Abraçando Tess mais uma vez, meu vínculo subiu a Muralha ao mesmo tempo em que acenávamos para ela. Os guardas a deixaram passar pelo portão para os níveis superiores, e ela desapareceu de vista.
— Não pense em outras coisas e tente se divertir enquanto estiver com ela, Arthur. — enviou Sylvie.
— É surpreendentemente fácil se acostumar com Sylvie nesse corpo. — disse Tess, virando-se para mim.
Sorri.
— Bem, se não fossem aqueles enormes chifres nos lados da cabeça, ela pareceria uma garotinha despretensiosa.
— Esses chifres são bem adoráveis. Mas de qualquer maneira — Tess apontou na direção da área de comércio e me deu um sorriso caloroso —, devemos ir também?
Sorri de volta.
— Certo.
Era uma sensação estranha enquanto caminhávamos pela multidão de pessoas. Minhas pernas que doíam e pareciam tão pesadas sem a ajuda de mana eram leves quando caminhava ao lado de Tess. Via a cabeça dela girando para a esquerda e para a direita e sua expressão mudava de curiosidade para espanto para deleite quando via os vários estandes e barracas que os comerciantes haviam montado ao longo da rua.
Era uma sensação rara em que, ao lado dessa garota com quem eu havia passado tantos anos nesta vida, pensamentos de minhas responsabilidades como lança e general em tempos de guerra não eram prioridades.
Foi quando me ocorreu.
Esse papel que eu havia aceitado em nome de Dicathen estava lentamente me transformando no homem que eu era no meu velho mundo. Havia algumas diferenças, é claro. Tinha pessoas com quem realmente me importava, mas, em certo sentido, isso piorou. Senti que tinha que ser melhor, para não cometer erros, se quisesse mantê-los vivos também.
— Estar longe de mim por tanto tempo finalmente fez você perceber o quão bonita é sua amiga de infância? — Tess brincou, tirando-me dos meus pensamentos.
— Na verdade, sim. — respondi sinceramente.
Não esperando esse tipo de resposta, Tess corou até as pontas dos ouvidos.
— Entendo. Bem, é bom que você saiba agora. — ela disse com uma tosse, seu olhar me evitando.
Examinei a multidão ao nosso redor, encontrando principalmente aventureiros vestidos com cota de malha ou armadura de couro duro e os soldados que estavam de folga no momento, ainda usando as insígnias de sua legítima divisão.
— É sempre tão ocupado aqui?
— Mhmm. Ter tantos mercenários e aventureiros aqui ocupando empregos e missões na Muralha provocou um afluxo de comerciantes e vendedores ambulantes na esperança de ganhar dinheiro vendendo bens e serviços para eles. — explicou Tess rapidamente, agradecida pela mudança de assunto.
— Este lugar realmente tem sua própria economia separada. — disse, admirando as atividades movimentadas ao nosso redor.
— Por falar em bens e serviços, há um lugar que eu sempre quis experimentar! — Tess me puxou pelo braço e passou pela maré de pedestres até chegarmos perto do final de uma fila que envolvia um único carrinho de comida isolado.
Antes que pudesse perguntar o que poderia justificar a espera em uma fila tão longa, um cheiro de fumaça subiu pelas minhas narinas. Meu estômago ficou quase tão impaciente quanto minha boca salivante, a espessa mistura de ervas e especiarias junto do aroma saboroso de carne grelhada continuava bombardeando meus sentidos.
— Não tem um cheiro fantástico? — Tess perguntou animadamente ao esticar o pescoço para tentar ter uma melhor visão do carrinho.
Assenti.
— Se tem um gosto tão bom quanto cheira, talvez eu deva fazer seu avô contratá-lo como chef dentro do castelo.
— Tentador, mas me sinto mal por todas as pessoas que estão ansiosas para comer aqui. — respondeu ela.
Foi quando notei o olhar de todas as pessoas ao nosso redor. Alguns sussurraram para os amigos que estavam esperando na fila, enquanto outros saudaram ou se curvaram.
Felizmente, um distúrbio à frente na fila chamou a atenção das pessoas ao nosso redor. Parecia que alguém estava tentando chegar ao final da fila.
— Fora do caminho! Mova-se! — uma voz rouca ecoou.
Finalmente, um homem uma cabeça mais baixo que Tess apareceu no mar de pessoas à nossa frente. Ele estava carregando uma pequena tigela de papel cheia de um ensopado de carne e legumes em cada mão.
Olhando fixamente para Tess e depois para mim, o homem robusto levantou as tigelas em nossa direção.
— Não é muito, mas aqui. Mesmo uma lança não deve lutar com o estômago vazio.
— Obrigado. — disse, estendendo a mão para o ensopado quente, enquanto Tess fazia o mesmo. — Mas como você sabia que estávamos aqui atrás?
O dono do estande levantou seu polegar para apontar para a fila.
— Não demorou muito para que as notícias chegassem até a frente da fila.
Eu soltei uma risada.
— Independentemente disso, obrigado pelo tratamento.
O velho corpulento bateu os calcanhares e fez uma saudação, que levantou a camisa para revelar um estômago inchado.
— Não. Obrigado você.
Suas ações tiveram um efeito em cadeia, fazendo com que todas as pessoas da fila saudassem. Tess abafou uma risadinha e se juntou a eles, atirando-me uma piscadela saudando também.
Depois de retribuir meus respeitos às pessoas que estavam na fila, Tess e eu fomos para o nosso próximo destino indeciso.
— Parece que vir com você tem suas vantagens. — disse Tess usando uma palheta de madeira para espetar uma das carnes carbonizadas pingando molho.
— Esse lugar é sempre tão ocupado, que até os capitães daqui não recebem esse tipo de tratamento.
Depois de dar uma mordida, seus olhos se fecharam e um sorriso puxou seus lábios.
— Mmm, tão bom!
— Você provavelmente é a única pessoa que consideraria uma lança uma “vantagem”, Tess. — eu disse, dando uma mordida também. Sem sombra de dúvidas, o ensopado era delicioso o suficiente para tornar pobres os pratos extravagantes servidos no Castelo. Apesar das minhas restrições, a inundação de sabores em meus sentidos era forte o suficiente para que até Sylvie sentisse minha alegria.
— Espero que você tenha guardado o suficiente para mim. — enviou com um toque de curiosidade em sua voz.
— Desculpe, acho que não posso prometer isso. — respondi enquanto dava outra mordida.
Apesar do barulho constante das pessoas ao nosso redor, me sentia mais em paz agora do que nos últimos meses. Fiquei grato a Tess, que me manteve concentrado no presente. Ela me puxou de lado em direção a cada barraca que a interessava sem pensar duas vezes.
Riu e sorriu para as pequenas coisas, mas me vi constantemente ansioso por suas reações.
De certa forma, sua personalidade brilhante e às vezes infantil parecia tão admirável. Ela tinha a responsabilidade de cuidar de uma unidade inteira. Passava dias, às vezes semanas, na Clareira das Feras em condições longe do desejável. No entanto, era capaz de produzir um sorriso tão radiante que contagiava aqueles ao seu redor.
A mão de Tess se aproximando lentamente do ensopado que eu estava segurando me trouxe de volta à realidade.
— Se você não vai comer isso…
Tirei o prato do alcance dela, assim como o espeto de sua mão tentou pescar um dos poucos cubos de carne restantes que estava guardando.
— Vai sonhando.
Tess soltou uma careta.
— Como esperado de uma lança.
Revirei os olhos.
— Sim, porque é fundamental que uma lança aprenda a defender sua própria comida de aliados traiçoeiros.
Espetando um cubo de carne com a palheta na mão, estendi para Tess.
— Aqui.
Os olhos da minha amiga de infância brilharam visivelmente quando ficou na ponta dos pés para arrebatar a carne com a boca.
— Que delíxiaa!
Pisquei enquanto olhava para a palheta vazia na minha mão.
— O que há de errado? — disse. — Você está meio vermelho. Você está com febre?
— Não é nada! — disse, me virando rapidamente. — Meu corpo não está nas melhores condições atualmente.
Andamos em silêncio por um tempo. Tess parecia um pouco culpada por causa do que eu disse, mesmo que eu apenas dissesse para encobrir uma mentira. Na esperança de melhorar seu humor, apontei para uma confeitaria onde várias sobremesas coloridas parecidas com massas eram exibidas. A fila não era longa, havia muitas pessoas segurando ou comendo a massa por perto.
— Parece uma barraca popular. Você quer algo de lá?
— Oh! Essa é uma barraca de sobremesa bastante popular. — disse. — Estou bem, mas Caria ama. Vou sozinha, apenas espere aqui, tá?
— Tá bom.
Sorri, observando-a lutar com a decisão de quais sabores comprar enquanto a velha senhora esperava pacientemente do outro lado da bancada.
Suspeitando que demoraria um pouco mais, fui até um estande menor a alguns metros de distância.
— Interessado, entendo. Você tem um bom olho, senhor. — exclamou o menino que estava no estande. — O que eu posso fazer por você?
— Estou apenas dando uma olhadinha. — respondi, sem tirar os olhos da exibição de bugigangas e acessórios dispostos em cima do pano branco. — Na verdade, posso comprar isso?
— Claro! Vai acabar sendo uma prat-ai! — o garoto gritou, olhando para trás. — O que foi, mãe?
— O que você pensa que está fazendo? — uma mulher mais velha gritou. Ela olhou para mim se desculpando. — Sinto muito, general. Meu garoto aqui é um pouco ignorante do mundo.
— General? Você? — o garoto disse, estupefato. — Mas você tem a mesma idade do meu irmão!
Isso lhe rendeu outro tapa da mãe antes que ela me entregasse o item que eu queria comprar.
— Por favor, tome isso como um pedido de desculpas pelo comportamento rude do meu filho. Mais uma vez, sinto muito.
Soltei uma risada.
— Não há problema algum, e por favor, deixe-me pagar.
Ela acenou com a mão em despedida.
— Ah não! Por favor, como posso tirar dinheiro de uma lança!
— Como é um presente, me sentiria mais confiante em entregá-lo à pessoa se realmente o comprasse. — admiti.
— É aquela moça bonita ali de cabelos pratead-ai! Mãe! — O garoto esfregou o local no ombro onde foi atingido.
Rindo, joguei uma moeda para o garoto e agradeci aos dois, antes de voltar para Tess.
— Espere! Esta é uma moeda de ouro! — a mãe chamou por trás.
Olhando por cima do ombro, segurei o ornamento que acabara de comprar.
— Acabei de pagar o que achei que valia a pena. É muito bem feito, senhora.
A senhora olhou para mim por um segundo, atordoada, antes de se curvar.
— O-obrigada.
Fui até a banca de sobremesas bem a tempo de ver Tess devorando algum tipo de massa elástica em uma mordida. Olhou para mim com uma expressão de culpa antes de estender uma para mim também.
— Ooh, voxê quer shum também?
— O que aconteceu com apenas comprá-lo para Caria? — a provoquei com uma risada.
Quando o sol se pôs rapidamente, as ruas começaram a se esvaziar. Fizemos uma rápida parada na pousada, onde Tess deixou as sobremesas que comprou para Caria.
Infelizmente, ela, junto com o restante de seus colegas de equipe ainda estavam dormindo, então não consegui cumprimentá-los.
— Quando você parte para a sua próxima missão? — perguntei, quase com medo da resposta.
— Mais tarde esta noite. — respondeu com os olhos abatidos.
— Quero te mostrar um lugar antes de você ir. Está tudo bem? — perguntei com um sorriso.
Tess soltou um suspiro quando viu a vista ao nosso redor. Nós tínhamos escalado para o local no penhasco, o mesmo lugar que eu tinha ido depois de brigar com meus pais. Com o sol a centímetros de distância do horizonte, uma luz quente se espalhava por toda a Clareira das Feras.
— A vista aqui é ainda melhor do que a do castelo. — disse ela com outro suspiro.
— Concordo. — assenti. — Embora eu só tenha estado aqui uma vez antes e encontrei esse lugar por acaso.
Houve um momento de silêncio enquanto nós dois sentávamos lado a lado, perto o suficiente em que nossos ombros se tocavam levemente. Tess desviou o olhar da paisagem abaixo de nós e olhou para mim.
— Eu queria dizer isso antes, mas já faz um tempo, Art.
Deve ter sido a maneira como o sol vermelho se misturou com seus cabelos grisalhos brilhantes ou como ela estava inclinando a cabeça levemente para que a nuca fosse exposta, porque meu coração parecia que estava prestes a sair do meu peito.
Incapaz de encontrar seus olhos por mais tempo, eu me afastei.
— Para onde você está indo na sua próxima missão?
Você liderou um país em sua vida anterior e até nesta vida, Arthur. Você não tem motivos para gaguejar ao lado de Tess. Eu continuei me repreendendo até ela responder.
— Minha unidade, juntamente com alguns outros elfos da Divisão Trailblazer, irá para Elenoir hoje à noite. — respondeu.
— Isso tem algo a ver com ataques dos Alacryanos?
— Sim. Temos recebido relatos das tropas vigiadas em toda a floresta, de que houve alguns avistamentos recentes de retardatários Alacryanos. Não parecia muito sério, mas eles estão pedindo apoio há um tempo e a capitã Jesmiya finalmente cedeu. — explicou, apoiando o queixo nos joelhos.
— Deve ter sido uma escolha difícil, especialmente com a horda de bestas se aproximando. —disse. — Embora esteja feliz por você não estar aqui para esta batalha.
Tess levantou uma sobrancelha.
— Embora eu não seja páreo para uma lança, recentemente cheguei ao estágio de prata.
Não pensei em verificar seus níveis de mana então suas palavras me pegaram de surpresa.
— Parabéns. Verdadeiramente.
Os brilhantes olhos turquesa de Tess me estudaram por um momento antes de soltar um suspiro.
— Gostaria de saber quando o poderoso general Arthur, que é de fato mais jovem que eu, começará a me tratar como alguém que pode cuidar de si mesma.
— Você pode se cuidar. Sinto muito se minhas palavras saíram pelo caminho errado, mas eu realmente acredito nisso. Passar um tempo com você hoje me fez perceber o quanto você ficou mais velha. — rapidamente arrumei o que disse.
Tess me olhou com uma expressão sem graça.
— Devo tomar isso como um elogio?
— Uhh. — Cocei meu queixo. — O que eu quis dizer foi que você emite uma aura diferente agora. Não estou falando de mana, embora seu núcleo tenha melhorado, mas mais parecido com—
— Eu fiquei mais madura? — Tess completou com um sorriso. Soltei um gemido suave.
— Sim, isso…
Rindo, minha amiga de infância respondeu:
— Obrigada, antes de voltar a assistir ao pôr do sol.
Lembranças da última vez que conversei com Tess me vieram à mente. Não faz muito tempo, mas ela parecia tão diferente agora, mais madura, como disse.
Foi quando percebi. Os sentimentos de alegria e felicidade assim que vi Tess hoje não foram por causa das emoções de Sylvie inundando as minhas… porque eu ainda sentia isso agora.
Enfiei a mão no bolso interno do meu manto, onde mantinha o ornamento que havia comprado anteriormente, com uma percepção em mente:
Eu gostava de Tess.
Eu provavelmente sempre gostei de Tess.
Se não fosse pelo fato de eu ter nascido com lembranças da minha vida anterior como adulto, talvez eu já tivesse me confessado a ela muito antes.
Mas quais seriam os sentimentos dela por mim se soubesse meu segredo? Ela reagiria da mesma maneira que meus pais? Será que se sentiria enojada como eu, quando percebi que gostava dela?
A dúvida pesou sobre mim e, de repente, o pequeno amuleto na minha mão pareceu uma âncora de chumbo.
— Obrigada por me mostrar este lugar. — disse Tess enquanto olhava para longe. — Sempre considerei a Clareira das Feras um lugar tão perigoso e sangrento. Não sabia o quão bonito era.
— Era realmente o mesmo para mim, também. — admiti, minha mão ainda segurando o ornamento. — Embora eu ame a vista daqui, este lugar está ligado a uma memória ruim, então pensei que vir aqui com você melhoraria.
— Entendo. — proferiu. — Então? Quer dizer, melhorou?
— Sim. — disse enquanto finalmente reunia coragem para puxar a joia. Era um simples ornamento prateado de duas folhas colocadas uma sobre a outra para formar um coração. — Comprei isso para você.
— É tão bonito! — disse, segurando o presente na mão. — Isso é, talvez, pelo ótimo serviço de turismo que eu te dei hoje?
— Não. — soltei um suspiro. — É porque eu gosto de você.
— Oh… esper— o quê? — Os olhos de Tess se arregalaram, mais por descrença do que por surpresa. — Eu ouvi você errado? Juro que pensei que você tivesse dito—
— Eu gosto de você, Tess. — completei com mais convicção, afastando a dúvida que ainda crescia dentro de mim.
Tess se levantou.
— O que você quer dizer com “gostar”? Eu juro, Arthur, se você diz que gosta de mim como amigo ou como irmã, eu vou…
Levantei-me também e peguei a mão segurando o pingente.
— Eu gosto de você como mulher. E o que quero dizer é que desejo iniciar um relacionamento com você e espero que você se sinta da mesma maneira.
Os lábios de Tess estavam tremendo enquanto ela tentava conter suas emoções.
— Você está mentindo.
— Não estou.
Ela fungou.
— Sim, você está.
— Você quer que eu esteja? — Eu perguntei com um leve sorriso.
— E-eu não sei. — disse ela, com a cabeça baixa. — Simplesmente, imaginei as coisas indo de maneira diferente.
— Diferente, como?
— Que eu teria que ficar mais forte, mais bonita e mais velha para impressionar você e desmaiá-lo de pé. — disse ela, me batendo no braço.
Ri.
— Ainda posso esperar por você me desmaiar?
— Não é engraçado! — retrucou, finalmente olhando para que eu pudesse ver seus dois olhos cheios de lágrimas me encarando. Levantou o pingente de folha no meu rosto.
— Coloque isso para mim.
Peguei o pingente dela, mas em vez de desfazer o fecho da corrente, juntei as duas extremidades das folhas. Com um “clique”, o formato do coração que as duas folhas de prata estavam se desfez em duas folhas normais.
Removendo uma das folhas, enrolei a corrente de prata em volta do pescoço dela.
— Aqui. Deixe-me ficar com o outro.
Tess olhou para baixo quando seus dedos apertaram a única folha de prata pendurada logo acima do peito. Então puxou uma longa corda de couro que havia sido enrolada em seu braço e pegou minha folha de prata.
— Aqui, vire-se. — ordenou enquanto passava a corda de couro através do laço prateado que formava o caule do pingente de folha.
Ela colocou o novo colar de couro em volta do meu pescoço e amarrou-o para que a folha pendesse frouxamente sobre o meu peito. Antes que eu pudesse me virar, no entanto, senti os braços de Tess em volta da minha cintura quando me abraçou por trás.
— Eu também gosto de você, idiota. Mas estamos em guerra. Nós dois temos responsabilidades e pessoas que precisam de nós. — disse em um sussurro solene.
— Eu sei. E tenho coisas que quero lhe contar também, então que tal fazermos uma promessa?
— Que tipo de promessa?
— Uma promessa de permanecer vivos… para que possamos ter um relacionamento bonito e uma família que todo o país possa se reunir para comemorar.
Seus braços tremiam, mas respondeu com firmeza.
— Prometo. — Tess afastou os braços, mas eu não me virei. Olhei para a Clareira das Feras, observando uma nuvem de poeira que se aproximava atrás de uma grande colina a algumas dezenas de quilômetros de distância.
— Arthur? A voz de Tess soou por trás.
— É… muito cedo. — murmurei. Qualquer paz e calor que eu finalmente consegui me agarrar, desmoronou.
Tess viu isso também enquanto ofegava.
Os relatórios estavam errados. Eles estavam vindo. Menos de algumas horas de distância, do ritmo que eles estavam se aproximando. A horda de bestas estava chegando.
Tradução: Reapers Scans
Revisão: Reapers Scans
QC: Bravo
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