Segurando a relíquia semiesférica, imbuí uma pequena quantidade de éter nela. A relíquia ganhou vida, queimando com um brilho de mercúrio aglutinado em torno do portal de saída da zona. O opaco campo de energia ondulou e tornou-se transparente como vidro. Era como olhar por uma janela para meus aposentos na Academia Central.
Fiz um gesto para que Caera fosse primeiro.
— Eu o chamaria de cavalheiro, mas sei que você está me usando como um rato de laboratório para seu novo brinquedo.
Disse ela com um sorriso malicioso antes de desaparecer pelo portal, tornando-se imediatamente visível novamente do outro lado.
Passar por ele foi tão fácil quanto passar por uma porta. Não houve desconforto ou sensação de vertigem, como as pessoas às vezes sentiam ao usar os portões de teletransporte em Dicathen. Parecia estranho passar tão suavemente das Relictombs para meus aposentos limpos e praticamente vazios na academia.
Caera estava parada no meio da sala, seus olhos escarlates rastreando cada movimento meu enquanto me abaixava para desativar o portal de ascensão. Quando ambas as peças foram pressionadas uma contra a outra, fizeram um leve clique e se reconectaram, formando uma esfera perfeita. Armazenei a Bússola na minha runa dimensional.
— Lamento que não tenha funcionado, Grey.
Disse finalmente, seu olhar se suavizando.
— Está tudo bem. — respondi.
— Vai funcionar, eventualmente.
Caera me deu um sorriso de boca fechada e gesticulou indicando seu corpo, que estava coberto com respingos de sangue seco e coagulado.
— De qualquer forma, é melhor eu ir me limpar.
Olhou pela janela, onde a luz já estava invadindo o campus.
— Parece que passamos a maior parte da noite lá. A aula é daqui a pouco.
— Você provavelmente deveria se limpar aqui.
Apontei, gesticulando em direção ao banheiro conectado ao meu quarto.
— Pode ser que levante suspeitas se alguém te ver vagando pelo prédio coberta de sangue.
Caera olhou para o teto como se traçasse um caminho do meu quarto ao dela.
— Bem pensado.
Depois de entregar a ela uma toalha limpa, sentei-me diante do tabuleiro de Disputa dos Soberanos e cutuquei as peças sem pensar.
— Talvez não funcionou porque Sylvie é uma Asura e nós estávamos nas Relictombs?
Regis perguntou, interceptando meus próprios pensamentos meio formados.
— Não. — respondi
— A sensação era a mesma de antes, logo depois de formar o núcleo de éter. Só que agora, em vez de colocar baldes de água em um lago, estou jogando lagos no oceano.
Com minhas reservas etéreas tendo crescido dez vezes ao fortificar meu núcleo com uma segunda camada de éter, tinha certeza de que poderia quebrar o segundo selo dentro da pedra de Sylvie. Estava errado. Em vez disso, observei enquanto todo o poder que havia reunido, tanto das próprias Relictombs quanto da semente do brinquedo de fruta seca, desapareceu nas vastas profundezas da estrutura rúnica, drenando como areia por uma peneira.
— Mas você está certo
Continuei. Fechando os olhos e me deixando afundar no colchão macio.
— Não deveríamos tentar nas Relictombs novamente. Não sabemos o que acontecerá se um Asura puro-sangue emergir de dentro.
Caera veio do banheiro alguns minutos depois, limpa de toda sujeira e vestida com roupas limpas.
— Enquanto eu estava no banho acabou me ocorrendo que eu sair do seu quarto nas primeiras horas da manhã, recém-banhada, tem potencial pra começar tantos rumores como se eu estivesse coberta de sangue.
Disse ela com naturalidade.
— Rumores menos prejudiciais. — disse.
Ela franziu a testa para mim, uma sobrancelha levantada.
— Talvez para você. Já que você não é uma nobre senhorita de sangue elevado com uma reputação a manter.
Inclinei minha cabeça, devolvendo seu olhar.
— Você quer que eu abra o portal para que você possa se cobrir de sangue novamente?
Caera murchou e ignorou minhas palavras com um gesto cansado.
— Tenha um bom dia de aula, Gray.
Quando se foi, a voz de Regis encheu minha cabeça.
— É impressionante, sabe?
— O quê?
Eu perguntei, sentindo uma armadilha em suas palavras.
— Como você pode ser tão bom e tão ruim com as mulheres ao mesmo tempo.
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Era óbvio o quanto o clima dentro da aula de Táticas de Melhoria Corporal havia mudado quando descia as escadas íngremes da sala.
Depois que foi estabelecido que eles iriam competir no Victoriad, na frente de lacaios, Foices e Soberanos, os alunos começaram a chegar cedo, e mesmo aqueles que zombaram da ideia de aprender a lutar sem magia há alguns dias atrás estavam esperando ansiosamente com seus colegas.
Enola e sua amiga subserviente, Laurel do Sangue Nomeado Redcliff, que descobri que era sobrinha da Professora Abby, ocuparam a maior parte da plataforma de treinamento, enquanto o resto tinha se formado em pares e estavam espalhados pela sala de aula, lutando desajeitadamente.
— O que… eles estão fazendo?
Perguntou Regis, perturbado e inquieto.
Minhas sobrancelhas franziram em confusão enquanto observava os alunos.
A maioria deles eram vindos de casas poderosas, incluindo vários de Vechor, onde rapazes e moças eram treinados para serem soldados desde o momento em que podiam andar, mas apenas alguns deles pareciam ter alguma ideia do que estavam fazendo.
Seus socos e chutes eram fracos, como se estivessem brincando de luta com uma criança. De toda a classe, apenas Valen, Enola e Marcus do Alto Sangue Arkwright pareciam estar realmente lutando.
Eu deixei escapar um suspiro de ridículo.
— Eles não estão usando mana.
Alacryanos despertaram como magos antes de Dicatheanos, então fazia sentido que a maioria de seu treinamento antes de ingressar na Academia Central dependia de mana para alimentar seus movimentos e ataques, ao invés de músculos e técnicas.
— Professor Grey!
Virei meu olhar para ver Mayla subindo as escadas correndo na minha direção, as sobrancelhas cheias de suor.
— Você vai ensinar hoje, certo?
Seth tem me mostrado alguns dos exercícios que leu em um livro para nos ajudar a aquecer para sua aula!
— Seth?
Senti um pequeno aperto no peito com o nome, meu rosto se contraindo involuntariamente em uma careta.
Tinha o colocado bem no fundo da minha mente. Era mais fácil ignorar sua existência do que tentar continuamente me convencer de que eu tinha razão em desprezá-lo pelas ações de sua irmã durante a guerra.
Afinal, isso levou à escravidão de inúmeros elfos e, eventualmente, à dizimação de Elenoir.
Quem se importa se não foi diretamente culpa dele.
Sua família teve o que merecia…
— Mesmo que tenha sido Seth pessoalmente quem traçou o caminho para Elenoir em vez de sua irmã, não vamos esquecer que você também fez coisas terríveis como soldado na guerra.
Disse Régis, a voz cheia de aborrecimento.
— Eu sei disso… Eu sei. É só que…
Esfreguei minhas têmporas, passando por Mayla. Meus olhos se desviaram de Seth, que estava lutando para fazer flexões. Fui em direção ao escritório, ignorando os olhares dos alunos por quem passei até que fui interrompido por uma figura parada na frente da minha porta.
Enola estava com os braços cruzados, os olhos fixos em mim friamente, mesmo enquanto o suor escorria por seu rosto.
— Algum problema?
Ela abaixou os braços e soltou um escárnio.
— Já se passaram dias desde que foi anunciado que nossa classe estaria no Victoriad, e você não fez nada além de nos dizer para exercitar nossos corpos.
Levantei uma sobrancelha, jogando minha cabeça por cima do ombro.
— Parece que todos vocês já estão fazendo mais do que isso. Eu não acho que duelos eram parte do programa.
Enola cerrou as mãos com força enquanto dava um passo à frente.
— Porque estaremos lutando no Victoriad pelo bem de Vritra! Temos de fazer algo!
— E você é livre para fazer o que quiser. — respondi friamente.
— Esta instituição está à sua disposição. Eu não estou prendendo você.
— Não… não foi isso o que eu quis dizer.
A herdeira do sangue Frost abaixou a cabeça, os ombros caídos.
— Treine-nos. Mostre-nos como podemos lutar como você fez contra o tutor de Valen.
Hesitei, desviando o olhar de sua exibição lamentável quando meus olhos avistaram Seth mais uma vez.
Aborrecimento e ressentimento queimaram quando virei minha cabeça para trás e contornei Enola. Abri a porta quando senti um pequeno puxão no meu cotovelo.
— Por favor.
Sussurrou Enola, com a voz trêmula.
Aguardei, silenciosamente esperando que Regis contasse uma piada ou apenas me lembrasse das justificativas que eu tinha feito antes, e que agora me fugiam. E pela primeira vez, ele não tinha nada a dizer.
Olhei para trás, me arrependendo imediatamente. Arrependido de ter que ver como todos os alunos me olhavam com olhos esperançosos, e o Valen até chegou a se inclinar levemente junto com seus amigos. Seth se levantou e olhou pelo canto do olho, com muito medo de olhar diretamente para mim, enquanto Mayla sorria mansamente.
— Você fez a escolha certa. — transmitiu Regis.
— Quem disse que eu fiz uma escolha.
Respondi, retirando delicadamente a mão de Enola.
— Esse seu cérebro teimoso.
Respondeu meu companheiro com uma risada.
Balancei minha cabeça e encarei a classe.
— Todos na plataforma de treinamento!
Os garotos largaram tudo e correram para a plataforma elevada, Enola de alguma forma sendo a primeira a chegar, apesar do fato de que estava ao meu lado há poucos segundos.
Fui em direção ao grupo, coçando a nuca e tentando não pensar se havia feito a escolha certa ou não.
Dentro do ringue, Enola sentou-se com Laurel enquanto Valen, Remy e Portrel estavam logo atrás. Um por um, meus olhos examinaram o resto dos alunos, lembrando como eles lutaram entre si.
Marcus e Sloane, ambos Vechorianos, vinham treinando juntos com estilos semelhantes, uma forma de combate corpo a corpo utilizando joelhos e cotovelos fortes. Outro dos alunos de Vechor, Brion do Sangue Nomeado Bloodworth, esteve lutando com o garoto que ele estava sentado ao lado agora, um menino loiro bronzeado de Etril chamado Linden.
Linden parecia mais um fazendeiro do que um lutador e seus golpes eram confusos e largos em comparação com Brion, que obviamente tinha algum nível de treinamento.
De todos os alunos me olhando ansiosamente como pintinhos, apenas Deacon parecia desinteressado, sentado ao lado de Yanick no fundo, seu rosto escondido atrás de um livro.
Soltei um suspiro.
— Qual seria o resultado se injetasse os músculos de um guerreiro veterano em bebês?
Levantando minha mão direita, apontei meu dedo para a classe.
— Vocês.
Essa declaração foi recebida com uma mistura de respostas, que iam desde confusão a aborrecimento e até raiva.
— Belo jeito de incentivá-los para a aula. — respondeu Regis.
— Simplificando, vocês podem muito bem estar socando com os pulsos.
Disse, demonstrando com um movimento do meu próprio pulso.
— E a única razão de estar funcionando é porque você tem mana suficiente para fazer até mesmo isso doer.
Enola levantou-se com um salto, a boca já aberta, mas eu a interrompi.
— Não estou aqui para acariciar seu ego ou tornar a aula divertida e empolgante. — disse.
— Vou ensinar uma coisa hoje. Se querem ouvir ou não, depende de vocês.
— Dar um soco requer todo o seu corpo, não começando com o balanço dos braços, mas com a planta dos pés.
Girei meu pé direito lentamente e apontei para meus quadris.
— Como um tornado, você gera impulso com a perna, girando o quadril e permitindo que o poder se acumule conforme vira o ombro e explode o punho para frente. Alguma dúvida?
Para minha surpresa, foi a mão de Valen que subiu primeiro.
— Você pode nos mostrar uma demonstração usando um alvo?
— Não. — disse impassível.
— Formem pares e demonstrem em vocês mesmos.
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Dois dias depois, quando entrei em minha sala para a aula seguinte, fiquei surpreso ao encontrar metade dos alunos já esperando por mim. Rafferty, chefe do Departamento de Combate Corpo a Corpo, também estava lá, sentado na fileira mais próxima da plataforma de treinamento.
Enola estava parada na frente dele, dando o mesmo soco que eu havia mostrado na aula anterior.
— …começa no pé, pernas e quadris, assim…
Ouvi ela dizer enquanto eu descia as escadas. Seus olhos brilharam, e ela veio até mim.
— Tenho praticado o soco que você nos ensinou e você estava certo! A pontuação de força em meu artefato de medidor de impacto foi mais que o dobro, e continua a melhorar.
Disse animadamente enquanto me mostrava seus dedos machucados.
— C-Certo.
Respondi, pego de surpresa por sua excitação. Virando-me para Rafferty, fiz uma pequena reverência, dando uma olhadela para a pilha de pergaminho em sua mão.
— Só estou aqui para uma inspeção padrão, nada para se preocupar, Professor Grey. A senhorita Frost estava me contando sobre sua última lição.
Disse o chefe do departamento com uma tosse.
Eu dei a ele um sorriso vazio antes de descer para a frente das poltronas estilo arquibancada. Enquanto esperava o resto dos alunos chegarem, ouvi o barulho da conversa vindo da classe. Mayla estava sentada na fileiras do meio, entre Seth e Linden, o único outro estudante em Táticas de Melhoria Corporal que era de Etril.
— Você acha que obterá uma segunda runa durante a concessão?
Linden estava perguntando a Mayla.
— Ainda é difícil acreditar que você recebeu um emblema como sua primeira runa…
Mayla baixou os olhos timidamente. Embora fosse confiante e enérgica em relação às aulas, parecia ter dificuldades quando se tratava de se comunicar com os outros alunos.
— Eu realmente não sei muito.
Finalmente respondeu.
— Todo mundo que ouve sobre como eu consegui a… runa fica sempre surpreso. Ninguém nunca ouviu falar de algo assim.
Linden estava balançando a cabeça, a boca ligeiramente aberta.
— Você é tão sortuda. No limite de ficar sem adornos, então bum! Emblema.
Mayla enrolou uma mecha de cabelo em volta do dedo distraidamente.
— Sim…
Marcus se recostou na cadeira e olhou por cima do ombro para o par.
— Minha primeira runa foi um brasão. Pessoalmente, estou na expectativa por outro durante esta concessão. Não é tão impressionante quanto um emblema—
Deu um pequeno aceno de cabeça para Mayla, que corou.
— Mas se eu conseguir um segundo em breve, é possível que eu possa receber uma terceira runa ainda na academia.
— De acordo com meu avô.
Valen interrompeu de vários assentos de distância, chamando a atenção de quase todos na sala.
— Menos de dez por cento dos alunos conseguem três runas antes de se formarem, mas isso ainda é mais alto do que quase qualquer outra academia em Alacrya.
Marcus encolheu os ombros com indiferença, como se não visse o mínimo problema nesses números.
— Já tenho o meu segundo.
Disse Enola, sentando-se na primeira fila.
— Um brasão durante minha primeira concessão na academia.
Rafferty pigarreou, e todos os olhos se voltaram para ele.
— Lembrem-se de que a cerimônia de concessão é um momento de introspecção e sua concessão é um reflexo de seu esforço para dominar a mente e a mana. Concentre-se menos no que receberá e mais no que você fez para merecer. Professor Grey, por favor comece.
Meus olhos percorreram os alunos que esperavam que eu falasse.
— Na última aula, ensinei como dar um soco adequado. Desta vez, vocês trabalharão em como se esquivar adequadamente.
Uma mão subiu. Era Mayla.
— Sinto muito, professor, mas é possível revisar sua lição da última aula? Quero ter certeza de que estou fazendo isso corretamente.
Perguntou com a mão ainda no ar.
— Não. Pergunte aos seus colegas, faça alguns amigos.
Respondi enquanto Yanick deslizava pela porta, o último a chegar. Antes que ele pudesse dar mais do que alguns passos, acenei para que ele descesse.
— Yanick, boa hora. Você é o primeiro.
Ele franziu a testa com preocupação, mas desceu as escadas para ficar ao meu lado.
— Eu vou dar dois socos em você. Um de direita em seu rosto, então um gancho de esquerda em suas costelas, eu o informei.
— Huh?
Eu levantei meus punhos.
— Esquive.
Dando um passo à frente, joguei meu punho direito direto em seu rosto. Apesar de sua surpresa inicial, Yanick ainda foi capaz de se afastar do meu alcance.
Girando ao redor do meu pé direito, joguei meu punho esquerdo em um gancho largo.
Yanick deu mais um passo para trás para se esquivar.
Voltei-me para a classe, que estava assistindo da arquibancada.
— O que Yanick fez de errado?
— Ele desperdiçou muito movimento.
Valen respondeu prontamente.
— Correto.
Me virei para Yanick mais uma vez.
— De novo.
Meu pequeno parceiro de treino assentiu seriamente, se preparando desta vez.
Eu soquei novamente, limitando minha velocidade e força. Desta vez, o jovem Alacryano se inclinou para longe do soco de direita em vez de pular para trás, e então defendeu o gancho.
— Mais rápido.
Repeti o exercício e a resposta de Yanick foi a mesma, se inclinar pra trás antes de aparar o gancho. Na terceira vez, sua inclinação brusca para trás o forçou a dar um passo não planejado, e ele mal conseguiu abaixar a mão a tempo de interceptar meu gancho.
Meu punho acertou firmemente em seu lado na quarta repetição, com força suficiente para deixá-lo sem fôlego.
O menino tossiu enquanto me virei para o resto da classe.
— Aprender a se esquivar de forma eficaz significa que você não apenas faz com que seu oponente erre, mas também cria uma oportunidade para você atacar ao mesmo tempo.
Os alunos olharam para mim com interesse renovado; até mesmo Deacon largou seu livro para prestar atenção.
— Quem gostaria de ser o próximo?
Disse, dispensando Yanick. As tranças do menino balançaram enquanto ele pulava da plataforma antes de se sentar.
Algumas mãos se levantaram, com Enola praticamente acenando com a mão para ser escolhida.
— Valen
Disse, virando-me para o alto sangue.
Portrel deu um grito de alegria, mas o olhar frio de Valen acalmou o garoto maior.
— Você entende o que fazer agora?
Perguntei, adotando minha postura.
Valen acenou com a cabeça enquanto fazia uma postura que reconheci como sendo da guarda Vechoriana, baseado no meu curto duelo com seu tutor, Drekker.
Quando joguei meu cruzado com a direita, ele se inclinou para frente e seu cotovelo caiu para bloquear o gancho.
Recuei um passo.
— Observem como os movimentos de Valen são pequenos. Ao se inclinar na minha direção, Valen está se preparando para bloquear o gancho com um movimento menor do que a defesa de Yanick, e para estar dentro da minha guarda para um contra-ataque.
Levantei meus punhos.
— Vamos ver se ele consegue fazer isso mais rápido.
Valen e eu fizemos várias outras rodadas, com cada combinação vindo cada vez mais rápido. Finalmente, seu passo inicial foi muito raso, e meu cruzado o acertou na bochecha, quase o derrubando no chão.
Apesar de ver o neto do diretor ser atingido, Rafferty não parecia afetado, e sua caneta continuava a borrar no pergaminho enquanto fazia anotações.
— Formem pares, todo mundo. Alternem, trocando as posições de atacante e defensor. Atacantes, comecem com metade da velocidade e vão aumentando.
— Obrigado pela lição.
Valen disse com uma reverência antes de ir embora.
— É tão chato agora que as crianças são tão obedientes.
reclamou Regis.
— Minhas lições são muito básicas para a poderosa arma divina da destruição?
Perguntei com uma risada.
— Sim, além de anatomicamente inútil para mim. Então, a menos que você comece a ensinar seus alunos a lutar de quatro, vou tirar uma soneca.
Respondeu enquanto sua presença desaparecia.
O resto da sessão passou rapidamente, e a maioria dos alunos pareceu genuinamente surpresa quando anunciei o fim da aula.
— Saiam daqui. — disse impacientemente.
— Obrigado, professor.
Disse Marcus enquanto subia as escadas. Alguns dos outros assentiram. Mayla me deu um sorriso largo e acenou enquanto subia os largos degraus dois de cada vez.
Rafferty estava de pé, seus papéis dobrados debaixo do braço. Ele rapidamente ajustou seu terno preto e azul.
— Seus ensinamentos são… incomuns, mas eficazes. Parece que não terei que me preocupar muito, Professor Grey.
— Agradecido.
Disse enquanto o chefe do Departamento de Combate Corpo a Corpo subia as escadas e saía da minha sala de aula.
Me ocupei colocando as coisas no lugar e fechando tudo. Estava quase terminando quando senti alguém me observando.
— Você ia se anunciar, ou apenas ficar aí agindo de forma assustadora?
Comentei, fechando e trancando a porta do meu escritório.
Caera estava encostada no batente da porta.
— Estava um pouco chocada vendo você limpar.
Disse com a mão sobre a boca.
— Não estou acostumada com você parecendo tão doméstico.
— Doméstico, de fato.
Riu Regis.
Suspirei.
— Se você vai fazer piada, pelo menos ajude enquanto faz isso.
— Estou aqui para outra coisa.
Disse Caera, endireitando-se.
— Com a cerimônia de concessão começando amanhã, as aulas estarão suspensas pelos próximos dias…
— Sei.
Disse, fingindo indiferença.
— Finalmente terei tempo para resolver uns assuntos que deixei de lado, junto com algumas outras tarefas domésticas.
Caera revirou os olhos.
— Não banque o espertinho. Vamos entrar, certo?
Um sorriso se formou na borda dos meus lábios.
— Claro.
Tradução: Reapers Scans
Revisão: Reapers Scans
QC: Bravo
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