava sensações pré-programadas de “comer” várias comidas e fazia com que o usuário sentisse que realmente estava comendo algo na vida real. Esse recurso foi originalmente criado para pessoas que estavam em dieta e precisavam restringir a quantidade de comida que ingeriam, então enviava sinais falso para as partes do cérebro que registravam temperatura, sabor e cheiro para enganá-lo. Em outras palavras, os nossos corpos verdadeiros não estavam comendo nada naquele momento, era apenas o sistema enviando milhares de estímulos ao nosso cérebro.
Mas pensar nesse tipo de coisa agora era besteira. Eu estava, sem dúvida alguma, comendo a melhor comida desde que tinha entrado no jogo. Asuna e eu não falamos nada, apenas continuamos repetindo a ação de pegar o ensopado com a colher e levá-lo à boca.
Finalmente, limpamos os pratos — literalmente, sem deixar nenhum rastro da existência do ensopado — e Asuna, com os pratos e panela vazios à sua frente, soltou um longo suspiro.
— Ah… Foi bom ter me esforçado pra sobreviver até agora…
Eu concordava plenamente. Sentido-me saciado com o prazer de ter satisfeito completamente uma necessidade básica pela primeira vez depois de muito tempo, tomei um gole de chá de cheiro misterioso. Será que os sabores da carne e do chá que tinha acabado de consumir existiam na vida real? Ou será que foram criados artificialmente através de manipulação do sistema? Eu fiquei pensando naquilo distraidamente.
Asuna, sentada em frente a mim com a xícara de chá aninhada em suas duas mãos, quebrou o silêncio que se prolongava há alguns minutos, desde que havíamos terminado a refeição.
— É meio estranho… Não sei explicar direito, mas parece até que eu nasci e cresci neste mundo.
— …Eu te entendo. Ultimamente, tem dias que esqueço completamente do mundo de lá. E não sou só eu… Hoje em dia, não tem tanta gente assim obcecada em zerar o jogo ou escapar dele.
— O ritmo de avanço também tem caído. Atualmente, não há nem quinhentos jogadores lutando na linha de frente. E não é pelo perigo… As pessoas estão se acostumando a este lugar…
Eu apenas observei o belo rosto de Asuna, refletindo a luz alaranjada da lâmpada.
Seu rosto definitivamente não pertencia a um ser humano. Com a pele macia e o cabelo brilhante, ela era bonita demais para ser apenas outro ser vivo. Mas para mim, ela já não era mais apenas um amontoado de polígonos. Eu honestamente consigo aceitá-la como é. Se voltássemos ao mundo real agora e eu a visse em pessoa, provavelmente ficaria completamente desconcertado.
Será que eu quero mesmo voltar… Para aquele mundo…?
Fiquei perplexo diante do pensamento que me ocorreu repentinamente. Acordei cedo todos os dias para acumular XP e mapear os labirintos. Será que foi tudo porque eu realmente queria escapar deste jogo?
No passado, era realmente esse o caso. Eu queria sair o mais rápido possível deste jogo da morte em que nunca se sabe quando vai morrer. Mas agora que já me adaptei a este mundo…
— Mas eu quero voltar.
Como se tivesse visto meu conflito interno, a voz de Asuna ressoou de maneira clara. Eu rapidamente ergui a cabeça.
Asuna mostrou-me um de seus raros sorrisos e continuou:
— Ainda há muita coisa que eu gostaria de fazer lá do outro lado.
Eu balancei a cabeça, concordando plenamente.
— Tem razão. Se desistirmos, será uma desfeita com o pessoal da classe artesã que tem nos ajudado…
Eu tomei um grande gole de chá, como se quisesse engolir o líquido junto com as dúvidas que insistiam em não desaparecer. O último andar ainda estava muito longe. Aquele era o tipo de coisa na qual eu só precisava pensar quando chegasse a hora.
Sentido-me extraordinariamente sincero, encarei Asuna enquanto procurava pelas palavras certas para expressar minha gratidão. Asuna então franziu a testa e balançou a mão na frente do rosto.
— Ah… Ah, para.
— O que foi?
— Vários jogadores me pediram em casamento depois de fazer essa mesma cara.
— Quê?!
É frustrante admitir, mas mesmo depois de dominar várias skills de batalha, eu nunca havia me deparado com uma situação dessas e, incapaz de dar uma resposta à altura, apenas abri e fechei a boca. Provavelmente estava com cara de bobo.
Asuna olhou para mim e riu.
— Pela sua reação, você provavelmente não tem outra amiga próxima.
— Desculpa aí… Eu sempre joguei solo.
— Devia aproveitar que estamos em um MMORPG para fazer amigos.
Asuna desfez o sorriso, de repente parecendo uma irmã mais velha ou uma professora, e então perguntou:
— Não tem vontade de entrar para uma guilda?
— Hã…
— Eu sei que jogadores do beta não costumam se dar bem em guildas, mas…
Sua expressão se tornou séria novamente.
— Tenho a impressão de que têm aparecido irregularidades nos algoritmos dos monstros nos andares acima de setenta.
Eu também tinha sentido aquilo. Será que os programadores fizeram com que as táticas das CPUs ficassem mais difíceis de prever, ou será que era o resultado do programa aprendendo por conta própria? Se fosse a segunda opção, então as coisas ficariam cada vez mais complicadas dali em diante.
— Se continuar jogando solo, terá dificuldades com essas situações inesperadas, não é sempre que vai conseguir escapar delas. Numa party, vai se sentir mais seguro.
— Eu tenho várias margens de segurança. Agradeço pelo aviso, mas não sou muito chegado em guildas. Além do mais…
Teria sido melhor se eu tivesse parado ali, mas em vez disso, comecei a falar o que não devia.
— No meu caso, é provável que um membro da minha party mais atrapalhe do que ajude.
— Ah, é?
Um lampejo. Um fio prateado brilhou bem diante dos meus olhos. Quando percebi, a faca que Asuna segurava em sua mão direita estava quase encostada no meu nariz. Era uma skill básica de manuseio de espada, conhecida como “linear”. Bom, eu disse básica, mas devido à extrema destreza de Asuna, a velocidade era incrível. Para falar a verdade, eu não conseguira nem ver a trajetória da faca.
Com um sorriso forçado, ergui os braços em sinal de derrota.
— …Já entendi. Você é uma exceção.
— Isso!
Com expressão entediada, ela tirou a faca do meu rosto e, enquanto girava o objeto entre os dedos, disse algo inacreditável:
— Então, pelo menos por um tempo, forme uma dupla comigo. Como sou responsável por dividir as equipes durante as batalhas contra os chefes, preciso saber se você é tão forte quanto dizem. E eu já mostrei o quão habilidosa sou. Além disso, esta semana, a minha cor da sorte é preto.
— Que que você tá falando?!
Eu quase caí por causa daquela declaração absurda e procurei desesperadamente por um argumento contrário.
— Ainda assim, a sua guilda…
— Não temos limite de nível.
— Mas… A sua escolta…
— Deixarei de lado.
Levei a minha xícara à boca, na tentativa de ganhar tempo, mas percebi que já estava vazia. Asuna, com uma expressão convencida, tomou-a de minhas mãos e encheu-a novamente com o líquido quente da chaleira.
Para ser sincero, era uma oferta bastante atrativa. Nenhum homem recusaria formar um time com a garota que poderia ser considerada a mais bonita de Aincrad. Mas exatamente por causa disso, fiquei me perguntando por que alguém tão famosa como Asuna teria interesse em mim.
Talvez ela tivesse pena de mim por ser um pobre jogador solo? Enquanto minha cabeça se enchia de pensamentos negativos, algo que falei quase sem querer por pouco não foi meu fim.
— A linha de frente é perigosa, sabe?
Asuna ergueu novamente a faca, que desta vez emitiu um brilho ainda mais forte do que da vez anterior. Eu rapidamente balancei a cabeça em concordância. Mesmo ainda, com dúvidas por que ela escolhera a mim, que não chamava muita atenção mesmo entre os jogadores do grupo que estava na vanguarda, eu disse, resoluto:
— J-Já entendi… Então amanhã, às nove, espero você em frente ao portão do 74º andar.
Abaixando o braço, Asuna me respondeu com um sorriso confiante.
Eu não tinha a mínima ideia de até que horas poderia ficar na casa de uma garota que morava sozinha então me despedi assim que terminamos de comer. Enquanto me acompanhava até os pés da escada do prédio, Asuna inclinou a cabeça de leve e disse:
— Bom, eu… gostei muito de hoje. Obrigada pelo jantar.
— E-eu é que agradeço. Queria pedir sua ajuda de novo… mas acho que não vou conseguir pôr as mãos em itens assim tão cedo.
— Ora, eu também sou boa com ingredientes comuns.
Assim que terminou de responder, Asuna voltou a cabeça para cima. O céu estava completamente envolto pela escuridão da noite, e é claro que não era possível ver o brilho de sequer uma única estrela. Uma lúgubre tampa de metal e rochas encobria a nossa visão do céu a cem metros acima de nós. Eu também ergui a cabeça e disse:
— …Está situação, este mundo… Será que era isso o que Kayaba queria…?
Nenhum de nós conseguiu responder à pergunta que eu meio que havia feito para mim mesmo.
Kayaba, que provavelmente está escondido em algum lugar, observando o que acontece neste mundo… O que será que está pensando? Este estado de paz que se estabeleceu após o banho de sangue causado pela confusão do começo o deixou satisfeito ou desapontado? Não tinha como eu saber.
Asuna se aproximou de mim sem dizer uma palavra, e eu senti o calor que seu corpo emanava contra o meu braço. Seria minha imaginação ou seria fruto dos sempre confiáveis simuladores?
Este jogo da morte se deu início em 6 de novembro de 2022. Agora estávamos nos aproximando do fim de outubro de 2024. Mesmo hoje, quase dois anos depois, não recebemos uma única mensagem do outro lado, muito menos um sinal de ajuda. Tudo o que podemos fazer é sobreviver dia após dia, avançando para o alto, um passo de cada vez.
Assim, mais um dia em Aincrad chegara ao fim. Para onde vamos, o que nos espera no fim disso tudo, são todas perguntas para as quais ainda não sabemos as respostas. A estrada à frente é longa e a luz é muito fraca. Mas nem tudo estava perdido.
Enquanto eu olhava para a tampa de metal no céu, deixei minha imaginação criar asas em direção a um mundo desconhecido.
Tradução: Axios
Revisão: Alice
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