Aterrissamos no Distrito dos Aventureiros. Deve ter sido… por volta de dez ou quinze minutos depois que decolamos?
— Ufa… — exalei.
Pratiquei muito isso, então raramente estragava uma aterrissagem ao descer de um salto mágico. Nenhuma perna quebrada pelo impacto dessa vez. Pode ter sido apenas quinze minutos no ar, mas desde o desaparecimento de Zenith, várias horas já se passaram. Tinha que encontrá-la rápido. Por mais impaciente que estivesse para continuar, precisávamos pensar sobre isso.
Quando voltei para a casa de Cliff, Zenith havia sumido. Aparentemente, Geese a levou para passear. Pensei que certamente estaria de volta em breve, mas ainda não havia sinal dela, mesmo quando anoiteceu. Geese pode ter sido um aventureiro rank S, mas não era bom de briga, e além disso, era um demônio. Todos sabiam como os demônios eram tratados no País Sagrado de Millis. Como poderia se passar por homem-fera, Geese evitou alguns dos abusos, mas era possível que a guarda da cidade tivesse uma ideia errada e o prendesse por sequestrar uma mulher com deficiência mental. Também não queria pensar no que a família Latria faria se soubesse que Zenith estava com um demônio… Claire Latria, aquela velha raposa, queria forçar Zenith a se casar em seu estado atual. Quem sabia do que aquela mulher era capaz?!
Eu precisava colocar Zenith à minha vista e sob minha proteção o mais rápido possível!
— Vamos indo, Aisha.
— E-espere um segundo, Irmão… — Aisha respondeu caindo no chão; suas pernas tremiam tanto, que seus joelhos batiam um no outro. Ela parecia estar fraca demais para ficar de pé.
— Não dá tempo, vamos — insisti.
— O-ok, mas… podemos pelo menos andar no chão?
Ah, então Aisha não gostava de altura. Isso foi minha culpa. Eu parecia estar cercado por pessoas que não lidavam bem com altura. Sylphie tinha pavor de lugares altos, e eu mesmo não gostava muito deles. Aposto que Eris gostava, no entanto… Ugh, agora não era a hora de pensar sobre isso.
— Se corrermos pelo chão vamos causar um acidente de trânsito — objetei. — Anda, vamos encontrar Zenith.
Agora tínhamos que pensar em procurar por Zenith, ou por Geese que estava com ela. Não podia deixá-la sozinha em sua condição atual.
— Bleh… não consigo andar.
— Tudo bem, vou te dar uma carona nas costas.
— Você não vai voar?
— Não — disse enquanto levantava Aisha do chão de costas.
Agora vamos começar a investigação. O Distrito dos Aventureiros era grande; então, por onde começar?
— Que tal darmos uma olhada nas tabernas, Irmão? É hora do jantar. Talvez tenham saído para comer em algum lugar.
— Ah, boa ideia.
Segui a sugestão de Aisha e seguimos correndo, espiando as tabernas que ladeavam a rua enquanto caçávamos Zenith ou Geese. Todos os lugares estavam lotados com a multidão do jantar, mas não precisava inspecionar cada cliente como um idiota. Ao limitar nosso questionamento à equipe, poderíamos reduzir o tempo gasto em cada local. Tinha certeza que alguém os teria visto. Uma mulher com um olhar vago acompanhada por um demônio com cara de macaco não seriam facilmente esquecidos.
Embora já estivesse escuro há algum tempo, o Distrito dos Aventureiros ainda estava lotado de pessoas. Aventureiros voltando de uma missão agarrados a seus prêmios e mercadores com quem negociavam; aventureiros cansados de um trabalho e procurando uma refeição e o bar com os estalajadeiros chamando por eles. Também ouvi algumas brigas acontecendo. Talvez por causa do horário, não havia nenhuma carruagem passando, então era improvável que Zenith tivesse vagado e sido puxada sob as rodas de uma. Isso, pelo menos, foi um alívio.
— Cara de macaco? Você deve estar se referindo aos Geese. Sim, eu o vi na Taberna da Luz Cintilante.
Na terceira taberna, consegui uma pista. Geese já estava neste país há um bom tempo e, conhecendo-o, sua reputação o precedia.
— Ele estava com uma mulher? — perguntei.
— Uma mulher…? Não sei sobre isso… — respondeu o taverneiro, franzindo a testa.
Achei melhor ir e ver por mim mesmo. Perguntei-lhe o endereço, depois coloquei uma moeda de cobre em sua mão com uma palavra de agradecimento antes de sair correndo para a Taberna da Luz Cintilante. Tive um mau pressentimento.
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A Taberna da Luz Cintilante ficava em uma parte ruim da cidade. Homens maliciosos circulavam olhando as mulheres que perambulavam pela rua. Eu tinha certeza de que eram prostitutas. Provavelmente não estávamos longe do distrito da luz vermelha. Até Millishion tinha um, aparentemente.
Os homens estavam olhando em nossa direção, intrigados. Suponho que Aisha e eu parecíamos muito fora do lugar para nos misturarmos aqui.
— Ha ha! Bem, ei, garoto, você vem brincar então?
Uma delas apareceu e começou a conversar comigo. Eu vim para brincar? É claro que estava sempre me esforçando para melhorar meu desempenho, mas agora não estávamos na cama, não estávamos fazendo isso…
— I-Irmão, me coloque no chão. Isso é embaraçoso!
Deixa para lá. Só ficaram intrigados com a forma como Aisha se agarrava às minhas costas. Depois que a coloquei no chão, os olhares cessaram.
A placa dizia “Taberna da Luz Cintilante”. A taberna parecia bastante normal, mas os fregueses que entravam e saíam eram uma multidão miserável. No passado, a carranca no rosto do homem que estava saindo agora, teria me deixado com medo, mas desde que vim a este mundo, cresci forte. Agora eu poderia até entrar em um lugar como este sem medo. Honestamente, o escritório do Bando Mercenário Ruato, em Sharia, era bem mais intimidador. Ainda assim, não gostava de pensar em Zenith por aí em um lugar como este. Que merda Geese estava pensando? Gostava do cara, mas se ele confundisse as coisas e tentasse vender Zenith para um bordel ou algo assim, jamais o perdoaria. Arrancaria seus dois braços e suas pernas também.
— Bem-vindo! — A saudação espirituosa do taverneiro se sobrepôs ao burburinho geral quando entramos. A taberna pode ter parecido sombria do lado de fora, mas uma vez lá dentro, a atmosfera era amigável. Não me sentia um estranho aqui. Os clientes também não eram todos do tipo rude. Havia muitos aventureiros de aparência comum também. Rapidamente examinei os rostos no salão, então me virei na direção do taverneiro para…
— Então esta foi a parte realmente esperta. Eu disse: “Acho que os três círculos de teletransporte são armadilhas e há outro caminho!”
Eu reconheceria aquela voz em qualquer lugar. No fundo da sala, um homem com cara de macaco bebia enquanto se gabava para os jovens aventureiros sentados ao seu redor. Seus companheiros eram um menino com cabelo espetado, outro com cabelo comprido e piercing no nariz, e uma menina com olhos ligeiramente puxados e cabelos tingidos de uma cor não natural. Ele parecia, como devo dizer…? Uma espécie de velho exibido.
Zenith não estava lá. Olhei ao redor do salão, mas não consegui vê-la em lugar nenhum.
— …Então, assim como eu suspeitava, encontramos o maldito! Em uma passagem secreta para os aposentos do chefão…
Aproximei-me da mesa e Geese me notou. Em uma fração de segundo, sua expressão mudou para uma de horror.
— Geese… — Eu disse.
— E-ei, chefe! Estava, uh, eu estava falando sobre você! Vocês aí, esse cara aqui é o Atoleiro de que falei!
Os outros três ficaram boquiabertos comigo. A garota, com a mão pressionada contra o peito, arrastou a cadeira para duas pernas longe de mim. O que diabos ele estava dizendo sobre mim? Doeu um pouco, ter uma garota se afastando de mim daquele jeito, mas tanto faz, isso não era importante agora. Eu tinha uma montanha de perguntas para ele. Por onde começar…? Em primeiro lugar, talvez pudesse convencê-lo a me dizer se o Deus-Homem estava envolvido ou não.
— Geese… eu queria não acreditar — comecei. — Você, meu inimigo…
— Eh? O que disse?
— Ele te contou tudo, não é? Visitou você em um sonho. Disse também o que eu faria agora?
— Sonhos? Do que você está falando? — perguntou Geese com uma risada nervosa. Ele estava se fazendo de bobo.
Apontei meu dedo para ele e concentrei minha magia. Assim que o Canhão de Pedra se formou, ele começou a girar rapidamente, como uma broca de furadeira cujo zumbido reverberava pelo salão. Os jovens aventureiros, de olhos arregalados, fizeram menção de se levantar.
— Fiquem onde estão — disse bruscamente, então pararam.
Olhei nos olhos de Geese e perguntei novamente:
— Com que palavras ele encheu sua cabeça? Conte-me tudo e eu o deixarei viver.
— Uou, uou! E-ei, pare com isso…! Desculpe! Não sei o que fiz, mas não foi minha culpa! Agora, pare de apontar essa coisa para mim! — gaguejou.
Afastei um pouco o dedo. Geese pulou da cadeira e se jogou no chão aos meus pés. Sem um pingo de dignidade, rastejou e se desculpou.
— Parece que eu realmente errei! Me desculpe, eu te deixei bravo, chef… uh, quero dizer, Rudeus! Olha, viu como estou arrependido?! Só não sei o que fiz! Você poderia me dizer para que eu possa me desculpar adequadamente? Você tem que me perdoar!
Isso tudo me pegou desprevenido. Não era a reação que esperava. Talvez ele não estivesse servindo ao Deus-Homem? Não, era muito cedo para saber com certeza. No entanto, mesmo com aquela pequena dúvida, me senti mal ao ver meu companheiro de longa data se curvando e rastejando na minha frente.
Eventualmente, perguntei: — Onde está minha mãe?
— Hã? — balbuciou Geese, olhando para cima com a cabeça inclinada para o lado. A expressão em seu rosto, vermelha de tanto beber, era de perplexidade. Se estava atuando, era uma grande atuação.
— Minha mãe, Zenith Greyrat.
— …Zenith? Eu apenas mostrei a ela um pouco da cidade e depois a levei para casa…
— Ela não está em casa. É por isso que estou aqui — respondi, cruzando os braços.
Então, um dos meninos riu. Olhei em volta e vi que Aisha estava ao meu lado, imitando minha pose e balançando a cabeça. Era apenas semelhança de família, nenhum de nós estava com humor para brincadeiras. Olhei para o menino e ele congelou com um pequeno guincho. Caramba, o que Geese estava dizendo a essas pessoas sobre mim?
— Huh… Mas, é sério… Eu definitivamente a levei para casa, sabe?!
— Onde você a deixou?
— Onde? Bem, você sabe, na entrada do Distrito dos Aventureiros. Um empregado da casa veio buscá-la, então a deixei com eles.
Um empregado? Nosso empregado? Cliff e eu estávamos na sede da igreja. Aisha estava fazendo compras e Wendy estava em casa… Não, espere aí. Ele não estava falando sobre a minha casa.
— Alguém da família Latria…?
— Isso, isso. Fiz questão de verificar o brasão deles e tudo mais. Eram empregados dos Latrias, sem dúvidas. — Ele completou.
Meu pulso acelerou. Zenith havia sido levada, raptada por um servo dos Latrias. Acalme-se, disse a mim mesmo. Coloque seus pensamentos em ordem. Primeiro: Geese havia levado Zenith. Por quê?
— O que estava fazendo tirando minha mãe de casa em primeiro lugar?
— Não tive nenhuma má intenção com isso, chefe. Fazia um tempo que não via você ou ela, então queria colocar o papo em dia, só isso.
Então foi um capricho. Ok, acho que fez sentido… Mas espere, algo não se encaixa.
— Como sabia onde Cliff morava?
— Porque fui ver os Latrias primeiro. Não gosto muito de ir lá, mas pensei que se você estivesse lá para me receber… então disseram que algo aconteceu e você e Zenith estavam hospedados em outro lugar, então era para lá que deveria ir. Então vim até aqui.
— Pensei que você odiasse ir para o Distrito Divino.
— Isso é só porque como demônio… você nunca sabe quando alguém vai pular em você sem motivo enquanto vaga por aí. Não é como se eu preferisse morrer ou algo assim — protestou.
Sua desculpa soou… fraca. Muito vago. Parte disso provavelmente era o álcool, mas talvez algo o estivesse consumindo. Houve uma pausa. Calma aí, agora eu saquei. Descobri o que tinha acontecido. Tinha acontecido mais ou menos assim:
Ontem, deixei meu temperamento tomar conta de mim na Mansão Latria e saí furioso. Eles devem ter nos perseguido enquanto caminhávamos para casa. Fui descuidado e eles descobriram onde estávamos hospedados. Estava alheio desse detalhe.
Se os Latrias tivessem vindo e exigido que os Grimors entregassem Zenith, sabiam que seriam recusados. Eram de facções inimigas e o clima político atual tornou insustentável o lançamento de um ataque direto aos Grimors. Embora os expulsionistas estivessem em ascensão no momento, um passo em falso poderia significar sua queda. Então os Latrias usaram Geese, um demônio totalmente ignorante que caiu nas mãos deles.
Em qualquer outro dia, teriam expulsado uma criatura como ele, mas hoje, conseguiram um peão que ninguém esperaria que expulsionistas usassem. Eles o manipularam para trazer Zenith para fora. Provavelmente não a pegaram imediatamente porque estavam preocupados com um guarda-costas, embora não houvessem guarda-costas. Eu estava fora e, por uma terrível coincidência, Aisha também. No final das contas, a sorte estava do lado deles. Eles tomaram Zenith sem resistência. Já esperava que não tivessem escrúpulos ao fingir ignorância depois: Geese? Não, não posso dizer que conheço alguém com esse nome. Por que você imaginaria que estaríamos familiarizados com um demônio imundo? Ou algo assim. Agora que sequestraram Zenith, só tinham que escondê-la. Seria uma questão simples designar um cuidador para vigiá-la.
— E-ei, chefe? O que está acontecendo?
— …Quando os Latrias lhe disseram onde estávamos, disseram mais alguma coisa?
— Eh? Hum, sim, eles disseram que Zenith deve ter sentido falta de estar em casa, então eu deveria levá-la para a cidade…
Não era justo culpar Geese. Ele não sabia de nada. Fui eu quem disse a ele que íamos para os Latrias e que ficaríamos lá. Se ele achava que eu estava lá, era improvável que suspeitasse de alguma coisa, mesmo quando os Latrias o receberam sem sua dureza habitual. Então encheram sua cabeça com histórias; é claro que ele acabou sendo o fantoche deles. Fui descuidado. Deveria ter levado Zenith para casa hoje. Depois de ver quem eram os Latrias, não deveríamos ter ficado em Millishion nem mais um minuto. Teria levado algum tempo, mas eu deveria tê-la levado de volta para nossa casa, depois voltar para dar atenção total aos assuntos do bando mercenário em Millishion. Não era como se eu estivesse pressionado pelo tempo. Mantive uma fraqueza potencial perto de mim. Isso foi um erro. Deveria ter levado Zenith para um passeio tranquilo depois que tudo acabou.
Arrependimento não iria ajudar, agora que era tarde, no entanto, precisava trazer Zenith de volta.
— Geese, o negócio é que…
Tendo abrandado um pouco com ele, contei a Geese tudo o que havia acontecido e pedi sua ajuda. Sim, ele foi manipulado, mas também não era totalmente inocente. Tinha certeza de que ele não estava servindo ao Deus-Homem depois de sua última reação e precisávamos de todos os aliados meio competentes que conseguíssemos nessas circunstâncias.
— …Está falando sério? — disse Geese depois que terminei, com o rosto arrependido. — Agora que pensei, foi estranho como os Latrias apenas me disseram o endereço sem fazer nada, mesmo sem você lá no meio… Eu apenas presumi que você tinha esclarecido isso com eles, chefe. Então foi por isso que me disseram para levá-la para fora…
Fui imprudente e mostrei ao meu inimigo meu ponto fraco, mas todo mundo comete erros. Eu traria Zenith de volta imediatamente.
— Ok, estou dentro. Vou te ajudar — disse Geese.
— Obrigado — respondi.
Com Geese a bordo, decidimos ir direto para a mansão Latria… embora estivesse meio desesperado, não era assim que a teríamos de volta.
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A mansão estava em silêncio mortal. Já passava da hora do jantar, muito mais perto da hora de dormir. Estava carregando duas pessoas comigo e isso me atrasou. Então, cheguei lá o mais rápido que pude. Aisha parecia prestes a chorar.
— Você prometeu… — murmurou.
Você já pode adivinhar como fomos até lá.
— Eles ainda estão acordados — declarei.
As luzes ainda estavam acesas na mansão, mas não havia ninguém no portão, nem mesmo uma campainha. O que deveria fazer se quisesse chamá-los? Talvez as pessoas apenas gritassem. Como eles planejavam receber convidados? O mais provável era que pretendiam recusar qualquer um que chamasse-os a esta hora sem consideração. Ah bem.
— Sou eu, Rudeus! — gritei batendo no portão. — Tem alguém em casa?
Se os vizinhos reclamassem, não era problema meu. Talvez fosse um exagero dizer que a justiça estava do meu lado, mas eu tinha uma causa válida. Se os Latrias estavam por trás do sequestro de Zenith, eles estavam errados. Se não estivessem, então o servo que Geese conheceu era um impostor e o verdadeiro sequestrador. Fiz o meu melhor para cortar todos os laços com esta família, mas se alguém estava usando seu nome falsamente, isso também era problema deles.
Contudo, ninguém saiu. Bati no portão com mais força e gritei mais um pouco. A força de meus golpes reforçada por minha Armadura Mágica dobrou a treliça dourada do portão cada vez mais.
— Preciso falar com você sobre minha mãe! — chamei. Porém, é claro, nenhuma resposta veio.
Bem, já era hora de abrir caminho.
— Se não saírem, vou derrubar o portão! — avisei.
Apenas no caso de não responderem, concentrei a magia em minha mão direita. Se achavam que esse frágil portão poderia me impedir, então não me conheciam.
— Ei, chefe, espere! Isso não vai acabar bem!
Isso me parou. Estava certo, quebrar o portão era extremo. Esta situação estava me afetando; estava ficando fora de mim. No outro dia Claire tinha insistido em casar Zenith e fazê-la ter filhos. Encontrar um parceiro, casar, montar casa, ter filhos… Na verdade, pensando em todo esse processo demorado, ainda tínhamos tempo. Não há necessidade de entrar em pânico. Se eu ficasse de olho nos movimentos dos Latrias, eles acabariam me levando à Zenith. No entanto, havia um elo fraco nessa longa cadeia de eventos. Você só precisava dar enfoque na parte “ter filhos” e ta-dá! Lá estava.
Se você pegasse um homem e uma mulher, os jogasse juntos na cama e esperasse cerca de trinta minutos, era todo o tempo de que precisava. Seria o que chamam de fato consumado; quando encontrasse Zenith, havia grandes chances de que aquele ovo já estivesse mexido. Queria acreditar que Claire não seria tão impiedosa com a própria filha, mas não podia deixar de acreditar em uma bruxa que casaria sua filha com deficiência mental. Era por isso que precisava me apressar.
Mesmo assim, quebrar o portão era precipitado. Poderia ter quebrado com um tiro do meu Canhão de Pedra, mas o estrondo chamaria a atenção. Não conhecia as leis deste país, mas na maioria deles, arrombar um portão é crime. Se as pessoas que viessem chamassem a polícia e eu acabasse como um criminoso, isso traria problemas para Cliff e para o Papa também.
Eu precisava entender o que estava acontecendo antes de agir.
— Você tem razão. Se eu usar magia de terra para abrir a fechadura, podemos nos esgueirar…
— Esgueirar-se para onde, exatamente? — Veio uma voz do outro lado do portão. Olhei e vi que, em algum momento, cinco homens e mulheres haviam aparecido do outro lado do portão de treliça. Três soldados, um mordomo e uma velha vestida com roupas finas.
— O que significa isso? Batendo no meu portão a esta hora.
Era Claire Latria. Fiquei em silêncio por um momento. Ela saiu depois de ouvir minha voz? Ou estava esperando por mim…?
— Claire… isso não é um pouco dissimulado?
— Do que você está falando?
— Estou falando sobre como você enganou Geese para ajudá-lo a sequestrar minha mãe.
Com isso, Claire olhou para Geese e franziu a testa.
— Sequestrar sua mãe? Tenho certeza de que não tenho a menor ideia do que você quer dizer.
— Pensei mesmo que iria se fazer de boba… — respondi e dei a Geese um olhar significativo.
Ele assentiu e apontou para um dos três guardas.
— Aquele. Essa é a pessoa que veio buscar Zenith — disse ele.
Olhei para o guarda, que deu de ombros, tentando parecer inocente. Como se não soubesse do que estávamos falando.
— A doutrina proíbe qualquer membro da nossa família de confraternizar com o povo demônio — disse Claire bruscamente, com um olhar frio para Geese. — Nós nunca, jamais empregaríamos um demônio imundo como esse.
Sem surpresas até agora.
— Se você acredita que Zenith foi sequestrada, então deve haver um grupo de busca. Talvez esse demônio esteja por trás disso. Eu gostaria de ouvi-lo se explicar, em detalhes…
Geese deu um passo para trás, grunhindo de desânimo. Ela pretendia calá-lo. Agora que pensei sobre isso, se Geese tivesse sido assassinado esta noite, então duvido que algum dia tivesse encontrado meu caminho até aqui. Foi uma coisa boa que me movi rápido.
— Está me dizendo que não tem absolutamente nenhuma ideia de onde minha mãe está?
— Nenhuma. E mesmo que tivesse, você se excluiu desta família. Não tenho obrigação de lhe dizer nada.
A bruxa continuava mergulhando naquele veneno… Qual era a dela? Que bem faria a ela me tornar seu inimigo? Não pode ser que ela seja realmente uma das discípulas do Deus-Homem, pode? Não conseguia entendê-la. Também seria possível que ela realmente não soubesse de nada? Nesse caso, Geese estava mentindo? Por que ele faria isso? Ele era um mentiroso, mas tinha certeza que não do tipo que fazia isso para machucar as pessoas.
— Claire…
Ela bufou pelo nariz, voltando seus olhos frios para mim.
— Sim, Rudeus? Se você acha que estou mentindo, vá em frente e reviste a casa.
Ela estava confiante de que eu não encontraria nada, então. Ou já havia movido Zenith para outro lugar.
— Se isso é tudo, devo pedir-lhe para sair agora. Você não é mais parente dos Latrias, não é mesmo?
Eu estava em silêncio. Minha expressão era pura amargura, tenho certeza. Tinha minha principal suspeita bem na minha frente e não havia como descobrir a verdade. A tinha bem aqui, mas não conseguia pensar no que dizer.
Estava com tanto medo por Zenith; e ainda assim nunca conseguiria o paradeiro dela desta mulher. Ocorreu-me o pensamento de que, a essa altura, eu poderia muito bem sequestrar Claire e fazê-la me contar por todos os meios necessários. Na verdade, talvez não fosse uma má ideia. Eu não tinha provas, apenas a palavra de Geese, mas se fosse realmente verdade e os Latrias a tivessem levado…
Espere um minuto, acalme-se, disse a mim mesmo. Dialogar vem primeiro. Sabia que quando viesse aqui, ela provavelmente se faria de boba. Conversar traria a verdade à tona. Uma pessoa pode parecer desagradável até que tente falar com ela e descubra que não é tão ruim assim. Eu não tinha acabado de aprender isso?
— Minha mãe… Minha mãe… é parente da Família Latria?
— Ela é minha filha. Uma mãe tem a obrigação de cuidar de seus filhos pródigos.
— Besteira! Isso é o que você chama de forçá-la a um casamento com o qual ela não pode consentir?
Claire não respondeu.
— Eu sou filho dela. Meu pai me disse para protegê-la com minha vida e vou honrar essa obrigação. Jamais a abandonarei e, enquanto estiver vivo, cuidarei dela. Então, por favor… Devolva a mamãe…
Claire não respondeu. No entanto, desviou o olhar, como se não suportasse me encarar. O que foi aquilo? Era dúvida? Alguma parte dela achava que o que estava fazendo era errado? Claire nunca pareceu uma pessoa tão horrível quando Therese falava sobre ela. Tinha que haver alguma falha de comunicação aqui. Sim, era isso. Certo. Precisava me conter, falar razoavelmente e fazer com que ela me dissesse o que ela queria…
— A guarda está aqui — disse Claire.
Estava errado. Ela não estava desviando os olhos dos meus, mas olhando para outra coisa. Em direção à estrada. Um grupo que deveria ser a guarda estava correndo em nossa direção, com as lâmpadas acesas.
— Se você perseverar mais, vou prendê-lo como intruso — ameaçou. — Então?
Olhei de volta para ela. Esta velha bruxa obstinada e sem coração. Ela não estava ouvindo nada do que eu disse. Imaginei tomá-la como refém e usá-la para exigir a volta de Zenith. Este portão não significava nada para mim. Poderia esmagá-lo, erguê-la pelo pescoço e gritar para os outros trazerem Zenith de uma vez.
Estaria acabado em menos de dois segundos. Em um instante.
Mas isso traria Zenith de volta? Obriguei-me a olhar mais uma vez nos olhos frios da bruxa. Ela não parecia preocupada, pelo contrário, seus olhos pareciam me incitar a tentar. Não tinha como ela pensar que eu estava indefeso. A última vez que estive aqui, tinha perdido o controle. Estava com tanta raiva que minha própria memória era um borrão, mas ouvi mais tarde que mandei seis ou sete guardas voando. No momento, ela tinha dois guardas, com outros dois correndo em nossa direção. Isso era significativamente menos do que eu tinha lidado da última vez. Números não eram tudo, mas ela sabia que eu não tinha problemas em usar a força se fosse necessário. No entanto, aqui estava ela com apenas este portão entre nós.
— Eu poderia levá-la como refém e fazer você me dizer onde Zenith está — disse.
— Por favor, prossiga. — Ela cuspiu de volta à minha bravata. — Se acha que isso vai trazê-la de volta…
Como podia estar tão confiante? Ela sabia que eu poderia fazer isso se quisesse. Sabia que eu ficava violento quando estava irritado. Não se importava com o que fosse acontecer com ela? Por que estava fazendo isso? Merda, amaldiçoei silenciosamente. Eu realmente não conseguia lê-la. Estava tentando me incitar a ficar violento…? Na frente dos guardas, talvez?
— Claire, você não recebeu uma mensagem em um sonho, recebeu?
— Como é? — respondeu. — Uma mensagem? O que está tramando agora?
Por apenas um momento, sua máscara gelada quebrou e ela ficou boquiaberta para mim. Aquele era o rosto de alguém que realmente não sabia de nada; muito parecido com o de Geese antes. Não, ela também não era apóstola do Deus-Homem.
A confusão desapareceu em segundos. Com desdém, ela olhou para longe de mim e de volta para os guardas correndo em nossa direção.
— Nós somos a guarda da cidade, a Companhia de Arqueiros dos Cavaleiros da Catedral, senhora! Ouvi dizer que houve um distúrbio. Está tudo bem?
— Bem, oficiais, estes…
— Obrigado — interrompi, reunindo minha última gota de racionalidade. — Terminei aqui por hoje.
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Senti-me completamente derrotado enquanto voltava para casa pelas ruas de casas alinhadas. Minha mente estava girando. Sabia que não estava pensando logicamente. Raiva e frustração indescritíveis agitavam-se dentro de mim. No final, ainda não sabia onde estava Zenith, mas minha conversa com Claire, sua expressão ao não dizer nada e suas respostas me convenceram. Claire manipulou Geese e sequestrou Zenith. Nenhuma dúvida em minha mente. Eu provavelmente poderia ter lidado melhor com as coisas, mas mesmo assim. Sem se preocupar em tentar conversar sobre as coisas, ela sequestrou Zenith, então se fez de boba e me esnobou. Merda…
— Ei, me desculpe… eu realmente estraguei tudo.
— Não, Geese. Não é sua culpa. Você veio até o Distrito Divino por minha mãe, mesmo que não quisesse.
— Eu… acho que sim — respondeu.
Geese não tinha feito isso. Era só um peão nos esquemas dela e nada mais. O momento parecia um pouco perfeito demais, mas estar nos lugares e hora errados era como as pessoas acabavam se tornando peões. Enquanto olhava para o outro lado, meu inimigo esperava o momento de atacar.
— Geese? Pode perguntar por aí sobre minha mãe?
— Posso tentar, mas deve ser difícil.
— Sim, foi o que pensei…
Geese era um demônio. Os soldados de passagem o olhariam com desconfiança apenas por andar na rua em uma área residencial como esta. Seria realmente difícil para ele procurar informações no Distrito Divino. Os guardas poderiam até jogá-lo na cadeia.
Ainda assim, ele poderia ser um tipo de ajuda mais sutil. Se o outro lado fosse jogar assim, usando todos os truques covardes que pudesse, tudo bem. Eu tinha alguns truques meus. Deste dia em diante, Rudeus Greyrat era o inimigo dos Expulsionistas. Podem agradecer à velha Claire por isso.
— Aisha, Geese — disse para os outros dois. — O que vai acontecer a seguir será um pouco perigoso. Estou contando com vocês dois.
— Claro, Irmão, mas… o que vai fazer? — perguntou Aisha. Ela parecia nervosa quando olhei para ela.
— Vamos sequestrar a Criança Abençoada — respondi.
— O quê?! O que há com essa conversa maluca de repente?! — Geese pulou de onde estava e veio para agarrar meus ombros. — Você não pode, chefe!
— Os Latrias têm fortes laços com os Cavaleiros do Templo, e os Cavaleiros do Templo estão com o Cardeal. Eles mantêm sua influência através da Criança Abençoada, o que significa que a Criança Abençoada será o refém mais eficaz. Se for qualquer outra pessoa, existe a possibilidade de que eles apenas sacrifiquem aquela peça, mas a Criança Abençoada garante que vamos trazer minha mãe de volta.
Meus oponentes recorreram ao sequestro, então eu queria olho por olho, dente por dente. Não consegui pensar em nenhum candidato melhor do que a Criança Abençoada para usar em uma troca de reféns.
— Eficaz, claro, mas e depois disso?! Supondo que recuperemos Zenith em segurança, colocaremos Millis inteira contra nós!
Dane-se o País Sagrado de Millis. Com a força bruta de Orsted e a influência política de Ariel, nós os subjulgaremos até a submissão. Já tinha desistido de operar aqui. Zenith era muito mais importante aos meus olhos. A luta contra o Deus-Homem também importava, mas de que valeria isso tudo se jogasse fora o que mais amava?
— Pode estar tudo bem para você, chefe, mas eu sou um demônio… — Geese choramingou. — Depois de tudo, antes que saibam que estou envolvido com você, vão me matar!
A palavra “matar” me desacelerou um pouco. Minha cabeça clareou.
Geese estava certo. Se eu tornasse os Latrias e os Cavaleiros do Templo meus inimigos, não estaria apenas me colocando em perigo, mas todos ao meu redor. Eles teriam um exército cheio de tipos como os que conheci hoje cedo. Quem sabia do que eram capazes? O Papa provavelmente ficaria bem, mas Cliff com certeza se tornaria um alvo importante.
Lembrei que no diário do futuro, Aisha e Zanoba foram mortos por Cavaleiros de Millishion. Se me tornasse inimigo de Millis, não estaríamos seguros nem mesmo em Sharia; isso sem nem contar nos obstáculos que quase certamente lançaria contra o progresso futuro. Os seguidores de Millis estavam por todo o Continente Central; poderiam facilmente atrapalhar. Não havia razão para os Cavaleiros Sagrados de Millis não serem nossos aliados. Se fôssemos inimigos quando Laplace reencarnasse, ninguém ficaria mais feliz com isso do que o Deus-Homem.
Sequestrá-la era uma boa jogada para começar? Mas não, com certeza o Deus-Homem não estava tentando me fazer sequestrar a Criança Abençoada. Isso era a paranoia falando.
Então me lembrei de algo. Com as portas fechadas, o Papa insinuou que queria fazer algo a respeito da Criança Abençoada e seus cardinalistas partidários. Se eu fizesse as coisas direito, talvez conseguisse trazer Zenith de volta e, ao mesmo tempo, derrubar os Latrias e o cardeal. Não estava muito preocupado em sair ao lado do Papa. Não importa o que eu faça, se quisesse vender figuras de Ruijerd, já teria escolhido um lado. Achei que Cliff realmente não queria que eu declarasse meu lado ainda, mas ele entenderia.
O único ponto que me incomodava era Therese. Therese, a capitã da guarda da Criança Abençoada; que me salvou dez anos atrás e novamente hoje. Isso não era maneira de retribuir essa gentileza. Droga.
— Aisha, o que você acha? — perguntei. Seu rosto estava sério, mas ela ergueu os olhos quando falei.
— Acho que sequestrar a Criança Abençoada é ir longe demais.
— Certo.
— Você é sempre calmo e controlado, então sinto que… Isso não é típico de você, Irmão.
Seu irmão mais velho geralmente não é tão calmo e controlado, pensei. Ainda assim, se ela se sentia assim, provava que eu realmente não estava pensando com clareza. Certo. Em momentos como este, era fácil tomar uma decisão ruim. Tudo bem, Rudy, se recomponha… Eu precisava me acalmar um pouco para poder pensar.
Primeiro, isso fazia parte do plano do Deus-Homem? Agora parecia um exagero. Minha paranoia tendia a correr solta onde quer que ele estivesse envolvido, mas a questão aqui era essencialmente entre mim e os Latrias. Até onde sabia, era simples assim. Não era impossível que ele estivesse tentando me fazer atacar Claire e fazer dos cardenalistas, inimigos, mas parecia muito complicado. Além disso, sempre estive do lado do Papa; discordava da posição do cardeal em muitas coisas. Talvez o Deus-Homem tenha empurrado as coisas nessa direção depois de ver um futuro em que uni forças com o cardeal, mas então faria mais sentido me colocar contra a Criança Abençoada ou o cardeal ou quem quer que fosse; alguém que me mandasse por um caminho mais claramente adverso do que Claire. Embora Claire ficasse feliz em agir como intermediária para o cardeal, então… talvez a ideia fosse me tornar seu inimigo e inimizar o cardeal seguiria naturalmente? Mas mesmo que fosse assim, não encontraria nenhuma evidência para provar isso.
Estava pensando demais.
Por enquanto, assumiria que o Deus-Homem não estava envolvido e partiria daí. De qualquer forma, não era uma boa ideia fazer inimigos diretos de toda a facção expulsionista.
— Tudo bem. Sequestrar a Criança Abençoada é demais. Vamos esquecer essa ideia.
Isso fez com que parecesse menos necessário pular direto para medidas extremas. Eu tinha o Papa me apoiando e até mesmo Therese tinha carinho por mim, a julgar pela reunião de hoje. Se eu conversar sobre tudo isso com aqueles dois, eles podem me ajudar. Havia outras opções para tentar antes de recorrer a estratégias de tudo ou nada. Essa foi toda a minha razão para vir à sede da igreja hoje. Não sabia o que aquela velha teimosa queria, mas duvidava que fosse imediatamente empurrar Zenith para a cama de um estranho para selar as coisas, não no meio de tudo isso. Além do mais, depois daquele complicado plano de sequestro, com certeza ela não passaria direto para um plano tão óbvio.
— Há toneladas de pessoas que podemos pedir ajuda. Vamos começar abordando o máximo que pudermos. Os Latrias devem ter um próximo movimento planejado, afinal — disse. Os outros dois pareciam aliviados. Devo ter soado suficientemente racional.
— Por via das dúvidas, Geese, quero que procure por qualquer informação sobre o paradeiro de minha mãe. Sei que não vai ser fácil… então não precisa fazer isso sozinho. Eu posso pagar.
— Entendido, chefe.
— E eu? — perguntou Aisha, apertando minha mão. — O que devo fazer? — Talvez ela também se sentisse responsável.
Pensei por um momento.
— Ok, você vai procurar um prédio para ser usado pela filial da empresa mercenária.
— Hã?! Você não quer que eu procure Zenith?
— Quero montar uma pedra de comunicação e um círculo de teletransporte de emergência. Seria bom perguntar ao Senhor Orsted sobre o envolvimento do Deus-Homem aqui também.
— Ah, certo. Isso é verdade. E depois disso?
— Você ajuda Geese na busca por Zenith.
— Entendi! — disse Aisha, balançando a cabeça com determinação. Isso seria difícil para um demônio como Geese se estivesse sozinho, mas emparelhado com Aisha, seriam uma força a ser reconhecida. Eu me senti seguro de que poderiam rastrear qualquer coisa, não importa o quão obscuro.
— Mais uma coisa. Se parecer que minha mãe está em perigo real, agirei primeiro e as consequências que se danem. Vocês dois devem estar prontos para sair daqui se for necessário.
— Ok.
— Eu entendo.
Ambos assentiram resolutamente.
Certo, pensei. Acho que vou voltar para a sede da igreja amanhã.
Tradução: NERO_SL
Revisão: Akira Ken C-137
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