O Começo Depois do Fim

O Começo Depois do Fim – Cap. 280 – O Chefe da Cidade

 

O breve momento de paz que tive enquanto esperava pelo chefe da cidade não durou muito conforme passos rápidos se aproximavam, ficando mais altos até que a porta se abriu.

Abri meus olhos, um pouco surpreso ao ver um urso em forma de gente com músculos protuberantes nos braços e uma longa barba branca que descia até seu peito largo.

O pânico cruzou seu rosto envelhecido, mas enérgico, quando imediatamente caiu de joelhos com um baque.

— Este merece morrer por colocar o estimado ascendente em tais inconveniências! Sembian e Chumorith são ignorantes sobre os modos fora desta cidade miserável e não pretendiam ofender o estimado ascendente. Por favor, perdoe-os, pois sou o único culpado pela falta de sabedoria deles.

O grande ancião jogou a cabeça para trás.

— Sembian! Chumorith! Fiquem de jo—

— Está tudo bem. — interrompi. — Não há razão para você pedir perdão.

Fixando os olhos nos dois guardas, permiti um pequeno sorriso.

— As travessuras de Chumo e Sembi foram… divertidas, especialmente depois de sair das Relictombs.

Podia literalmente ver o corpo do ancião murchar de alívio enquanto permanecia de joelhos.

— Obrigado por sua benevolência, estimado ascendente.

— Por favor, levante-se. — disse, apontando para o sofá na minha frente. — Chefe Mason, certo?

— Sim! — Exclamou ele.

Enquanto me sentava, percebi a sujeira em suas mãos.

— Ah! Minhas desculpas pelo meu estado de desleixo, estava ajudando na reforma do nosso coliseu. Estamos um pouco atrasados para os próximos eventos. — explicou o chefe, olhando para as mãos.

— Seus dois guardas me falaram sobre a concessão e a exibição que acontecerá nos próximos dias. — respondi.

— Sim! É a vez da nossa cidade receber a exposição. Se o estimado ascendente deseja comparecer, podemos definitivamente fazer um anúncio e…

— Não há necessidade. Pretendo partir logo. — interrompi respeitosamente. — Eu teria saído imediatamente, mas há algo que eu preciso de qualquer maneira.

— Sim! Ficarei feliz em ajudar em qualquer maneira que puder. — O chefe da cidade fez uma pausa e me lançou um olhar envergonhado. — Mas, preciso verificar a licença e os pertences do estimado ascendente. Não é que eu não acredite que você seja um ascendente, mas como o chefe encarregado de supervisionar a Câmara de Descensão desta cidade, sou obrigado a verificar qualquer ascendente que saia do portal.

Hesitei por um momento. Embora as marcações falsas que recebi deveriam ser aprovadas, não tinha licença. Enquanto isso, o chefe da cidade correu para sua mesa, onde pegou o que parecia ser um relógio de bolso de obsidiana.

Virando-me, levantei a capa azul-petróleo que usava sobre minha roupa preta para mostrar ao ancião as marcas gravadas na minha coluna.

Podia ouvir o ancião respirar fundo.

— Incrível. Reconheço algumas delas, mas nunca vi marcas tão complicadas, estimado ascendente. Três marcas distintas e, a julgar pela complexidade da marcação superior, tem que ser um emblema.

— Por favor, pare de se referir a mim como “estimado ascendente”. — Abaixando minhas roupas, sentei-me novamente. — Quanto à minha licença, infelizmente, perdi meu anel dimensional carregando todos os meus pertences em um dos andares. Mas tenho isso.

Tirei a adaga branca, em sua bainha bordada.

— Isso… — Os olhos do chefe da cidade se arregalaram enquanto cuidadosamente estendia a mão para a adaga como se fosse um recém-nascido. — Se não me engano, esta é a insígnia de Alto Sangue Denoir. Estimad– você é um ascendente sob o sangue deles?

— Sim. — menti enquanto o observava inspecionar a adaga.

— Esta é uma verificação mais do que suficiente de seu status, estimado ascendente. — disse o chefe da cidade, devolvendo-me a arma com as duas mãos. — É uma honra estar em sua presença.

— Posso não ficar aqui por muito tempo, mas, por favor, mantenha essa informação para si.

— Sim, é claro! — O ancião assentiu furiosamente. — Meu investigador mostra que você não tem relíquias com você, então você está limpo em todos os sentidos!

— Espere. Então aquele artefato pode sentir relíquias? — perguntei, inclinando-me para olhar mais de perto.

— Tem um alcance muito limitado, mas sim. — disse o chefe da cidade com a testa franzida. — Você nunca foi checado por um investigador depois de suas ascensões?

Limpei minha garganta, fingindo constrangimento.

— Para ser honesto. Esta foi minha primeira ascensão. Cometi um erro e perdi o simulador que estava no meu anel, separando-me da minha equipe, razoavelmente cedo na verdade.

— Oh não. — o ancião ofegou, claramente interessado. — Isso é horrível. Felizmente, você saiu vivo.

— Sim. Tive a sorte de estar perto de um portal na zona seguinte. — disse.

Expliquei minha situação usando o máximo de vocabulário Alacryano possível para não soar tão ignorante quanto realmente era sobre todo o sistema, e pareceu funcionar. Mudando rapidamente de assunto, inclinei-me para frente.

— Mas, de qualquer forma. Sei que estamos em uma cidade chamada Maerin, mas não tenho certeza de onde fica em Alacrya. Existe um mapa que você possa me ceder para que eu possa seguir meu caminho?

— Mapas são muito raros por essas partes, mas um comerciante viajante veio com mapas copiados há várias semanas, então realmente tenho alguns. — disse o chefe da cidade, voltando para sua mesa. — Posso perguntar seu destino?

Sua pergunta inocente me deixou perplexo. Não tinha um destino específico em mente, além da minha obrigação de devolver a adaga a Caera na capital do domínio central.

— Aha! Aqui está. — O chefe da cidade voltou e desenrolou um grande pergaminho que caiu sobre a mesa oval de chá. Nele havia um pedaço de terra que estranhamente se parecia com a vista lateral de um crânio com chifres com a boca aberta e uma grande protuberância curvada projetando-se na extremidade norte. Alacrya foi segmentada em cinco partes com uma linha espessa separando o norte, leste, oeste, sul e centro.

— Qual é a distância da jornada para o domínio central? — Eu perguntei.

— Bem, visto que estamos na ponta sul do domínio leste. — respondeu, apontando para um pequeno ponto no mapa. — Levaria cerca de cinco meses a pé ou cerca de sessenta dias em uma carruagem.

Meus olhos se arregalaram olhando para o mapa.

— Tanto tempo?

— Esta é a maneira normal, claro, respondeu o chefe da cidade.

— Existem portões de teletransporte disponíveis nas grandes cidades. O preço é alto, mas se você mostrar a eles sua adaga, poderá viajar de graça.

Não queria mostrar a adaga com muita frequência, caso chamasse atenção indesejada, mas era bom ter isso como alternativa.

Estudando o mapa, apontei para a cidade marcada mais próxima da cidade em que estávamos.

— A que distância fica a cidade de Aramoor daqui?

— São apenas duas semanas de carruagem, se as condições permitirem. — respondeu o chefe Mason com uma risada cansada.

Soltei um suspiro.

— Estamos… realmente na periferia, não estamos?

— Sim. Verdade seja dita, assentamentos com Câmaras de Descensão que têm uma taxa de operação muito baixa não têm portões dimensionais construídos para viagens rápidas.

Juntando o que Loreni disse e o que o chefe confirmou, este portal pelo qual havia passado parecia ser capaz apenas de permitir que os ascendentes deixassem as Relictombs, não entrassem.

Prosseguindo com essa linha de pensamento, perguntei ao chefe da cidade.

— A cidade de Aramoor tem uma Câmara de Ascensão?

Viajar para o Domínio Central agora não era necessário, mas ir para as próximas Relictombs era. Não parecia que a Câmara de Ascensão específica usada para entrar nas Relictombs determinava onde você ia parar uma vez lá dentro, então minha primeira parada seria a Cidade Aramoor.

Viajar a pé provavelmente era mais rápido do que conseguir um cavalo, mas ainda levaria mais de uma semana para chegar lá, considerando que não conhecia muito bem o terreno.

Enquanto pensava em minhas opções, Loreni entrou.

— Desculpe-me pela minha intrusão. Trouxe um pouco de chá e lanches.

— Momento perfeito, Loreni. — disse o chefe. — O destino do nosso estimado ascendente parece ser a cidade de Aramoor. Faça alguns arranjos para preparar um cavalo e um guia para ele.

— É claro! — Loreni colocou a bandeja com cuidado sobre a mesa e se virou para sair quando parou abruptamente. — Ah!

Tanto o chefe quanto eu levantamos nossas cabeças.

— Desculpe, eu não queria assustar vocês dois. — Loreni sussurrou. — Mas talvez a maneira mais rápida e confortável para o estimado ascendente chegar a Aramoor seja apenas esperar?

O chefe ergueu uma sobrancelha.

— Como assim?

— Tenho certeza que você ouviu os rumores, Chefe Mason, mas acabei de receber uma carta de confirmação hoje, confirmando que um representante da Academia Stormcove está visitando Maerin para assistir e talvez até recrutar um de nossos alunos magos. — explicou Loreni.

— Ah! — O chefe da cidade estalou o dedo ao perceber. — A Academia Stormcove tem um tempus warp!

Quando estava prestes a pedir a Regis alguns esclarecimentos sobre o que era um tempus warp, o chefe da cidade se virou para mim com entusiasmo.

— Estas são grandes notícias! Se o estimado ascendente ficar até o representante da Academia Stormcove chegar, tenho certeza que ficarão mais do que felizes em levá-lo de volta com eles. Dessa forma, você pode simplesmente passar pelo portão temporário e chegar na cidade de Aramoor imediatamente.

Balancei a cabeça calmamente, enquanto internamente, ainda estava tentando envolver minha cabeça em torno da ideia de um funcionário da academia em uma pequena cidade tendo acesso a uma tecnologia tão poderosa.

— Provavelmente não é tão poderoso quanto aquele que o Alacryano que invadiu a Academia Xyrus usou para entrar e escapar com Elijah … ou é Nico agora? — Regis esclareceu.

Ainda era difícil de engolir, mas fazia sentido que o povo de Agrona tivesse acesso a essa tecnologia, já que estava mexendo com éter há muito tempo. E por mais surpreendente que fosse um mero representante de uma academia ter acesso a essa tecnologia, isso me deu esperança.

A pessoa da Academia Stormcove pode não ter um tempus warp poderoso o suficiente para teletransporte intercontinental, mas algum superior pode. Se eu pudesse adquirir um, viajar entre Alacrya e Dicathen poderia não demorar tanto quanto pensava originalmente.

— Não eleve suas esperanças. Se as memórias de Uto são alguma indicação, Agrona é provavelmente o único que tem um e não é como se fosse deixar qualquer um usá-lo.

— Sim. Minha vida nunca foi tão fácil. — respondi internamente.

Levantando-me, olhei para Loreni e o chefe Mason.

— Agradeço sua ajuda. Parece que vou precisar contar com sua hospitalidade por mais alguns dias então.

O chefe da cidade pôs-se de pé, a emoção irradiando de seu rosto enrugado.

— Isso é ótimo! Existem algumas casas vagas para visitantes importantes! Provavelmente são chalés maltrapilhos em comparação com a propriedade do estimado ascendente no Domínio Central, mas sinta-se à vontade para usar um!

— Estarei sob seus cuidados então. — disse com um sorriso fraco. — E meu nome é Grey.

— Ascendenter Grey do Sangue Denoir. — o chefe da cidade murmurou enquanto ele e Loreni se curvavam diante de mim. — É uma honra conhecê-lo.

Depois de me entregar o mapa, o chefe da cidade pediu a Loreni que me acompanhasse até a vila onde ficaria nos próximos dias.

Sem surpresa, Chumo e Sembi permaneceram perto das portas, mantendo guarda. Quando os dois tentaram nos seguir para nos proteger, Loreni lançou neles um olhar furioso enquanto sussurrava.

— Proteger quem? O dedo mindinho esquerdo do estimado ascendente é suficiente para vencer vocês dois.

Deixando os dois guardas borocoxós se consolando, nós dois deixamos o prédio da administração.

— Você fica me encarando. — mencionei, fazendo Loreni ficar rígida.

— A-ah eu, uh… minhas desculpas, estimado ascendente. — gaguejou.

— Eu sei que sou ascendente, mas pareço tão diferente das pessoas que você costuma ver?

Loreni baixou o olhar.

— Na verdade, é a primeira vez que vejo um ascendente pessoalmente. E um homem tão… bonito quanto você.

Regis soltou uma gargalhada.

— Você não me confundiu com uma mulher, certo? — perguntei, ainda consciente de minha nova aparência por algum motivo.

Ela corou, seus olhos arregalados.

— Ah, não! Não mesmo. É que seus olhos são tão dourados e características tão nítidas que são… muito diferentes dos homens rudes que caçam bestas de mana para viver.

A menção das cores dos meus olhos deu um nó no meu peito que rapidamente engoli. Loreni deve ter notado minha mudança de expressão.

— Espero que você não tenha se ofendido com nenhum de nossos comportamentos, Ascendente Grey. Nosso chefe de cidade é provavelmente o único que encontrou um ascendente antes, e embora eu tivesse aprendido a etiqueta adequada para falar com um, Chumo e Sembi não.

— Com base em como todos vocês se comportam ao meu redor, parece que os ascendentes tendem a ser muito vaidosos. — observei, ignorando os olhares de todos ao nosso redor.

— O-Oh não, quero dizer… nossa cidade é uma parte muito remota e insignificante do Domínio Oriental, muito inferior a toda Alacrya. É compreensível que não sejamos de muito valor aos olhos dos grandes ascendentes. — explicou ela com uma risada cautelosa.

— Magos de elite sendo cuzões para os menos favorecidos? Não é muito difícil de acreditar. — Regis ponderou.

Caminhamos em relativo silêncio durante a maior parte da curta caminhada até a vila que ficava em um caminho fechado perto da periferia da cidade. A estrada de terra levava a uma reclusão em um anel de árvores onde três casas de um andar ficavam uma de frente para outra, cada uma com um terreno gramado dividido por uma cerca alta e branca.

— É aqui que você vai ficar pelos próximos seis dias até o final da exposição. O chefe da cidade notificará o representante da Academia Stormcove sobre sua presença e solicitará que eles o levem junto quando pegarem o tempus warp de volta para Aramoor City. — Loreni informou enquanto abria a cerca que conduzia à casa dos fundos à esquerda. — Haverá um guarda estacionado no portão para o caminho que conduz até aqui e um atendente será enviado para ajudá-lo com tudo que precisar.

— Obrigado. — disse com um sorriso.

— Claro. — respondeu enquanto me entregava as chaves. — Você teria alguma pergunta para mim antes de eu deixá-lo descansar?

— Só uma. — me virei, olhando além dos altos muros de tijolos que cercavam a cidade. Pude ver várias colinas cheias de árvores. Com base no mapa, além dessas colinas fica a costa sudeste de Alacrya.

— Você mencionou magos caçando bestas de mana para viver mais cedo. Alguém tem permissão para caçar aqui?

— Sim! Esta área é conhecida pela grande população de rocavids nativos desta parte do país. Suas peles são muito populares para fazer couro e seus cascos costumam ser usados para fazer ferramentas. — respondeu como se estivesse lendo um manual. — Por que a pergunta?

Eu esfreguei meu pescoço.

— Perdi a maior parte dos meus pertences durante a última ascensão, por isso preciso de algum dinheiro.

Os olhos de Loreni se arregalaram.

— O chefe da cidade pode lhe fornecer ouro, estimado ascendente! Não há necessidade de você trabalhar!

— Está tudo bem. — ri. — Eu também quero me esticar de vez em quando.

— Ah, como esperado de um ascendente. Existem bestas de mana mais poderosas quanto mais ao norte você viaja na floresta, mas tome cuidado. Grande parte desta área ainda não foi explorada.

Concordei com a cabeça.

— Eu vou me lembrar disso. Agora, se você me der licença, devo me lavar e descansar um pouco.

Entrando na casa de campo, embora modesta e minimamente decorada, era limpa. Desde um sistema integrado de água a encanamentos que eu não esperava em um lugar tão remoto, tinha tudo que precisava para descansar um pouco confortavelmente.

— Finalmente, um pouco de ar fresco. — disse Regis enquanto saltava de mim e se espreguiçava como um gato. Trotou ao redor do chalé de um quarto, cheirando o sofá de couro cinza e olhando através do recipiente de metal dentro da cozinha.

— Sei que você parece um cachorro, mas é necessário que você aja como um? — provoquei, tirando minhas roupas.

— Lobo. — corrigiu Regis. — E não. Por alguma razão, com a minha transformação, meu nariz está mais sensível ao éter, que é basicamente comida para mim.

— Bom saber. — Entrei no chuveiro, bombeando a alavanca até que a água fria começou a escorrer pelo distribuidor.

Depois de lavar a mim e as minhas roupas, escolhi um par de calças bege e uma das poucas camisas que não tinha um buraco nas costas. Também foi a primeira vez que tive a chance de me olhar claramente pela primeira vez. A folha de metal que servia de espelho mostrava um homem que parecia ter vinte e poucos anos, magro, mas com ombros largos. Além da runa correndo pelas minhas costas e na parte inferior do meu antebraço direito, não tinha nenhuma cicatriz ou mancha em meu corpo atlético.

O rosto que me encarou no espelho era um que eu ainda não estava acostumado a ver. Ainda tinha vestígios de Arthur em mim, tirando as pequenas cicatrizes que havia acumulado ao longo dos anos. Meus olhos ainda eram grandes, mas pareciam mais frios e os cabelos ruivos aos quais estava acostumado agora estavam sem cor. Meu cabelo cor de trigo parecia quase grisalho e caía logo acima do meu ombro em mechas ainda pingando água.

Considerando onde eu estava agora, era realmente ótimo que tivesse uma nova aparência, dessa forma não precisava me preocupar com alguém me reconhecendo como a Lança que matou milhares, se não mais, de seu povo. Mas o que me preocupava era como todos que eu conhecia iriam reagir. Como minha mãe e minha irmã me tratariam quando me vissem assim? Como ficaria Tess?

— Ainda não está acostumado com isso? — Regis perguntou, caminhando até mim.

Coloquei a camisa preta, penteando meu cabelo para trás com as mãos.

— Não.

— Você ainda é você, princesa. — tentou confortar, seguindo-me enquanto eu afundava no sofá de frente para a janela com vista para o quintal cercado.

— Eu sei disso. — soltei um suspiro. — Só espero que todos os outros também saibam.

Ansioso e impaciente para progredir de qualquer forma possível, retirei a relíquia da runa de armazenamento extradimensional.

O mago ancião disse que isso não era um édito ou artefato de qualquer tipo, mas mais um guia que me ajudaria a desbloquear um édito específico do éter.

— Ele poderia ter pelo menos me dito que ramo era. — murmurei, estudando a superfície do cubo de pedra. Claramente sem ver nada significativo na superfície da pedra, coloquei éter nela.

Assim que meu éter tocou o cubo, uma substância etérea estranha do cubo se estendeu de volta para mim, enchendo minha visão com um cobertor de roxo brilhante.

 


 

Tradução: Reapers Scans

Revisão: Reapers Scans

QC: Bravo

 

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