Quarto 202, atualmente ocupado pela Suzuno Kamazuki.
Depois da batalha contra Gabriel, o cenário do Castelo Demoníaco foi dominado por um rombo na parede. O que verdadeiramente surpreendeu Maou, já que ninguém pensou em ligar para a polícia. Talvez seus vizinhos pensassem que era apenas uma obra.
Como medida de emergência, os demônios juntaram um par de capas de chuva baratas para bicicletas, compradas em uma liquidação no supermercado, para criar uma cobertura improvisada. Mas não podiam viver dessa forma para sempre. Da forma como estava, não serviria por muito tempo.
Então se arrastaram de volta para o seu agente imobiliário, aquele que os colocou lá em primeiro lugar e se recusou a deixá-los instalar um ar-condicionado. Ele os acalmou com uma promessa de que tentaria contatar Miki Shiba, a senhoria.
Atualmente, o buraco já havia se tornado um acessório familiar e semi-permanente da casa. E felizmente, não representava nenhum obstáculo crítico. Pelo menos eles ainda tinham gás, eletricidade e água. Nos últimos 60 anos, aquele lugar sobreviveu tufões, assassinatos e até mesmo aos anos 80. Aguentaria mais uma pancadinha.
Ou assim eles esperavam. Mas não sabiam o que a força do impacto poderia ter feito com a estrutura do apartamento por trás das paredes. Um passo em falso dentro do Castelo Demoníaco poderia comprometer sabe-se lá o que tem debaixo do assoalho.
Portanto, levando em conta que qualquer acidente podia literalmente varrer o domínio dos demônios do mapa, Maou e seus generais demônios acostumaram-se a se auto convidar para refeições na casa de sua vizinha clériga. Uso de fogo e eletricidade eram coisas que queriam evitar por um tempo.
O que explica o porquê, para Suzuno e o próprio Castelo do Demoníaco, a maior ameaça à vida dos membros era Urushihara, sentado navegando Deus-sabe-o-quê em seu computador o dia todo.
Se havia algum lado positivo na nuvem negativa que pairava sobre o Castelo, era que os últimos dias tinham sido abençoados pela falta de chuva.
Contudo isso não poderia continuar por muito tempo. Maou tomou seu lugar na mesa ao lado de Chiho, contemplando outra viagem fútil ao agente imobiliário logo pela manhã.
— Papai!
Alas Ramus, ainda no colo de Chiho, estendeu a mão em direção a Maou com os braços abertos.
Aquela ação e sorriso foram o suficiente para espantar a exaustão e apreensão do dia.
— Ooh, quer vir com o Papai, huh? … tudo bem?
Percebendo a intenção de raptar a criança no rosto de Maou, Chiho a posicionou sobre suas pernas, olhou para Emi, esperando sua aprovação. Que respondeu com um aceno relutante.
Emi, via de regra, era muito liberal com Alas Ramus.
No colo de Maou, a menina saltou para os hashis em sua frente e começou a espetar uma vasilha na mesa.
— Ei Alas Ramus. Não é assim que usa eles, você precisa ser educada aqui, okay?
— Ummm.
Alas Ramus, por sua vez, tendia a ouvir e seguir as palavras de Maou e Emi, embora raramente o fizesse muito satisfeita.
Franzindo a testa ao devolver os pauzinhos para onde eles estavam (embora com cada um deles voltado para direções opostas), Alas Ramus foi recompensada com uma massagem na cabeça.
— Aí está você. Boa menina! Pode se sentar um pouquinho até que a irmazona Suzuno sirva a comida?
— Okie!
Suzuno estremeceu por um momento enquanto colocava o arroz em cada tigela na mesa.
— …Eu imagino o porquê. Sempre que escuto “Irmãzona Suzuno” vindo de você, fico arrepiada.
— Sim sim, sim. Me desculpe quanto a isso.
— Ehh, ehh, ehh!
Alas Ramus alegremente recitou o mantra de Maou, recompensando o demônio com mais olhares acusadores de Emi e Suzuno. Ele ficou em silêncio, devolvendo os pauzinhos à posição correta. Pelo menos quando se tratava dela, não queria estragar as coisas.
Admitiu para si mesmo, já era hora de pensar um pouco mais seriamente sobre o seu futuro. Precisava discutir finanças com Ashiya. Então enfrentaria o trajeto para um dos locais que Kisaki lhe mostrou, ou faria… outra coisa.
Porém não havia necessidade de falar ainda. Isso o colocaria em uma posição mais fraca aos olhos de Emi. Poderia imaginar seu sorriso de orelha a orelha — Adivinhe, Alas Ramus? Seu pai está desempregado! Você pode dizer ‘desempregado’? Bom! Eu sabia que poderia! — Era difícil imaginar a vida da criança depois disso.
— Você, Alciel!
Suzuno, quase terminando o jantar, bravejou para Ashiya enquanto removia seu avental.
— Você pode, por favor, buscar Lúcifer para mim? Você sabe a baderna que ele vai fazer caso contrário. Fala para ele que vai perder o jantar se demorar mais.
— …Muito bem.
Suzuno, sendo humano, e Ashiya, um demônio, eram geralmente opostos polares um do outro. Mas ultimamente, com ambos cuidando da cozinha na maioria das noites, começaram a chegar a um certo tipo de trégua, pelo menos quando se tratava de Urushihara e tarefas domésticas.
Ashiya ficou sem expressão ao ouvir o comando de Suzuno, removendo e arrumando seu avental antes de sair da sala.
— Isso deve ser uma droga, ein? Ter que fazer uma porção extra para ele.
Suzuno alegremente desamarrou sua toalha de cabeça.
— O Rei Demoníaco está pagando sua conta de comida. Há certas economias monetárias envolvidas com cozinhar para várias pessoas, em relação a cozinhar para um. Isso torna o planejamento do menu mais fácil.
— Mesmo assim, é melhor ter cuidado. Continue assim e eles vão te usar para sempre.
— Hmm?
Suzuno olhou em confusão para Emi, mas decidiu abandonar o tópico, dobrando as pernas enquanto se sentava ao lado de Maou.
— Papai, já podemos comer? podemos?
— Só mais um pouquinho, okay? Você é uma boa menina, vamos comer todos juntos, tudo bem?
— Loochifer, vai logo!
Alas Ramus entendia perfeitamente a causa da demora.
Emi fixou o olhar em Alas Rumos, tendo certeza que Maou nunca entrasse em sua visão.
— A propósito, o que você vai fazer com todas as coisas aqui? quero dizer, você ainda tem muito.
— Sim… bem, dado às circunstâncias, pedi ao meu agente imobiliário para me indicar um local de armazenamento. Pretendo enviar tudo amanhã.
— E quanto ao que está na geladeira?
— Eu já usei tudo.
— Ooh
Maou, ouvindo a conversa das duas mulheres, virou os olhos para a mesa mais uma vez.
— Sabe, eu só acho que isso parece mais extravagante que o normal. Precisava limpar a geladeira ou algo assim? Você só comprou isso.
Um prato cheio de legumes salteados estava ao lado de uma tigela de sopa de missô infundida com cebola, berinjela, tofu e algas Wakame. Outra tigela de frango marinado frito no vapor perto de uma pilha de costeletas de carne picada. Um bando de bolinhos de porco acompanhava uma seleção de bolos de peixe nerimono1https://resources.matcha-jp.com/resize/720×2000/2022/05/25-127159.webp. Havia até salada picada suficiente para todo mundo.
Um cardápio como esse, que usava algo de quase todos os corredores do supermercado, foi uma mudança de ritmo dos coloridos e sazonalmente escolhidos, feitos por Suzuno.
Mesmo que Chiho não viesse sem avisar, era difícil saber se eles ficariam com sobras ou não.
As sobrancelhas de Emi e Suzuno franziram em uníssono com a pergunta de Maou.
— Uh, sobre o que está falando?
— Eu não tenho certeza se este é algum momento para se preocupar comigo. E quanto a você? Vocês demônios já desfizeram toda a sua mobília?
— Huh? O que quer dizer?
Retornar esse tipo de pergunta com outra pergunta nunca era um bom sinal.
Foi quando Emi e Suzuno se entreolharam com um olhar preocupante que Maou sentiu algo frio correr em sua espinha.
— Dah! Isso ta congelando!
Nenhum traço de medo repentino, era só Alas Ramus, que tinha descido do colo dele em algum momento e estava agora encostando uma garrafa de água gelada contra suas costas, onde gotas escorriam.
— Está molhando tudo, Alas Ramus. Pode me dar isso?
— Ahnn! Nãuum!
A criança tentou muito, muito mesmo o seu melhor para manter a garrafa enquanto Chiho travava uma calma e composta batalha até a morte por ela.
— Você sabe, eu e todos vocês teremos que desocupar este apartamento por um tempo a partir de amanhã.
— Ei! Alas Ramus! Você tem que ouvir a Chi um pouco, beleza? Espera aí, desocupar a …………………………………………………………………….. O QUE FOI QUE ACABOU DE DIZER?
Maou chamou a atenção. No momento em que o fez, sentiu sua temperatura corporal despencar, seu rosto atingiu a palidez de uma máscara Noh quando se virou para Suzuno.
— Desocupar… o apartamento?
— Oh, pelo amor de Deus… Rei Demônio…
O envelope que Suzuno tirou de seu bolso parecia familiar.
Aquela rendada opulenta nas bordas. O papel liso e sedoso.
— Isso chegou logo depois que você foi para o agente imobiliário! Uma notificação da nossa senhoria!
— Huhhh?!
O queixo de Maou caiu a meio caminho do chão. A exibição fez Alas Ramus soltar a garrafa que estava segurando com as duas mãos.
— Papai, não grite assim! Você parece assustador!
Mas nem a voz de Alas Ramus chegava aos ouvidos de Maou.
Praticamente arrancou o envelope da mão de Suzuno, a qual tirava lentamente seu conteúdo, com medo de outra fotografia grotesca.
Ele continha uma raridade pelos padrões de Shiba, uma cópia de uma notificação digitada em um computador, e algum tipo de contrato, preenchido com uma escrita pequena e densamente espaçada.
— Para os moradores de Villa Rosa Sasazuka — começou. Maou notou a data no topo. Apenas há cerca de duas semanas atrás. Então começou a ler.
— Isso… tem que ser uma piada…
Dessa vez, o mundo realmente virou de cabeças para baixo. Ele caiu inconscientemente.
— M-Maou?!
— O que está fazendo? Vai bater a cabeça nessa coisa!
— Papai?!
— Alguém tropeçou, ou… meu suserano?!
— Cara, eu to morrendo de fome! … Ooh, ei, Chiho Sasaki! Cara, da uma olhada nesse cardápio de hoje.
Ashiya ficou perplexo quando foi recebido pela visão de seu mestre sem vida passando pela porta. Urushihara não ficou tão comovido.
— Al-cell. Papai foi trocar as fraldas!
Alas Ramus pegou o papel e entregou para Ashiya.
— Ah, obrigado. Hmm? Uma carta da senhora para Bell…?
Emi e Suzuno não conseguiram detê-lo a tempo. Ele passou os olhos pelo aviso.
— …………Hoooohhh…
Então atingiu o chão, como se desse seu último suspiro.
— Hmm? Ei, o que está acontecendo com você e com o Maou?
Sem se preocupar em ajudar seus companheiros de quarto, e sem se preocupar em pedir permissão, Urushihara encontrou Emi, Chiho, e Suzuno olhando tristemente para ele enquanto mastigava um pedaço de frango frito.
Suzuno arrancou a carta da mão de Ashiya, e enfiou na cara de Urushihara.
— Leia isto, sua personificação ambulante da ganância.
— Umm! Oq-que, sé loco…? Huh? Para os residentes…?
Urushihara continuou a mastigar enquanto lia a carta.
— Huh. “Devido ao trabalho de remodelação necessário no prédio principal, todos os moradores serão compensados durante o período de despejo temporário de…” O quê, o quê? Estamos sendo expulsos?! Mas que caralhos?!
Foi o suficiente para fazê-lo entrar em pânico. Deixou seus hashis de lado enquanto lia.
Para resumir, o dano estrutural que Maou informou ao agente imobiliário de duas semanas atrás, de fato, chegou ao proprietário.
O tamanho do buraco no quarto 201 não era motivo de riso. Um simples trabalho mal feito poderia desestabilizar todo o edifício.
Com toda a idade que seu apartamento modestamente estampava, gerou preocupações na proprietária sobre a água, gás e sistemas elétricos. Aos olhos dela, o único movimento a fazer era uma renovação completa do edifício.
— Uh, então, tipo, eu nunca escutei nada sobre iss…
— Suponho que sim. Se foi suficiente para fazer o Alciel e o Rei Demônio caírem como uma cabra tímida, duvido que estivesse menos no escuro.
— A Bell vai ficar em minha casa até acabarem as obras, mas… sério? Vocês não fizeram nada?
Urushihara balançou a cabeça, então olhou fixamente para Emi por um momento.
— Se está esperando que eu convide vocês porque “de alguma forma sinto uma nostalgia em morar com várias pessoas” ou algo assim, esqueça isso.
— … É, acho que não.
Nem mesmo Urushihara ousaria.
Olhando para o demônio suspirando, Alas Ramus, incapaz de compreender a conversa perturbada de seus guardiões, engatinhou até seus colegas caídos.
— Papai? Al-cell? Qual é o problema?
— Uhhh… acho que eles só estão cansados, sabe? Aqui, pode tentar acordar eles para nós, Alas Ramus?
Chiho, a única na sala ciente da experiência dolorosa que Maou passou no trabalho mais cedo, estava em pânico. O trabalho era uma coisa, agora ele perdeu sua casa, sério?
— Mn. Papaaaiiii! Alllll-celllll! Acorda acorda! Jantaaaaaa!
Puxados pelas pequenas mãos de Alas Ramus, o par finalmente sentou-se, parecendo que acabaram de acordar de algum sonho inimaginável.
— … Sinto como se tivesse visto algum tipo de miragem.
— Assim como eu, meu suserano. … Espere. Não, talvez esteja mais para um pesadelo.
Nem mesmo durante sua batalha final de vida ou morte com o Herói, agiram tão distantes da realidade.
— Oh… sim, Ashiya…
— S-sim, vossa alteza.
Maou acenou com a cabeça enquanto sussurrava algo para Ashiya, que também acenou em resposta.
— ……………………………………
— Desem… plegado?
O silêncio aterrador foi quebrado por Alas Ramus, repetindo a palavra desconhecida que acabara de ouvir.
— Uuuuuff…
Então, com o som de alguém furando um balão já meio esvaziado, Ashiya desmaiou.
— Aggghhhh! Ashiya! Ele está branco como papel!
— Ah, ele está respirando? Bell! Pega um copo de água!
— Mamãe! Agua minral!
— Ooh, boa Alas Ramus! Me empresta isso aqui!
— Será que isso vai trazê-lo de volta? Devemos fazer CPR, ou-?
— … Oloco, o que rolou com Ashiya?
Apenas Maou falhou em compreender a bomba que ele tinha acabado de jogar.
Tradução: Vinicius
Revisão: Bravo
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