O que Emília Justina ainda se lembrava era que a terra de Ente Isla estava em um balanço delicado entre as forças do Rei Demônio e as da raça humana, que eram lideradas pela Igreja. Ela era apenas uma criança, filha de Nord Justina, um humilde fazendeiro que cuidava de um pequeno campo de trigo no interior do Continente do Oeste. Eram apenas os dois na família, sem nenhum outro parente; ela não se lembrava de sua mãe.
Quando tinha dez anos, o Continente do Norte e o reino ao oeste caíram, destruídos pelo exército demoníaco vindo do Continente Central como um tsunami. O Continente do Oeste era bem protegido pelos generais da força real. Seus exércitos se juntaram às tropas fornecidas pela Igreja, uma presença aparentemente poderosa, cujo poder era conectado diretamente com o próprio Paraíso. Mas o avanço das forças de invasão do oeste, lideradas pelo Grande Demônio General, Lúcifer, colocou a ilha em uma guerra total.
Nord Justina, um devoto da Igreja, fazia questão de visitar a capela local com sua filha diariamente. A jovem Emília não sabia o que as rezas cantadas pelos paroquianos significavam, mas até mesmo ela conseguia ver que algo sério estava acontecendo. Copiando os movimentos de seu pai, juntou as mãos e orou com toda a força. Mas todas as preces foram em vão, pois as forças do oeste começaram a fraquejar aos poucos perante à pressão do avanço dos demônios.
Emília passava seus dias ouvindo os gritos que traziam as más notícias à sua aldeia. Suas noites foram de medo, constantemente pensando sobre quando os demônios apareceriam para queimar a cultura que ela e seu pai plantaram.
Seu pai era um simples homem do campo. Não sabia de nada sobre batalha, pois devotara toda a sua vida para a cultivação e produção de trigo.
Sempre que Emília se deitava na cama à noite, chorando de medo, sozinha, ele sempre aparecia, afagando seu cabelo com suas mãos ásperas até que ela adormecesse. Ela o amava. O respeitava, adorava e confiava nele mais do que em qualquer outra pessoa no mundo. Ele era o maior herói que ela tinha.
Então, no ano em que completou doze anos, o fatídico momento chegou.
A mensagem dizia que a terra pertencente à nobreza local, muito próxima à província onde Emília vivia, havia caído.
E, depois, quase como se fosse um sinal, os bispos da Igreja vieram. No começo, Emília pensou que a Guarda da Igreja tinha vindo para salvar a aldeia. Mas viu-se sendo carregada para a carruagem da Igreja, sozinha, enquanto seu pai lhe dizia que não iria junto.
A princípio, não tinha ideia do que seu pai estava dizendo. Ela implorou aos bispos e ao ancião da aldeia, o qual veio para se despedir dela, para que convencessem seu pai a vir junto. Não posso viver sozinha. Sou quem sou por causa do meu pai, por causa dos aldeões.
— Vamos, pai! Vamos juntos!
Emília gritava o mais alto que podia, mas a resposta que ele deu foi algo inacreditável.
— Emília, por favor, vá.
Ela duvidou daquilo que ouviu.
— Pai! Pai, o que você está…!
— Tudo isso é para evitar um dia que eu não quero ver acontecer. Por doze anos, a protegi. Fui o pai da filha de um anjo, uma que eu não tinha o direito de receber.
— Não entendo! O que está dizendo, pai!?
— Você é filha de um anjo. Herdou o sangue do Paraíso, aquele que acabará com a escuridão que cobre Ente Isla. Você é a única nessa terra com o poder de derrotar o Rei Demônio.
— Eu? Não! Não, pai! Sou sua filha! A filha de um aldeão, de um fazendeiro!
— Sim, você é. Mas também é filha de sua mãe. A filha de um anjo.
— Minha… minha mãe? Um anjo?
Ela havia falecido. Seu pai lhe disse isso há anos.
— Algum dia, você há de entender, Emília. Por favor, deixe que os bispos te levem. Sua mãe ainda está viva, em algum lugar. Sei que ela também olha por você.
— Mas…, mas pai—
— Prometi a sua mãe que nós três ficaríamos juntos aqui, nesta aldeia, algum dia. E se eu quiser manter essa promessa, precisarei lutar por ela.
Nord deu outro abraço em Emília, mais forte desta vez, que se agarrou a ele como uma criancinha, então, ele se ajoelhou até ficar no mesmo nível dos olhos dela. Uma mão grande e áspera afagou sua cabeça, assegurando-a.
— Vai ficar tudo bem. Todos no exército da Igreja estão lutando ao nosso lado para proteger a aldeia, esta província. O dia em que nós viveremos juntos certamente chegará.
— Sério…?
— Mas é claro. Nunca minto para minha garotinha. Já quebrei alguma promessa antes?
— Não… — Soluçando, Emília usou um punho para limpar as lágrimas enquanto balançava a cabeça.
— Boa menina. — Seu pai riu. Sua risada era tão aconchegante quanto um alqueire fresco de trigo.
— Estarei orando por você. Por um mundo onde a maldade não existe, onde você pode viver sua vida banhada em luz sagrada. Emília… minha filha, amo você do fundo do coração.
O resto estava todo nublado em sua memória. Seu pai, borrado em seus olhos lacrimejantes, e o braço do bispo que tentava separá-los. A aldeia e o único familiar que conhecia, ficando cada vez menores do outro lado das escotilhas espessas da carruagem.
Provavelmente chorou até dormir, pois só se lembrava de estar em um quarto luxuoso, ornamentado e completamente estranho.
O bispo que servia como seu mordomo explicou que ali era Sankt Ignoreido, o quartel general da Igreja no Continente do Oeste. Fazia um dia que tinha se separado de seu pai. No mesmo dia, notícias chegaram de sua terra natal, sua aldeia. Ela foi destruída, os esforços da Igreja se mostraram em vão.
Depois disso, o jovem bispo lhe contou sobre várias coisas.
As revelações fluíam como um riacho. Sua mãe era, na verdade, um dos grandes arcanjos; apenas alguém nascido do relacionamento entre um humano e um anjo poderia empunhar a espada sagrada presenteada pelo Paraíso, a “Better Half”. Para Emília, ouvir tudo isso não lhe proporcionava consolo nem dor. Ter todas essas histórias estranhas jogadas diante de você, e então saber que tudo isso era a mais pura verdade, seria difícil de aceitar para qualquer um. Mas ela não desejava ter uma espada sagrada nem saber de coisas duvidosas sobre sua mãe. Tudo o que queria era poder. Poder para se vingar contra as forças do Rei Demônio que destruíram sua pequena e pacata aldeia.
A partir do dia em que chegou a Sankt Ignoreido, começou a aprender os caminhos da espada. Ainda se lembrava da surpresa que teve ao sentir o peso da arma de ferro que os cavaleiros adultos pareciam brandir com facilidade. Quando ficou acostumada com a rotina de treino, seu corpo já estava cicatrizado, suas mãos estavam cheias de calos.
A primeira jornada para uma batalha veio um ano depois. Ela se juntou à linha de defesa montada em uma fronteira rural. O lado dos demônios era composto por monstros no nível mais baixo, apenas alguns goblins comuns e diabretes, mas, ainda assim, a visão de seu primeiro campo de batalha e o cheiro de sangue fizeram com que suas pernas fraquejassem. Não foi capaz de derrotar um único demônio; os Cavaleiros da Igreja foram obrigados a protegê-la do começo ao fim.
Sua própria fraqueza e o quão avançado e aterrorizante o inimigo que ela tentava desafiar ficava claro. As lágrimas que prometeu nunca mais derramar depois de perder seu pai saíam com muita facilidade.
Mas o tempo continuava a passar, e Emília ganhava mais experiência no campo de batalha. Antes que percebesse, já estava nas linhas de frente, liderando os Cavaleiros da Igreja enquanto capturavam as cidadelas e postos de comando do Rei Demônio.
O nome de Emília Justina, cavaleira da Guarda da Igreja, espalhou-se não só entre as forças da Igreja, como também entre todos os cavaleiros e mercenários que serviam aos exércitos dos reinos de toda a terra. Ela portava um escudo, sua armadura prateada tinha o símbolo da Igreja gravado em dourado e vermelho; sua espada cavalheiresca apresentava a Cruz de Ignora, o símbolo da Igreja de Ente Isla. Aqueles que a viam matando os bandos de demônios que ousavam desafiá-la passaram a chamá-la de Virgem do Campo de Batalha, a Cavaleira Sagrada. Sem demora, Emília passou a ser reconhecida por toda a raça humana como a líder da Guarda que enfrentava as hordas do Rei Demônio.
Um grande grupo de amigos confiáveis se reuniu sob sua liderança.
Olba Meiyer, um dos seis arcebispos da Igreja, a figura mais alta em sua burocracia. Emeralda Etuva, alquimista e membra da corte de Saint Aile, um império no Continente do Oeste que foi capturado pelo exército de Lúcifer. Albert Ende, um artista marcial que trabalhou arduamente como lenhador nas montanhas do Continente do Norte.
Às vezes eles lutavam como um quarteto. Mas, de vez em quando, cada um liderava as próprias forças contra os exércitos do Rei Demônio.
Quando Emília completou dezesseis anos, já tinha maturidade o suficiente para ser uma guerreira capaz de empunhar a espada sagrada. A Better Half foi fundida em seu corpo, garantindo-lhe, tanto no nome quanto na habilidade, o poder para destruir o próprio Rei Demônio.
Notícias de que o nascimento da Heroína Emília, a mulher que portava a espada do Paraíso, espalharam-se por toda a terra, reanimando os espíritos de todos aqueles que ouviam. O dia em que a Heroína nasceu também foi o dia em que os humanos de Ente Isla fizeram a primeira resistência realmente unificada contra o Rei Demônio.
A resposta de Emília foi ignorada. Ela não sentia orgulho da adulação; não havia sentido em manter uma grande responsabilidade para com o povo. Aquele dia não tinha um significado especial, porém, agora ela tinha o poder necessário para desafiar o soberano demoníaco em seu próprio jogo.
Dentro do coração dela, duas coisas estavam presentes: a imagem eterna e indomável de seu pai e um desejo obscuro por vingança contra os demônios. Seus companheiros permaneceram em silêncio, tendo ciência disso, prontos para se tornar a espada e escudo dela enquanto se uniam por uma causa comum.
Com um ímpeto que parecia imparável, derrotaram três dos Grandes Demônios Generais. Depois de um combate cansativo e sangrento, invadiram o Castelo do Rei Demônio, o edifício que serviria como o local da batalha final. A alegria obscura que Emília sentiu quando sua espada cortou um dos chifres do Rei Demônio quase a fez ficar eufórica por causa da sensação maravilhosa. E o ódio feroz que sentiu quando ele escapou pelo Portal, fugindo de seu golpe final, foi cataclísmico.
Desde o momento em que começou a treinar, sonhava com o momento em que mataria o Rei Demônio com as próprias mãos.
Acima do solo, a cena era caótica, como se alguém tivesse jogado um ninho de vespas bem no meio do centro da cidade. A Rua Yasukuni estava fechada para o tráfego. O local do desabamento estava rodeado de longe por vários veículos de resgate. Um campo com brilhos azuis e vermelhos cobria a paisagem noturna, e uma horda de veículos da mídia estavam do lado de fora dessa roda.
Quando os socorristas chegaram ao corredor subterrâneo, Maou já tinha retirado todas as vítimas dos escombros. Ninguém tinha ferimentos graves. Os times que chegaram às pressas esperavam ver uma cena macabra; mas ficaram surpresos, não conseguindo acreditar no que viam.
O Rei Demônio havia voltado a ser Sadao Maou antes que o resgate terminasse. O esforço o havia deixado exausto; ele estava deitado, de cara no chão, entre as outras vítimas. Porém, dadas as circunstâncias da cena, ninguém deu muita atenção para ele.
Ele, naturalmente, não relataria o resgate que fizera às autoridades. Quando as vítimas acordaram, quase todas ficaram de pé. Foi tão estranho que Emi, com um corte superficial na testa, era considerada a com o ferimento mais grave entre todos eles.
Chiho, dormindo por causa de Emi, imediatamente abriu os olhos depois de sentir um leve tapa na bochecha. Ao perceber que estava na superfície, olhou para Maou, sentado próximo a ela. Moveu-se na direção dele, prestes a dizer algo, mas, então, fechou a boca.
— Bem, pelo menos estamos okay.
— S-Sim…
Chiho parecia confusa enquanto Maou afagava sua cabeça, mas sorriu fracamente mesmo assim. Paramédicos e policiais corriam de um lado para o outro conforme levavam as “vítimas” para dentro de uma zona segura. Ao perceber Emi Yusa sendo tratada dentro de uma ambulância nas proximidades, Chiho tentou relembrar da conversa antes de perder a consciência. Por alguma razão, tudo parecia nublado.
— Com licença, vocês dois são vítimas? — Um policial fardado foi ao lado deles com um tipo de registro em mãos. — Vocês dois são bem sortudos por não terem ficado gravemente feridos. Me perdoem a intromissão, mas precisamos confirmar a identidade de todas as vítimas. Vocês poderiam escrever suas informações de contato aqui? Podemos usá-las para providenciar a devida compensação e devolver o que recuperarmos depois.
Muitos nomes e endereços já estavam escritos no registro que ele entregou. Maou, obedientemente, adicionou o seu próprio contato na lista, então, entregou a Chiho, que fez o mesmo.
— Hmm? Ei, você não é a filha do Tenente Sasaki? — O endereço que Chiho escreveu parecia ter tocado um sino na mente do oficial.
— Hum, se você está se referindo a Sen’ichi Sasaki, do departamento de Harajuku, então sim.
O oficial assentiu ao ouvir a resposta surpresa de Chiho.
— Ah, bem que eu imaginava. O Tenente Sasaki também está em algum lugar por aqui agora. Estamos chamando os pais ou responsáveis para pegar os menores de idade que estão aqui, então, irei avisá-lo pelo rádio. É melhor que ele saiba que você está segura primeiro, antes que descubra que foi pega nisso.
— Oh! Aham!
Enquanto Chiho dava sua aprovação, o oficial pegou o rádio e começou a falar, sem dúvidas de que estava chamando o pai dela. Observando-o, ela começou a ficar inquieta.
— Um, Maou…?
Maou, percebendo o que ela estava prestes a dizer, sorriu, em parte para acalmar os nervos dela.
— Seu pai, né? Pois é, até consigo imaginar. Mesmo que nada de ruim tenha acontecido, aposto que ele não gostaria muito de saber que você acabou envolvida nisso porque estava em um encontro com um cara, hein?
— Sinto… muito. — Ela dizia isso do fundo do coração.
— Não, não, tudo bem! Nós dois estamos bem; isso é o que importa. Vejo você no trabalho, pode ser? Na próxima vez, vou te ensinar a arrumar a máquina de sorvete. Até mais!
Com a mão acenando no ar, Maou distanciou-se de Chiho, que se curvava para ele. Ele se virou depois de certa distância, dando de cara com outro oficial fardado diante dele, abrindo caminho entre a multidão, com pressa. O homem saltou na direção de Chiho.
— Uou.
O oficial o surpreendeu, fazendo-o reagir em voz alta. Ele conhecia aquele rosto.
Quem poderia imaginar que o oficial que encontrou Alciel e o ferido Rei Demônio vagando pelas vielas de Yoyogi, os quais recém tinham fugido de Ente Isla e caído no Japão, o homem que os levou até o departamento de polícia de Harajuku para fazer algumas perguntas, era o pai de Chiho?
— “Policial Sasaki”, né? Isso não foi coincidência. Se esse cara estava respondendo à nossa força mágica naquela vez…
— Rei Demônio!
— Ah!
Maou, perdido em pensamentos e lembranças, viu-se empurrado de volta para a realidade pelo grito de Emi. Ela estava logo atrás dele.
— Vejo que você voltou a ser Sadao Maou agora, hã?
Mesmo com o curativo colocado na testa, seus olhos afiados ainda estavam focados diretamente sobre Maou. Os chifres se foram, as pernas demoníacas, que rasgaram suas calças jeans, agora eram um simples par de pernas brancas e peludas, visíveis pelos rasgos.
— O que eu pareço, algum tipo de javali selvagem?
— Não estou aqui para fazer graça de você, Maou.
— Não faço ideia do que aconteceu. Foi uma total coincidência eu ter voltado ao normal agora há pouco. Não sei o que causou aquilo, e aquele pequeno esforço foi tudo o que precisou para me fazer voltar a ter essa forma também. — respondeu honestamente. Mesmo que suas piadas tenham sido uma falha total, Emi ainda o encarava com aqueles olhos mortalmente sérios.
— Não vai adiantar de nada se você continuar escondendo isso de mim.
Seu esforço de boa-fé foi mal recompensado.
— Cara, você se parece cada vez menos com um Herói a cada dia. Pode continuar me perseguindo se quiser, mas não sei se vou me transformar de novo tão em breve. Embora eu possa querer agir para fazer o mesmo que fiz hoje, sabe?
— O que quer dizer?
— Ah, sabe, sair para comer em uma praça de alimentação subterrânea, esperar por outro desabamento.
— Não se faça de idiota comigo.
— Ah, qual é. Vou para casa, dormir. Estou cansado.
— Espere!
— Me deixe em paz, pode ser? Nada vai acontecer hoje, okay? Independentemente se foi uma coincidência ou não, tive meu poder mágico de volta, mas seu ataque foi uma falha total. — Maou, sem entusiasmo, ignorava Emi, tentando trazer um fim à conversa. Mas Emi não estava disposta a deixar aquele golpe final sem revidar.
— Meu ataque? O que quer dizer com isso?
— Você estava ouvindo o que eu e a Chi estávamos conversando, né? Tipo, da metade em diante? — Maou deu de ombros, exasperado. — De forma alguma ela está normal. Tudo isso aconteceu quando você e eu chegamos aqui. Alguém nos perseguiu. Não sei se foi um pulso sonar ou interferência mágica, tanto faz, mas você realmente sabe, não temos mais onde nos esconder.
Os olhos de Emi ficaram arregalados.
— Então, nosso inimigo…
— Ele está muito próximo, sim. Só não notamos antes. E aposto que ele não tentou uma segunda vez porque eu estava prestes a recuperar meu corpo diabólico completo.
— M-Mas…, mas o que foi aquilo? Estamos no Japão. Não podemos recuperar nossa força; não consigo a minha de volta. Como ele consegue usar esse tipo de força?
Maou mostrou um sorriso irônico.
— Oh, tenho algumas coisas em mente.
— O quê? Ah, qual é!
A expressão dele permanecia firme, quase fria, contra a agitada Emi.
— Não é como se eu tivesse obrigação de te contar. Você não pode fazer nada mesmo. — Emi pensou em retrucar por um instante, mas resistiu à vontade. À sua maneira, Maou estava certo. — Mas vou te dar uma pista, de qualquer forma. Não quero que entre em pânico quando tudo for a baixo.
— Uma… pista?
— Sim. Primeiramente, seja de forma indireta ou não, nosso oponente está usando seus poderes como louco sempre que quer. Pense em quem poderia fazer isso em Ente Isla agora, pode ser? Alguém que esteja confiante que pode matar nós dois?
Emi havia pensado nisso sozinha. Mas quem seria? Ela ficou inexpressiva. Observando-a, perdida em seus pensamentos, um sorriso cínico apareceu no rosto de Maou.
— Não percebeu ainda? Estou indo para casa. Preciso pensar em como contra-atacá-lo. Além disso, estou morto de cansaço.
— E-Espere! Só um minuto. Ainda preciso—
— Ainda precisa conversar? Ótimo. Mas o que acha de darmos um tempo por hoje? Você tem companhia. — Maou apontou para trás de Emi. Lá, viram uma figura atrás da fita amarela da polícia, atrás das ambulâncias, acenando freneticamente para eles.
— Rika…
— Oh, é sua colega de trabalho, talvez? Ela está chamando seu nome, percebeu?
Rika Suzuki, ainda usando o uniforme de trabalhado, começou a acenar com ainda mais energia quando percebeu que Emi a reconheceu.
— Então você realmente tem alguns amigos.
— Isso não é da sua conta! Pare de me incomodar! — Ela cuspiu essas palavras e virou as costas para ele.
— Ei, só estou com inveja. Vá cumprimentá-la.
— Mas… você acha que vão atacar novamente quando as coisas se acertarem?
Essa pergunta veio de seu coração, a personificação de suas ansiedades. Esse desabamento não foi como a rajada de disparos mágicos que acontecera antes; desta vez, envolveu um grande número de inocentes. Se um terceiro ataque estivesse vindo, Rika poderia acabar envolvida. Mas Maou simplesmente riu com arrogância, sua voz estava cheia de confiança.
— Duvido. Ele declarou que nós dois somos os alvos. Se atacar um de nós, o outro ficará sabendo, não é? Confie em mim. Sei como os vilões malignos pensam. Sou o melhor deles. — Não era algo para se ter orgulho, mas Maou ainda estufou o peito para falar. — Bem? Vá lá, não a deixe esperando.
Ele a empurrou. Foi uma experiência nada agradável. Ela deu um passo para frente, então virou a cabeça para trás.
— Só por hoje, entendeu?
— Sim, sim. “Não tente nada engraçado”, isso? Pode deixar.
Ele duvidava que ela tivesse acreditado em uma resposta tão vazia, e, da mesma forma, Emi torceu um pouco o rosto antes de rapidamente sair correndo. Sua colega de trabalho, atrás da fita, abraçou-a, lágrimas escorriam pelo rosto. Seu uniforme era o típico de uma secretária, e as sandálias eram simples e sem adornos. Ela devia ter colocado a primeira coisa que viu quando ficou sabendo do acontecido.
Maou riu melancolicamente para si mesmo.
— Se ela está tentando me desmotivar, está tendo bastante sucesso.
Ele deu meia volta, preparando-se para sair do loca.
— Vossa Majestade Demoníaacaaa…
— Agh! Ashiya! — Quase se colidiram, sem perceber que ele estava espreitando por trás, como se fosse um fantasma vingativo.
— Sinto muito, meu soberano!
— O que é tudo isso de repente? Além disso, onde estava?
Ashiya fungava pateticamente em sua frente, lamentando enquanto apontava para uma ambulância ao longe.
— Permiti que Emília se aproximasse de nós… Falhei em notar o nosso inimigo se aproximando… E você até mesmo salvou minha vida, meu soberano! Como eu poderia… poderia recompensááá-looo!?
Maou, cansado, empurrou o sujo e soluçante Ashiya para o lado.
— Ouça, pode calar a boca? Pare de soluçar assim em público. Você parece terrível. Qual é, vamos para casa. Você não parece ferido.
— N-N-Não… Não, nãooo! O-Obrigado por… se importar…!
Eles foram parados três vezes por outros oficiais para conferir suas identidades enquanto partiam; dois dos oficiais deram informações sobre compensações e hospitais próximos. Então, eles fugiram, quase sendo pegos pela mídia que cobria o incidente, mas preferiram economizar na tarifa do trem, indo a pé todo o caminho de Shinjuku a Sasazuka. Duas horas depois, os dois chegaram em casa.
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