POV ELEANOR LEYWIN
Minha flecha de mana atingiu o torrão de terra no ar, fazendo-o explodir em uma nuvem de areia. A flecha continuou a trajetória até o golem que acabara de lançar o ataque de terra, acertando-o na têmpora direita. Embora parte da cabeça tenha desmoronado, aparentemente não foi o suficiente para contar como uma morte, porque a pilha animada de terra e pedras se arrastou para o lado, preparando outro ataque.
Ao mesmo tempo, um segundo golem apareceu, crescendo do solo como se estivesse derretendo ao contrário. Ele tinha um enorme machado de pedra apontado para minha cabeça. Soltei um bufo.
— Torrões de terra e machados cegos? Eu treinei com uma Lança, Hornfels
Disse levianamente enquanto evitava um golpe desajeitado do golem empunhando o machado.
O machado veio em um movimento lateral apontado para meu quadril, mas rolei para trás por cima do ombro. Reforçando meu arco com mana, dei uma rasteira no golem, depois coloquei duas flechas brilhando na corda do meu arco élfico antes de ficar de pé novamente. Dividindo as flechas de mana com meu dedo, lancei-as em trajetórias ligeiramente diferentes, de modo que uma perfurou o peito do golem que empunhava o machado, enquanto a segunda acertou o arremessador de torrões na garganta.
— Belo tiro, Ellie!
Minha nova amiga Camellia gritou.
Dei à jovem elfa um sorriso cheio de dentes, então gritei de surpresa quando o chão embaixo de mim se transformou em lama. Enquanto caia de joelhos, mais três golens cresceram do chão e me encararam.
Me joguei na lama para evitar um golpe esmagador de um punho de pedra. O solo endureceu novamente, prendendo metade de mim no chão rochoso da caverna. Cuspi um bocado de lama.
— Eca
Gemi, tentando ajustar minha posição, mas completamente presa.
— Não se esqueça, eu também treinei com uma Lança, sua magrela superconfiante
Disse Hornfels jovialmente.
Passos suaves dispararam em minha direção.
— Está tudo bem? — Camellia perguntou.
Hornfels soltou uma risada baixa e a pedra se transformou em areia, me libertando.
— Ela ficará bem. Não a bajule, garota. A moça já se acha demais.
Saí do buraco de areia e me limpei.
— Eu não sou arrogante!
Alguém bufou sarcasticamente, e me virei para ver duas figuras familiares caminhando em nossa direção.
— Jasmine! Emily!
Gritei com entusiasmo.
— Vieram ver o quão incrível eu fiquei?
— Não, nem um pouco arrogante…
Camellia brincou. Empurrei de brincadeira seu ombro e me cutucou nas costelas, depois saltou antes que eu pudesse pegá-la de volta.
— Só precisava ter certeza de que ela não estava se metendo em problemas.
Jasmine disse, indicando Camellia.
A aventureira séria não mudou muito desde que eu era criança. Eu gostava de todos os Chifres Gêmeos, mas secretamente tinha um pouco de medo de Jasmine. Quando Helen, Durden e Angela Rose foram trazidos originalmente para o santuário, Jasmine não tinha vindo com eles. Camellia tinha me contado tudo sobre como Jasmine a salvou, então estava feliz por ela ter voltado.
— Na verdade, estávamos procurando por Hornfels.
Emily interrompeu.
— Helen sugeriu que também fizéssemos algum tempo de treinamento.
Ao contrário de Jasmine, Emily havia mudado muito em um período de tempo muito curto. Havia um tom endurecido nela que definitivamente não tinha antes, às vezes a notava ficar meio vazia e fria. Cortou o cabelo depois que foi queimado em uma explosão, mas pelo menos suas sobrancelhas estavam crescendo novamente.
Fiquei muito feliz quando chegou com os Chifres Gêmeos e Gideon. Não éramos melhores amigas nem nada, mas Emily sempre foi legal comigo, ela até fez um arco personalizado naquela época que aproveitou minhas técnicas de mana pura.
Era um gênio total, então não era exatamente surpreendente que tivesse encontrado uma maneira de sobreviver. Ela e Gideon foram capturados pelos Alacryanos e forçados a trabalhar para eles, mas os Chifres Gêmeos ajudaram a salvá-los. Ou eles ajudaram a salvar Jasmine? Ainda estava um pouco confusa com os detalhes.
Ela ficou quase tão chateada quanto eu ao saber que meu arco foi destruído. Infelizmente, não tínhamos nenhuma das ferramentas ou recursos de que precisava para fazer outro no santuário, então tinha que me contentar com um arco de treinamento.
Ainda era muito bom ter as duas de volta. E ver mais rostos familiares tinha sido bom para mamãe também. Ela começou a voltar à vida um pouco quando percebeu que muitos de nossos amigos ainda estavam vivos lá fora, apenas esperando por ajuda.
— Estou quase terminando com a Princesa Leywin de qualquer maneira.
Hornfels zombou, fazendo Camellia rir.
— Ei! — disse indignada.
— Outra princesa? Justo o que precisávamos…
Jasmine disse, e ela parecia tão séria que eu não pude dizer se estava brincando ou não.
— Não ligue para ela.
Camellia disse, franzindo o nariz.
— Ela simplesmente não é muito boa em se expressar.
Jasmine ergueu uma sobrancelha para a garota élfica.
— Cuidado, Chata.
Camellia cruzou os braços e mostrou a língua para Jasmine.
— Tudo bem então.
Disse Hornfels, rindo alto.
— Com a garota Watsken eu estou familiarizado, mas você terá que me mostrar suas habilidades, Srta. Flamesworth…
Minha atenção se desviou dos outros quando Jasmine e Hornfels começaram a discutir a luta.
Tínhamos escolhido uma crista plana com vista para a maior parte da caverna para ser nosso campo de treinamento. Estava longe o suficiente para que não quebrássemos algo acidentalmente no processo. Também gostei porque dava para o vilarejo e quase todas as casas daqui, além da maioria dos túneis que saiam da cidade.
Curtis e Kathyln Glayder estavam marchando rapidamente em direção ao túnel que conduzia ao portão de teletransporte. Depois do que aconteceu em Elenoir, a maioria de nós nunca mais deixou o santuário, mas os Glayders, junto com alguns outros magos fortes, ainda estavam em missão para procurar mais refugiados.
Os membros de nossa expedição a Elenoir ficaram bem próximos depois que todos voltamos. Kathyln descreveu isso como uma “culpa compartilhada”. Cada um de nós pensou que poderíamos, deveríamos, ter feito mais para garantir que Tessia estivesse segura.
O único que não parecia interessado em conversar conosco era o guarda élfico, Albold. Aparentemente, queria voltar para a floresta quase imediatamente quando Tessia e eu não voltamos, mas Virion não o deixou. Então, quando Bairon confirmou que Elenoir havia sumido totalmente, bem…
Balancei a cabeça. Tentei considerar como seria a sensação de saber que Sapin simplesmente… se foi, mas…
— Ellie, você está bem?
Camellia perguntou, me cutucando com o cotovelo.
— Claro.
Disse enquanto pendurava meu arco no ombro.
— Estou muito cansada… vou encerrar o dia, ok?
Acenando para os outros, me virei e comecei a longa descida até a cidade, sem saber o que fazer comigo mesma. Estava cansada, mas também estava…
Não tinha ideia, na verdade. Não sabia como me sentir mais, então comecei apenas a empurrar tudo para o fundo.
Foi assim que você lidou com isso, irmão? Eu pensei.
Suspirando, chutei uma pedra na rampa pela qual estava descendo. Ela foi rolando até a borda, eventualmente caindo com um respingo no riacho.
O fato de eu estar cercada de pessoas que haviam perdido tudo não ajudava. Perdi meu pai e meu irmão, e minha infância, para a guerra, mas então pensei em Camellia… sua família inteira foi morta durante a invasão, sua casa havia sumido, a maioria das pessoas que ela conheceu estava morta…
Eu queria entender isso. Eu queria ajudar Camellia e Virion e todos os outros, mas eu simplesmente não conseguia entender o que eles tinham experienciado.
Albold era o único outro membro élfico de nosso grupo. Talvez tenha sido egoísta da minha parte, mas parecia que ele era minha conexão com o que aconteceu. Queria que ele me ajudasse a entender o que estava sentindo, mas praticamente se escondeu.
Havia outros elfos com quem eu poderia conversar, é claro. O comandante Virion estava em reuniões o tempo todo, e, por mais que eu quisesse falar com ele, não tinha permissão há semanas.
Rinia disse que estava fraca demais para receber visitantes, mas não havia voltado para o santuário. Tive a sensação que algo estava acontecendo entre Virion e ela. Eu só não conseguia adivinhar o quê. E como nenhum dos dois estava falando comigo, bem…
A presença de Camellia foi uma coisa boa, pelo menos. Havia algumas outras crianças no santuário, mas ninguém que entendia o que eu passei do jeito que ela entendeu. Talvez fosse porque éramos tão parecidas que ambas lutamos para realmente entender o que havia acontecido. Antes de Jasmine salvá-la, ela já havia perdido toda a sua família e parecia meio entorpecida quando se tratava do ataque à sua terra natal.
Havia outros também, mas ninguém com quem eu pudesse conversar. Se Tessia ainda estivesse aqui, ela poderia—
Será que poderia? Eu me lembrei daquele momento na pequena cidade élfica, com Tessia, linda, parada acima de seu povo chocado e confuso…
Balançando a cabeça, deixei esse pensamento de lado. Em vez disso, minha mente voltou para Albold. Eu tinha procurado por ele algumas vezes nas últimas semanas, mas não o tinha encontrado. Ainda assim, tentar de novo não faria mal, disse a mim mesma, e talvez precisasse falar comigo tanto quanto eu precisava falar com ele.
Embora tivesse certeza de que não estaria lá, fui primeiro para a prefeitura. Albold não tinha estado em nenhum de seus turnos regulares de guarda desde que dei meu relatório ao conselho, mas realmente não sabia onde mais procurar.
Como esperava, dois guardas desconhecidos flanqueavam a porta, enquanto a elfa chamada Lenna estava parada ao pé da escada. Ela estava me observando se aproximar.
Não tinha chegado a menos de dez metros dela quando disse:
— Desculpe, Srta. Leywin, o Comandante não está disponível.
— Na verdade.
Comecei nervosamente.
— Estava procurando pelo guarda, Albold. Você—
— Albold ainda está de licença devido ao ferimento.
Me interrompeu, falando com firmeza.
Acontece que eu sabia que minha mãe cuidou pessoalmente das feridas do elfo momentos depois que se teletransportou de volta para o santuário. Embora houvesse algum desconforto persistente por um tempo, havia voltado às suas funções quase imediatamente. Ainda assim, não adiantava discutir com a chefe da guarda. Também sabia o que ela diria quando perguntasse onde ele estava agora, mas tentei mesmo assim.
— Como eu disse antes, Albold recebeu uma caverna particular fora da cidade e pediu para não ser incomodado. Tenho certeza que vai te avisar quando estiver se sentindo melhor.
A maneira como ela disse isso deixou muito claro o quão provável pensava que Albold iria me procurar para qualquer coisa.
Queria ficar brava com a atitude dela, mas então pensei em Elenoir novamente e meu estômago embrulhou.
— Desculpe incomodá-la. Obrigado pelo seu tempo e—
Me esforcei para dizer algo, sentindo-me ficar mais estranha a cada palavra.
— Seu serviço.
Terminei com um estremecimento.
Virando na esquina da prefeitura, pretendia entrar em um dos becos e apenas caminhar um pouco, mas um barulho vindo de dentro do grande edifício me interrompeu.
Enquanto ouvia com mais atenção, percebi que havia um feitiço de amortecimento de som, mas alguém gritou alto o suficiente para meus ouvidos sensíveis perceberem.
Olhando em volta para me certificar de que ninguém estava olhando, me aproximei do lado da prefeitura onde ficava a grande sala de conferências, mas havia algo lá, como uma carga elétrica na atmosfera ou uma pressão esmagadora, o suficiente para fazer meus ouvidos estalarem. Mesmo que não tivesse certeza do que estava causando isso, confiei em meus instintos o suficiente para não chegar mais perto.
Havia um pequeno jardim comunitário ao lado da prefeitura. Só crescia raízes e cogumelos e outras coisas, então normalmente não passava muito tempo lá, mas era o disfarce perfeito agora.
Sentando-me no meio do jardim, fingi estar examinando as plantas. Em vez disso, ativei a primeira fase da minha vontade bestial. Os ruídos de toda a caverna inundaram meus ouvidos enquanto meus sentidos se aguçavam dramaticamente, de modo que tive que levar alguns segundos para filtrar tudo com cuidado. Me concentrei na prefeitura, ouvindo a voz vociferada de Virion.
— …artefatos que nos foram prometidos. Essa mentira que você me fez contar só vale a pena se nós—
Outra voz interrompeu o comandante.
— A mentira que você concordou em contar é melhor para todos, Virion, como discutimos longamente. Entendo que você está ansioso para retomar seu continente, mas os artefatos ainda não estão prontos. Nem, por falar nisso, estão os Asuras.
Embora não tivesse ouvido essa segunda voz em muitos anos, soube imediatamente quem era. Não havia como esquecer o homem, ou divindade, que me deu Boo.
Mas do que eles estavam falando? Mentiras? Artefatos? Não entendi.
A voz de Virion era um grunhido quando ele respondeu.
— Malditos jogos, Windsom. Não pense que perdoei seu crime contra meu povo. Só divulgo sua mentira porque não tenho outra escolha. Saber o que os Asuras fizeram destruiria a pouca esperança que resta em Dicathen.
— Você está correto.
Windsom disse, sua voz fria e sem emoção.
— Você não tem escolha, Comandante Virion. Se você deseja liderar seu povo, elfos, humanos e anões, nesta guerra, é essencial convencer a todos de que a destruição de Elenoir foi um ato do clã Vritra.
— A história funcionou bem em Epheotus.
Windsom continuou.
— Até mesmo os clãs de basiliscos restantes começaram a aparecer. Em breve, Lorde Indrath terá apoio suficiente para prosseguir com uma guerra em grande escala.
— Mas Dicathen será protegida?
Virion perguntou, um tanto nervoso, reparei.
— Você tem minha palavra.
Windsom respondeu com firmeza.
— Lorde Indrath deseja ardentemente que Dicathen não seja prejudicada por esta guerra. Quanto à população Alacryana, bem, é lamentável…
— E minha neta?
Virion atirou de volta.
— Ela será mais dano colateral para sua guerra? Você me disse que a encontraria, Asura.
— Receio não ter nada de novo para relatar sobre este assunto.
Windsom confirmou.
— Nós sabemos apenas que o recipiente de Tessia, seu corpo, está atualmente em Alacrya, mas os clãs de Epheotus não têm conhecimento desta técnica de reencarnação que Agrona usou. No caso de não ser reversível, você deve estar preparado para—
Reencarnação? Meu coração batia tão forte em meu peito que abafou as palavras de Windsom. Como meu Irmão?
Um leve estalo me fez pular e, de repente, tudo que pude ver foi o corpo grande e peludo do meu elo. Sua cabeça girava em busca de perigo e, ao se virar, seu grande traseiro me derrubou. Minha concentração em manter minha besta ativa quebrou e os sentidos aprimorados desapareceram.
— Boo!
Resmunguei enquanto tentava me sentar, mas não consegui por causa da parede de pelo pairando sobre mim.
Ele soltou um resmungo que sacudiu o chão.
— Não, não estou em perigo! Eu só estava—
Outro estrondo, desta vez acompanhado por um gemido.
— Bem, sinto muito ter interrompido sua caça, mas eu não pedi para você—
A enorme fera mana parecida com um urso recostou-se com um grunhido, esmagando uma porção de cogumelos brilhantes.
— Olá, Eleanor.
Disse uma voz próxima, fazendo-me gritar. Boo se levantou novamente em um instante, seu tamanho obscurecendo a pessoa que falava.
Agarrando um punhado do pelo do meu elo, me levantei e dei a volta nele. Windsom estava parado do lado de fora do jardim, com as mãos atrás das costas.
— Hum, olá… senhor?
Disse nervosamente. Ele de alguma forma percebeu que eu estava escutando sua conversa? O que ele faria comigo se soubesse que eu ouvi…?
Para minha surpresa, o Asura sentou-se em uma grande pedra do lado de fora do jardim e ergueu a mão na direção de Boo. Meu vínculo se aproximou dele com cautela, farejando a mão estendida. Então o comportamento do meu vínculo pareceu mudar, e ele deu uma lambida no Asura.
Fiquei boquiaberta quando Windsom soltou uma pequena risada.
— Aparentemente, ele se lembra de mim.
Ele começou a coçar a testa de Boo entre as marcas brancas acima de seus olhos, e a pata traseira dele começou a bater no chão de prazer.
Ficamos sentados em silêncio por alguns segundos. Minha mente estava vazia de medo.
— Você sabe, eu pretendia retornar para você eventualmente.
Windsom disse, seu olhar na cabeça larga de Boo.
— Você precisa saber mais sobre o seu vínculo, se quiser começar a fase de assimilação de…
Sua cabeça se virou para mim, e eu praticamente pude sentir seus olhos se enterrando em mim, olhando para o meu núcleo.
— Fascinante. — murmurou.
— Você completou a fase de assimilação e pode utilizar a vontade de sua besta. E você conseguiu isso sem ajuda?
Minha língua parecia inchar até o tamanho da boca de Boo, e eu não pude responder. Seria algum truque elaborado para que eu revelasse que os estava espionando?
— Estou deixando você nervosa.
Windsom observou.
— Falo com tão poucos de sua espécie. Minhas desculpas.
Boo se virou para mim e cutucou meu braço com sua cabeça larga. Quando me tocou, o calor derramou do meu núcleo, afastando o medo. Soltei um suspiro profundo.
Windsom sorriu, e eu pude ver seus olhos rastreando o movimento do brilho quente enquanto se movia por todo o meu corpo.
— Você realmente fez bom progresso com seu vínculo. Mais uma vez, peço desculpas por não ter tido essa conversa antes. Não imaginei que você completaria sua assimilação sem minha ajuda.
Olhei para as costas das minhas mãos e meus braços, onde os pelos finos estavam arrepiados.
— Que… que tipo de besta de mana o Boo é, afinal?
— Nós os chamamos de apenas bestas guardiãs.
Windsom respondeu, mudando seu assento para que ficasse de frente para mim.
— Eles são gerados, ou talvez criados seja um termo melhor, pelo Clã Grandus da raça titânica. Todo o propósito de uma besta guardiã se torna a proteção de seu vínculo.
— O que mais ele pode fazer?
Perguntei sem fôlego, meus olhos fixos nos de Boo, meu medo esquecido. Sabia que ele não era uma besta de mana normal, mas nunca imaginei que ele fosse algum tipo de super besta de mana de Epheotus.
— Seus poderes se manifestam de maneira diferente com base em sua forma. — continuou.
— Mas todas as bestas guardiãs são feitas para proteção, e então eles podem sentir quando seu vínculo está em perigo e se teletransportar para eles a uma grande distância, se necessário. Eventualmente, este urso guardião será capaz de protegê-la de outras maneiras também, como absorvendo danos físicos ao seu corpo e tomando as feridas si próprio.
— Oh
Disse suavemente, passando a mão pelo pescoço de Boo.
— Não tenho certeza se gosto muito disso.
Windsom me lançou um olhar curioso.
— Esse é o propósito de uma besta guardiã. Um urso de guarda também pode inspirar grande coragem em seu vínculo, permitindo que você supere seu medo quando necessário, como acredito que você acabou de experimentar.
— Quando eu canalizo a vontade da besta de Boo, eu posso… hum…
Parei, percebendo que realmente não queria falar sobre meus sentidos aprimorados.
— Isso dá a você uma visão dos próprios sentidos da besta, sim.
Windsom disse, pegando minha linha de pensamento.
— Pode ser bastante poderoso. A segunda fase deve então manifestar um pouco da força do seu vínculo e habilidade de luta, mas difere de Asura para Asura, e eu honestamente não posso te dizer como um humano vai se adaptar à segunda fase. É possível, muito provavelmente mesmo, que você nunca passe a fase de integração.
Assenti lentamente. Virion havia dito algo semelhante quando perguntei a ele sobre minha vontade de fera. Aparentemente, era muito comum que domadores de bestas parassem na fase de assimilação, e alguns não conseguiam nem mesmo assimilar corretamente.
— Por que você me deu Boo?
Perguntei, incapaz de suprimir o pensamento. Agora que eu sabia a verdade sobre o que Boo era, parecia bastante improvável que uma divindade decidisse apenas me entregar uma de suas bestas guardiãs especiais.
Windsom ficou em silêncio por um tempo, ponderando. Uma carranca franziu lentamente sua testa, e eu senti sua aura estranguladora vazar por um instante. Então ele se levantou.
— Receio que devo voltar para Epheotus.
Ele olhou para mim e, em vez de ser atraída por seus olhos cósmicos estranhos, senti meu corpo tentando se afastar dele. Só levou mais um segundo para descobrir o porquê.
O céu noturno sobre Elenoir, era assim que seus olhos pareciam… antes que ele e Aldir destruíssem o país inteiro, me lembrei com um tremor de medo.
— Saiba que seu irmão não é esquecido entre os Asuras, Eleanor. Você era importante para ele e, portanto, é importante para nós. É por isso que eu dei a você uma besta guardiã.
Antes que eu pudesse responder, o Asura havia desaparecido.
Fiquei sentada no jardim por muito tempo depois disso, pensando. Ainda não tinha certeza se Windsom de alguma forma percebeu que eu entreouvi ele e Virion ou não. Foi por isso que decidiu me contar sobre Boo agora? Pensei. Para me distrair? Ou talvez me mostrar que não era uma ameaça, que ainda se importava conosco?
Queria ficar louca, mas se o comandante Virion estava disposto a seguir com essa mentira para salvar Dicathen, então que direito eu tinha de questioná-lo?
Então pensei em Albold, que queria saber a verdade mais do que qualquer coisa. Ele e o resto dos sobreviventes não merecem saber a verdade? Perguntei para mim mesma.
Envolvendo os joelhos com os antebraços, me enrolei e desejei, não pela última vez, que Arthur ou Tessia estivessem ali comigo.
Tradução: Reapers Scans
Revisão: Reapers Scans
QC: Bravo
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