Rei Demônio ao Trabalho

Rei Demônio ao Trabalho – Vol. 03 – Cap. 04.4 – O Rei Demônio Sente a Dor da Perda

 

— Alas Ramus?!

Os olhos de Emi estavam focados no céu acima de Sasazuka.

Alas Ramus avançou como um cometa em busca de calor. Gabriel pouco podia fazer além de se defender.

— Ai! Aaaaaaaaiii! Agh!

— Gabriel! Afaste-se de Alas Ramus!

— Eu meio que faria se pudesse, mas não consigo!

A distração de Emi deixou o rosto de Gabriel totalmente aberto, tempo suficiente para Alas Ramus se chocar contra ele.

A colisão foi quase dolorosa demais para assistir. Isso jogou Gabriel em direção ao céu como um foguete.

— Alas Ramus! Está bem?!

Ignorando Gabriel enquanto ele voava para cima, a mão cobrindo a ponta de seu nariz, Emi pegou Alas Ramus em seus braços no ar.

— Isso não é justoooooo! Estou muito menos bem do que ela, belê?! — Gabriel gemeu de dor enquanto abria suas grandes asas para diminuir sua ascensão. — Ugghhh. E eu nem sou tão bom em lutar!

Ele esfregou o lado da cabeça com a mão direita vazia por um momento. Em seguida…

— Whoop! Ta-dá!! “Eu voltarei”, né?!

Emi teve problemas para descobrir que tipo de referência Gabriel estava fazendo, mas de qualquer forma, ele estava claramente pronto para acelerar a batalha.

— Você está erguendo uma espada para aquela criança?!

— Agora escute, senhorita! Você acha que os treinadores de animais do circo enfrentam os leões e tigres com as mãos nuas?! Eu não posso ser o Senhor Guardião Legal o tempo todo, belê?!

— Oh, então agora está comparando Alas Ramus a um animal selvagem? Eu te desafio a dizer isso de novo!

— Qual éééé! Aquilo foi apenas um exemplo! Você não tem que começar a agir como uma mamãe leoa para mim agora!

— Mamãe, tenha cuidado! Essa espada é muito forte!

Alas Ramus ficou entre Emi e Gabriel, como se a protegesse.

— Forte? Oh, pode apostar que é forte! Porém, dito de outra forma, isso está ficando assustador o suficiente para que eu me sinta obrigado a sacar isso, sabe o que quero dizer?

O tom de voz tranquilo não tinha desaparecido, mas mesmo que Alas Ramus não tivesse apontado, estava claro que a espada longa de aparência normal na mão de Gabriel não era nada regular.

— A espada de Gabriel… Durandal, certo?

— Bingo! Sabe, esta espada… Não há magia vodu especial nela nem nada, mas é feita para durar e é capaz de cortar e dividir praticamente qualquer coisa! Sem confusão, sem confusão! Provavelmente sua Cara-Metade também. Além disso, que tipo de guardião é derrotado por apenas um desses fragmentos? Embora eu realmente desejasse que ela se rendesse. Talvez ela seja mesmo um fragmento de Yesod, mas cortar uma garotinha meio que deixa um gosto ruim, belê?

— E acha que isso vai nos fazer render? Você sabe que um vilão está prestes a morrer quando começa a agir como se estivesse no…

Só então, uma leve brisa passou ao lado de Emi. Ela sentiu um pequeno impacto na mão direita.

— Bem, espero que possamos evitar ser tão clichê com o roteiro aqui, belê?

A voz de Gabriel agora estava atrás dela.

— …!!

De repente, Emi sentiu toda a força sagrada ser drenada a uma velocidade gigantesca.

Sua espada sagrada agora estava quebrada no meio da lâmina — não quebrada, na verdade, mas cortada.

O brilho residual da espada cintilou como um vagalume, criando um brilho espelhado na borda do corte. Até que ele afundou e foi cortado ao meio por Gabriel, Emi se viu incapaz de sequer se mover.

— Mamãe!!

Alas Ramus teve a mesma resposta, voando para o lado de Emi. Mas o único movimento real de luta da criança foi uma cabeçada.

O que Durandal foi capaz de fazer contra ela…?

— Não que eu realmente me importe com o que acontece com aquela espada, sabe. Contanto que eu pegue o núcleo de Prata Sagrada, o fragmento de Yesod alojado dentro, não tem problema!

Gabriel apoiou Durandal em um ombro em uma demonstração de força.

— Ai! Droga, cortei meu ombro!

Colocar a espada de dois gumes primorosamente afiada contra seu ombro foi o suficiente para cortar sua roupa e penetrar na pele.

— Ei, Alas Ramus?

— Mamãe?

Emi não prestou atenção à farsa que se desenrolava na direção de Gabriel.

— Você gosta do “Papai”? Quer ficar com ele para sempre?

— Uhum!

A resposta de Alas Ramus foi imediata e inabalável.

— Ah, mas eu também gosto de você, Mamãe! Também não quero deixá-la. — Foi estranhamente comovente como ela adicionou aquilo no final mais do que depressa.

— Bem, que bom. — Emi acenou com a cabeça de leve. —  Nesse caso, não vou sentar e assistir uma criança que ama tanto seu papai se separar dele.

Convocando sua determinação, Emi canalizou sua força sagrada em sua espada.

A lâmina quebrada se reparou aos poucos, retornando à sua forma original da Fase Um.

Era um pouco mais fina e menos resistente do que antes, mas era o suficiente.

— Se isso vai fazer aqueles que preciso proteger felizes, vou continuar lutando o quanto quiser!

— Geh… Isso está ficando muito complicado, sabe?

A demonstração de força de Emi foi o suficiente para fazer Gabriel desejar estar em outro lugar.

— Tente não me ver como o cara mau aqui, belê? Porque eu sei que dizer isso vai me fazer soar como um.

Gabriel fez uma pose de luta, que parecia ir contra todos os estilos de esgrima conhecidos. Mas com sua velocidade, sua força e o afiamento de sua arma, um golpe era tudo que ele precisava.

— Você sabe que, uma vez que coloca a mão em mim, é meio que meu trabalho dar uma resposta séria, certo? Só para estar ciente disso de antemão, sabe?

— Se minhas escolhas são “lutar” ou “ver uma criança chorar”, lutarei contra qualquer um, a qualquer hora!

— Olha, eu sei que ela parece uma criança, mas é o Yesod Sephirah por dentro, belê…? Oh, agora estou parecendo um vilão…

Não querendo mais ouvir Gabriel se repreender, Emi tentou descobrir uma maneira de vencer essa batalha aparentemente sem esperança.

Mesmo quando ela estava em plena atenção, tinha sua espada dividida em duas. Um padrão oportuno de ataques não funcionaria aqui. Tinha que acabar com Gabriel com um único golpe…, mas como poderia lidar com essa velocidade…?

— Sai da frenteeeeee!

Só então, alguém passou voando pelas costas de Gabriel.

— R-Rei Demônio?

— Papai!

— Ngh!

Maou, agora em alturas elevadas montando no martelo de guerra de Suzuno, disparou na direção de Gabriel por trás.

Assim que ele saltou do martelo, Suzuno balançou seu Luz de Ferro contra o anjo.

— Onda de Luz Abrasadora!

A onda de choque emitida da cabeça do martelo de Suzuno enquanto ela gritava atingiu diretamente o traseiro de Gabriel enquanto ele tentava se esquivar do próprio martelo. Maou, para o bem ou para o mal, ainda estava de costas.

— Whooaaahhh!!

— Aaaaagh!

O golpe foi o suficiente para fazer Gabriel, seu centro de gravidade bem alto devido a Maou montado em suas costas, cair de ponta-cabeça no ar.

— Meeeee soltaaaaaaaaaaa!

— Seeeeeeem chaaaaaaanceee!!

Enquanto eles giravam como um pião no ar, o arcanjo e o Rei Demônio se engajaram em… algo. Fosse o que fosse, já que o efeito Doppler tornava seus gritos indistintos, não era exatamente uma batalha épica entre o bem e o mal.

— Eeeeemiiiii! Praaaaaa ciiiiiimaaaaaa! Acabeeeee cooooom eleeeee comigoooo juntooooooooo!

O grito de Maou enquanto ele e Gabriel continuavam a imitar uma centrífuga de roupas finalmente fez Emi voltar a si.

— N-Não! Você é burro? Eu não posso te matar bem na frente da Alas Ramus!

— Calaaaa aaaa bocaaaaaaa!! Esta é a única chanceeeeeeee!

— Hngh!

— Agh!

Nem mesmo Gabriel estava disposto a suportar isso por muito tempo.

Com o mesmo esforço que é necessário para acertar uma mosca, Gabriel tirou Maou de suas costas e o jogou no ar.

— Daaahh!!

Maou, seu impulso ainda o girando, arremessou-se para longe em velocidade subsônica. Demorou vários segundos para ele começar a cair.

— R-Rei Demônio?

Suzuno o perseguiu em desgosto, mas ela era muito lenta e estava longe demais para alcançá-lo.

— Mamãe!

Emi, observando essa situação se desdobrar, de repente se viu sob a atenção total de Alas Ramus.

— O que foi, Alas Ramus?

— Mamãe, você sempre vai ficar com o Papai? Você gosta do “Papai”?

A criança tinha tendência a fazer as perguntas mais inoportunas nos momentos mais inoportunos.

E depois que eles tiveram aquela discussão massiva na frente dela, também. E mesmo sabendo muito bem a diferença entre as pessoas normais e o Rei Demônio.

Essa farsa foi o suficiente para trazer um sorriso aos lábios de Emi.

Ela não queria machucar uma criança. Mas também não podia mentir.

— Eu… Sim. Sim, sempre estaremos juntos.

— Sério?!

Emi respondeu ao sorriso doce e inocente no rosto de Alas Ramus com o seu próprio.

— De verdade. Sério mesmo! — Isso, junto com seu sorriso, veio diretamente de seu coração. — Até que a morte nos separe.

Enquanto Sadao Maou continuasse como Rei Demônio.

— Eeeeebaaaa!!

Alas Ramus deu um grito sincero e infantil de empolgação. Em seguida…

— …?!

Junto com ele veio uma onda de choque, que fez parecer que um terremoto estava atingindo o próprio ar.

Suzuno, perseguindo o Maou em queda, foi balançada por alguém que passava a uma velocidade enorme, quase a fazendo perder o controle de seu próprio voo.

Ele teria atingido o chão no momento em que ela recuperasse o controle. Ou deveria.

— Papai.

Mas Maou estava lá, pairando no ar, apenas alguns metros acima de seu ponto de aterrissagem.

Ou, para ser exato, ele foi interrompido pelo abraço de Alas Ramus e a bola de luz dourada ao seu redor.

— Alas Ramus… Você…

— Papai, Papai, a Mamãe disse que sempre estará com você!

— Hein?

Maou permaneceu estendido no ar, incapaz de analisar a afirmação de Alas Ramus. Ele estava flutuando talvez um ou dois metros acima do jardim da frente do Vila Rosa de Sasazuka, claro, mas isso era muito mais intrigante para ele.

— Então, não fique sozinho, pode ser, Papai?

— Uh, o que você está…?

— Vou ficar com você e a Mamãe para sempre, tudo bem?

— Hã?

As palavras simples e inocentes foram ditas ao lado de outra onda inesperada de luz.

Esta foi mais suave e quente, como um punhado de penas, e iluminou os arredores de Maou em um instante.

— Então, tchau, por enquanto, tudo bem?

No momento em que Maou caiu no chão, seu suporte repentinamente retirado de debaixo dele, o cometa de luz dourada já estava subindo depressa aos céus. Ele assistia de baixo, incapaz de qualquer outra coisa.

Gritou alto depois disso, não prestando atenção a Suzuno que descia.

— Alas Raaaaaamuuuuuuuuus!!

Como se respondesse ao rugido, uma explosão de luz ofuscante se desenrolou do alto, absorvendo os raios do sol enquanto exibia um brilho prateado.

— Gabriel… Desculpe desapontá-lo, mas vou com a escolha número três.

Emilia estava lá, suas manoplas prateadas e protetores de perna emitindo uma luz clara e brilhante, como uma rua à noite iluminada pela lua cheia.

A mão direita segurando sua espada sagrada apresentava uma manopla simples e sem dedos para evitar que a armadura de mão batesse contra o cabo da lâmina. Sua mão esquerda apresentava uma luva muito mais pesada, o padrão aerodinâmico do escudo lembrava o de suas polainas metálicas.

Era a forma corporal parcial do Tecido do Dissipador, algo que nunca existiu fisicamente antes, mas agora se materializou em um mero clarão de luz.

Fora as manoplas e protetores de perna, ela ainda usava sua armadura padrão. Mas a Cara-Metade agarrada por uma mão estava agora inteira mais uma vez, a borda cortada por Durandal brilhava com um tom prateado.

— Ayeyaiyai … Ooh, sim, acho que a Igreja não te deu apenas um pedaço de Prata Sagrada, não é? Eu meio que esqueci. — Gabriel franziu a testa, sua Durandal a postos.

— Não vejo nenhum fragmento formando o núcleo de sua Armadura, mas, vish, não admira que aquela garota tenha se sentido atraída por você. Bem, isso é ótimo. Eu não esperava que você evoluísse dessa maneira… É melhor irmos a sério, belê…?

A expressão de Gabriel endureceu enquanto ele se preparava para a batalha, mas suas palavras eram tão leves e arejadas como sempre.

Só então algo passou ao seu lado.

— Nagghh!!! Uh? Hã?! O que diabos foi isso?

Uma dor aguda percorreu as costas de Gabriel enquanto ele gritava.

Nunca havia experimentado esse tipo de dor em sua vida. Para Gabriel — um arcanjo do Paraíso que quase nunca teve um ser humano colocando um arranhão nele — era uma sensação totalmente nova.

 

 

 

— I… i… isso é… ?!

Um corte pequeno, leve e extremamente superficial estava visível em seu braço esquerdo.

Essa era uma virada nunca imaginada por ele. Apenas um momento atrás, estava apertando os dedos em torno da Cara-Metade como se fosse um croissant francês.

— É bom ver os anjos sangrando tão vermelhos quanto nós.

Emi — ou, para ser mais exato, a Heroína, Emilia Justina — jogou uma gota ou duas de sangue da ponta de sua Cara-Metade antes de voltar para seu inimigo.

— Saia daqui imediatamente, Gabriel. Não tenho nenhuma intenção de me intrometer nos assuntos do Paraíso. Mas, mais do que isso, não quero ver aquela garota chorar.

Emilia desviou os olhos com tristeza.

— B-Bem, meio que realmente não funciona assim, belê? Não estou bem em posição de me virar e ir embora, sabe. Por quantas centenas de anos você acha que estou procurando esse fragmento de Yesod?

— Oh, então você ainda quer lutar comigo com aquela espada?

— …!!

Finalmente, a expressão de desafeição alegre no rosto de Gabriel desapareceu para sempre.

Assim como o que aconteceu com a Cara-Metade antes, a parte superior de Durandal, a espada do arcanjo cantada na mitologia, foi cortada.

Para piorar a situação, as rachaduras desceram da borda espelhada do corte até o cabo de Durandal. No momento seguinte, a lâmina se despedaçou, perdendo totalmente a forma.

— Bem. Acho que acabei de adquirir minha passagem de volta para casa, não foi? — A rendição de Gabriel foi muito mais fácil do que o esperado. — Mas isso não significa que eu desisti, belê? E duvido que Sariel também tenha. Algum dia, vamos trazer todos os fragmentos de Yesod de volta em um só lugar. Estou apenas dando uma folga até então, entendeu?

— Heh. Tente não soar como um perdedor, perdedor. Mas ainda tenho uma pergunta para você. Como o Rei Demônio disse, se realmente tem procurado por séculos e nada de ruim aconteceu nesse ínterim, por que está tão determinado a recuperá-lo agora? — A pergunta deixou Gabriel boquiaberto por um momento.

— Bem, isso é uma surpresa. Depois de tudo o que aconteceu, é isso que você está me perguntando?

— …?

Emilia semicerrou os olhos em confusão.

— Talvez seja a hora de pensar um pouco sobre o que realmente é, senhorita. Isso, e o motivo de termos essa pequena briga agora. Vai descobrir mais cedo ou mais tarde.

Então, sem esperar por uma nova pergunta à sua resposta enigmática, Gabriel ergueu o punho de sua Durandal quase arruinada mais alto no céu.

— E eu espero que, quando essa hora chegar, você coloque a paz do mundo em primeiro lugar. De verdade, dessa vez.  — Outra explosão de luz foi emitida de sua mão. — A menos que queira que o flagelo de Satan, o Soberano Demônio, volte.

— O… o que diabos?

Maou e Suzuno tiveram que proteger seus rostos contra uma explosão de luz particularmente forte no ar.

Pareceu uma explosão gigantesca à primeira vista, mas quando a luz se dissipou, perceberam que algo estava caindo do céu.

Batendo um pé no chão, Suzuno voou no ar, tentando ver de mais perto.

— E… Emilia?!

Ela rapidamente percebeu que o objeto em queda era humano — e ninguém menos que Emi.

Ela estava ferida ou aquela explosão de luz anterior a havia nocauteado. De qualquer forma, estava caindo, incapaz de controlar sua descida. Parando diretamente sob ela, Suzuno conseguiu pegar o corpo flácido antes que ele atingisse o chão.

— Emilia! Você está bem?!

Emi parecia inconsciente à primeira vista, mas ao ouvir a voz de Suzuno, seus olhos se abriram de repente.

— Oh… Bell… Sim, estou bem. Além disso, Gabriel se foi.

— O quê?!

Chocada, Suzuno virou-se em direção à explosão que desaparecia rapidamente acima.

Lá, ela viu apenas uma luz fraca e cintilante no ar, o céu de Sasazuka de volta ao seu estado normal. Ninguém podia ser visto e Gabriel estava claramente fora de cena.

Mas a visão não fez nada para acalmar a mente de Suzuno.

Não havia ninguém lá em cima.

Suzuno e Emi eram as únicas pessoas no céu.

— Ei! Emi!

Elas não conseguiam ver quem estava gritando lá embaixo, mas a preocupação estava clara em sua voz.

— Onde está Alas Ramus?

— …

Maou, observando Emi e Suzuno descerem devagar, percebeu que sua voz aumentava.

— O que aconteceu com Alas Ramus?!

— …

A visão de Emi desviando o rosto para ele fez com que uma sensação dolorosa descesse por suas costas.

— Ele… Gabriel não…

Emi não respondeu. Em vez disso, ela simplesmente murmurou para si mesma, como se reclamasse para alguma presença desconhecida.

— Ugh… O que vamos fazer sobre isso…?

 


 

Tradução: Taiyo

Revisão:

 

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