O Caçador Imortal de Classe SSS

O Caçador Imortal de Classe SSS – Cap. 177 – O Legado do Gigante (1)

 

Era hora de falar sobre Slimepólis. A cidade costumava se sustentar por meio da mineração e do comércio de seus subprodutos. Slimepólis era considerada o melhor local de mineração de sal-gema no império. Quando outros perguntavam “O que você consegue apenas cavando o chão?”, os cidadãos de Slimepólis tinham suas respostas prontas.

— Coloca comida nos nossos pratos e dinheiro nos nossos bolsos.

— É a Grande Caverna.

— É o crânio da Mãe Terra Primordial.

— Nós coletamos os dentes da deusa.

Isso era o que Slimepólis costumava ser. A cidade que prosperava com a mineração encontrou sua glória enquanto os mineiros cavavam a terra. Quanto mais mineravam, mais duravam os dias de glória. No entanto, em algum momento, um conjunto diferente de sons ecoou quando os mineiros balançavam suas picaretas, indicando que haviam cavado até o fundo da mina.

[O desempenho de mineração de Slimepólis está enfraquecendo!]

Ainda restava um pouco de sal-gema, mas os mineiros tinham que cavar muito fundo para encontrá-lo. As horas de trabalho aumentaram, e a dificuldade do trabalho cresceu.

[O custo da indústria de sal de Slimepólis está aumentando!]

Os escravos fugiram. A pele dos Cascomontes os tornava vulneráveis ao sal, então eles podiam balançar picaretas por curtos períodos ou gerenciar trabalhadores na entrada da mina, mas rastejar profundamente nela era a tarefa mais difícil para eles. Por isso, escravos das seis espécies eram necessários. Quando os escravos fugiram, a economia de Slimepólis, a Cidade do Sal-Gema, entrou em declínio.

[O reinado dos Cascomontes está enfraquecendo!]

Os Fingills se assemelhavam a sereias. A água do mar irritava tanto sua pele que eles apenas nadavam no Grande Lago. No entanto, um dia, nasceu uma anomalia entre os Fingills. Quando essa anomalia entrou no mar, eles conseguiram suportar a água salgada, embora tenham comentado que era um pouco salgada. Com o tempo, os descendentes da anomalia também conseguiram sobreviver no mar.

[Os Fingills estão evoluindo!]

A água do mar era o inferno para os Cascomontes. Era difícil para eles navegarem pelos mares. O fato de os Fingills poderem viver nesse inferno significava que não encontravam mais os Cascomontes.

Um dia, outra anomalia nasceu entre os Fingills. Ela tocou um lamaçal.

— Wow, é muito salgado.

Como o lamaçal estava perto do mar, a lama era muito salgada.

— Pode ser mais salgado que isso?

Naquela época, eles ainda se lembravam de como era ser escravo em Slimepólis. A tendência de cavar um buraco para obter sal ainda prevalecia no fundo de suas mentes. O Fingill anômalo cavou um buraco no lamaçal, colocou um pedaço de madeira dentro, colocou junco e o cobriu com lama. Essa foi a forma primitiva de um jarro.

Uma semana depois, o Fingill verificou o jarro, que agora continha uma quantidade rasa de água do mar. Ela bombeou a água do mar e colocou o jarro em um forno. Quando provou, era extremamente salgado. Assim, o sal de água do mar foi criado como resultado de uma antiga tendência de escravo.

[Uma nova tecnologia foi criada!]

[Uma facção rival dos Cascomontes está ficando mais forte!]

Os Fingills também eram navegadores natos. Essas criaturas marinhas podiam respirar tanto na terra quanto na água, então nem mesmo as tempestades conseguiam matá-los. O mar, antes temido como domínio do Deus dos Mares, agora era seu protetor. Navios carregados de sal iam e vinham dos portos e canais sem qualquer problema. Com o tempo, os Fingills assumiram o controle da produção e distribuição da indústria do sal.

[Um conflito ideológico surgiu!]

Os Cascomontes se recusaram a ceder. Segundo a mitologia deles, o sal era os dentes da deusa. Era difícil para os Cascomontes aceitarem o fato de que comer sal de água do mar não causava dores de estômago. As pessoas tinham várias escolhas quando era difícil reconhecer os outros. Os Cascomontes escolheram a mais fácil.

— Isso é uma prática maligna.

— O demônio está ajudando eles.

— O sal de água do mar é um alimento amaldiçoado que tem o sopro do demônio.

— Os Fingills são todos demônios que servem ao diabo!

— O fato de sua pele agora podia suportar o mar salgado é evidência de adoração ao diabo!

Os Cascomontes poderiam ter escolhido um caminho um pouco mais difícil, como editar sua mitologia.

Na verdade, a deusa foi dividida ao meio quando morreu. Metade de seu corpo foi enterrada no chão, e a outra metade afundou profundamente no mar.

Mudar o mito era uma opção. À medida que um país se expandia, os mitos tradicionais estavam destinados a estar em risco. Com o mundo se tornando mais amplo, as espécies descobriram que o sal, que se pensava vir apenas da terra, também podia ser encontrado na água. Quanto maior o mundo, mais os mitos perdiam o que os tornava únicos, tornando menos claro qual era a espécie dominante.

O império tinha a possibilidade de descartar sua mitologia local única e adotar uma nova religião com um deus supremo universal, porém monótono. Slimepólis então poderia ter renascido não como uma cidade, mas como um império, como Roma.

Mas os Cascomontes não fizeram isso.

— Aqueles que consomem sal feito pelos demônios serão acusados de blasfêmia, independentemente do motivo!

— O sal dissolve quando cai na água, então como o sal pode vir da água? Isso é um truque do diabo. É assim que ele engana as pessoas a caírem em falsas crenças.

Eles justificaram por que não podiam fazer isso.

— A partir de agora, todos os cidadãos devem comer apenas o sal-gema produzido pelo império. Aqueles que minerarem sal de minas que não tenham a aprovação oficial do templo, aqueles que converterem água em sal e aqueles que trouxerem o sal convertido para o império serão todos punidos!

— O comércio de sal de água do mar está proibido. Bloqueiem todos os cursos d’água. Afundem todos os navios Fingill que transportam sal de água do mar!

Os sacerdotes, crentes dos antigos mitos, defendiam essas decisões. Os guerreiros que travavam guerra contra os escravos aplaudiam. Os cidadãos que ainda desprezavam as seis espécies torciam por seus pares. Os nobres usavam essa justificativa como base de seu poder. Ninguém podia parar os sacerdotes, guerreiros, cidadãos e nobres, não quando eles uniam forças. Apenas seu deus poderia fazer isso, mas ele já havia sido eliminado.

“Haha. Você está aqui! A partir de agora, você é nosso mestre. Eu o servirei.” O Inquisidor teria me dito se ainda estivesse por aí.

[Os Cascomontes destruíram o porto base dos Fingills.]

[Os Cascomontes saquearam os navios comerciais dos Fingills.]

[Os Cascomontes estão forçando as outras espécies a comercializar sal-gema.]

[Os Fingills estão contra-atacando os esforços dos Cascomontes!]

Quando o reinado dos que estavam no comando declinou e novos poderes surgiram, quando uma nova fonte principal da indústria de sal apareceu, e quando um lado falhou em aceitar uma nova ideologia e perdeu uma oportunidade de ouro para reformar, havia apenas um resultado possível.

[Uma guerra de hegemonia estourou!]

Foi assim que as coisas foram pelos últimos seiscentos anos. Foram necessárias seis guerras para o império cair.

Ugor. A Terra Santa será destruída de acordo com o tratado de paz entre as sete espécies.

Os sacerdotes perderam sua religião, os guerreiros sua chance de vitória, os cidadãos sua paz e a nobreza seu poder. O que restou foi uma mina com toda a sua glória de seiscentos anos e sal escavado há muito tempo. No entanto, uma única frase de um livro de história não podia parar as espadas dos inimigos, e uma caverna vazia não podia alimentar o povo.

Quando todos perceberam isso, era muito, muito tarde.

— Vocês têm três opções — disse Uburka. — Opção um: Eu destruirei a terra sozinho! Eu posso e quero fazer isso. Qualquer guerreiro quer ser elogiado por gerações por destruir uma cidade sozinho. Eu não sou apenas poderoso, mas também generoso, então deixarei minha ganância de lado por um momento.

Uburka então assumiu uma postura de fisiculturista. Seu peitoral esquerdo se mexeu.

— A segunda opção é que vocês destruam a Terra Santa vocês mesmos, Cascomontes! Vocês podem fazer isso, mas provavelmente não são grandes fãs dessa opção. Seria humilhante entrar para a história como a espécie que destruiu sua própria Terra Santa. Eu entendo a situação em que estão, então não os forçarei a fazer essa escolha!

O peitoral direito de Uburka se mexeu.

— A última escolha é que todas as sete espécies peguem martelos — anunciou Uburka com um sorriso. — Destruam a cidade até que sua raiva se dissipe. Vocês, soldados, se esforçaram para chegar até aqui, e vocês, cidadãos, também passaram por muita coisa para protestar até agora. Destruam tudo no seu caminho! Podem e vão fazer exatamente isso.

Com uma voz trêmula, o Rei Monte, o rei dos Cascomontes, perguntou: — Guerreiro temível, e se eu te deixar entrar na minha cidade e uma batalha estourar?

— Não se preocupe! Nós, Terras, ficaremos de guarda. Seus martelos só serão usados para esmagar prédios, não cabeças de pessoas.

— Há algumas coisas que devem ser preservadas. Nós, Cascomontes, gravamos a história em pilares de pedra.

— Desmontem os pilares e os transportem para outro lugar. Não vejo problema.

— Eles são realmente pesados…

— Peguem apenas o que conseguirem carregar. Uma história que os descendentes não podem carregar nas costas não é um sinal de honra, mas de teimosia. Se você deixar partes da história irem, ficará mais leve e livre. Isso eventualmente os tornará mais fortes.

— Slimepólis é nossa última cidade. Para onde você pretende nos levar?

— Para um lugar mais leve, mais livre e melhor que este.

— Alguns dos nossos cidadãos não acreditam em você.

— Ótimo! — Uburka juntou as mãos e flexionou os bíceps. — Deixe me atacarem todos de uma vez!

Novecentos e quarenta e quatro cidadãos Cascomontes se apresentaram. Como não podiam atacar o líder Terra todos de uma vez, os dezesseis guerreiros mais corajosos foram primeiro, todos eles espadachins experientes, apesar de serem de um império caído.

— Eu concederei a vocês a honra especial de testemunhar meu verdadeiro eu! — Uburka gargalhou.

O gigante de aura desceu sobre a terra.

— O quê?

— Que porra…

— Fooooo…

O soco de Uburka enviou todos os Cascomontes voando antes que eles pudessem terminar suas frases. Não apenas os dezesseis guerreiros na frente, mas também os vinte e oito Cascomontes esperando atrás voaram como bolas de beisebol, marcando home runs.

Hahahaha! — O gigante riu estrondosamente. — Venham até mim se quiserem, pequenos!

Ninguém respondeu à sua provocação.

— Meu peito é bem largo! Eu abraçarei todos vocês, mesmo que sejam novecentos ou nove mil! Infelizmente, não tenho leite no peito para alimentá-los, mas tenho músculos suficientes para transformar vocês, crianças, em adultos! Serei seu Paizinho!

Poucos queriam ter um Terra como pai. Em vez de deixar o porco musculoso espancá-los e estressá-los, os Cascomontes decidiram liberar seu estresse acumulado destruindo os prédios de seus antepassados. Foi uma escolha sábia.

— Droga.

— Foooooo…!

Ao longo de nove dias, as sete espécies gritaram obscenidades e reduziram Slimepólis a pó. Uburka deu o toque final. Ele mais uma vez se transformou em um gigante de aura e esmagou a cidade.

Thump! Thud! Thud!

Ele continuou por mais de meio dia. A cidade cavernosa tremeu, e a montanha que servia como fronteira desmoronou. Pedregulhos caíram do teto da caverna rachada.

— Que diabos…

Um único hobgoblin gigante enterrou uma cidade sozinho. Uburka sorriu com satisfação, como se fosse um menino que acabou de pisar em um castelo de areia em um parquinho.

Heh, pelo menos conseguirei o título de Destruidor de Cidades. Declaro aqui que o tratado de paz está em vigor. Terras, arrumem suas malas. Vocês também, Cascomontes. Peguem seus pedaços de pilares e nos sigam. Estamos voltando para Goru — declarou o guerreiro mais forte na história dos Terras.

Foi assim que o cenário terminou.

[A guerra de hegemonia terminou.]

[A aliança multiespécies alcançou a vitória, embora não fosse o que eles almejavam.]

[Os Cascomontes não estão mais em risco de extinção.]

[Os Terras ganharam autoridade soberana!]

[O prestígio dos Terras se tornou maior.]

[O poder dos Terras aumentou.]

[A chance dos Terras desenvolverem um novo traço aumentou significativamente.]

[Você recebeu 9.000 pontos de espécie!]

[Você agora tem 9.800 pontos de espécie.]

Meus colegas Caçadores murmuraram entre si.

— Ele é realmente um monstro…

— Não me diga que monstros como Uburka continuarão a surgir entre os Terras… Se for esse o caso, então sinto muito pelos meus pequenos.

A Paladina balançou a cabeça. 

— Duvido. A chance é realmente baixa. Uburka é chamado de forte sem precedentes por uma razão. Alguém como ele nascer entre os Terras é uma ocorrência rara. Provavelmente outro herói nascerá de outra espécie na próxima era. Só temos que aguentar até que chegue a era dourada da nossa espécie.

[Você agora pode completar o cenário.]

[Deseja fazer isso agora?]

A Bruxa Negra jogou o cabelo para trás. 

— Interessante. Uma espécie não precisa necessariamente ser eliminada. Acho que está tudo bem apenas superar o risco de extinção.

— Quem sabe? Outra espécie pode estar em perigo de extinção no momento. Talvez só não saibamos disso.

Observamos de longe enquanto os exércitos de cada espécie se dispersavam. Haviam se passado oitocentos anos desde que a floresta primordial queimou. Embora ainda reinássemos como Constelações, nossos filhos começaram lentamente a caminhar por conta própria, em vez de seguir as constelações no céu noturno.

Eu disse:

— Hmm, ótimo trabalho, pessoal.

A Bruxa Negra sorriu. 

— Por que você está dizendo isso como se fosse um esforço de grupo? Um cara da sua espécie resolveu tudo sozinho. Nunca completei um cenário tão facilmente quanto este. Vou passar uns dez dias observando meus pequenos antes de deixar o cenário. E você, Rei da Morte?

— Então também ficarei por mais dez dias antes de ir. Tenho algo para ensinar a Uburka, de qualquer forma.

— O que você está tentando ensinar àquele monstro de novo…?

— Não se preocupe. É para o bem dele.

Nos despedimos, prometendo deixar o cenário em dez dias.

[Você comprou Aparição em Sonho.]

[Você usou 100 pontos de espécie!]

[Você agora tem 9.700 pontos de espécie.]

Uburka olhou para mim do lago de lama. 

Ugor. Olá de novo, Paizinho.

— Sim, o Paizinho está em casa.

— Segui seu conselho e guiei os Cascomontes para um lugar seguro. Vá em frente e me elogie por fazer um bom trabalho.

— Meu Deus, meu bebê. Você salvou uma espécie da extinção? Woooooow, muito bem! Muito bom. Meu filho é tão legal! Estou tão orgulhoso de você! Os Terras são os mais legais do mundo, e você é o Terra mais legal que existe! Você é muito melhor que seu papai!

Uburka riu.

— Ugor. Ugor. 

Depois de elogiá-lo por cerca de dez minutos, eu disse: 

— Uburka, há algo que quero que você aprenda.

— Ugor?

— Para ser exato, quero que você ensine isso aos outros Terras para que não seja esquecido mesmo depois que você morrer. Quero que isso dure por mais de duzentos anos.

— O quê?

Eu sorri. A aura vermelha floresceu na minha mão. 

— Vou te ensinar o fogo do mundo.

Eu ia ensinar aos Terras minhas Novas Artes do Céu Demoníaco.

 


 

Tradução: Rlc

Revisão: Pride

 

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