Otomege: O Mundo dos Otome Games é Cruel Para Mobs

Otomege: O Mundo dos Otome Games é Cruel Para Mobs – Vol. 02 – Cap. 05.3 – Despachando Piratas

 

Quando Preto, ou melhor, Julius, voltou ao palácio, a primeira coisa que o esperava era um sermão da sua mãe em seu escritório.

Ela fez uma pausa no meio da papelada e disse, com muita naturalidade.

— Você quer suprimir os piratas para ganhar fama? Julius, não entende nada da sua posição, não é? Com sua queda em desgraça, você não tem acesso a nenhum dos nossos ativos militares. Nem um navio, nem uma armadura. Tampouco tem o direito de comandar as tropas do reino. E deseja exterminar piratas? Não me faça rir.

Julius se encolheu, contudo protestou.

— Mas mãe, expulsar essa ralé não é o nosso dever como nobres?

— É o dever daqueles designados para tal trabalho. Julius, honestamente, você se acha mais capaz do que os cavaleiros e soldados que lidam com piratas aéreos todos os dias? Percebo que às vezes os garotos da academia se envolvem em assuntos além de suas capacidades, porém recebemos queixas frequentes daqueles que veem a “ajuda” dos alunos como um obstáculo. Você não estava ciente?

Alguns dos estudantes do sexo masculino foram além do dever para tentar ganhar nomes para si mesmos. Os cavaleiros e soldados mais velhos não podiam recusar quando insistiam em ajudar, e alguns até apoiavam-nos, auxiliando-os em sua busca por conquistas. Eles tinham uma grande simpatia pela busca desesperada dos estudantes por parceiras de casamento.

— Entendo as circunstâncias mais amplas. — disse Mylene. — Então deixamos os outros garotos participarem. Seus amigos podem. Entretanto, este baronete pode passar pelos canais apropriados e enviar tropas se assim o exigirem. Então podem recrutar alunos da academia.

Para Julius, Mylene parecia uma pessoa totalmente diferente no trabalho. Sua personalidade inocente estava longe de ser encontrada. Urgh! Nesse ritmo não poderei ajudar Greg e Brad em nada!

Vozes ecoaram no corredor. Depois de receber permissão dos guarda-costas de Mylene, Jilk de repente entrou na sala, um pouco sem fôlego.

Mylene o examinou, então voltou para sua papelada.

— Pois não?

Sua caneta continuou se movendo.

Jilk respirou fundo, olhou por um breve momento para Julius, depois respondeu.

— Vossa Majestade, o Barão Bartfort partiu para eliminar os piratas que assolam a Casa Wayne. Greg e Brad parecem estar juntos.

Julius olhou para a mãe, certo de que ela atacaria Jilk por ter vindo de tão longe por causa de algo tão insignificante.

— O quê? Leon foi?

Mylene deixou escapar, soando mais como a mãe que Julius conhecia do que uma rainha no modo de trabalho.

Não, era diferente. Um leve rubor coloriu suas bochechas.

Mãe! Por favor, abra os olhos! Por qual parte de Bartfort poderia se apaixonar? Não, espere um momento. Essa pode ser minha chance!

— Mãe. — disse Julius em seu tom mais persuasivo — Devemos enviar reforços atrás deles imediatamente. Por favor, confie a frota a mim. Vou garantir que esses piratas sejam eliminados o quanto antes!

A expressão vulnerável e quase tímida no rosto de Mylene desapareceu.

— Julius, você não tem experiência em comandar uma frota. Só iria atrapalhá-los. Além do mais, não podemos ter os cavaleiros e soldados dividindo seus esforços cuidando de você, podemos?

Ela se virou para Jilk.

— Esta informação está correta?

— Sim, já confirmei. A filha do conde Offrey está envolvida, então suspeito…

— Fale fatos, não suposições.

Jilk endireitou sua postura.

— Duque Redgrave enviou um dirigível atrás do Parceiro, que está indo de encontro ao baronete conturbado. A informação vem de uma fonte confiável.

A Casa Redgrave estava envolvida? Julius olhou para a mãe.

Mylene pareceu refletir sobre o assunto.

— Mais reforços são desnecessários. Esta será uma boa oportunidade para aprender a verdadeira extensão das habilidades do Barão Bartfort. Ele é apenas um cavaleiro talentoso? Ou é genuinamente capaz de enfrentar esses piratas? A decisão do duque de enviar um navio atrás deles significa que pretende fornecer apoio a Leon. Dada a sua posição precária agora, isso parece ser uma escolha perigosa…

— Mãe! — Julius protestou. — Por favor, deixe-me ir também. Por que permite Bartfort ir, mas não eu?

Mylene voltou ao seu trabalho, suspirando.

— Sua incapacidade de responder isso por si mesmo é precisamente o motivo pelo qual não posso deixá-lo.

 


 

Tradução: Demiurgo

Revisão: DanFlash

QC: Bravo & Errei

 

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