Outer Ragna

Outer Ragna Outer Ragna – Vol 02 – Capítulo 50 – O Irmão Mais Novo Dá o Primeiro Golpe com Seu Cavalo Veloz/Arquivos de Vídeo de DDR

Cavalgue. Cavalgue na direção do inimigo que ataca.

É frio. Por quê? Não temo nada, mas ainda assim…

 

-Marius II-

— Permita-me lhe dar apenas um aviso, Marius, filho mais jovem da Casa Willow: não morra.

Foi isso que o Comandante Jashan son Peine disse para mim de manhã cedo, antes de eu partir. O primeiro ataque contra os inimigos está em minhas mãos. Com apenas um ataque, preciso ser capaz de tomar a iniciativa, sem falhas.

— Homens, preparem suas magias e… avancem! — ordeno.

Liderando a ala esquerda, eu parto. A ala direita segue em sincronia. Deixando um espaço no centro, onde os soldados de infantaria estariam, dois mil cavaleiros marcham. O chão treme, e nuvens de poeira erguem-se dos cascos dos cavalos.

Hehe, os vampiros estão observando. Ótimo. Vampiros e elfos têm que observar com cuidado. Desta forma, podem descobrir o que acontece quando uma espécie é encurralada em um canto do mundo e deixada para morrer. Então eles podem repensar em suas ações. Não somos destinados a sermos desprezados. Não somos destinados a sermos tratados com descuido. Quando eles perceberem isso, certamente compreenderão a necessidade da diplomacia. Guerra é subtração, mas não necessita continuar até que um dos lados chegue a zero. Uma “batalha final” não é algo que um ser vivo deveria considerar. Devemos romper a declaração imprudente deles com nossa luta feroz.

— Bombas de fogo de prontidão.

Os cadáveres dos goblins espalhados pelo campo não são um grande incômodo para aqueles como nós, que ficam nas costas dos cavalos. Logo os soldados de infantaria estarão se juntando à luta também. Isso com certeza se tornará uma briga, por isso o nosso primeiro ataque vai ser com poder total.

— Aqui vamos nós! — Eu cavalgo adiante, deixando a cavalaria seguir o comando.

O inimigo não precisa pensar em nós como uma unidade forte; quero que nos vejam como uma horda de indivíduos poderosos. Viu? Os vampiros nos atacam de frente. Imprudência atrai imprudência. Um após o outro, apressam-se para se juntarem à luta, com olhos ferozes que não mostram sinais de medo.

— Alinhem-se! Preparem-se para disparar!

Meus homens deslizam rapidamente e sem esforço para a formação, o que assusta os vampiros.

— Fogo! — Jogo uma bomba de fogo com toda a minha força.

Nossas conflagrações irrompem antes mesmo que vampiros consigam começar a conjurar suas magias de trovão. Estamos um tanto distantes demais para causarmos algum dano real, mas já é o suficiente. Meu objetivo era preencher o campo de batalha com calor, sons explosivos e fumaça.

Contemplem a nossa vontade, nosso espírito de luta e coragem!

— Desviem para a direita!

Meus homens se reúnem, afiando nossa linha de frente. Nosso objetivo agora é rasgar suas forças pela ala direita. Galopamos com força e rompemos. Não há necessidade de nos esforçarmos para decapitá-los; enquanto avançamos, jogamos bombas de Conflagração para trás. Aqueles que deveriam morrer, morrem. Meu plano não é a subtração máxima.

Normalmente, esse seria o momento em que eu recuaria, porém, desta vez, continuamos. Damos meia-volta e investimos uma vez mais, adentrando nas forças inimigas até sua retaguarda.

Lá, encontrei. Um único grupo que permaneceu resoluto mesmo depois das provocações frequentes e ataques de magia de fogo. A formação defensiva deles, que não é característica dos vampiros, mostra exatamente quem está se escondendo naquele meio.

O comandante inimigo desta batalha. Aquele, cuja grande estratégia perturbou o Comandante Jashan son Peine, está aqui.

Irei esmagá-lo.

Talvez não faça sentido. Possivelmente o plano deles já não possa mais ser parado. Mesmo assim, matarei todos. Não sei dos detalhes, e não consigo ter a visão total da situação, mas eles cometeram o pecado de fazer que nos sentíssemos ameaçados, mesmo que tenha sido um pouco. Não perdoarei este insulto. Eles irão pagar com a própria vida.

Bato as esporas nos flancos do meu cavalo. Mais rápido!

Nossa ala direita se aproxima; um ataque em pinça de dois mil soldados. Destruiremos os mil soldados deles. Espere e veja.

Hm? Aquela vampira de aparência mais velha e com armadura pesada… Por que está enfiando seu martelo de guerra no chão? Também há um bando de vampiros que estão com as mãos no chão. Sinto mana surgindo.

— Não! Espalhem-se! — Mas antes que eu consiga gritar direito, o chão incha.

É magia de terra. Dezenas de paredes de pedra erguem-se, bloqueando nosso caminho. São tão altas que nem mesmo nossos cavalos são capazes de saltar sobre elas. O ar está preenchido pelos sons de tinidos e cavalos caindo para a defesa absoluta dos vampiros.

Então eles atacam; rugindo com selvageria, os vampiros disparam. Fomos despidos de nossa velocidade e rota de fuga… Não há mais escapatória.

— Não parem! Formação em espiral!

A formação em espiral: um ataque carregado por dez pelotões separados de cavaleiros. Uma luta em cima dos cavalos. Essa é a nossa única opção agora.

Movo minha lança na direção de um vampiro que salta. Não atinge, mas faz com ele acabe perdendo o equilíbrio. Sigo com um movimento da minha espada e golpeio em outra direção. Outro vampiro se apresenta diante de mim. Golpeio-o com minha lança, estilhaçando seu cabo no processo. Continuo cavalgando. Novamente, outro vampiro surge. Com certeza estou sendo alvo. Corto com minha espada, atingindo seu aço branco contra o ferro negro do martelo de guerra do inimigo. Faíscas voam à medida que ondas de choque percorrem meu braço. Em um festival de murros diretos, a força bruta de um vampiro rouba a cena.

— Então você é o líder! — Uma inimiga nova e terrível apresenta-se contra mim… a maga de terra de antes. Ela facilmente ergue o martelo de guerra sobre a cabeça. Deve ser uma armadilha.

— E se eu for? — provoco-a.

Executo um sinal com uma única mão e salto; cavalo e cavaleiro são como um. Abaixo de mim, posso ver o chão afundando. Os dez cavaleiros atrás de mim se espalham para evitar o abismo.

— Morraaaaa! — xinga a vampira.

— Não estou a fim.

O martelo de guerra vem em disparada até mim enquanto pouso. Ele assovia pelo ar e se choca contra minha espada. Lâmina contra martelo, empurro-o, alterando seu percurso. Preciso proteger meu cavalo. De alguma forma, consigo, mas meu ombro e cotovelo estão dormentes. Que golpe feroz.

— Está fugindo?!

— Tente me pegar, se puder!

 Ordeno que dez dos meus homens me sigam. Percorremos através do labirinto de paredes de terra, desviando ou cortando vampiros, dependendo da situação, enquanto corremos para fora do campo de batalha. Balanço minha espada acima da cabeça, reunindo os Cavaleiros Bombardeiros à medida que recuamos. Atrás de mim, consigo ouvir os sons de explosões esporádicas.

Eu ferrei com tudo, e muitos dos meus homens pagaram o preço do meu erro com suas vidas. Eu não deveria ter ido direto contra o líder. Entretanto, não foi uma falha total. Consegui ver uma vampira sozinha, com expressão assustada e desarmada. O feitiço que utilizara para afundar-se no chão deve ser novo, e certamente fez jorrar muita terra.

De qualquer forma, não há dúvidas de que ela é a líder. Irei me lembrar do seu rosto na próxima vez. Haverá uma próxima vez. Temos a iniciativa, afinal, e não tem como os vampiros serem capazes de continuar calmos depois de serem atacados desta forma. Nem a líder deles será capaz de parar de se mijar com tempo suficiente para evitar o ataque. As comportas da violência foram arreganhadas.

Agora, pela luta que há de decidir tudo.

Uma alcateia de lobos negros percorre as planícies como uma rajada negra de vento ceifando a grama. Os vampiros seguem logo atrás, levantando uma poeira tão grande que mais parece um deslizamento. Ambas as forças inimigas se parecem com desastres naturais — impossíveis de se evitar ou resistir. São a morte encarnada.

Porém, é por este mesmo motivo que nos foi dado o fogo e as lâminas: para enfrentarmos tais ameaças. Com gritos de batalha valentes e passos firmes, enfrentamos de frente, criando uma formação densa. Enquanto isso, nossa infantaria à prova de fogo marcha em frente, seus escudos fazendo o papel de escamas, lanças eriçadas. Frascos de óleo balançam sob bandeiras esvoaçantes. O alvorecer queima em vermelho. Coelhos saltam a partir dos nossos pés, com as presas da frente à mostra e orelhas para trás. Seus chifres afiados estão posicionados perpendicularmente com o chão.

Vampiros não são nada para nós — nosso espírito é belo. No mundo todo, não há espécie alguma abandonada por Deus. Deixa que venham; esmagaremos todos. E, então, pela primeira vez, seremos os vitoriosos.

-Transmissão de DDR/VOD Parte 5-

Dizem que a ignorância é uma benção…, mas o que fazer quando já não é mais ignorante?

Ei, pessoal, PotatoStarch aqui. Foi mal, estou prestes a chorar de preocupação e medo. Acabei de perceber que meus pais não sabem o meu endereço. O processo de mudança foi tão complicado com o contrato de aluguel e valor que eu disse que entraria em contato quando as coisas se acalmassem. Entretanto, esqueci que tinha esquecido de tudo! Minha empresa nunca disse a eles o meu endereço também. Afinal de contas, meu chefe disse que eu estava, basicamente, “trabalhando no exterior”. Depois que entrei em contato, ele me disse que o controle de segurança de informação é perfeito e ainda riu. Tecnicamente, estou mantendo seu segredo em troca de férias remuneradas.

Fato é que comi bife hoje… e estava muito bom. Mas sou da classe média-baixa, por isso me senti culpado por ter, talvez, comido a refeição de outra pessoa. Portanto, conferi mais uma vez o pacote, e estava endereçado a mim! Quem? Quem foi que me deu carne de presente? Tipo, foi um pedido online, então ninguém que sabe o meu endereço poderia ter feito isso. Mas, então, por que colocar o nome de família da minha mãe como remetente? Até mesmo adicionaram uma mensagem: “Certifique-se de comer um pouco de carne de vez em quando”! Agora percebi que nunca me disseram isso antes. Bem, meus pais sempre foram um pouco negligentes… o que torna o fato de usarem o nome da minha mãe ainda mais estranho. Deve ter ocorrido alguma confusão.

Na verdade, espera um pouco. Isso quer dizer que… estou sendo observado? E-esse é o meu trabalho agora? Vício em jogos e coisas de infraestrutura? Hahaha… sinto-me idiota só de dizer isso. Como se fosse verdade.

Oh, a propósito, acabei de notar que os dados de acesso no arquivo de vídeo que estou gravando estão desligados. Quem está de olho nas minhas coisas? O que buscam? O que querem de mim? Bem, provavelmente querem que eu jogue mais DDR, eu acho. Isso faz sentido. Ainda é estranho, mas estou um pouco aliviado, pelo menos…. ugh.

Talvez a pessoa por trás disso é quem me enviou o e-mail em romeno? Se estão espionando os meus arquivos de vídeo, então, pois é, com certeza me enviaram aquela mensagem estúpida sobre esperança ou sei lá o quê. Aham, pode ser. O mistério sobre esse bife, entretanto, é estranho demais.

E-Estou assustado. Simplesmente assustado. Sinto como se um grande buraco se abriu debaixo de mim.

Ugh… Pelo menos Kuroi chegou na Expansão Infernal… Uou! Um evento de batalha já? Uma alcateia de lobos negros está indo de frente contra os coelhos de combate! Que grande luta! Uou! Uma revolução na cadeia alimentar! Vá, Kuroi! É hora de lutar!


 

Tradução: Taiyo

Revisão: Midnight

 

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