Mushoku Tensei: Reencarnação do Desempregado

Mushoku Tensei: Reencarnação do Desempregado – Vol. 24 – Cap. 02 – Um item procurado

 

O Reino Biheiril ficava no extremo leste da região norte do Continente Central. Cercado por montanhas, oceanos e florestas, tinha três grandes cidades: a capital Biheiril no centro, a segunda cidade de Irelil, na orla da floresta ao sul e a terceira cidade de Heirulil no oceano a leste.

Não havia nada particularmente único no reino. Se você tivesse que apontar algo, seus domínios eram grandes. Considerando a pouca influência que exercia sobre outras nações, apesar de terem o dobro do tamanho do seu vizinho, as suas forças armadas eram aproximadamente iguais em poder, embora o leste das terras do norte continuasse a ser a província de senhores da guerra rivais até hoje. A questão era: como o Reino Biheiril, com mais terras do que força militar para defendê-las, evitou uma invasão? A resposta era a Tribo Ogro.

A Tribo Ogro vivia na Ilha Ogre, uma rocha solitária saindo do oceano. A amizade deles com o Reino Biheiril era profunda.

Há muito, muito tempo atrás ⎯ na verdade, foi depois do fim da Guerra de Laplace e da fundação do Reino Biheiril, há cinquenta ou cem anos no máximo ⎯ de qualquer forma, naquela época, a Tribo Ogro na Ilha Ogre e o Clã Humano mantiveram para si a borda das terras do norte. Os ogros interagiam um pouco com os humanos que viviam na costa, mas definitivamente não estavam se exibiam nas cidades humanas como se pertencessem àquele lugar.

A Tribo Ogro teve um problema. Estavam sob ataque da Tribo do Oceano. A Tribo Ogro era um povo guerreiro e seu orgulho os fazia relutar em se render aos invasores, mas a força da Tribo do Oceano era grande demais. Os ogros caíram um após o outro; estavam condenados a serem exterminados ou a se tornarem escravos da Tribo do Oceano.

Foi quando um grupo de aventureiros veio em seu socorro. Eles ouviram rumores de que havia um tesouro na Ilha Ogre. Eu não sabia nada sobre os tais individualmente, mas o líder deles era humano e o grupo de quatro. Provavelmente um cavaleiro, um cachorro, um macaco e um faisão ⎯ é assim que a história continua, certo?

Enfim, eles chegaram sonhando com um tesouro, prontos para lutar. O que encontraram foi a Tribo Ogro em apuros. A invasão havia esgotado seu número e seus guerreiros estavam cobertos de feridas recentes. As mulheres viviam com medo e as crianças nunca sorriam.

Vendo isso, os aventureiros ficaram cheios de um desejo ardente de acabar com isso. Eles se comprometeram naquele momento a ajudar a Tribo Ogro. Juntamente com os guerreiros da tribo, se aventuraram no labirinto onde a Tribo do Oceano estava sediada. Depois de uma luta brutal de vida ou morte, mataram o chefe da Tribo do Oceano.

Eles pagaram um grande preço, entretanto. Todos os aventureiros humanos foram mortos, exceto o cavaleiro que os liderava. Vendo este cavaleiro humano lamentando a morte de seus camaradas, o Deus Ogro entendeu que eles tinham uma dívida. Ele jurou sua amizade vitalícia ao cavaleiro e prometeu que a Tribo Ogro viria em seu auxílio quando ele precisasse.

Foi então que a chocante verdade veio à tona. O cavaleiro era na verdade um príncipe da nação emergente do outro lado do mar. O príncipe foi para casa. Quando se tornou rei, ele fez um tratado com a Tribo Ogro prometendo proteção mútua. A partir de então, o Clã Humano e a Tribo Ogro viveram juntos em harmonia.

Pelo menos, esse é o mito fundador do Reino Biheiril. Deixando de lado por enquanto o quanto disso realmente aconteceu, a questão é que o Reino Biheiril estava sob a proteção da Tribo Ogro. Apesar de possuir mais território do que podia defender e terras inférteis, sobreviveu sem sofrer invasões estrangeiras. Isso é tudo que vale a pena saber sobre o lugar, honestamente.

Estávamos indo para uma de suas cidades: a Segunda Cidade de Irelil.

Éramos três: Sándor, o autoproclamado cavaleiro de Ariel em sua armadura ocre; Dohga, seu subordinado em sua armadura cinza e eu. Eu usei o anel mágico que os dois me trouxeram para alterar minha aparência e a Armadura Mágica Versão Dois atualizada com proteção de placas por cima. Eu também tinha um dispositivo mágico que Roxy desenvolveu na parte de trás da Versão Dois. Se eu liberasse energia mágica enquanto segurava um botão na cintura, o pergaminho correspondente a esse botão seria ativado automaticamente. Eu tinha dez pergaminhos no total, cinco para cada mão. Não ter que retirar cada pergaminho de cada vez era mais conveniente, mas os pergaminhos eram grossos e eu os tinha dobrado e amarrado nas costas como uma mochila escolar, prontos para serem usados. Isso adicionou algum volume, me fazendo parecer que estava prestes a decolar como um foguete, então o apelidei de Scroll Vernier.

Foi a segunda invenção de Roxy depois da Metralhadora. Usar a Armadura Mágica, o Scroll Vernier e a armadura de placas, com uma capa cobrindo tudo, me fez parecer enorme ⎯ eu tinha mais de dois metros de altura e estava coberto por uma armadura. O disfarce perfeito. Minha história dizia que eu era um guerreiro do Estilo Deus do Norte, viajando e trabalhando como guarda-costas. Eu vim para cá sem nenhum motivo específico e apenas perguntei casualmente se havia algum cara forte por perto. Visualmente, deveria parecer que Sándor era nosso líder, com dois caras grandes o seguindo. Meu nome falso era Cray. Viajávamos de carruagem.

No momento, eu era apenas um dos três cavaleiros chacoalhando na traseira de uma carroça. Todos nós três estávamos com armaduras pesadas. Claro, era fácil nos localizar, mas a composição do nosso grupo não era tão incomum que chamasse atenção. Você não vê muitas pessoas usando armaduras na Cidade Mágica de Sharia, mas no Reino Biheiril, passamos por algumas pessoas com trajes semelhantes.

Certo, enquanto estamos viajando, vamos nos familiarizar com meus outros dois companheiros, vamos?

Primeiro, há Sándor von Grandour, capitão dos Cavaleiros de Ouro de Asura. Ele costumava ser um mercenário viajante. Depois de passar muito tempo na zona de conflito, foi até Asura para a coroação de Ariel. Encantado com sua voz e beleza, tentou todos os tipos de táticas para se tornar seu servo, até que finalmente ela percebeu sua presença e ele teve a chance de fazer seu grande discurso. Foi assim que obteve sua posição atual. Parecia que Sándor era bom em bajular a autoridade, mas Ariel não nomearia um capitão cavaleiro cujo único talento fosse a bajulação. Outra coisa deve ter chamado sua atenção.

Quando lhe pedi mais informações sobre ele, ela respondeu que era honesto e confiável, mas não me contou nada sobre sua verdadeira identidade. Praticamente pude ouvi-la rindo de mim: “O que, você não sabe? Tee-hee, então não vou contar!”

Por enquanto, sua afirmação de ser o cavaleiro de Ariel não era fraudulenta. Isso era bom o suficiente para mim.

Para um Cavaleiro de Ouro, sua armadura era sem graça. Parecia dourado sob a luz certa, então talvez precisasse só de um polimento? Era mais amarelo que dourado. Que tal “Os Cavaleiros Amarelos”? Pareceu impressionante, como Amarelo 141Coloração específica presente em vários produtos considerados de luxo. ou algo assim.

— Mas havia uma ordem de Cavaleiros de Ouro em Asura?

Lembrei-me dos cavaleiros brancos e negros, mas não me lembrei do ouro.

— A ordem foi criada após a coroação de Sua Majestade — explicou Chandle —, nosso dever oficial é servir como guarda-costas da Rainha Ariel, mas vamos a qualquer lugar e realizamos qualquer tarefa que Sua Majestade nos der. Usamos os círculos de teletransporte proibidos quando necessário.

Basicamente, eles eram os “minions” de Ariel.

— O propósito original da ordem, pelo que me disseram, era “ajudar nossos aliados” — continuou ele.

— Não me diga!

Então Ariel os preparou para nós. Ela tinha um forte senso de dever. Um pouco assustador! O que ela exigiria de mim no futuro? Estaria tudo bem, desde que Orsted cuidasse disso, mas ainda assim…

— Somos uma ordem recém-criada e ainda não temos muitos membros, mas somos todos elite. Posso não parecer, mas me interessei pelo Estilo do Deus do Norte — disse Sándor, sorrindo.

— Nesse caso, eu teria pensado que você carregaria uma espada — falei.

— Achei que isso seria mais eficaz. — Ele girou seu cajado de metal dourado. Parecia um cano de ferro. Um lutador de bastão, então. A luta com espadas estava extraordinariamente avançada neste mundo. Acho que foi a influência do clã Superd que tornou as armas marciais de alcance (no sentido de armas corpo-a-corpo com um longo alcance, como bastão, tridente, lança e afins) menos populares. Eu nunca tinha visto um lutador de bastão neste mundo até agora. Se ele pudesse lidar com o Estilo Deus do Norte, seria capaz de lutar contra qualquer coisa. Havia até guerreiros parecidos com ninjas entre os seguidores do Deus do Norte, e eles também não eram lutadores de espadas.

— Uma arma mais longa oferece um grande alcance, hein? — falei.

— Certo. Absolutamente. Os lutadores do estilo Deus da Espada atacam de distâncias impossíveis, e os lutadores do estilo Deus da Água desviam os ataques de qualquer distância. É isso que os torna fortes. Por que ficar preso a espadas? Você também pode começar com uma arma de longo alcance.

Um argumento simples. No mundo da minha antiga vida, essa ideia permanecia incontestada. O alcance das armas se estendia cada vez mais. Este mundo não era assim, no entanto. Se as pessoas começassem a comprar a ideia, os espadachins que constituíam a maioria da classe guerreira perderiam o respeito. A força de um lutador de espadas era que, em um mundo onde a magia de cura podia reparar feridas instantaneamente e era exercida por criaturas difíceis de matar que vagavam pelas florestas, eles podiam derrubar um inimigo com um único golpe.

Em outras palavras, e peço desculpas a Sándor, o argumento para o seu bastão era a lógica mal pensada de um homem fraco. Talvez tenha sido eficaz quando lutou contra pessoas, mas eu não daria a ele grandes chances contra um monstro com fortes habilidades regenerativas.

— Dohga aqui também está nos Cavaleiros de Ouro.

Houve uma longa pausa, então Dohga disse: — …Uh-huh.

Dohga não tinha sobrenome. Ele era da região de Donati do Reino Asura. Ele começou como soldado no exército Asuran, guardando os portões da capital. Sándor, então nomeado capitão dos Cavaleiros de Ouro, viu seu potencial e o recrutou.

— Você é responsável pelo recrutamento, então? — falei.

— Transformar os Cavaleiros de Ouro na ordem perfeita dos cavaleiros faz parte do meu trabalho como capitão. Ainda estou procurando novos membros fortes e capazes para receber em nossas fileiras.

“Parte do trabalho, hein?” Lembrei-me da guarda pessoal da Criança Abençoada. A capitã deles, Therese, também era a mais fraca deles. Imaginei que não havia exigência de que o líder de uma organização fosse o mais forte. O talento para a liderança era mais importante.

— Considerando que vocês são chamados de Cavaleiros de Ouro, a armadura de Dohga não é muito dourada.

— Hahaha! Bem, o que você espera? Que tipo de idiota usaria uma armadura tão óbvia fora das cerimônias oficiais?

— Vocês dois se destacaram no Palácio Asuran.

— Ir aos aposentos de Sua Majestade é uma ocasião apropriada para esse tipo de elegância. Os Cavaleiros Reais fazem parte da autoridade simbólica da rainha. Se ela tivesse algum idiota com uma armadura porca guardando seus aposentos, seria escandaloso. As pessoas sussurrariam que toda a pompa e esplendor do Reino Asura é apenas superficial, que atrás de portas fechadas somos apenas alguns bandidos em farrapos. Personagens obscuros. É imperativo que o monarca esteja rodeado de glamour.

Muito bem. Eu fui negligente em sempre aparecer para ver a rainha em questão com roupas surradas. Exceto… o que eu deveria fazer? Sua Majestade podia parecer deslumbrante, mas a portas fechadas, ela se associava a personagens obscuros, a galeria de bandidos da Orsted Corporation.

— É melhor eu usar minha melhor roupa na próxima vez que for vê-la, para que ninguém pense que sou desonesto — falei.

— Oh, não. Se você aparecesse em traje formal, nos perguntaríamos quem morreu. Fora de ocasiões oficiais, você deve se sentir à vontade para aparecer com seus trajes surrados.

— O que isso deveria significar? — respondi, mas Sándor apenas riu de mim. Admito que ele não parecia um cara mau, mas ser apóstolo do Deus-Homem não tinha nada a ver com bom ou mau. Orsted e Ariel poderiam dizer que ele era confiável, mas eu iria ficar de olho nele.

— Não há muita neve nesta área, não é? — Sándor disse. Olhei em volta. Havia uma leve camada de neve nas planícies ao nosso redor, mas não o suficiente para desacelerar a carroça. Parecia que era apenas o bastante para interromper o trabalho agrícola. Ao nosso redor, a terra nua foi escavada e o que pareciam campos cultivados estava estéril. Mesmo de longe, dava para perceber que essas terras não eram férteis.

Eu imaginava que as terras do norte estariam cobertas de neve nesta época do ano, mas caiu menos do que eu esperava no Reino Biheiril. O vento estava frio e o ar seco; simplesmente não havia muita neve.

— Eu me pergunto se é por causa das montanhas.

— Como isso teria a ver com as montanhas?

— Talvez as nuvens parem nas montanhas a oeste, então a neve não chega tão longe.

— Entendo… Mestre Rudeus, você é muito erudito.

— Eu posso estar errado.

O clima neste mundo nem sempre correspondia ao que era de conhecimento comum na minha vida passada. Na Grande Floresta, a chuva podia cair durante três meses seguidos e desertos se formavam em continentes que não apresentavam nenhum fator específico que levasse à desertificação. Totalmente possível que as montanhas não estivessem relacionadas. Havia alguma magia na floresta ocidental que impedia a neve de cair.

— Meu avô era obcecado por esse tipo de coisa — disse Sándor.

— Sério? Ele estava estudando alguma coisa?

— Ele queria saber de onde vinham e para onde iam as nuvens, o que as pessoas eram antes de nascerem e para onde vamos quando morremos. Esse tipo de coisa. Ele passava dias inteiros olhando para o céu, pensando.

Ele parecia um filósofo. Compreensível. Se eu chegasse à velhice, pensei que gostaria de passar meus dias assim. Quando passasse dos sessenta anos, ficaria sentado com Sylphie e Roxy, ficando lentamente senil. Ah… Exceto que Sylphie tinha sangue de elfo e Roxy era uma Migurd, então acho que elas ainda pareceriam jovens. Eris provavelmente estaria tão em forma quanto estava agora, mesmo sendo avó… Acho que teria que ficar senil sozinho.

— Isso é muito filosófico — falei.

— Filosófico?

— A filosofia é… ah! Há um monstro!

— Eu vou lidar com isso.

Fomos atacados por monstros diversas vezes na estrada. O Reino Biheiril era tão arborizado quanto as pessoas diziam, por isso a estrada ocasionalmente corria ao longo da borda da floresta.

Eu dei uma olhada nas habilidades dos meus companheiros nessas ocasiões e tive que admitir que os guerreiros mais fortes do Reino Asura tinham habilidades. Sándor era ágil com uma técnica magistral. Um único golpe do machado gigante de Dohga derrubava seus oponentes. Eles eram tão fortes quanto pareciam. Uma maneira elegante de dizer que não aparentavam mais do que isso. Ainda assim, eram pelo menos espadachins de nível avançado e seriam um problema numa luta contra as Grandes Potências, mas não me atrapalhariam na estrada.

Pouco depois de chegar a essa conclusão, chegamos à Segunda Cidade de Irelil.

 

 

À primeira vista, a Segunda Cidade de Irelil parecia como qualquer outra. Estava cercada por um muro, com barracas de mercadores alinhadas em sua entrada. O layout favorito deste mundo. Suponho que era notável que houvesse mais edifícios de madeira aqui do que na Cidade Mágica da Sharia. As estruturas de madeira com telhados em ângulos acentuados foram construídas para deixar vãos entre cada edifício em caso de incêndio. Fazia sentido que um país cercado por florestas fosse abundante em madeira.

Deixamos a carroça num estábulo e caminhamos pela rua que levaria ao nosso alojamento. Percebi que não havia tantas barracas de comerciantes quanto eu esperava. Talvez não houvesse clientes suficientes para atrair comerciantes. Seria a explicação mais lógica, mas havia muitos aventureiros por perto para quem vender. Passamos por muitos guerreiros com armaduras e magos usando mantos. O número de barracas de comerciantes não correspondia ao número de aventureiros. Havia uma razão para isso ou era apenas uma variação comum?

— Opa… — Eu estava olhando ao meu redor enquanto caminhava e quase colidi com outro transeunte. — Uau… — O cara era grande. Perto de três metros de altura. Mesmo trajado em minha armadura, tinha que olhar para cima para encará-lo. Se este mundo tivesse meio-gigantes, aposto que eles seriam exatamente assim.

Sua pele era marrom avermelhada e seu cabelo era preto avermelhado. Ele era muito musculoso e seus braços, pernas e pescoço eram grossos como troncos de árvores. Particularmente interessante era sua cabeça, enorme. Sua mandíbula inferior incomumente grande se projetava, com duas presas projetando-se dela. Dois chifres brotavam de seu cabelo bagunçado. “Deve ser um ogro.”

— Cuidado — disse o ogro quando quase colidimos. Ele continuou seu caminho com apenas um olhar. Carregava uma carga enorme nas costas, mas parecia leve em comparação com o volume do portador. Eu nunca tinha visto um ogro de perto antes. Caras formidáveis.

Aqui no Reino Biheiril, os ogros eram livres para vagar como quisessem. O povo do reino não parecia achar isso incomum. Pessoas tratando outra raça como compatriotas não era algo que eu tinha visto muito em outros lugares.

— Cray, não olhe tanto. Você não é um caipira.

— Huh? Oh, certo…

Sándor falou em um tom áspero, totalmente diferente de como ele falou durante nossa viagem. Parte do disfarce, imaginei.

— Não há ninguém por aqui com quem valha a pena se preocupar. Você está perdendo seu tempo procurando.

— Se você diz.

Certo, éramos guerreiros do Deus do Norte. Eu só deveria mostrar interesse por pessoas que pareciam fortes. Caso contrário, nosso disfarce seria em vão.

— Vamos conseguir quartos. Cray, Dohga? Estamos bem?

— Sim.

— …Uh-huh.

Dohga era o mesmo da carruagem, mas Sándor estava totalmente no modo de interpretação, como havíamos discutido. Ter ele atuando como líder também ajudava a esconder minha presença.

1.   Sou seu ajudante, Cray. Ocupação: soldado.

— Um brinde para a nossa chegada, Sándor? Depois que o alojamento for resolvido, o que você acha de irmos para a taverna e relaxarmos?

— Ah! Justo quando pensei que você era um inútil, aparece com algumas ótimas ideias. Poderia aprender com ele, Dohga.

— …Uh-huh.

Seguimos para a pousada.

Isso me ocorreu no momento em que entramos na taverna. Algo parecia errado.

— …Huh?

A atmosfera estava errada. Não era como nenhuma outra taverna que já estive. Pelo que pude ver, não havia nada de incomum nisso. Existiam muitos aventureiros e alguns habitantes da cidade também. Cerca de um em cada cinco clientes era um ogro, mas essa não era a fonte do meu desconforto. Bem incomum que várias raças se misturassem numa taverna do que em outros lugares da cidade.

Então o que era?

As pessoas não estavam olhando. Não havia nenhum tipo suspeito ou objetos peculiares. No entanto, algo estava errado.

— Algo errado, Cray? — Sándor perguntou.

— Você não sente algo estranho neste lugar? — perguntei. Sándor olhou em volta, mas não pareceu notar.

— Não — ele sussurrou. —, devemos ir embora?

— Eu quero saber o que está por trás disso.

— Muito bem. — Com isso, Sándor entrou no bar com um ar quase imprudente e sentou-se em uma mesa vazia. Eu o segui, meio empurrado por Dohga. Quando Dohga se sentou, a cadeira chiou embaixo dele. Isso apesar de quão extraordinariamente grandes e resistentes eram as cadeiras desta taverna. Eu normalmente tinha que tomar cuidado ao sentar usando a Armadura Mágica, mas parecia que elas aguentariam bem. Foi isso que eu notei? Não, isso seria ridículo.

Enquanto eu estava ocupado com as cadeiras, Sándor chamou a atenção de uma garçonete.

— Vou pedir, tudo bem? — declarou. Em seguida, acrescentou: — Traga-nos comida e cerveja e encontre alguém que conheça o que está acontecendo por aqui. Faça isso rápido. Fizemos uma longa viagem e estamos cansados. Ah, espere, traga algo mais fraco para o grandalhão. Suco de frutas ou leite… ou água basta, se isso for tudo que você tiver. — Ele jogou quatro moedas de cobre para a garçonete.

— Já volto, senhores! — A garçonete era uma mulher ogro. Talvez fosse por isso que ela era mais magra que os homens. Ela era alta e tinha seios grandes… mas no geral, ela parecia mais humana. Talvez ela fosse meia-ogro. Será…? Não. Ela também não era a fonte.

— Cray, qual é! Quantas vezes tenho que dizer para você não olhar?

— Desculpe — falei enquanto o dedo de Sándor cutucava meu crânio. — O que foi isso?

— O que foi isso? Você está me respondendo agora? — Embora seu tom fosse áspero, não havia ameaça nos olhos de Sándor. Ele estava apenas me avisando que eu estava agindo de forma suspeita.

— Não estou, só… estou muito ansioso.

— Ansioso? Você sente que algo ruim está para acontecer?

— Nada… nada mal… — Não era desagradável o que eu estava sentindo. Pelo contrário, era como se eu estivesse me deparando com algo que eu procurava há muito tempo… Certamente eu não iria encontrar Geese ou Ruijerd aqui, não é?

Caramba, pensar nisso só me fez querer olhar mais. Eu já queria chegar ao fundo disso. A taverna estava lotada e barulhenta, como qualquer taverna de qualquer lugar, cheia de pessoas rindo e brigando umas com as outras. A maioria bebia e comia com vontade. A comida também não era nada fora do comum, apenas um ensopado padrão de peixe do rio. No entanto, algo me incomodava. Havia algo aqui que eles não tinham em outras tavernas.

— Ouvi dizer que vocês três estão procurando informações. — Enquanto eu olhava em volta, outro homem se juntou à nossa mesa. Ele era humano, com um rosto estreito parecido com o de um rato.

— Você está bem informado sobre essas bandas? — Sándor perguntou.

— Se você quer saber sobre esta cidade, eu sou seu cara. Eu sei quantos grupos de aventureiros estão aqui, como os mercadores conseguem seus produtos. Eu poderia até dizer com quem o dono da loja de armas está tendo um caso.

— Bem, então conte-nos tudo. Acabamos de chegar e não queremos problemas. — Sándor colocou algumas moedas de cobre na mão do homem.

— Isso não vai lhe trazer nada que valha a pena saber — disse ele.

— No momento, não estou pedindo nada grande, mas uma vez que você me mostrar que realmente está bem conectado por aqui… bem, posso ter trabalho para você como intermediário no futuro. Não é mesmo? — Sándor dirigiu a última pergunta para mim, então assumi um sorriso diabólico. Eu estava com o rosto de um temível Mercenário Ruato, então deveria ter sido bastante ameaçador.

— Ah, isso é assustador — murmurou o informante, afastando-se de mim. Ele se virou para Sándor e disse: — Tudo bem, o que você quer saber?

— Quero saber quais são os costumes por aqui. Território, geografia, de quem eu não deveria me tornar inimigo… Ah, e se houver alguma coisa acontecendo que possa levar a conseguir um trabalho.

— Tudo bem.

Não perguntamos sobre Geese imediatamente. Não seria bom ser muito direto. Éramos apenas guerreiros errantes procurando trabalhar como mercenários. Algum demônio insignificante não tinha nada a ver conosco.

— No que diz respeito às leis, não existem regras rígidas. Você pode morar nesta cidade, desde que siga a lei. Ah, a única coisa é que há muitos ogros. É melhor tomar cuidado com como você age perto deles. Os humanos neste país são amigáveis com eles, então mesmo que vocês sejam seguidores devotos de Millis ou algo assim, é melhor manterem quaisquer insultos à Tribo Ogro para si mesmos.

— O que aconteceria se eu os insultasse?

— As pessoas não venderiam para você, as pousadas não ofereceriam quartos. A proprietária deste lugar é um ogro. Você pode ser banido do local ou receber comida estragada.

A Tribo Ogro eram vizinhos queridos. Qualquer insulto à Tribo Ogro era sentido mais intensamente pelos humanos do que pelos próprios ogros. Mesmo em Sharia, havia muita tolerância para com outras raças, mas elas ainda eram segregadas. As pessoas não viviam misturadas como aqui.

— Quanto à geografia… para se ter uma ideia geral, ao norte você tem a capital, depois há uma aldeia ao sul. É minúscula, nem tem nome, mas alguns lenhadores vivem lá e podem se defender contra monstros. Ao sudeste, há um labirinto. Se você quiser a localização exata… vai custar caro.

— Diga-me. — Sándor estendeu mais algumas moedas de cobre e conseguiu a localização do labirinto. Não íamos, mas não havia mal nenhum em saber.

O homem voltou às outras perguntas de Sándor.

— Aqueles de quem você não deveria fazer inimigos são os ogros, como eu disse antes. Neste país, ogros e humanos são tratados da mesma forma. Além disso… Certo, sim. Não é uma pessoa, mas há um lugar que você deve evitar. A Ravina do Dragão da Terra.

A Ravina do Dragão da Terra. Alerta de localização importante! Ruijerd deveria estar em uma vila perto daquele vale.

— A ravina fica no meio de uma floresta profunda chamada Floresta Sem Retorno. Dizem que demônios invisíveis têm aparecido lá há muito tempo, então é proibido entrar.

— Demônios invisíveis?

— Apenas histórias de velhas para assustar as crianças. Como você pode imaginar pelo nome, existem Dragões da Terra vivendo na Ravina do Dragão da Terra. Se alguns aventureiros idiotas fossem para a floresta e bagunçassem suas tocas, poderíamos acabar com um bando inteiro de Dragões da Terra furiosos e crueis arrasando o país… Acho que é por isso que é proibido. — O homem franziu a testa, parecendo se lembrar de algo. — Eu digo isso, mas não faz muito tempo… bem, já faz cerca de um ano, mas havia rumores de que demônios emergiam da Floresta Sem Retorno.

— Oh?

— O chefe desta cidade formou uma equipe de pesquisa e os enviou para a floresta. Só que eles não voltaram. Nem mesmo depois que a pesquisa deveria ter terminado. Havia todos os tipos de rumores. Alguns disseram que os demônios invisíveis os pegaram, outros disseram que tropeçaram no ninho de um Dragão da Terra. Outros disseram que não, eles apenas foram comidos por monstros comuns. Acontece que não estavam todos mortos. Bem quando o Chefe deu por morta a primeira equipe de pesquisa e enviou outra equipe, um deles apareceu do nada. — Aqui, o homem se inclinou para frente e me olhou com uma expressão mortalmente séria.

Cara, isso parece uma história de terror, pensei. Por que você está olhando para mim? Olhe para Sándor.

— Ele estava louco, pobre idiota. Ele deve ter visto algo que realmente o assustou. O chefe perguntou o que tinha acontecido, mas ele apenas olhou para o nada, murmurando “Os demônios, os demônios…” Dizem que o chefe ficou tão assustado que desistiu de enviar mais equipes de pesquisa. Ele anunciou que a equipe de pesquisa foi comida pelos Dragões da Terra e colocou uma ordem de silêncio em todo o negócio, então estamos proibidos de falar sobre isso… A verdade está envolta em trevas até hoje, arquivada como um mistério não resolvido. Isso foi… cerca de seis meses atrás.

Nossa respiração ficou presa no peito enquanto o homem continuava com sua história.

— Bem, se ao menos tivesse terminado aí. Recentemente, a história chegou aos ouvidos do rei. Sua Majestade ficou indignado. “Há uma aldeia aqui perto!” ele exclamou. “Como você pôde abandoná-los sem descobrir o que aconteceu?” Avisou que enviaria um grupo de caça. Neste exato momento, eles estão reunindo pessoas que sabem como lutar na capital. — O homem olhou para cima. — E não é segredo o porquê. Há uma recompensa especial de dez peças de ouro Biheiril para quem descobrir a verdade sobre os demônios e matá-los. Parece que pode haver um trabalho para você, não é?

Ok, demônios invisíveis. Isso não era exatamente o que eu tinha ouvido sobre o avistamento de Ruijerd… Talvez a verdade fosse algo assim: primeiro, Ruijerd tinha ido para a aldeia por algum motivo, e eles o rotularam como um demônio. Alguém começou a dizer “Um demônio apareceu perto da Floresta Sem Retorno”, e isso se confundiu com o boato de que demônios invisíveis viviam na Floresta Sem Retorno e se transformaram em “Demônios invisíveis saíram da Floresta Sem Retorno”. À medida que o boato foi se espalhando e aumentando ao longo do caminho, a informação original foi distorcida. Felizmente, a rede de informações do Bando Mercenário descobriu a história antes que ela ficasse confusa. Provavelmente ajudou o fato de eles estarem procurando por algo específico.

Claro, também poderia ter acontecido na ordem inversa. Algo como “Um demônio invisível realmente apareceu”. “Demônios? Isso soa como o Clã Superd.” “Agora que você mencionou, o cara que apareceu tinha cabelo verde.

Na verdade, não importa. Isso não explicaria a parte sobre ele comprar remédios. Quero dizer, não havia nenhum sentido ou razão para como os rumores distorciam as informações. De qualquer forma, o remédio não tinha aparecido na história desse estranho. Poderia Ruijerd realmente ter eliminado toda uma equipe de pesquisa sem levantar suspeitas? Por que ele faria tal coisa? Havia algo na floresta que ele não queria que as pessoas vissem ou soubessem?

— Isso é… — Sándor disse pensativo — uma bela história. Certo, Cray? Você não acha?

— Sim, demônios, hein…? Isso é interessante. Também gosto do som de dez moedas de ouro — respondi vagamente, minha cabeça cheia de outras coisas. Eu precisava ir para aquela floresta. Com toda essa informação sendo divulgada, não pude acreditar que Ruijerd não estivesse envolvido. — Você disse que quem matar os demônios recebe a recompensa, então isso significa que quem chegar primeiro vence, certo? Todo mundo vai participar em grupos, mas não somos aventureiros. Vamos precisar de apoio se formos em frente.

— Bom ponto. — Sándor me lançou um olhar conspiratório. — Talvez ele possa encontrar alguém para nós. Tudo bem, meu amigo bem informado. Aqui está a taxa para o seu próximo trabalho. — Ele colocou outra pilha de moedas de cobre na frente do homem. — Encontre-nos um ladrão. Quero alguém com muitas habilidades de aventura: quanto mais habilidoso em desenterrar informações, melhor. Não importa se eles não são muito de lutar; nós temos isso sob controle. O pagamento… Vamos ver. Ah, dane-se. Se você encontrar alguém, mande-o até nós e discutiremos os detalhes.

— Você tem algum prazo?

— Bem, contanto que cheguemos a tempo para o grupo de caça… Isso ainda está longe, certo?

— Falta um mês.

— Tudo bem, digamos daqui a dez dias, nesta taverna. Isso funciona para você?

— Temos um acordo. — O homem pegou as moedas e rapidamente as guardou no bolso. Ele então levantou abruptamente e um momento depois desapareceu, se misturando na taverna lotada.

Nada mal, Sándor.

Aprendemos sobre a floresta e conseguimos uma pista sobre como caçar Geese. Ok, não perguntamos sobre o Deus do Norte, mas isso não se encaixaria naturalmente na conversa. Eu gostaria de aprender um pouco mais como fazer isso sozinho.

— Você é bom nisso — disse a ele.

— Minha esposa tem talento para esse tipo de negociação. Eu aprendi isso naturalmente observando-a.

Um homem casado. Eu realmente precisava ter certeza de que o levaria para casa em segurança, então.

Merda, permaneça no personagem.

Limpei a garganta.

— E agora?

— Temos que esperar ele voltar, mas não quero ficar parado por dez dias… Vamos fazer uma pequena excursão? Ei, Dohga, onde você quer ir?

— …Lenhadores.

— Bem então. Devemos fazer uma pequena exploração e parar na aldeia ao sul? — Sándor sugeriu. Agimos como se estivéssemos decidindo aqui e agora, mas já havíamos decidido ir para a aldeia ao sul. Tínhamos dez dias. A aldeia ficava a apenas um ou dois dias de distância. Amanhã de manhã eu montaria um círculo de teletransporte e uma pedra de comunicação, depois iríamos para a vila. Amanhã ou depois rumaríamos para a floresta e passaríamos cinco ou seis dias procurando. Depois disso, voltaríamos, encontraríamos nosso informante e ouviríamos o que ele tinha sobre Geese. Depois reportaríamos os resultados da nossa investigação através da pedra.

— Olha você aqui. Espero não ter deixado você esperando! — Era a mulher ogro com o nosso pedido: ensopado de peixe e cerveja. Ela colocou um copo com algum líquido escuro na frente de Dohga, provavelmente sem álcool. Não parecia muito apetitoso, mas fiquei curioso. Eu pediria um gole depois.

Agora, estávamos em uma missão urgente, então não planejei ficar bêbado, mas não beber em uma taverna também chamaria atenção. Eu tomaria uma única caneca.

— Tudo bem, rapazes, para o nosso grande sucesso! — Sándor brindou.

— Saúde!

— …Saúde.

Levantei minha caneca com a deles e tomei um gole. A bebida era rica e queimava enquanto descia, mas o sabor era suav…

— Blegh! — Dohga cuspiu o líquido preto. Ele estava tossindo e cuspindo.

— Wow!

As pessoas ao nosso redor se viraram para ver Dohga tossir, de bruços sobre a mesa. Rapidamente, coloquei a mão em suas costas e murmurei um feitiço de desintoxicação. Dogha apenas olhou para o chão, com um fio de baba pendurado em sua boca.

— Ei, aguente firme!

Merda, o que eles o fizeram beber?! Veneno?! Eu sabia, senti algo errado, sabia que havia algo errado! Mesmo que eu ainda não tenha certeza do que é…! A desintoxicação funcionará? Fique calmo, a primeira coisa que você faz nessas situações é manter a calma. Primeiro, preciso saber que tipo de veneno ele bebeu…

— O que diabos você deu a ele?! — Sándor exigiu, gritando com a garçonete.

— Eu sinto muito! — Ela ofegou.

Obrigando-me a manter a calma, peguei a caneca de Dohga e… Huh? Não conheço esse cheiro?

— Seu amigo é humano? Pelo seu tamanho, presumi que ele fosse um ogro. Eu sinto muito.

— Apenas me diga o que diabos você deu a ele!

Mergulhei um dedo no líquido e depois lambi. Ah, sim, eu conhecia bem esse sabor.

— Hum, é uma bebida feita de feijão. Muito popular entre os ogros, mas é muito forte para os humanos, então nós o diluímos para você. Eu realmente sinto muito!

— Não é veneno?!

— Hum, bem, pode ser, se os humanos beberem muito… mas não com apenas um gole.

— Caramba! Dohga! Olá, Dohga! Você pode me ouvir?

Sándor estava agitado, mas eu recuperei totalmente a compostura. Agora que pensei nisso, esse era o cheiro que pairava na taverna desde que entramos. Provavelmente também estava no ensopado de peixe. Isso era o que parecia estranho. Eu sabia qual era a bebida. Era verdade, era venenoso se você bebesse demais, mas Dohga só tinha tomado um gole e cuspiu a maior parte. Ele poderia não se sentir bem depois, mas não haveria consequências duradouras.

Mergulhei meu dedo no líquido e lambi novamente.

Sim. É isso, com certeza. Eu reconheceria em qualquer lugar.

Isto é molho shoyu.

 


 

Tradução: Bucksius

Revisão: Merovíngio

 

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