— Danificado? Não, isso não é … — minha voz sumiu quando senti a condição interna do meu corpo.
Regis estava certo. Quando tentei espalhar mana por todo o meu corpo, um ato tão natural quanto respirar neste ponto, só encontrei um leve formigamento.
Tentei mais uma vez, desta vez tentando reunir mana ambiente. Desta vez, não conseguia nem sentir nada, nenhum cobertor de calor como antes, quando mana uma vez correu dentro de mim e se fundiu em meu núcleo.
— Não. — murmurei, levantando meu corpo pesado sobre meus pés.
Dei um golpe, meu soco dolorosamente lento, mesmo quando canalizava mana do meu núcleo através das partes necessárias do meu corpo para dar um soco.
— Arthur … — Regis suspirou.
Ignorando-o, girei e chutei para frente. Tropecei e caí, incapaz até de manter o equilíbrio.
Empurrando-me para cima, tentei mover meu corpo novamente. Foi um pouco mais fácil desta vez, mas ainda parecia o meu tempo de criança neste mundo. Meu cérebro sabia como se mover, mas meu corpo simplesmente não ouvia.
Caí e caí de novo, cada vez mais enfurecido e constrangido do que na anterior.
Finalmente, quando meu rosto atingiu o chão liso, com meus braços incapazes de reagir a tempo de amortecer minha queda, permaneci no chão.
Gritei de frustração, batendo minha cabeça no chão.
— O que diabos há de errado comigo!
Todo esse trabalho duro. Ano após ano treinando e refinando meu núcleo, aprendendo a controlar todos os elementos com eficácia, tudo se foi.
Bati minha cabeça no chão novamente, mal sentindo nada além de um latejar surdo, apesar de quão forte o chão tremeu. Soltei outro grito que esteve preso na minha garganta, desesperado para ser solto.
Se tinha me acalmado ou apenas ficado sem energia, não sabia, mas me vi olhando para a pedra iridescente, a dimensão do bolso onde Sylvie residia.
Ela sacrificou sua vida por mim e foi reduzida a este estado. Por causa de todas as escolhas estúpidas que fiz, foi ela quem pagou o preço.
Se não consigo resolver as coisas sozinho, preciso fazer isso por ela. No mínimo, devo isso a ela.
Me levantei e silenciosamente fiz meu caminho de volta para a fonte de água. Colocando minhas mãos em concha, levei a água fria à boca e bebi. Matando minha sede, joguei um pouco de água no rosto antes de dar uma olhada no meu reflexo.
Um Arthur um pouco mais velho e de rosto mais afiado olhou para mim com penetrantes olhos dourados. Meu cabelo me lembrava areia esbranquiçada, caindo em ondas logo após meu ombro. Até a textura do meu novo cabelo imitava Sylvie, me enviando outra pontada de culpa.
Rasgando uma tira fina de pano da calça esfarrapada que estava usando na minha última batalha, amarrei meu cabelo para trás.
— O que fazemos agora? — pensei, voltando-me para Regis.
A bola de fogo negra flutuante com chifres ergueu uma sobrancelha, ou pelo menos era o que parecia, antes de dizer:
— Você percebe que está pedindo conselhos com uma arma, certo?
Permaneci em silêncio, olhando para ele, até que estalou sua língua … ou o que quer que tenha naquela boca grande.
— Não tem graça. — resmungou antes de flutuar em minha direção. — Bem, não é como se tivéssemos muita escolha, visto que só há uma maneira de sair desta sala.
— Então, vamos apenas passar pela porta? — Eu confirmei, já passando pela grande porta de metal.
— Espere aí, Cachinhos Dourados — começou. — Você está tentando se matar?
— O que você quer dizer? — perguntei antes que o termo familiar fosse registrado em meu cérebro. — E como você sabe quem é Cachinhos Dourados?
— Eu sou feito de você, lembra? Todas as coisas que você sabe, seja desta vida ou de sua vida passada, influenciaram o que sou agora. — respondeu — Então, realmente, se você está aborrecido com a minha personalidade maravilhosa, você realmente está aborrecido consigo mesmo.
— Não me lembro de ter sido tão sardônico ou zombeteiro. — retruquei.
— Bem … para ser mais específico, acho que sou um amálgama de você, Sylvia, seu vínculo e aquele charmoso garanhão de uma besta, Uto. — fogo negro flutuante explicou.
Foi quando percebi. Regis me lembrava à Uto. Enquanto seus chifres eram mais parecidos com os de Sylvie, dos três, a natureza de Uto era a mais proeminente em Regis, apenas muito mais atenuada por Sylvia, Sylvie e minha mistura de personalidades.
— De qualquer forma. — disse monotonamente — você não está em um estado onde deveria estar passando por qualquer tipo de porta ao acaso, especialmente se todo este lugar foi feito para manter as pessoas fora.
— Sim, eu sei. — interrompi. — Meu núcleo está muito bagunçado e meu corpo parece que é feito de chumbo ou algo assim, mas não podemos simplesmente ficar aqui.
— Desconsiderando o seu núcleo ferido por um momento, você se lembra quando eu disse que Sylvie usou um vodu de éter muito pesado em você para impedir que seu corpo basicamente se destruísse?
Eu balancei minha cabeça.
— Mhm.
— Bem, talvez a única coisa boa que resultou de tudo isso, além de mim, é claro, seja seu novo corpo. — explicou Regis. — Seu corpo, embora não seja completamente dracônico, está muito perto. explicou.
Meus olhos se arregalaram e eu imediatamente abaixei minha cabeça, olhando para meus braços e o resto do meu corpo. Além da mudança da cor do meu cabelo e olhos, as características do meu rosto se tornando um pouco mais nítidas e minha pele ficando mais pálida, não parecia nada diferente do meu corpo, na verdade, parecia pior do que meu eu usual.
Regis respondeu, como se lesse meus pensamentos.
— Não tenho certeza de quanta dor você realmente se lembra de ter sentido, mas você quase morreu durante essa “metamorfose”. Vai levar algum tempo e muito esforço para temperar seu corpo.
— Como faço para temperar este meu novo corpo, e o que acontece depois de eu conseguir? — perguntei.
— Não faço ideia. — Regis brincou. — Tenho conhecimentos, mas não sou uma enciclopédia flutuante.
— Então, você só quer que eu espere aqui e torça para que meu corpo melhore? — surtei. — E você? Você deveria ser uma arma poderosa feita sob medida para mim, não posso te usar para sair daqui, ou ficar flutuando e falando a única coisa que você sabe fazer?
— Ah, vai se ferrar! — Régis interrompeu, me olhando fixamente. — Eu não fui nada além de útil depois que você praticamente se matou.
— Eu não teria que ir tão longe se você tivesse saído durante minha última batalha, mas acho que não teria importado se você tivesse saído lá. Não é como se você pudesse ter ajudado!
— Grr — Regis zombou. — A única razão pela qual você está vivo e são agora é por minha causa!
— O que? — Eu perguntei, confuso.
— Você sabe por que tenho quatro personalidades muito diferentes girando dentro de mim, uma das quais quer que eu te mate dolorosamente?
Pensando em quando o aclorito havia absorvido a maior parte da mana armazenado no chifre de Uto, fiquei ainda mais irritado.
— Sim! Porque você roubou a maior parte da mana do chifre de Uto, mana que teria me ajudado a me tornar mais forte!
— Se eu não tivesse levando a maior parte, você teria enlouquecido. — gritou Regis. — Em vez disso, tenho o prazer de ter tendências psicopáticas tão agradáveis de vez em quando!
Atordoado, não respondi.
O tempo pareceu parar por um momento enquanto permanecemos em silêncio, até que Regis falou com tristeza.
— Eu não sei o que eu sou. Pode ter sido porque fui forçado a sair de você antes que pudesse me desenvolver totalmente, mas também não tenho certeza de que tipo de arma eu sou, e isso está me deixando louco.
Me afundei no chão e soltei um suspiro.
— Parece que estamos ambos em um estado muito confuso agora.
— Verdade, mas você se enterrou no buraco em que está agora, bonitão. Eu fui forçado a isso. — Regis sorriu.
Eu soltei uma risada.
— Você está certo.
Tirando a pedra em que Sylvie estava dormindo, a encarei ansioso. Sentia falta de Sylvie. Ela saberia o que fazer com tudo o que me disseram.
O pânico cresceu dentro de mim enquanto pensava na mensagem de Sylvia e em tudo que envolvia ela. Se o Clã Indrath era capaz de cometer genocídio apenas porque sentia que sua autoridade estava sendo ameaçada, os Asuras não eram melhores do que Agrona e o Clã Vritra.
Sylvia disse que quatro ruínas protegidas de Asuras feitas pelos antigos magos detinham a chave para empunhar o destino… O que quer que isso significasse. O destino era um conceito tão abstrato que, mesmo tendo reencarnado neste mundo, ainda acho difícil de acreditar.
Mas o que eu posso fazer? Meu núcleo de mana está destruído a ponto de, mesmo que eu possa começar a usar a mana novamente, não acho que ele possa chegar à altura de antes. Meu corpo pode ser dracônico agora, mas nem sei o que isso significa totalmente, e a arma que eu estava esperando…
— Abaixe-se! — Regis sibilou do nada, voando de repente para meu corpo.
— Fique encostado na parede e aja como morto, ou pelo menos inconsciente! — Regis afirmou, sua voz ecoando dentro da minha cabeça.
Recuei contra a parede e caí no chão bem a tempo de ver uma coluna de luz azul aparecer no centro da sala.
Deixando minha franja cobrir meu rosto, mantive meus olhos abertos, apesar da insistência de Regis.
À medida que o pilar azul escurecia, consegui distinguir a silhueta de três figuras. Meu batimento cardíaco acelerou, animado por ver outras pessoas aqui, quando Regis me repreendeu, me dizendo para nem pensar em me levantar.
A luz desapareceu completamente, deixando apenas as três figuras de pé no centro da sala, dois homens e uma mulher.
O maior dos dois homens estava vestido com uma mistura de armadura de couro e chapeada que fazia pouco para esconder seus músculos protuberantes. Carregava em cada mão uma maça com espinhos, ambas pingando sangue que combinava com a cor de seu curto cabelo carmesim.
O mais magro, de cabelos castanhos, ainda tinha a constituição de um atleta, com ombros largos e braços tonificados por baixo de uma armadura prateada escovada.
Foi a garota que me viu primeiro com seus dois olhos vermelhos que brilhavam como cristais sob uma cortina de cabelo azul meia-noite, quase marinho.
Sua forma escultural em camadas no que parecia mais um uniforme do que uma armadura, virou-se na minha direção enquanto me estudava.
Os dois homens ao lado dela demoraram apenas um momento para me notar e, quando fizeram, não reagiram tão sutilmente quanto a mulher.
O maior balançou sua maça, espirrando um arco de sangue no chão se aproximando de mim, enquanto o guerreiro de cabelos castanhos retirava uma espada longa do ar e se posicionava entre mim e a garota. Seus olhos afiados se estreitaram quando uma vibração suave zumbia de sua grande lâmina.
Fechei os olhos, com medo de que me vissem acordado.
— Merda, o que fazemos, Regis?
— Fique abaixado! Você não é páreo para nenhum desses três agora.
— Ele vai me matar!
— Espera! Não se mova até eu mandar!
Espiei abrindo um olho para ver o homem de cabelo carmesim elevando-se sobre mim.
— Ainda não! — Regius sibilou em minha mente.
— Deixe-a. — afirmou a garota.
— Pfft! Ela pensa que você é uma menina! — Regis deu uma risadinha.
— Cale-se.
— Ela pode ser uma ameaça para nós nos níveis inferiores, Lady Caera. — o homem avisou. — Existem aqueles que fingem fraqueza para nos fazer baixar a guarda.
— Tenha pena dela, Taegon. O fato de nenhum de vocês ser capaz de senti-la imediatamente significa que seu núcleo de mana está quebrado. — disse a garota. — Ela não será uma ameaça. Agora, vamos embora. Vamos descansar na próxima Sala do Santuário.
Taegen deixou escapar um grunhido insatisfeito antes de se virar, seguindo os outros dois.
Soltei um suspiro de alívio mental começando a relaxar quando eu vi aquilo. Todas as três roupas tinham deixado propositalmente suas lombadas reveladas, cobertas por uma cota de malha ou uma malha fina que podia ver claramente. E descendo por todas as três costas, ao longo de suas espinhas, estavam o mesmo tipo de runas que eu tinha visto em tantos magos Alacrianos.
A raiva explodiu em meu peito e, imediatamente, o homem chamado Taegen se virou para me encarar.
Acalme-se Arthur, disse a mim mesmo.
O tempo parecia se arrastar enquanto o portador da maça me estudava, confuso.
— Vamos! — O outro homem chamou Tagen, e o guerreiro de cabelo vermelho se virou.
Devo ter esperado por mais de trinta minutos, mesmo depois de eles terem saído pela porta, antes de me levantar.
— Uau, agora isso fez meu coraçãozinho preto bater forte! — Regis exclamou, disparando para fora do meu corpo. — É uma coisa boa que essa mulher linda tem um coração tão grande quanto seus pe—
— Regis! — estourei
Meu companheiro flutuante me lançou um sorriso malicioso.
— Aww, alguém ainda está chateado por terem sido chamados de garota?
— Não, eu nã—
— Você pode checar suas calças se quiser. Você ainda é um cara. — Interrompeu Regis.
Soltei um suspiro.
— Eu sei, Regis. Agora, por que os Alacrianos estão aqui? — perguntei, mudando de assunto.
— Você ouviu a mensagem de Sylvia. Agrona tem enviado seu povo para as ruínas onde os Asuras não podem entrar. — respondeu.
De repente, uma sensação de pavor tomou conta de mim.
— Isso significa que estamos em algum lugar abaixo de Alacrya agora?
— Sei lá, mas se aqueles magos ancestrais fossem capazes de mexer com éter a ponto de até Agrona querer saber seus segredos, acho que podemos estar em qualquer lugar do mundo, esta sala em que estamos agora poderia estar em algum lugar no fundo do oceano e essa porta pode ser um portal que nos leva para o outro lado do mundo!
Fechando os olhos, trouxe à tona a localização das quatro ruínas antigas que Sylvia disse ter me transmitido. O que percebi foi que não era algum tipo de mapa interno preparado para eu visualizar. Era mais como uma memória artificial embutida em meu cérebro. Isso confirmou para mim o que Regis disse antes, estávamos dentro de uma das quatro ruínas antigas. O que ele não me disse foi onde essa ruína estava localizada no mundo.
— Então, qual é o plano, Milady? — Regis soou.
Mantive meus olhos fechados respirando fundo. Baseando-me nos hábitos que desenvolvi ao longo da minha vida como Gray, reprimi as emoções que consumiam minha mente e meu corpo. Empacotei e guardei com força os sentimentos de pânico e medo que invadiram minha mente. Afastei os pensamentos perdidos que estavam espalhados e embrulhei-os, deixando-me com uma raiva fervente para me dar força, e a dormência fria e reconfortante de realmente pensar no futuro.
O que quer que estivesse do outro lado daquela porta, aqueles três provavelmente derrubaram ou limparam a maior parte. Não poderia perder uma oportunidade como essa.
Abri os olhos com uma determinação recém descoberta e me virei para Regis.
— Vamos.
Tradução: Reapers Scans
Revisão: Reapers Scans
QC: Bravo
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