Mushoku Tensei: Reencarnação do Desempregado

Mushoku Tensei: Reencarnação do Desempregado – Vol. 19 – Cap. 03 – O Retorno a Shirone

 

Na noite anterior àquela planejada para nossa partida, tivemos uma visita inesperada.

Eu estava entrando no corredor para usar o banheiro depois de uma noite de vínculo conjugal apaixonado com Sylphie. De repente, Léo começou a latir sem parar e, alguns segundos depois, Eris saiu de seu quarto com sede de sangue no olhar.

Eu não fazia ideia do que estava acontecendo.

— Estamos sob ataque! — gritou Eris.

— Huh?!

Alguém chutou a porta da frente ou algo assim?

Com o coração acelerado, rastejei de volta para o meu quarto, agarrei meu cajado e uma tocha… e parei para olhar para fora da janela em busca de quaisquer sinais de perigo. Era uma noite escura, mas eu podia distinguir uma silhueta familiar em pé em frente ao nosso portão.

— Está tudo bem, Eris. Não é um inimigo lá fora.

— … Verdade. Acho que não.

Eris olhou pela janela ao meu lado, franzindo a testa para a figura sombria.

Deixei meu cajado contra a parede e voltei a sair para o corredor. Depois de empurrar minha família sonolenta e confusa de volta para seus quartos, fui até o portão.

Abri a porta da frente e encontrei Orsted esperando pacientemente do lado de fora. Ente, atualmente emaranhado em torno de nosso portão da frente, tinha enrolado suas videiras em torno dele e estava apertando agressivamente. Isso me lembrava de certas obras de arte com temática de tentáculos.

— Minhas desculpas pela visita a esta hora da noite.

— Ah, tudo bem… Pare com isso, Ente! Solte ele!

— Estou aqui porque descobri algo que você deve saber. Me siga. Não deve demorar muito.

— Uhm, certo.

Orsted arrancou suavemente as trepadeiras de Ente de seu corpo antes de sair para a rua sombria. Lancei um feitiço de cura rápida em nosso fiel Ente. Eris ficou na porta com os braços cruzados. Corri, disse a ela que voltaria em breve e corri atrás de Orsted.

Infelizmente, não havia nenhum restaurante 24 horas no meu bairro. Tivemos que nos contentar com o terreno baldio mais próximo. Era uma noite sem luar, então levei minha tocha junto. Sua luz cintilante iluminou nosso entorno imediato, revelando nada além de um pedaço vazio de grama e terra.

Pensando bem, Orsted e eu tendíamos a ter muitas de nossas conversas no escuro. Isso me fazia sentir como se estivesse fazendo algo ruim, sabe? Eu deveria dar uma olhada em instalar mais lâmpadas no escritório dele…

— Então… o que você queria discutir?

— Sobre o novo lacaio que o Deus-Homem escolheu.

Passei todas as informações que Ginger reuniu há alguns dias. Ele não estava no escritório quando fiz isso, então tive que deixar uma carta resumindo o relatório dela.

— Desenvolvi uma teoria baseada nas informações que Ginger York forneceu. Vou explicar para você e depois darei uma estratégia aproximada a ser seguida.

Eu gostaria que tivéssemos mais do que uma teoria para seguir neste momento. Talvez a jogada inteligente fosse trancar Zanoba em uma gaiola até reunirmos mais informações…

Não, ele não confiaria em nada do que falássemos se começássemos a tratá-lo assim. As coisas nunca eram fáceis.

— Em primeiro lugar, sobre o assunto desses dez cavaleiros: espero que nove deles não sejam particularmente notáveis ou perigosos.

— Certo…

— Quanto ao décimo, o homem com um rosto igual ao de um cadáver… acredito que estou familiarizado com ele.

Ah, certo. Este era o cara que ficava com Pax onde quer que fosse.

— Há apenas um cavaleiro do Reino do Rei Dragão com habilidade significativa e um rosto esquelético, sabe.

— Então quem é ele?

Orsted fixou seu olhar em mim. Nesta noite, parecia ainda mais afiado que o seu habitual.

— Randolph Marianne, o Deus da Morte. Quinto entre os Sete Grande Poderes.

O Deus da Morte. Quinto entre os Sete Grandes Poderes.

As palavras saltaram dentro da minha cabeça por um tempo enquanto eu tentava o meu melhor para digerir seu significado. Então os rumores eram verdadeiros?

— Ele é a arma secreta do Reino do Rei Dragão.

— …Por que emprestariam sua arma secreta para apoiar um golpe de Estado em um país aleatório?

— Não sei, mas parece bastante provável que o Deus-Homem tenha organizado isso de alguma forma.

Sim, essa era a possibilidade mais óbvia, com certeza. Uma pergunta estúpida da minha parte…

É difícil imaginar que o Rei Dragão permitiria que o Deus da Morte deixasse seu serviço, e considerei a possibilidade de que fosse outra pessoa. Mas não conheço nenhum outro peão no tabuleiro capaz de matar a mim ou a você. Parece mais seguro assumir o pior. Vou te dizer o que sei sobre ele.

Certo. Ainda havia uma chance de esse cara parecido com uma caveira não ser o Deus da Morte, mas era a pessoa mais perigosa que poderia estar atrás de mim. Sim, é melhor me preparar para esse cenário.

— Randolph, o Deus da Morte, não se atribui a nenhuma escola estabelecida de esgrima. Seu estilo é único e autodidata.

— Então… ele criou todos os seus movimentos sozinho?

— Isso mesmo. Não espere que ele siga qualquer padrão familiar. Ele usa todo truque e ferramenta que consegue em busca da vitória.

Hmm. Parecia um pouco com a filosofia de Ruijerd, na verdade. Nunca era divertido lutar contra pessoas tão imprevisíveis…

— No entanto, ele possui uma técnica que serve como assinatura. É conhecida como a Lâmina Encantadora.

Uau, certo. Aposto que sei como isso funciona. Ele move sua espada em um grande círculo dramático sem motivo aparente, então te esfaqueia enquanto você admira seus movimentos?

— Existem duas variações distintas desta técnica: a Lâmina Atrativa e a Lâmina Estonteante.

— Certo. Qual a diferença entre elas?

— A Lâmina Encantadora convence seus inimigos a avançar quando isso não é sábio, e contra-ataca seu ataque. A Lâmina Estonteante convence seus inimigos a se conterem quando deveriam atacar.

Isso… parecia meio vago. Eu estava tendo problemas até mesmo imaginando esses movimentos.

— O homem é um mestre em manipular os pensamentos de seus oponentes em batalha. Quando acreditar que deve atacar, não ataque. Quando acreditar que deve defender, não defenda. Você não vai sequer encostar um dedo nele se confiar em seus instintos. Eu garanto.

— Uhm, parece que não tenho permissão para fazer nada…

— Errado. Quando você quiser se defender, basta atacar. Quando quiser atacar, defenda-se. Mas não se cegue para os momentos em que um ataque é verdadeiramente racional, ou a cautela é puramente necessária…

Oi? Isso não faz sentido. Isso é algum tipo de koan Zen? Minha cabeça dói…

— Não caia na atuação dele, essencialmente. Mantenha o foco e supere-o.

O pensamento “Se esse cara é tão bom, por que você não lida com ele pessoalmente?” passou pela minha cabeça, mas o empurrei para fora da mente. Orsted iria para o Reino do Rei Dragão em breve.

— Acha que posso mesmo derrotá-lo? — questionei.

— O homem é um dos Grandes Poderes. Como pode esperar, ele é um mestre da técnica, com inúmeras maneiras de combater a magia ofensiva. Certamente não será fácil. No entanto, ele só retornou recentemente ao campo de batalha depois de uma ausência de muitos anos; duvido que poderia competir com os Deuses dos três Grandes Estilos no momento. Agora que você conhece a teoria por trás de sua Lâmina Encantadora, tem todas as chances de vitória, desde que consiga resistir às suas fintas e truques.

Bom ouvir isso, embora eu não me sentisse totalmente convencido. A mera ideia de lutar contra qualquer um com Deus em seu título continuava tão aterrorizante como sempre para mim, francamente. Era difícil me imaginar realmente vencendo.

Ainda assim, lutei bem contra Auber, e ele era um Imperador do Norte. Talvez estivesse pronto para um adversário como este.

— Sabe, pelo que você me disse até agora, o estilo deste Deus da Morte soa meio semelhante à abordagem do Deus do Norte.

— Deveriam ser. Ele foi originalmente considerado um candidato em potencial para assumir o posto de Deus do Norte.

Ah. Interessante. Um candidato, hein? Então, em outras palavras, ele não conseguiu a pontuação para isso. Mas não estava acima do atual Deus do Norte entre os Sete Grandes Poderes? Lembrava-me vagamente que o Deus do Norte era o número sete naquela lista… Estranho.

— Então, como alguém assim acabou recebendo o título de Deus da Morte, afinal?

Minha curiosidade me fez perguntar pela história de vida do cara, e Orsted foi gentil o suficiente para me guiar. Randolph Marianne era neto do segundo Deus do Norte a ter esse título. Os primeiros anos de sua infância foram passados treinando com seu avô, ao lado do homem que se tornaria o terceiro Deus do Norte.

No entanto, Randolph teve uma briga dramática com seu avô logo depois que alcançou a maioridade. Deixando tudo o que sabia para trás, partiu para o mundo sozinho e começou a desenvolver suas próprias técnicas de forma independente. Com o tempo, se tornou poderoso o suficiente para derrotar um dos Sete Grandes Poderes em uma batalha que ocorreu no Continente Demônio. Reivindicando o título de seu oponente, Randolph começou a chamar-se de Deus da Morte.

Mas a partir daquele dia, foi submetido a ataques implacáveis daqueles que sonhavam em tomar seu lugar entre os Sete Grandes Poderes. Os duelos e emboscadas eram diários. Randolph se viu preso em uma luta sem fim e sem sentido contra um mar de homens e mulheres que só encontravam significado na batalha.

Depois de dez anos disso, criou completa repulsa por sua rotina sangrenta. Resolvendo mudar sua vida por completo, Randolph voltou para sua terra natal, o Reino do Rei Dragão, e estudou para se tornar um cozinheiro. Assim que ficou pronto, assumiu um restaurante quase falido de um parente. Um novo capítulo na lenda do Deus da Morte tinha começado.

Infelizmente, acabou por ser um dos breves. O restaurante teve um desempenho tão ruim que fechou as portas. Randolph era um prodígio como espadachim, mas um chef medíocre. Sobrecarregado com empréstimos maciços que não tinha como pagar, se viu recrutado por um general do Reino do Rei Dragão e assumiu a sua atual posição como cavaleiro real.

E essa foi toda a história da vida de Randolph até agora, desde o nascimento até… a meia-idade, provavelmente. Que história reconfortante.

— Contanto que você entre em batalha corretamente, se igualaria razoavelmente bem contra o Deus da Morte. Mas se ele estiver atrás de você, não lute de perto. Use a mobilidade de sua Armadura Mágica para manter sua distância, como fez contra mim.

— Certo. Obrigado, senhor.

Eu cuidadosamente memorizei o nome do Deus da Morte e me curvei a Orsted.

— Isso é tudo por enquanto, Rudeus. Não se mate por aí.

— Bem, farei o meu melhor.

Ao menos consegui alguma informação sobre a maior ameaça que poderia enfrentar em Shirone. Isso era melhor do que nada. Nossa partida foi no dia seguinte. Eu tinha que estar pronto para enfrentar qualquer coisa que o Deus-Homem pudesse jogar contra mim.

Na manhã seguinte, toda a família me viu na nossa porta da frente.

Era uma multidão: Sylphie, segurando Lara em seus braços; Eris; Aisha; Norn; Lilia; Zenith; Lucie; Léo; e Julie, que estava hospedada conosco.

— Tome cuidado, Rudy. Sei que você pode lidar com qualquer coisa, mas não seja descuidado, okay? Queremos você de volta são e salvo.

— Entendido. Fique de olho na família por mim, Sylphie.

— Sem problemas.

Dei um grande abraço em Sylphie e apalpei um pouco a sua bunda enquanto tinha a oportunidade. Era uma pena que não veria esse traseiro charmoso de novo por um tempo.

— Eris, tente evitar qualquer exercício extenuante até que o bebê chegue, tudo bem?

— Eu sei, eu sei.

— E se for uma garota, tente dar a ela um nome do qual ela não se ressinta.

Já havíamos discutido isso antes, mas se tratando de Eris, era sempre bom recordar. Não era difícil imaginá-la insistindo que sua filha recém-nascida era na verdade um garoto e criando-a de acordo, quer ela gostasse ou não. Era uma configuração clássica para uma história dramática, com certeza, mas eu não estava prestes a deixar minha própria criança sofrer esse tipo de tratamento.

— Boa sorte lá fora, irmão querido. Ainda mais membros do Bando Mercenário Ruato estarão esperando por você quando voltar.

— Uh, certo. Não os use para nada muito obscuro, por favor.

— Tá, tá.

Era bom que a empresa mercenária de Aisha estivesse crescendo sem problemas, mas eu não queria que ela esquecesse que seus funcionários eram principalmente pessoas rudes e violentas. A menos que mantivesse uma mão firme no leme, o grupo poderia se transformar em um bando de bandidos fora da lei. Parecia mais seguro manter suas atividades totalmente honestas.

— Rudeus, o Príncipe Zanoba foi bastante gentil comigo durante seu tempo aqui. Espero que encontre alguma maneira de fazê-lo passar por essa crise em segurança.

— Essa é a ideia. Não se preocupe, vou dar um jeito.

— Certifique-se de cuidar de si mesmo também.

— Obrigado, Norn. E cuide bem do Conselho Estudantil, tá?

Norn tinha tirado um tempo de sua agenda para vir me ver, mas parecia um pouco rígida; imaginei que era um momento estressante para ela. Afinal, ainda estava tentando se firmar como a presidente do conselho estudantil.

— Passe bem, Mestre Rudeus. Vou rezar por sua fortuna no campo de batalha.

— Obrigado, Lilia. Voltarei em segurança, prometo.

A despedida de Lilia pareceu um pouco melodramática, mas apreciei o sentimento. Ela realmente assumiu seu papel como a leal matrona de nossa casa. Às vezes eu queria lembrá-la de que ainda era uma mulher relativamente jovem, mas este provavelmente não era o momento. Retribuí sua despedida com um sorriso.

Zenith aproveitou a oportunidade para afagar a minha cabeça. Pensando bem, sua condição era provavelmente a principal coisa que mantinha Lilia ancorada exatamente onde estava. Uma parte de mim sentia que minha família havia roubado a maior parte da vida de Lilia dela, mas essa era uma estrada que ela havia escolhido para si mesma.

— Vamos, Lucie. Diga até mais ao Papai.

— … Até mais, Papai.

— Até, Lucie. Estarei em casa em breve, prometo.

Minha filha se remexeu por um momento, sua mãozinha agarrando a saia de Sylphie. Parecia que ela queria dizer outra coisa, então esperei pacientemente.

Depois de um momento, ela deu um passo à frente e olhou para mim.

— Um abraço, papai.

— Mas é claro, meu bem! Vem cá. Seja uma boa garota enquanto eu estiver fora, tá?!

— Mm.

Não era todo dia que Lucie me pedia carinho, então agarrei a chance de pegá-la e aconchegar suas bochechinhas com as minhas.

Desta vez, ela não se afastou em protesto. Talvez porque eu tenha feito a barba de manhã. Me diverti por algum tempo antes de infelizmente libertá-la das minhas garras.

Finalmente, me virei para Julie, que estava parada em silêncio ao lado da minha família.

— Ei, Julie…

— Sim, Grande Mestre?

— Lembre-se, você é minha aprendiz. Parece que está pensando em si mesma como uma escrava, mas, uh… tente se sentir em casa, tá? Você é nossa convidada, então não há nada para se preocupar.

— Claro, senhor. Vou tentar não causar problemas à sua família.

Honestamente, eu não tinha certeza do que Julie pensava sobre suas circunstâncias neste momento, mas tentei o meu melhor para ser tranquilizador de alguma maneira. Eventos recentes sugeriam que ela não estava exatamente infeliz, pelo menos…

— … Obrigada por acompanhar o Mestre. Por favor, mantenha-o seguro.

— Com certeza, Julie. Não vou deixar que o machuquem.

Mas de uma forma ou de outra, Zanoba era claramente importante para ela, e ela parecia valorizar seu papel como sua aluna. Mas não sei por que sentiu a necessidade de me pedir para cuidar dele. Eu me importava tanto com Zanoba quanto ela.

— Certo, Léo, estou deixando minha família sob sua proteção novamente. Cuide bem da casa toda, entendeu? Não só da Lara.

— Raruff!

Com algumas palavras finais de encorajamento para o nosso cão de guarda de grandes dimensões, corri meu olhar em toda a minha família mais uma última vez.

— Então tá bom — falei. — Já vamos.

— Adeus por enquanto — disse Roxy calmamente.

Peguei nossas malas e saí pela porta da frente. Roxy seguiu de perto.

 

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Poucos minutos depois, nos encontramos com Zanoba e Ginger nos portões da cidade. Já havíamos enviado a maior parte de nossa bagagem para Shirone com antecedência, então não estavam carregando muita coisa. Nossas malas continham principalmente roupas sobressalentes. E eu, claro, carregava a bagagem de Roxy por ela. Essa coisinha despretensiosa continha talvez sete itens que poderiam ser considerados objetos sagrados. Manobrei isso pelas ruas da cidade com o maior cuidado.

Cliff e Elinalise também nos esperaram nos portões. Foram nos ver partir.

— Sinto muito, Rudeus. Eu gostaria de poder ir com você, mas…

Cliff realmente queria nos acompanhar, mas tinha uma família a considerar agora e um lugar na sociedade que precisava manter. Dificilmente se imaginaria que ele saísse em viagens repentinas de meses ao redor do mundo igual eu. Com isso, era provável que fosse expulso da Universidade.

— Tudo bem, Cliff. Pode ficar de olho na minha família enquanto eu estiver fora? E ajudar se tiverem problemas?

— Claro, Rudeus. Tome conta de Zanoba por nós.

— Não se preocupe. Pode confiar.

Acenando com a cabeça, Cliff se virou para encarar Zanoba.

— Quero lhe dizer uma coisa antes de ir, Zanoba… acho que seu patriotismo é verdadeiramente admirável. De verdade.

— Entendo. Não sei se eu me chamaria de patriota, com toda a honestidade.

Entretanto, quero que mantenha uma coisa em mente. Como São Millis uma vez observou…

Estudiosamente ignorando as tentativas de protesto de Zanoba, Cliff fez um discurso que parecia mais um sermão. A palavra palestra também me surgiu à mente. Eu mesmo ouvi isso muitas vezes para conseguir contar. Desta vez, o assunto dizia respeito à obrigação do homem de valorizar sua vida como se fosse um presente precioso. Zanoba ouviu educadamente, mas o sorriso em seu rosto estava obviamente tenso. Dava praticamente para ver as palavras entrando por um ouvido e saindo pelo outro.

Olhei em volta para me distrair da cena estranha e notei que Elinalise e Roxy haviam se afastado para uma conversa semiprivada.

— Tente ficar de olho em Rudeus desta vez, Roxy. O garoto pode ser surpreendentemente frágil quando as coisas saem mal…

— Estou bem ciente disso, acredite em mim.

Huh? Sou realmente aquele com quem deveriam estar se preocupando?

Pensando bem, fazia algum sentido, já que eu estava pulando voluntariamente em uma armadilha e tudo mais. Esse tipo de tomada de decisão precipitada tendia a inspirar alguma preocupação.

— Se ele começar a ficar todo mal-humorado, você sabe o que fazer, certo? Empurre-o para a cama e faça que esqueça todos os problemas. Igual da última vez.

— Uh, bem… Não acho que isso seja necessário. Por um lado, Rudy não comete o mesmo erro duas vezes…

— Ah, é mesmo. Por que não tenta fazer o bebê número dois enquanto está na estrada? Você está amamentando no momento, não está? Esse tipo de coisa pode adicionar um pouco de emoção na cama, sabe…

— Tenho certeza de que Rudy acharia emocionante, mas eu realmente prefiro que não.

Era bom ouvir que Roxy tinha uma opinião tão boa sobre mim, mas o fato é que eu repetia regularmente até mesmo os meus erros mais estúpidos. Mesmo assim, eu teria que tentar me preparar para o pior desta vez. Não queria que Zanoba morresse… mas se ele morresse, eu seria inútil se tivesse outro colapso nervoso.

Nenhum comentário sobre o resto da conversa. Elinalise estava tentando ajudar Roxy a relaxar provavelmente. A mulher claramente não havia mudado, apesar de sua nova posição como esposa e mãe. Todas as outras palavras que saíram da sua boca envolviam sexo. Ela seria uma péssima influência para o filho.

— Certo, pessoal. Acho que é melhor seguirmos nosso caminho.

— Certo. Não se matem por aí, entenderam?

Com aquelas palavras alegres de despedida de Cliff, nós quatro deixamos a cidade de Sharia para trás.

Demorou meio dia de caminhada para chegarmos às ruínas próximas, das quais fomos para a fortaleza flutuante de Perugius.

Como prometido, permitiram que Roxy nos acompanhasse desta vez. Mas Arumanfi fez uma careta visível enquanto lhe entregava o item mágico necessário, e o círculo de teletransporte do outro lado estava guardado por Sylvaril e dois outros servos a serviço de Perugius. Estavam claramente em guarda contra Roxy, por mais absurdo que isso possa parecer.

— Sir Rudeus, espero que aprecie o quão magnânimo Lorde Perugius foi em conceder esse pedido. Nenhum demônio foi tolerado nesta fortaleza sob circunstâncias comuns.

— Sim, eu sei. Somos gratos pela bondade, de verdade.

Tentei expressar nossa gratidão, enquanto Roxy abaixava a cabeça silenciosamente. Como uma condição de sua admissão na fortaleza flutuante, ela não tinha permissão para falar uma palavra dentro de suas fronteiras. E também foi obrigada a permanecer sob vigilância em todos os momentos, proibida de tocar em qualquer objeto no castelo, e sem direito a uma audiência com Perugius… e isso nem era tudo.

Felizmente, estávamos passando brevemente, então nenhuma dessas regras foi um grande problema. Roxy havia concordado com todas elas de antemão.

Dito isso, estava claramente cativada pela majestade e esplendor deste lugar. Ela olhou para o imponente castelo central igual um caipira, puxando minha manga com entusiasmo. Era uma pena que não estivéssemos autorizados a fazer um passeio, ou mesmo conversar sobre qualquer coisa específica sobre a fortaleza. Em vez de dizer qualquer coisa, coloquei a mão em seu ombro e o esfreguei carinhosamente.

Ela se virou para olhar para mim por baixo da aba larga do chapéu, corando um pouco. Acho que ficou um pouco envergonhada pelo jeito que estava boquiaberta.

Então Sylvaril pigarreou alto, interrompendo o momento.

Vamos lá, nem estávamos conversando…

Se continuassem tratando Roxy dessa maneira, poderia se espalhar a notícia de que o Bom Rei Perugius tinha um bando de idiotas mesquinhos e grosseiros como servos. Ah, com certeza os rumores não sairiam de mim, mas minha gata e minha cachorra de estimação sempre podiam fofocar um pouco em meu nome. Aquelas duas eram assustadoramente boas nesse tipo de coisa.

— Por aqui, por favor…

Ladeados pelos outros dois familiares, seguimos Sylvaril até os níveis subterrâneos da fortaleza. Parecia que éramos prisioneiros sendo levados para as masmorras, para ser honesto. Mas guardei o pensamento para mim.

Pedimos a Perugius que permitisse a entrada de Roxy em sua casa, sabendo muito bem que ele odiava demônios no fundo do coração. Eu tinha que admitir: não entendia por que isso era tão importante para ele. Ainda assim, era óbvio que só havia feito essa exceção por causa de Zanoba. Tanto quanto nós, ele não queria que Zanoba morresse.

— Ei, Sylvaril…

— O que foi, Senhor Rudeus?

— Pode dizer a Perugius que voltarei para agradecê-lo adequadamente por isso, assim que tiver a chance?

— Muito bem — disse a familiar, seu tom de voz de alguma forma transmitindo “Isso é o mínimo que você poderia fazer.”

Nanahoshi estava nos esperando na câmara de teletransporte. Ela estava ao lado do círculo brilhante, que já havia sido ativado há algum tempo. Tardiamente, ocorreu-me que eu não tinha dito uma palavra para ela sobre nossos planos de viagem. Ela deve ter ficado sabendo disso em algum lugar e vindo nos ver partir.

— Olá, Zanoba — murmurou Nanahoshi. — Uh, ouvi que você estava voltando para casa…

Aparentemente, a garota não tinha descoberto o que queria dizer sobre isso. Estava remexendo com as mãos e transparecia desconforto.

Zanoba caminhou até ela lentamente.

— Isso mesmo, Senhorita Nanahoshi. Chegou a hora de voltar para minha terra natal.

Uma expressão estranha passou pelo rosto de Nanahoshi, de alguma forma transmitindo inveja e tristeza real.

— Não tenha medo. Tenho certeza de que o dia do seu próprio retorno chegará.

Ah, cara. Tinha que fazer isso, Zanoba? Nanahoshi não podia voltar para casa no momento, mesmo que quisesse isso desesperadamente. Pensar sobre esse fato devia ser doloroso para ela.

— Bem… Espero que você esteja certo — murmurou Nanahoshi.

— Enquanto você se recusar a desistir, eventualmente voltará. A menos que sua própria pátria desapareça. — Dando um passo à frente, Zanoba passou os braços em volta de Nanahoshi e bateu suavemente nas suas costas. — De minha parte, vou orar pelo seu sucesso, mesmo que deva ser de longe.

Esse abraço de urso poderia ser qualificado como assédio sexual no Japão. Mas Nanahoshi não recuou ou tentou se contorcer. Depois de um momento de hesitação, ela estendeu a mão e colocou os próprios braços em volta de Zanoba. Vi lágrimas brilhando em seus olhos.

— Uhm… Obrigada… por… toda a sua ajuda, Príncipe Zanoba…

— Não precisa me chamar de Príncipe! Ou sequer agradecer. Sempre me lembrarei com carinho dos dias que passei com você e Cliff, absortos em nossa pesquisa. Talvez eu seja aquele que tem uma dívida de gratidão com você.

Pensando bem… Zanoba e Cliff só se aproximaram tanto por causa de seu trabalho com Nanahoshi. As longas horas que passaram juntos como seus assistentes definitivamente desempenharam um papel no estabelecimento de seu vínculo.

Ah, cara. Eram bons tempos, não eram…

— Ah, por favor — fungou Nanahoshi. — Você fez tanto por mim… se não fosse por sua ajuda, minha pesquisa nunca teria chegado tão longe.

— Talvez sim! Mas se não nos tivéssemos conhecido, eu nunca teria conhecido Lorde Perugius. Em outras palavras, é somente graças a você que posso retornar à minha terra natal tão rápida e facilmente. Digamos que estamos quites, então? Hah!

Com um estrondo alto, Zanoba finalmente libertou Nanahoshi de seu abraço.

— Pois bem, Senhorita Nanahoshi. É improvável que nos encontremos novamente, mas cuide-se.

— Uhm, v-você também…

Nanahoshi me lançou um olhar assustado e ansioso. Não foi difícil adivinhar o que ela estava pensando: O que há com essas despedidas finais? Quero dizer, alguma hora ele vai se teletransportar de volta para cá, não vai? Pelo menos para visitar?

Balancei a cabeça com firmeza para tranquilizá-la. Esta não seria a última vez que se encontrariam, não se eu pudesse fazer algo sobre isso, de qualquer maneira. No que me dizia respeito, Zanoba estava indo para casa para uma pequena visita, e nada mais.

— Bem, então, Mestre Rudeus… vamos seguir nosso caminho.

Por solicitação de Zanoba, nosso grupo deu um passo à frente no círculo de teletransporte.

Do outro lado, emergimos no interior de um prédio em ruínas. Era uma ruína típica de teletransporte entre as muitas espalhadas por todo o mundo. Esta estrutura em particular estava escondida em uma floresta perto da fronteira oriental de Shirone. Levaria cerca de cinco dias de viagem para chegar à capital.

— Uff…

Finalmente libertada de seu voto de silêncio, Roxy soltou um pequeno suspiro de alívio. Então curiosamente olhou para o círculo mágico sob seus pés.

— Esses círculos de teletransporte nunca ficam menos interessantes para mim. São peças de trabalho tão fascinantes…

— Hmm. Acho que já estou meio acostumado com eles.

— Sabe, se eu pudesse aprender mais sobre o design deles, acho que poderia criar um.

— Espera, sério? Quer tentar?

Roxy balançou a cabeça para a minha pergunta reflexiva.

— Não. Acho que a razão pela qual Perugius não deixa demônios entrarem em seu castelo é para evitar que nossa espécie aprenda os segredos da magia de teletransporte. Isso nos tornaria oponentes perigosos quando Laplace renascesse, eu suponho. Ele provavelmente me mataria se eu fizesse algum progresso.

Isso soou bastante plausível. Pessoalmente, não acho que era a principal razão para essa regra, mas provavelmente era um fator. Eu tinha que imaginar que o próprio Laplace sabia tudo sobre teletransporte, no entanto; isso me pareceu um pouco inútil.

— Chega de conversa fiada — disse Zanoba. — Vamos indo. Precisamos coletar nossas provisões e equipamentos, em primeiro lugar.

Seguindo sua liderança, nosso grupo deixou a ruína. Fomos para uma pequena cabana fora da floresta, onde a maior parte da nossa bagagem estava nos esperando.

Logo, estávamos a caminho da capital.

 

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Depois de vários longos dias na estrada, chegamos à capital, Latakia, pouco antes do pôr do sol. Quando passamos pelos portões da frente, Zanoba ficou visivelmente comovido com as vistas familiares ao seu redor. Eu mesmo senti uma pequena pontada de nostalgia. Fazia muitos anos desde minha última visita a esta cidade, mas não havia mudado muito. Por um lado, as ruas continuavam tão cheias de aventureiros para desafiar os labirintos locais como sempre.

Em uma inspeção mais detalhada, porém, comecei a perceber algumas diferenças sutis. As pessoas pareciam um pouco nervosas, as ruas não estavam tão limpas… e alguns desses “aventureiros” pareciam um pouco mais com bandidos.

— Hmm. Mais mercenários por aí do que costumavam ter, devo dizer — disse Zanoba alegremente. — Mas suponho que isso não seja surpreendente, com uma guerra no horizonte!

O homem parecia quase satisfeito com isso. Eu não conseguia entender. Não tinha exatamente a sensação de que ele estava se fazendo de valente…

— Parece que você está de bom humor, Zanoba.

— Mas é claro, Mestre Rudeus. Independentemente das circunstâncias, pensar em uma guerra é sempre emocionante.

— Você acha?

— De fato. Qualquer homem de sangue vermelho certamente sentiria o mesmo.

Eu não discutiria seu ponto, mas não fazia ideia do que Zanoba estava falando. Eram os mesmos tipos de emoções que se sentiam ao olhar um robô gigante, ou o quê?

De qualquer forma, fomos direto para a pousada onde Ginger reservou um quarto para nós com antecedência. O plano era passar uma única noite nela, depois colocar algumas roupas limpas para que pudéssemos nos apresentar no castelo. Lá, relataríamos o retorno de Zanoba e solicitaríamos uma audiência com o rei.

Dado que nunca tínhamos cruzado a fronteira, esperávamos uma certa quantidade de escrutínio dos guardas, mas já tínhamos pensado em uma boa explicação no caso de optarem por nos pressionar sobre o assunto.

— Pois bem, Príncipe Zanoba… com a sua licença, acho prudente que eu me misture às multidões por um tempo e reúna qualquer informação que puder.

Ginger estava pronta para sair sozinha assim que chegássemos à pousada. Antes que ela pudesse sair para a rua, no entanto, Zanoba levantou uma objeção.

— Hrm? Ginger, você é uma cavaleira de Shirone. Não deveria primeiro se apresentar no palácio comigo e relatar seu retorno?

— … Eu sou uma cavaleira, sim, mas sua guarda-costas pessoal acima de tudo. E meus instintos me dizem que nem tudo pode estar bem dentro desta cidade.

— Entendo. Muito bem, vá e investigue.

— Sim senhor!

Enquanto Ginger saudava Zanoba, ela me lançou um olhar significativo. Supondo que significasse algo como “Fique de olho no Príncipe Zanoba para mim”, dei a ela um pequeno aceno de cabeça em resposta.

Tínhamos chegado sem problemas, mas agora as coisas ficariam muito mais interessantes.

Zanoba e eu planejamos nos apresentar a Pax juntos. Esperançosamente, a audiência nos daria algumas dicas sobre o que o Deus-Homem estava tentando realizar.

Havia uma possibilidade do Deus da Morte tentar me matar no local. Nesse cenário, eu fugiria do castelo com Zanoba no encalço. Roxy estaria esperando do lado de fora para nos apoiar enquanto nos retirávamos para fora da cidade; eu equiparia a Armadura Mágica lá e decidiria se lutaria ou apenas continuaria correndo.

Estava planejando seguir o conselho de Orsted ao pé da letra e manter distância do Deus da Morte se tivesse que lutar contra ele. Pelo som das coisas, essa técnica extravagante de Lâmina Encantadora não seria muito útil se fosse usar minha Metralhadora a meia milha de distância.

Supondo que não nos encontrássemos lutando por nossas vidas no dia seguinte, Zanoba e eu provavelmente seríamos enviados diretamente para o campo de batalha. Eu não tinha ideia de como seria uma guerra contra este país ao norte. E além de nos fazer passar por isso inteiros, precisava achar um jeito de convencer Zanoba a não ficar.

Eu não tinha ideia do que poderia mudar sua mente neste momento. Nem tinha certeza de que ele reconsideraria se Pax descaradamente tentasse assassiná-lo…

Ah, bom. Tempo suficiente para se preocupar com isso depois da nossa audiência com o rei.

Com toda a honestidade, eu ainda estava um pouco relutante em cair em uma armadilha tão óbvia. Uma parte de mim quase queria me posicionar a uma milha de distância e explodir Pax e seu castelo em pedaços. Infelizmente, essa não era uma opção. Orsted me ordenou que poupasse o rei, e mesmo que não o fizesse, Zanoba nunca me perdoaria. O castelo dificilmente seria um símbolo de Shirone ou qualquer coisa, mas destruí-lo definitivamente enviaria ondas de choque pelo reino. Ah, e aqueles caras no norte viriam correndo pela fronteira assim que soubessem da notícia.

A opção mais simples não era realista, e nada além de incerteza estava à frente. Só de pensar nisso me deu vontade de suspirar.

Por enquanto, tinha que me concentrar em passar por essa audiência. De uma forma ou de outra, pelo menos me daria algo para trabalhar.

— Rudy.

Um breve toque no meu ombro me tirou do meu devaneio. Me virei para encontrar Roxy parada diretamente atrás de mim.

— Você está todo tenso, sabe.

— Ah. Sério?

— Sério. Tente deixar seu corpo relaxar um pouco, tá? Sei que você tem que ficar alerta, mas não será muito bom em uma emergência se todos os seus músculos estiverem muito rígidos para se mover.

Como se quisesse enfatizar seu ponto de vista, Roxy começou a massagear meus ombros. Suas mãos eram pequenas, mas surpreendentemente fortes. Sentei lá e me deixei aproveitar por um tempo.

Ela estava certa, é claro. Eu tinha que ficar solto e flexível. Enquanto me mantivesse na direção certa, poderia seguir o fluxo. No final do dia, seria o suficiente para tirar Zanoba e Roxy dessa bagunça com vida. Idealmente, Ginger e eu também faríamos isso inteiros. Esse era o meu objetivo mínimo. Nada muito complicado, certo?

Sim. Isso soou bastante factível.

— Obrigado, Roxy. Você realmente desatou os nós.

Quando me virei, encontrei Roxy olhando para mim com carinho em seus olhos sonolentos.

— Ah, não sei sobre isso. Se você estivesse realmente relaxado, já teria dito algo totalmente ridículo.

— Como o quê?

— Bem, vamos ver… talvez “Obrigado, Roxy. Não quer massagear o meu amiguinho aqui?” Você também estaria abaixando as calças, isso é óbvio…

— E-Ei! Só digo esse tipo de coisa na privacidade da nossa casa…

— Ah, sim. Você se comporta como um animal naquela casa, não é?

Sorrindo, Roxy se inclinou para cutucar minha bochecha com o dedo.

Senti como se eu estivesse sendo difamado, de alguma forma. Ter tesão é crime? Certamente todo mundo diz algumas coisas estúpidas no quarto à noite, sob circunstâncias semelhantes. Eu não poderia ser o único!

— Só estou brincando, Rudy. Mas parece que você relaxou um pouco. Enfim.

— Ah… Huh. É, acho que sim.

Meus ombros pareciam muito menos tensos do que alguns minutos antes, embora uma pitada de energia permanecesse em meus músculos. Eu estava relaxado, mas alerta e pronto para a ação.

Essa era uma sensação boa.

— Tudo bem, é melhor eu ir para a cama para que esteja bem descansado para a audiência amanhã. Obrigado mesmo, Roxy.

— Disponha. Boa noite, Rudy.

Consigo fazer isso. Um passo de cada vez.

Mantendo esses pensamentos simples em mente, me virei para passar a noite.

 


 

Tradução: Gtc

Revisão: B.Lotus

QC: Taipan & Delongas

 

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