Após a missiva autoritária do Rei Edmaris, a vanguarda foi rapidamente formada, a qual consistia em uma centena de cavalaria e uma força de avanço constituída por vários carroções. Três invocados estavam entre eles: Shogo Taguchi, Kyoya Tachibana e uma mulher chamada Kirara Mizutani.
— Hum — Shogo reclamou —, eu não viajo há, tipo, anos. Se eles me escolheram, isso significa o que eu acho que significa?
— Sim, sem dúvida.
— Você ouviu alguma coisa, Kyoya?
— Você também estava lá, não? O Reino de Farmus está se preparando para acabar com aquele slime.
— Isso é loucura. Todas essas forças apenas para esmagar um slime?
— Bem, quem sabe? Se ele tiver dez mil monstros sob o seu comando, pode até ser bem ameaçador.
— Tá bom, tanto faz. Quero dizer, os cavaleiros neste país são tão patéticos e fracos! Ver isso me fez pensar que tipo, os humanos neste mundo são tão covardes que até mesmo monstrinhos pequeninos são o suficiente para fazê-los cagar nas calças.
Kirara riu.
— Isso, ou talvez você que seja forte demais Shogo. Convenhamos que aquela habilidade única que você tem para batalha é ridícula.
— Ahh, tenho mais medo da sua habilidade do que da do Shogo.
— Sim. Até mesmo eu não gostaria de te ter como oponente.
Kirara ainda era jovem, tinha dezoito anos. Assim como Shogo, ela havia sido convocada para as terras sob domínio de Farmus há três anos. Sua habilidade – que era de influenciar os pensamentos das pessoas durante negociações – não estava diretamente relacionada à batalha, o que levou ao preconceito e suposições de que ela era apenas mais uma invocação fracassada. Ao menos inicialmente.
E então aconteceu. Era demais para ela aguentar – e isso a fez usar o poder corretamente.
— Parem de me zoar, babacas! — Ela gritou. — Eu só queria que qualquer um que mexesse comigo morresse!
A natureza de sua habilidade Confusão era de efeito imediato. Qualquer um que não conseguisse resistir cometia suicídio na hora.
Uma habilidade de negociação? Nem um pouco. Tudo o que ela tinha que fazer era emitir uma ordem e poderia fazer qualquer um cumprir seu comando. Dependia menos do que falava e mais dos desejos internos verdadeiros de Kirara. O resultado foi nada menos do que um massacre até que o invocador de Kirara conseguiu lançar a maldição de restrição nela.
Todos os três tiveram seus poderes analisados desde o momento em que foram convocados. Os primeiros meses foram dedicados a aulas de idiomas com ajuda de magia, junto com uma ampla gama de testes. A maldição de restrição era absoluta. Qualquer ordem feita simplesmente tinha que ser seguida, seja de sua vontade ou não – e como parte disso, Kirara foi forçada a revelar quais eram suas habilidades.
E assim ela fez, mas foi imprecisa em alguns detalhes, por não dominar o idioma. Na época, tinha quinze anos, para Kirara, aprender uma língua estrangeira era uma luta. Mesmo com a ajuda da magia, o mero ato de estudar era uma tortura para ela. Como resultado, a tragédia de “espero que todos vocês morram” aconteceu e, desde então, a habilidade de Kirara foi selada, impossibilitada de ativá-la sem permissão.
O mesmo acontecia de maneira semelhante com Shogo, mas (para sua sorte ou azar) rapidamente todos ficaram cientes de sua força. Isso é o que acontece quando você mata os trinta mágicos ao seu redor no momento em que é invocado. Foi o trabalho da habilidade única Berserker e, como o nome sugeria, simplesmente fortalecia em muito a força física e as habilidades do portador.
Ele tinha dezessete anos, um delinquente de uma escola decadente. Seu descontentamento e desejo pela violência haviam despertado sua habilidade. Combinado com o caratê que Shogo praticou desde a infância, Berserker deu um grande impulso à sua força de luta. Isso levou ao massacre de trinta feiticeiros. Se Razen não estivesse lá, teria sido ainda pior.
Não existia a garantia de que as pessoas convocadas a este mundo iriam obedecer a seus novos guardiões. Eles foram tirados de suas próprias vidas por motivos puramente egoístas; qualquer um poderia ver o efeito que isso teria, e as pessoas deste mundo sabiam bem disso. Para lidar com esse problema, cada conjunto de feitiços da cerimônia de invocação vinha com uma maldição de restrição junto que obrigava os invocados a seguirem as ordens do invocador.
— Juro — murmurou Shogo —, quero matar aquele velho. Fica apenas nos mandando fazer o que ele quer…
— Sim, na moral. Um dia desses ele vai, tipo, se foder totalmente.
— Oh, não sejam assim — respondeu Kyoya. — Pelo menos se vocês fizerem o que ele diz, terão acesso as melhores comidas e acomodações que esse mundo tem a oferecer.
Eles já haviam conversado sobre isso antes. Em nenhuma das vezes foi o suficiente para deixar Shogo ou Kirara convencidos.
— Hã? Sim, com certeza. Especialmente quando “o melhor que eles têm a oferecer” é lixo em comparação com o nosso mundo.
— Oh, nem é preciso dizer — Kirara acrescentou. — Não tem lojas, nem cosméticos… sem TV, sem internet, sem smartphones. Este mundo está, tipo, totalmente desprovido de entretenimento. Eu nem me importaria se este planeta simplesmente explodisse.
As reclamações haviam se acumulado a tal ponto que os três poderiam estourar a qualquer momento. Ser forçado a cumprir ordens contra à vontade, particularmente, estava revelando ser insuportável. E Kyoya sabia disso – mas ao contrário dos outros, estava disposto a adotar uma abordagem mais flexível para sua situação. Ele não tinha nada com que se importasse em seu antigo mundo; estava muito mais interessado nos poderes obtidos neste – de Shogo, Kirara e dele.
Kyoya os observou, pesquisou e pensou sobre o que poderia ser feito com eles.
E então, este incidente atual apareceu – uma missão para matar monstros, sua chance de testar à primeira mão. Finalmente, depois de dois anos, Kyoya presenciaria uma batalha real.
Talvez Shogo e Kirara não gostem disso, mas acho que esta é uma grande chance. Se virar uma guerra, os caras que colocaram as maldições de restrição na gente estarão ocupados demais para nos manter em controle. Talvez nós possamos matá-los – ou talvez eles só acabem mortos.
Ele não podia discutir muito sobre isso com os outros dois. Era altamente provável que eles estivessem sendo espionados por meio de magia. O que não era exatamente uma coisa ruim. Mas lá estava Kyoya – enxergando isso como uma chance, esperando pelo momento certo em que pudesse mostrar suas presas e recuperar sua liberdade.
Em pouco tempo, a carroça que transportava os três – cada um com seus próprios pensamentos em mente – partiu para Tempest.
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Mjurran havia recebido um comunicado de emergência de Clayman. Ele a ordenou que implantasse um tipo especial de magia superior que envolvia transformar toda a área em um raio de três milhas em uma zona anti-magia.
Feitiços como esses demoravam, então ele mandou que ela começasse a trabalhar imediatamente. O objetivo era impossibilitar a comunicação com o mundo exterior – havia mais do que isso, sem dúvida, mas o lorde demônio não deu nenhuma informação adicional.
Estava claro que Clayman planejou algo grande – algo que ele não queria que os cidadãos de Tempest descobrissem. Isso preocupou Mjurran profundamente, mas ela não tinha permissão para fazer perguntas. Ordens eram ordens.
Além do mais, esta magia era dita como um feitiço defensivo contra outra magia. Estava sendo especialmente alterado para atender ao pedido de Clayman e, como resultado, teria que ser lançado em um círculo com ela no centro. Este era o problema. Para manter a magia superior em funcionamento, Mjurran teria que revelar sua identidade como nascida da magia de alto nível. Não havia como fazer isso sem chamar a atenção dos moradores. Em suma, Mjurran, uma usuária de magia, seria confrontada com uma multidão potencialmente furiosa de tempestianos em uma zona da qual ela mesma havia bloqueado toda a magia.
Essencialmente, estava condenada à morte. A magia que Clayman decidiu usar era baseada na posição, então, uma vez que fosse lançada, duraria vários dias, independentemente de Mjurran estar por perto ou não. Ela era, na verdade, uma peça descartável do quebra cabeça.
Receber esta ordem a destruiu. Mas lá estava, mais uma vez, a figura de um único homem em sua vida passou por sua mente. Se ela recusasse esta ordem, isso traria a esse homem um destino muito trágico. Mjurran sabia disso melhor do que ninguém, e era exatamente por isso que a única escolha possível para ela era aceitar.
Eu sabia que isso poderia acontecer. Um fim adequado para mim, suponho, mas gostaria que pelo menos ele fosse poupado—
Ela se lembrou do rosto de Yohm, o homem que afirmava amar uma mulher como ela, e sorriu. Para alguém que viveu com o mais frio dos frios corações nos últimos séculos, essas palavras foram gentis como uma brisa primaveril.
Essas palavras são tudo que preciso…
Fortalecendo sua determinação, ela começou a caminhar.
— Aonde está indo, Mjurran?
— Oh, Gruecith. Precisa de algo?
— Heh! Não exatamente.
Mas ele claramente estava tentando segui-la.
Ela tentou fugir se recordando de como Clayman agia perto dela. Ele era sempre tão calmo e controlado, mas agora suas ordens escondiam uma pontada de pânico por trás delas. “Ative a magia o mais rápido possível”, ele disse antes de desligar a conexão. Algo inesperado deve ter acontecido.
— Ei, falando nisso, você viu a nova sobremesa do refeitório? É chamado de “profiterole” ou algo assim, e Yohm disse que foi a melhor coisa que já experimentou. Quer ir lá provar?
Gruecith não poderia ter agido de forma mais despreocupada. Isso irritou Mjurran um pouco. O sorriso dele já estava começando a afetar sua determinação de aço.
— Agradeço o convite, mas sinto muito. Yohm trouxe um para mim ontem à noite. Ele disse que era um presente.
— Pfft. Aquele desgraçado… tentando passar a perna em mim de novo.
— Passar a perna? Do que você está falando? Eu tenho uma pequena incumbência a fazer, então se pudéssemos conversar mais tarde—
— Uma missão? Eu realmente vou conseguir te ver mais tarde?
— Er, claro. Por que não conseguiria?
Ela fez o possível para afastá-lo, deixando Gruecith para trás no caminho.
— Bem, acabei de receber umas notícias bem estranhas, sabe? — Ele olhou diretamente nos olhos de Mjurran. — Algo sobre a lorde demônio Millim declarando guerra contra meu líder. Pareceu insano para mim, mas você está agindo de forma muita estranha também, então pensei que poderia ser isso.
Ah. E lá vamos nós de novo. Agora Mjurran entendeu. Ela não tinha ideia do porquê os lordes demônios Millim e Carillon estavam em desacordo um com o outro, mas tinha certeza de que Clayman estava puxando os cordelinhos mais uma vez. Ele estava os manipulando – e então aconteceu algo que não esperava.
Talvez a declaração de guerra de Millim foi algo que não havia previsto? Talvez seu plano fosse fazer com que Millim lançasse um ataque surpresa ao Reino Animal, com Mjurran lançando um feitiço em paralelo a isso. Mas agora Millim estava saindo do roteiro, ela pensou, a coisa toda estava dando errado.
Mas por que ele quer cortar toda a comunicação deste país?
Englesia e Tempest tinham um acordo um com o outro, mas contra Millim enfurecida, eles simplesmente não tinham poder militar o suficiente. Qual seria o ponto em cortar sua—
E então ela se tocou.
… Oh. Ele tem medo daquele slime, Rimuru. Afinal, aquele slime pode ter o poder de mudar a opinião de Millim.
O lorde demônio Clayman temia Rimuru, uma presença que se tornava cada vez mais imprevisível em sua vida, interferindo com seus planos. Então, ele ordenou a Mjurran que impedisse Carillon de entrar em contato com os líderes de Tempest, que certamente transmitiriam seu pedido de socorro para Rimuru. Quanto mais tempo ela demorasse, mais zangado Clayman ficaria. Mjurran precisava lançar a magia logo.
— Além disso — Gruecith continuou —, conhecendo você, tenho certeza de que já sabe, mas os principais líderes deste país estão muito ocupados agora. Faça qualquer besteira em um momento como este e custará sua vida, sabe?
Ele estava certo. Os melhores oficiais de Tempest estavam, no mínimo, perturbados. Algum misterioso grupo armado havia se aproximado de seu território nos últimos dias, exigindo a atenção total de Soei e seus agentes. Parecia que uma tempestade se aproximava, e todos podiam praticamente sentir a tensão entre os líderes.
— Oh? Eu não sabia.
Algo estava acontecendo. Algo que Clayman não previa. Isso a enervou. Não havia como dizer o que poderia ser. Ela tinha que lançar aquela magia o mais rápido possível, ou então Clayman, enlouquecido de fúria, poderia simplesmente matá-la e a todos nesta cidade. E Gruecith simplesmente se recusava a deixá-la ir.
— “Eu não sabia” não é bom o bastante, senhorita. Não posso te deixar fazer nada estranho agora, entendeu?
— Que tipo de baboseira é essa…? Se a sua oponente é Millim, então você não está correndo muito mais perigo do que a gente?
— Oh? Você age como se a conhecesse. Não se preocupe comigo. Lorde Carillon é invencível. Não importa o quão forte ela seja; não consigo sequer imaginar meu senhor sendo derrotado. O que mais me interessa agora é você, Mjurran!
— Olha, é sério, o que você…?
— Vamos parar com as brincadeiras. Você é uma nascida da magia, não é?
Talvez ela conseguisse se safar desta situação. Mas, desde o início, Mjurran nunca havia considerado a possibilidade de enganar Gruecith.
— Huh. Você sempre é mais esperto quando se trata de coisas assim, não é? Bem, não adianta esconder. Acho que os ogros magos também já notaram.
— Então por quê?!
— Porque preciso. Escute, Gruecith, também gosto muito de você – como amigo. Mas se ficar no meu caminho agora… eu te mato.
Com isso, Mjurran cancelou a magia de disfarce humano, revelando sua forma original de nascida da magia.
— Ah…?!
Gruecith estremeceu diante dos grandes olhos o encarando de cima, quase ardendo em chamas.
— Por que você está tão determinada a…? Está se preparando para morrer? Pelo quê? O que…? Você tem um mestre te dando ordens, não é?
— Não vejo necessidade de responder a isso.
Para Gruecith, isso era quase um sim.
— Sabe, dizem que o Lorde Clayman é famoso por usar seus subordinados como peões descartáveis. Você não está—
— Basta! Diga mais uma palavra e eu o matarei Gruecith!
Ver a normalmente inabalável Mjurran entrar em tal pânico disse a ele tudo o que precisava saber.
— Oh. Entendo. Se você está disposta a segui-lo direto para sua própria morte—
Ele foi interrompido antes que pudesse terminar.
— Me deixe ouvir mais sobre isso.
Era Yohm, usando habilidades de camuflagem quase perfeitas para enganá-los enquanto saía de debaixo das árvores. Ele geralmente se esforçava muito para cuidar de Mjurran. De jeito nenhum não teria notado seu comportamento estranho.
— Yohm…
Ela havia revelado seu segredo justamente para a única pessoa que não deveria saber – mas, estranhamente, isso a encheu com uma sensação de alívio. Um alívio que se transformou em surpresa com o que ele disse a seguir.
— Mjurran, você tem que acreditar em mim. Eu juro que vou te proteger.
— Está louco? Você consegue ver perfeitamente bem agora – eu sou uma nascida da magia de alto nível! Como um humano mais fraco do que eu deveria me manter segura?!
Yohm ignorou o apelo frenético, ficando estranhamente encantado.
— Humano? Nascida da magia? Nada disso importa, cara! Eu me apaixonei por você. Eu amo seu rosto, seu cheiro, seu calor. A forma como você vive, a maneira orgulhosa que age. Eu amo tudo isso. E isso significa tudo para mim!!
— … O que você está dizendo? Tudo isso foi apenas uma fantasia criada para te enganar.
— Não se preocupe, Mjurran. Estou preparado para deixar você continuar me enganando… até o dia em que eu morrer!
— Nh…!!
Que idiota, ela pensou do fundo do coração. Mas foi uma declaração tão ousada e suplicante que a deixou totalmente sem palavras.
— Heh. Eu ganhei, não ganhei? Se apaixonou por mim agora? — Ele deu a ela o maior sorriso já visto. — Eu juro que vou acreditar em você até morrer. Se eu fizer assim, então qual é a diferença entre isso e a verdade, hein?
Mjurran ainda não sabia o que dizer. Você é tão estúpido. Tão, mas tão estúpido. Porém, se é assim que você é, então eu…
— Heh-heh-heh. Que homem lamentável. Eu me aproximei de você porque queria tirar vantagem de você. Você é tão patético; isso me faz rir. Isto é ridículo. Chega dessa farsa!
E com essa resposta fria, começou a lançar o feitiço. Não havia mais tempo para hesitar. As lágrimas que sentiu em suas bochechas certamente deve ter sido sua imaginação.
— Não! Pare, sua idiota! Você realmente vai…?!
— O que está acontecendo, Gruecith?
Entoando com uma linda voz, ela iniciou a conjuração do feitiço – e as leis do mundo começaram a ser reescritas. Yohm e Gruecith já estavam imponentes para detê-la. A única forma de impedi-la era matando-a. E ela estava bem com isso. Mas primeiro precisava completar este feitiço.
Ela continuou a entoar, como se estivesse orando – com a alma e o coração, ansiando por proteger o homem que amava.
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O estado em Tempest era ainda mais caótico do que Gruecith imaginava – mesmo antes de tudo desmoronar, ao mesmo tempo em que Mjurran se aproximava do fim de sua missão.
Benimaru, afogado em uma enxurrada de relatórios apressados, parecia estar de saco cheio de tudo isso. O mais preocupante deles foi trazido por Gobta, de um guarda responsável por uma subestação localizada há alguns dias da cidade.
— Hm, Benimaru — ele disse —, acho que tem um bando de humanos armados até o talo vindo para cá. O guarda perguntou o que queriam e eles apenas disseram: “não precisamos nos explicar a meros subordinados!” E seguiram em frente.
Soei foi rapidamente enviado para investigar. Era um grupo de cavaleiros, enumerados em mais de cem, e Benimaru decidiu que não poderiam mais ser ignorados. Soei continuou coletando informações, junto com Soka e seus outros homens. Logo eles identificaram a origem do grupo: o Reino de Farmus.
Enquanto os seus objetivos não fossem descobertos, lidar com eles seria difícil. Sendo assim, Benimaru fez com que a equipe de Soei ficasse de olho neles enquanto discutia esta questão cada vez mais preocupante com Rigurd.
— Talvez devêssemos informar o Senhor Rimuru?
— Hm — Rigurd respondeu —, considerando que ele nos deixou à cargo de cuidar da cidade, é realmente a escolha certa importuná-lo?
— Talvez. Ele frequentemente visita a cidade à noite, em uma dessas suas viagens de volta nós poderíamos informá-lo.
E assim, o assunto foi encerrado. Afinal, Rimuru poderia usar seu Portal de Distorção para voltar aqui a qualquer momento. Então Benimaru deixou para avisá-lo posteriormente e começou a trabalhar em outras questões que exigiam sua atenção. Era um trabalho muito estranho para o ogro mago, e ser atormentado por ele constantemente fazia os dias passarem voando.
No meio de tudo isso, a equipe de Soei enviou um relatório do próprio Reino de Farmus. Aparentemente eles estavam fazendo rápidos preparativos para a guerra. Isso fez Benimaru franzir as sobrancelhas.
— Isso pode ser uma péssima notícia para nós, Rigurd.
— Temo que sim. Não é decisão que possamos tomar tão casualmente. Acho melhor que o Senhor Rimuru volte para cá imediatamente.
Os dois se entreolharam. Ambos concordaram que lidar com essa brigada de cavaleiros da maneira errada poderia muito bem iniciar uma guerra. Então Benimaru tentou contatar Rimuru – mas antes que pudesse, recebeu um comunicado mágico de emergência de Albis, a Cobra de Chifres Dourados.
— O Reino Animal entrará em confronto com a lorde demônio Millim em uma semana. Sendo assim, quero que vocês refugiem os cidadãos que estamos evacuando.
Os atrasos de Mjurran em implementar a zona de anti-magia permitiu que essa mensagem conseguisse ser enviada. Embora o próprio Clayman fosse parcialmente culpado – Millim voava em uma velocidade tão alta que chegou em Eurazania muito antes do que ele esperava. Não que isso importasse para Benimaru. Não, o mal presságio dessa notícia era tão importante que pareceu mudar até mesmo a atmosfera ao redor deles.
— Deve ser brincadeira!
Em um instante, os principais líderes de Tempest foram reunidos – Rigurd, Rigur, Lilina e os outros hobgoblins de maior influência, Kaijin como conselheiro especial, Shuna como secretário, Shion como representante de Rimuru, além de Hakuro e Geld. Quase uma dúzia de pessoas se amontoaram na sala de reuniões. Gabil não estava presente, já que não havia recebido este nível de liderança ainda. Em vez disso, ele foi simplesmente avisado de que uma reunião de emergência estava em andamento e que era para aguardar por novas ordens. Kaijin também informou Vester sobre a notícia, dizendo-lhe para manter contato de tempos em tempos com o Rei Gazel de Dwargon conforme necessário.
E no meio de tudo isso, o grupo de humanos que havia preocupado Benimaru anteriormente chegou, disfarçados de mercadores.
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Mano! Esta cidade é mais desenvolvida do que a capital de Farmus!
Shogo não conseguiu esconder sua surpresa.
Ele e seus amigos invocados estavam entrando na cidade, um único cavaleiro servindo como cocheiro, enquanto o resto do batalhão de cem homens mantinham distância. A visão inesperada da cidade o deixou sem palavras. Era fantástico. O termo cidade monstro havia passado uma impressão totalmente diferente. O sistema de esgoto impedia que qualquer odor fedorento se espalhasse – e, na verdade, os monstros que andavam por aqui tinham a aparência mais parecida com humanos do que com qualquer outra espécie. Eles estavam limpos, banhados, e vestindo roupas muito melhores do que muitos dos mercadores e habitantes da cidade de Farmus.
Um olhar bastou para confirmar que a vida aqui era muito mais generosa do que lá. Estava lotada de aventureiros e mercadores correndo de um lado para o outro enquanto realizavam seus negócios.
Maldição! Eu fui enganado esse tempo todo! Por que diabos os monstros estão vivendo melhor que a gente?!
O choque inicial já estava passando. Agora, dentro de Shogo, uma raiva profunda estava começando a surgir. O mesmo aconteceu com Kirara.
— Hm, não entendo. Tipo, por que esses caras vivem com muito mais luxo do que a gente? Algo está muito errado aqui.
— Ahh, não fiquem muito irritados — disse Kyoya.
Mas mesmo ele não pôde evitar de sentir que era injusto. Seus olhos estavam semicerrados, taciturnos de ressentimento.
— E um slime é o líder de todo o lugar, certo? Se chutarmos o traseiro dele, podemos virar os donos da cidade, não é?
— Essa é tipo, a melhor ideia que já ouvi, Shogo! Vamos fazer isso!
— Eu topo também, mas não podemos nos desviar muito de nossas ordens.
— Oh, vai ficar tudo bem! Só estou dizendo – eles nos disseram para causar uma confusão antes que o resto dos cavaleiros aparecesse, né? Vai dar tudo certo!
— Com certeza. Tipo, eles querem que a gente faça um teatrinho onde nós seremos uns cidadãos do bem sendo atacados do nada por monstros malvados, não é? Posso só usar a Confusão para criar algum tipo de pretexto, e todos os aventureiros não-monstros farão o que eu quiser.
Kirara confiava em si mesma, e ela tinha razão para isso. Era a principal razão pela qual os três estavam aqui. E nenhum de seus amigos viu muito com o que se preocupar.
— Beleza — Kyoya concordou —, isso é basicamente o que o senhor Razen nos disse para fazer.
— Pfft. Pare de chamar aquele idiota de “senhor” perto de mim!
— Sim. Espero que aquele cara tenha um ataque cardíaco ou algo assim. Então seríamos, tipo, livres e tal.
— Há-há-há! Me desculpem, é a força do hábito — Kyoya disse. — Não podemos desafiá-lo de frente, sabe?
Sua abordagem mais tranquila tinha uma motivação distinta por trás. Kyoya, ao contrário dos outros, ainda estava escondendo seu caráter neste mundo até certo ponto. Por enquanto, ele sentia que era melhor bancar o aluno leal nos círculos de Farmus.
Enquanto falavam, Shogo se lembrava de suas ordens mais uma vez, ficando cada vez mais impaciente para chutar alguns traseiros. “Não me importo com que tipo de desculpa vocês tenham que dar” Razen disse a eles. “Apenas criem algum tipo de problema – e então você, Kirara, vai usar seu poder para colocar os aventureiros do seu lado! Começaremos a agir assim que você fizer isso”.
Farmus possuía atualmente três invocados. Só com eles já seria possível dizimar um pequeno país. Era raro usar três de uma vez só, mas o governo queria cobrir a possibilidade de que outro invocado estivesse ajudando os monstros.
Assim que Shogo e seus amigos começassem a atuação, o cocheiro que conduzia a carroça enviaria um sinal para iniciar o resto da operação. Os invocados não foram informados dos detalhes exatos, mas nada que fizessem seria um obstáculo para Farmus e, provavelmente, tornaria as coisas ainda mais favoráveis para a vitória. Shogo desprezava Razen, mas até ele tinha que reconhecer seus talentos. Se ele não fosse um usuário de magia tão capaz, todos os três já estariam livres há muito tempo.
Shogo passou a mão em seu cabelo bem oleado, fazendo um topete parecido com o de uma galinha.
— Beleza. Que tal a gente começar?
Kirara foi a primeira a agir.
— Aaahhhhhh!! Você-você tocou na minha bunda agora, não tocou? Está pretendendo fazer alguma coisa comigo?
Ela deliberadamente se chocou contra o que parecia ser o alvo perfeito – um tipo de guarda de aparência estúpida que estava olhando para o nada. Este era Gobzo, um guarda sob o comando de Gobta e um hobgoblin conhecido até mesmo entre sua própria espécie por ser um pouco especial.
— Uhhh? Eu… Eu não fiz nada!
Ele ergueu os braços, sua cabeça balançava de um lado para o outro em busca de ajuda.
— Ei! Não banque o idiota comigo! Apenas me diga por que você me deu tapa na minha bunda, beleza?
Kirara se aproximou dele enquanto falava – então, de repente, jogou seu corpo para trás e caiu no chão.
— Owww!! Socorro! Alguém chame os guardas!
— O qu-o quê? Não! Eu nem fiz nada! Eu, uh… sou um guarda…
Gobzo já estava começando a chorar um pouco. Ele era a vítima aqui, mas, francamente, não tinha muitos aliados por perto. A pura estupidez de seu ato não ajudou muito para afastar a suspeita dele – e Kirara já estava usando Confusão na mente dos transeuntes humanos.
— Nossa, o hobgoblin atacou aquela garota?
— É um guarda da cidade, não é? Que tipo de guarda faria esta merda? Não consigo acreditar.
— Mas ele só a derrubou no chão, cara.
— Mesmo? Achei que os monstros daqui deviam ser legais.
— Eles geralmente são. Queria saber qual é o problema desse idiota?
Os habitantes locais ainda estavam um pouco incrédulos, mas poucos ou nenhum dos aventureiros e comerciantes próximos estavam dispostos a defender Gobzo. Ninguém sabia direito o que havia acontecido, e não demoraria muito para que a habilidade de Kirara colocasse as mentes deles sob seu controle.
Shogo e Kyoya sorriram um para o outro, então deram um passo à frente da adaga.
— Que isso cara, então a guarda dessa cidade simplesmente ataca seus visitantes sem avisar?
— Então esse é o plano deles, hein? Convidar comerciantes e pessoas para irem à sua casa e, em seguida, atacar quando menos esperarem?
Eles gritaram o mais alto que puderam enquanto andavam até Kirara que parecia assustada, para protegê-la. Suas falsas acusações foram manifestadas. O verdadeiro show começaria apenas quando o supervisor deste guarda aparecesse. Se ele se desculpasse, eles poderiam simplesmente ganhar mais voz com o apoio da multidão. Se ficasse com raiva e começasse a ser desagradável, seria uma dádiva. Mesmo se não fizesse nada disso, ainda iria se transformar em um grande tumulto, o resto dos cavaleiros invadiriam e serviriam como juízes e júri.
Logo, Shogo esperava que quem aparecesse em seguida fosse tão estúpido quanto o primeiro alvo. Porém, se desapontou.
— Então, que que tá rolando?
Gobta, aparentemente o capitão dos guardas, alegremente entrou em cena – então fez algo que Shogo não esperava.
— Oh cara, Gobzo, você de novo não! Eu juro, toda vez que uma merda acontece, você está no meio dela!
Ele deu-lhe um tapinha na testa antes de se voltar para os invocados.
— Ei, desculpe por isso, pessoal — disse ele com um aceno amigável. — Vou tentar educá-lo melhor.
— G-Gobta, eu, mas, eu…
— Não fez isso? Não importa. Se você está sob suspeita, já perdeu. — Ele ergueu uma sobrancelha desconfiado. — Se lembra do que o Senhor Rimuru disse sobre os horrores de ser falsamente acusado de agressão nas ruas?
Isso também levantou algumas sobrancelhas entre os espectadores.
— E-Então você acredita em mim, Gobta?
O chefe dos guardas suspirou.
— Você ainda tem dúvida? Sei que não teria as bolas para fazer isso de qualquer maneira.
Gobzo o recompensou com um abraço e um cordial “te seguirei aonde for, senhor!!” enquanto as lágrimas escorriam pelo seu rosto. Particularmente isso não agradou Gobta, a julgar pela expressão em seu rosto, mas ele ainda deu um tapinha nos ombros de seu subordinado para acalmá-lo. Não foi uma visão que deixou Kirara feliz.
— Há, tá de brincadeira? Está dizendo que eu estou, tipo, mentindo ou algo assim?
— Oh, não é óbvio? — Surpreso, Gobta perguntou.
Isso foi mais do que o suficiente para irritar a garota.
— Não me venha com essa, seu merda! Você tem muita coragem, tentando puxar briga comigo! Por que confia tanto nesse cara? Você nem estava aqui para ver!
A gritaria pouco afetou o despreocupado Gobta.
— É simples — ele disse. — É natural confiarmos em nossos amigos.
— O quê?! Você quer que eu aceite essa desculpa esfarrapada?!
— Bem — ele explicou calmamente —, se quiser outro motivo, a única garota por quem Gobzo sente alguma coisa é a Shion, sabe? Todos em Tempest sabem disso, então não tem como ele tentar colocar as mãos em uma jovem como você, sem chance.
Houve um momento de silêncio enquanto todos processavam isso.
— Oh, que maldade, Gobta! — o rosto de Gobzo ficou muito vermelho.
—Tá bom, tá bom. Todo mundo já sabe, lembra?
— Todo mundo…?
Gobta encolheu os ombros.
— Sim, todo mundo. Só aceita, Gobzo.
— Eu… eu acho que não vou mais te seguir aonde for, Gobta!
Agora Gobzo estava quase tão zangado quanto Kirara. Quase.
— Querem parar com essa porra?! Eu ainda estou aqui, seus bastardos! Todos vocês deveriam simplesmente morrer!
Ela não estava seguindo mais o plano. Tudo o que Kirara queria fazer era matar todos que a tornavam motivo de chacota. Shogo e Kyoya provavelmente seriam os únicos que restariam, mas Kirara estava furiosa demais para se importar. Não era como se eles ligassem muito para as ordens de Razen. Então ela gritou sem se segurar, meio que sorrindo ao mesmo tempo. Graças as vidas que levaram com pouquíssima liberdade em Farmus, os três invocados estavam mentalmente no limite – e agora estavam se soltando.
Kirara já podia imaginar os corpos esfaqueados e mutilados que estariam espalhados pela rua em breve. Mas nada aconteceu.
— Ma…? Quê…? —?!
Os aventureiros e mercadores estavam ocupados demais rindo de Gobzo para morrer por ela. Isso deixou Kirara visivelmente nervosa, assim como Shogo e Kyoya.
— Entendo — disse uma voz gentil, mas firme. — Sua habilidade converte sua voz em fluxos de força que interferem nas ondas cerebrais de seus alvos. É bastante poderosa, então terei que proibir seu uso em nosso território.
Era Shuna. Um pouco antes do início da conferência, um par de hobgoblins relataram a ela sobre o que tinha acontecido. Parecendo ser um problema, ela correu com Shion como sua guarda-costas.
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Shuna revelou um sorriso alegre quando seus olhos pairaram sobre Kirara. Sua habilidade única Analisadora examinou por completo a habilidade da garota, tornando possível a liberação de uma aura que combinava e neutralizava as ondas de forças. Bastou um olhar de seus temíveis e perspicazes olhos para fazer tudo isso.
— Você não parece ser adequada para esta nação. Por favor, saia imediatamente.
Shuna sorriu novamente – mas seus olhos estavam frios. Ela poderia dizer que Kirara tinha a intenção de matar com aquele ataque, e não estava disposta a ser condescendente com a garota.
— Hã… sem chance…
Kirara se sentou fracamente no chão. Agora ela sabia o quão imprudente tinha sido. Esta mulher era diferente. Não apenas mais um rosto na multidão. Ela era um verdadeiro monstro.
Seus dois companheiros, no entanto, ainda não haviam percebido isso – talvez sim, mas não acharam ser digno de nota. Kirara havia perdido, mas os estragos que seus amigos podiam infligir não seriam impedidos por nenhuma força mística estranha. Eles tinham confiança absoluta em seus poderes e agora tinham a oportunidade ideal de testá-los. Além disso, o plano estava em andamento e não tinha como abortá-lo agora.
— Hm…
A beleza de Shuna prendeu a atenção de Shogo por um momento. Então ele se lembrou do porque estavam aqui. Para escravizá-los. E se uma mulher tão bonita quanto essa fosse um monstro, não havia razão para não a tratar como uma escrava.
— Então é assim que vai agir, né? Bem, que seja. Se estiver preparada para as consequências, não vou me segurar!
Seus ambiciosos olhos se voltaram para Shuna, pensando na melhor forma de enfrentá-la. Ele estava ansioso para rir aos montes quando a mulher estivesse deitada no chão, machucada e chorando, e de continuar com a tortura até que ela implorasse por misericórdia. Então, uma voz silenciosa quebrou sua concentração.
— Seus pensamentos imundos estão escritos em seu rosto, canalha. Parta rapidamente dessa cidade, e nós deixaremos você viver. Se recuse a obedecer e perderá a vida!
Shion entrou na frente de Shuna. Ela estava vestindo um terno de negócios que destacava seu esbelto e bem proporcionado corpo, a epítome da beleza moderna. Seus olhos queimavam em fúria enquanto avançava. Shogo sorriu ferozmente. Ele permaneceu forte, sem contemplar a derrota.
— Há! Gostei disso! Fique no meu caminho e eu vou te esmagar!
— Entendo. Parece que você não vai aprender até que eu esfregue sua cara no chão. Muito bem. Permita-me ser sua oponente!
Então os dois colidiram.
Kyoya mal podia esperar por este momento. Não tinha nenhum árbitro intrometido supervisionando as lutas, portanto, não havia mais necessidade de ele bancar o papel de aluno exemplar. E já que Shogo que começou, não tinha mais motivos para ele ser paciente.
— Se é assim — disse ele com um sorriso distorcido e uma espada desembainhada —, eu também vou ficar à vontade, beleza? Eu esperava poder testar isso algum dia.
Desde que veio a este mundo, Kyoya estava esperando que a maré mudasse a seu favor. Agora, a hora havia chegado. Diante de seus olhos estava Shuna, com Gobta e Gobza atrás dela.
Heh-heh-heh… Mal posso esperar para ver do que sou capaz!
— Hoo garoto. Gobzo, proteja a Senhorita Shuna para mim.
— Sim, senhor, Gobta!
O hobgoblin desembainhou sua adaga e entrou em posição de combate. Kyoya fez o mesmo, com a espada bem à frente de seus olhos. Ele era um talento no kendo, e sua habilidade única – conhecida como Austera – era totalmente direcionada a fatiar e cortar.
Era apoiada por seu talento natural em esgrima e a habilidade extra Olho Que Tudo Vê que permitia que ele analisasse por completo a situação ao seu redor, como se estivesse assistindo tudo pela perspectiva de uma câmera de vídeo game. As informações obtidas eram encaminhadas a seus olhos, aumentando seu tempo de reação – e graças a Aceleração Mental, ele podia identificar e enfrentar ameaças trezentas vezes mais rápido que o normal.
Com essas três habilidades em mãos, Kyoya se tornou o melhor espadachim de Farmus e de todas as Nações Ocidentais. Razen o ordenou a esconder seus poderes, mas esse comando não era mais válido. Kyoya finalmente teve a chance de lutar sem se segurar, e isso fez seu sangue arder de emoção.
— Haa-há-há-há! Com uma habilidade como essa, nem mesmo Hinata, aquela velha, poderia me desafiar, muito menos algum covarde como você!
Com uma última gargalhada, Kyoya partiu para cima de Gobta.
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A conferência começou na sala de reuniões, sem Shuna e Shion.
— Tudo bem — declarou Benimaru. — Estamos todos prontos? É hora de nós chamarmos o Senhor Rimuru!
Ele usou a Comunicação por Pensamento, mas nada aconteceu.
A linha ficou em silêncio.
— Eu-eu não consigo me conectar ao Senhor Rimuru…?!
O sussurro de Benimaru mergulhou a sala de reuniões no silêncio. O salão repleto de rostos preocupados e falas apressadas. Até Benimaru, que quase nunca se abalava, ficou pálido instantaneamente. Foi assim que o silêncio de Rimuru os encheu com uma sensação de desgraça iminente.
Quase em paralelo, Mjurran terminou seu encantamento.
Em um instante, toda a magia desapareceu, jogando a cidade inteira em um estado de caos. Os habitantes da cidade moveram-se para evacuar seus visitantes em pânico, mas o esforço não durou – ou, na verdade, nem foi possível. Porque junto com a magia superior de Mjurran, outro feitiço secreto foi lançado – Prisão extensiva, o resultado de uma longa pesquisa por parte do Arcebispo Reyhiem. Funcionava com o mesmo princípio do Campo Sagrado, feitiço oficialmente usado pelos batalhões de cruzados da Igreja, mas modificado para que até mesmo os mais inexperientes dos Cavaleiros Templários pudessem lançá-lo ao trabalharem juntos.
Os prédios cederam, desabando completamente. Os mercadores correram para se proteger e os aventureiros foram protegê-los. Alguns se aproveitaram do caos; outros tentaram salvar a cidade. Os múltiplos fatores se enveredaram para espalhar a desordem, criando um dia desastroso diferente de qualquer um antes visto por Tempest.
Tradução: Another
Revisão: Flash
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