Matador de Goblins

Matador de Goblins – Vol. 10 – Cap. 05.5 – Interlúdio – De Como Todo Mundo Está Lutando Por Suas Vidas

 

— Há tanto o que fazer! — Gritou Feiticeira, ofegante enquanto corria pela floresta segurando a bainha de sua roupa. Qualquer um que pensasse que um lançador de feitiços era inútil, em sua opinião, não era nem mesmo um verdadeiro aventureiro. Eles não sabiam dos grandes feitos daquela Feiticeira em torno da diadema, nem das buscas do Cinzento, nem de qualquer lançador de feitiços como Falcão Cinzento.

Acho que eles tinham mais habilidade com a espada, no entanto…!

— Hum, ei, crianças, voltem! Vocês estão muito longe! Querem morrer?!

— Ah! Uh, d-desculpe…!

Talvez os novatos quisessem ver como seus aliados estavam indo; de qualquer forma, chegaram muito perto da linha de frente e certamente ganharam uma bronca.

O trabalho de um lançador de feitiços era ficar de olho na situação geral do campo de batalha, sim, mas havia limites. Os novatos haviam se reunido para uma missão de proteger o Templo da Mãe Terra, mas a maioria deles não valia seu peso em moedas de cobre. Até mesmo a visão das crianças se afastando rapidamente arrepiou os cabelos de Feiticeira. Afinal, estava ocupada mantendo o campo de força que mantinha a mantícora afastada. O aborrecimento só atrapalharia sua concentração, ela sabia, mas não conseguia afastar esses sentimentos; simplesmente teria que viver com eles.

— Desculpem-me, mas pensei que você deveria estar cuidando dos jovens…! — Ela reclamou com seu companheiro, um monge, enquanto fazia uma careta para a mantícora arranhando a parede com suas garras.

— Que maravilha — respondeu o monge, parecendo um pouco mal-humorado, como sempre, enquanto passava a mão pela cabeça raspada. — Estou tentando manter um milagre pronto para o caso de alguém precisar ser curado de veneno e, enquanto isso, estou prestando primeiros socorros sempre que posso, não pode me culpar se uma ou duas crianças passarem por mim. — Uma panóplia de aventureiros enfaixados e gemendo se espalhavam pelo chão ao redor do monge. Ele estava cuidando de novatos que haviam sido feridos nas linhas de frente. Era uma desculpa decente.

Mas ainda assim. Aventureiros que apareciam em uma batalha sem uma poção própria mereciam morrer, pensou Feiticeira, mas guardou isso para si mesma. Sabia que havia algumas linhas que não deveriam ser cruzadas. Além disso, livros de feitiços eram caros. Quando pensava em seus primeiros dias, sabia que não estava em posição de julgar.

Isso tudo porque eles vazam essas coisas para os mercados negros em outras nações, mesmo que sejam segredos militares! Cheia de raiva completamente justificada, Feiticeira mordeu o polegar na direção de sua terra natal distante.

— Isso não é muito feminino.

— Cala a boca! — Feiticeira gritou, quase histericamente. — Você ainda não terminou aí?!

— Cala a sua boca! Estou trabalhando o mais rápido que posso! — Um machado gritou de volta, enterrando sua arma na quimera morta-viva se aproximando dele.

O monstro é o suficiente para fazer você duvidar da sanidade das pessoas que mandam no Caos. Era uma besta feita de vários mortos amarrados, uma multidão de braços e pernas. Ele se contorceu para frente, emitindo algum miasma nocivo, agitando os braços descontroladamente enquanto atacava.

O portador do machado de alguma forma conseguiu evitar os pedaços de carne voadora enquanto se juntava aos outros aventureiros para continuar a luta.

— Uau! Essa coisa não vai parar! Está me enlouquecendo! — Isso veio de um jovem da classe guerreira que empunhava tanto uma clava quanto uma espada, embora sua tagarelice não o impedisse de fazer seu trabalho. Era um estilo de luta incomum, mas sua persistência era admirável. Ele foi acompanhado pela jovem atrás dele, que, apesar de sua óbvia ansiedade, ergueu a espada e a balança e escolheu seus alvos.

— Quanto tempo tenho que manter este campo de força ativo para que façam seu trabalho?!

— Nem ideia!

Feiticeira engoliu um grito de idiotas! com a resposta impensada e se concentrou em seu feitiço. Um fato importante: o bizarro monstro morto-vivo parecia ser venenoso. E então jogaram uma mantícora na mistura. Venenosa também, naturalmente.

Na verdade, a tão experiente Feiticeira é quem deveria perceber que essas criaturas eram venenosas e alertar os outros.

Mas já ouvi histórias de magos que não reconheceriam um tigre, mesmo que o segurassem pelo pescoço…

Ela estava irritada, por um lado, porque tiveram que começar com o assunto do que era uma mantícora. Tinha a cabeça de um velho, o corpo de um leão, a cauda de um escorpião e muitos cérebros, isso não era de conhecimento geral? E então, ao descobrir que era venenosa, a reação foi que era inconcebível enfrentar dois inimigos venenosos ao mesmo tempo e que ela deveria lidar com um deles.

“Os magos são fracos” meu rabo! Inúteis, imprest…!

Mas a única resposta ao seu resmungo frustrado foi um rugido da mantícora cujo significado não conseguiu adivinhar.

— Ahem-hem? — Mesmo a interjeição da garota-lebre, com as bochechas cheias de provisões, esfregou a feiticeira do jeito errado. A jovem, era difícil dizer se era branca ou morena, sacudiu as orelhas como se algo coçasse. — Aquele cara ficou lá atrás esse tempo todo, supõe que algo aconteceu com ele?

— O quê é? — O portador do machado disse, pontuando sua observação com um golpe que arrancou vários (não ficou claro quantos) dos braços do monstro morto-vivo. Então ele colocou o machado no ombro e disse: — Sua vez!

— Quer dizer o quê?! — O jovem respondeu, mas já se podiam ouvir passos se afastando.

O portador do machado marchou até o aventureiro que estava se escondendo nas sombras.

— Escute! O que, em nome dos deuses, você pensa que está fazendo?! Dissemos que precisamos de cada pessoa para ajudar a segurar essas coisas!

— Hrm… — O homem parecia vagamente descontente por ter sido repreendido, mas então sorriu acompanhado de um “Ah, não se importe comigo. O estômago está me incomodando um pouco…”

— Seu estômago?!

— Isso não serve — disse o monge, chegando a um timing tão perfeito que era quase como se estivesse esperando para fazer sua entrada. — Talvez aquele morto-vivo esteja espalhando veneno por aí. Seria bem terrível se alguma coisa pegasse em você. Além do mais, não seria tão fácil curar…

O menino e a menina de alguma forma estavam segurando a linha atrás deles quando ambos gritaram.

— Isso não está indo bem! — Exclamou Caçador Homem-Lebre, correndo para apoiá-los.

Uma missão de um templo era para ser um um trabalho bem cobiçado, mas se  ficasse doente e tivesse que pagar pela cura, isso acabaria com esse ponto. Ignorando completamente tais cálculos, porém, o monge estava alegremente vasculhando sua bolsa.

— Não se preocupe, vou dar uma olhada. Posso lhe dar um bom preço. Agora, o melhor remédio quando um elfo está com dor de estômago é…

— Elfo? — O portador do machado perguntou. De fato, orelhas compridas podiam ser vistas balançando na frente dele, mas a etiqueta de classificação trazia a inscrição humano. — Quão cego teria que ser para não perceber que essa coisa é falsa?!

Tivesse ele a encontrado ou a feito, escolhera um rank baixo de qualquer forma. O impostor estalou a língua e pulou para trás quando o portador do machado mergulhou nele.

— Hrmph! Se a fazenda tivesse acabado, eu não teria que me dar tanto trabalho…! — Ele enxugou o rosto e sacou uma adaga, mas a feiticeira estava muito ocupada para ver o que mais acontecia. O que importava para ela era ficar de olho no campo de batalha, manter o campo de força e ver onde os feitiços poderiam ser mais úteis. A criatura morta-viva era uma coisa, mas a mantícora podia usar magia, então proteção contra a mesma seria necessária. Começou a entoar um feitiço, destruindo sua memória para descobrir quantos foram hoje, quantos tinha guardado, e para lembrar exatamente quais eram as palavras para que não recitasse acidentalmente um feitiço que não existia.

E além de tudo isso, tinha que ficar de olho em todas as pessoas na fila de trás que tinham acabado de se tornar aventureiras este ano, era um grande problema, mas não havia escolha. E havia todos aqueles feridos, o que aquele monge estava fazendo? Eu deveria cuidar das vítimas também?

E o portador do machado, o que ele estava fazendo? Bons deuses, ele abandonou as crianças na primeira fila?

Slash slash splatter splatter. Ring ring. Gritos gritos. Choro choro. Grrrrrrrrrrrr!

— Ah, pelo amor dos deuses! São muito barulhentos!!

No segundo seguinte, houve um grande ZAP! e a cabeça do homem, engolida pelo relâmpago, estourou como uma fruta madura.

Tonitrus oriens iacta! Ascenda e desça, trovão!

Um raio disparou das pontas dos dedos cruelmente torcidos, perfurando-o na cabeça.

Todos ficaram em silêncio com a explosão de luz, até mesmo os monstros. Feiticeira fez uma careta para os aventureiros ao redor, seus ombros levantando enquanto respirou fundo. Ela mal percebeu quando todos deram um passo reflexivo para trás.

— Então não entendi realmente o que estava acontecendo, mas fui em frente e me livrei dele de qualquer maneira. Alguma objeção?!

Todos balançaram a cabeça enfaticamente.

— Então voltem para seus lugares! Agora! — gritou Feiticeira.

Tenho muito o que fazer, me deem um tempo já!

Ninguém se atreveu a responder quando Feiticeira voltou a cuidar do campo de força.

Nenhum deles sabia, ou poderia saber, que o elfo negro tinha sido um mensageiro encarregado de fazer o mal à Mãe Terra.

 

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— Parece que as coisas também começaram de novo no templo da Mãe Terra!

— Sim? — Guerreiro de Armadura Pesada respondeu ao familiar da Garota Druida, certificando-se de que ele tinha ouvido direito mesmo enquanto dava um golpe de sua espada larga .

Er, acho que ela ficaria brava se eu a chamasse de familiar.

Ela sempre dizia algo sobre como estava apenas pedindo a ajuda de criaturas da floresta, não realmente as tornando seus servos. Ele considerou a questão enquanto cortava os soldados de infantaria dos demônios com sua espada. Poderia cortar dois ou três deles ao meio com um único golpe, dispersando o sangue e a carne deste mundo para o reino espiritual.

Eles podem ser os chamados demônios inferiores, mas ainda eram monstros terríveis dignos de medo. E eles cercaram os aventureiros que mergulharam no mausoléu subterrâneo, dez ou vinte metros de profundidade. Para completar, demônios superiores, presumivelmente seus líderes, podiam ser vistos aqui e ali. A única graça salvadora era que não havia arquidemônios em lugar algum…

— DDAAAAEEEMOOONNNNNN!!

— Hrrrrrr!!

Um demônio com cabeça de bode gritou para Guerreiro de Armadura Pesada, e ele gritou de volta, se movendo para frente e encontrando distância.

Malditos servos feios do Caos…

— Você realmente quer beber o vinho da Mãe Terra Sagrada tanto assim?!

Foi Lanceiro quem avançou, esquivando-se do facão de açougueiro quando o demônio com cabeça de bode a derrubou e respondeu com sua lança. A arma mágica que ele empunhava desviou a lâmina inimiga por uma pequena margem, sua nitidez não diminuiu nem um pouco no momento em que perfurou a garganta do demônio.

— DDDEEEEEEEEEEAMMMMOOON!!!

Mas uma das coisas demoníacas sobre os demônios é a sua vitalidade. A carne ao redor da ponta da lança começou a borbulhar e inchar, fechando a ferida com a arma ainda dentro. O demônio agarrou o cabo da lança com seus braços poderosos, puxando, tentando extrair a ponta da lança, enquanto Lanceiro segurava firme e tentava manter o controle de sua própria arma. O sorriso em seu rosto não traiu nenhum indício de que sua vitória pudesse estar em dúvida.

— Isso é… uma oferenda… por abundância… — Uma tempestade superdimensional cortou o espaço. Segurando seu cajado no alto e tecendo um feitiço estava sua corajosa parceira, Bruxa. — Se estiver… manchado… então não haverá… nenhum fruto… por um ano… — Poder mágico brotou no mausoléu subterrâneo, nuvens de tempestade se formando no teto. — Caelum…ego… offero! Eu ofereço aos céus!

Naquele instante, uma enorme nevasca começou, completa com granizo e neblina. Em um piscar de olhos, os demônios estavam cobertos de gelo, esbranquiçados, congelados, derrubados por pedaços de gelo.

Nossa, que mulher assustadora — murmurou Lanceiro para si mesmo, e Guerreiro de Armadura Pesada concordou. No entanto, mesmo agora…

As coisas estão dando um passo à frente e um passo atrás aqui.

Eles haviam invadido com sucesso o esconderijo dos cultistas do mal que procuravam profanar o vinho do ofertório da Mãe Terra, mas isso foi o que eles encontraram: um desfile interminável de demônios. Sem mencionar que estavam indo em todos os caminhos, sem nenhum sentido de que chegariam à câmara mais interna tão cedo.

Embora sua senhoria a arcebispa dissesse que isso não importava para ela.

— Ei, como está indo por aí?

— É difícil — respondeu Guerreiro Meio-Elfo preguiçosamente. Ele e o Garoto Batedor estavam ocupados tentando distrair os outros demônios.

Sim, estava certo: ele não estava sozinho aqui. Não podia relaxar, não podia arriscar levar o inimigo de ânimo leve, mas não havia nada com que se preocupar. Olhe bem ali: um grupo famoso por matar demônios estava fazendo o que fazia de melhor. Uma usuária de magia gordinha estava disparando mísseis mágicos, uma guerreira e um paladino estavam aproveitando ao máximo suas espadas, e até mesmo a curandeira estava soltando foguetes cilíndricos.

— DDAAEEMMONN…!

Infelizmente, nenhum dos hits foi crítico.

O demônio superior atacando os aventureiros era realmente bizarro. (Bem, todos os demônios são bizarros.) Parecia uma guerreira bastante atraente, de pele azul e segurando uma lança. Seu corpo finamente moldado estava coberto com armadura suficiente para preservar sua modéstia, mas mostrava pele mais do que suficiente para ser provocante.

Mas isso era apenas metade do que poderia ser dito sobre essa mulher.

— DDDDEEEMMMOONNDD…!

Porque sob a sedutora e risonha metade superior do demônio feminino estava o corpo de uma aranha gigantesca. A metade inferior de seu corpo se contorcia com as pernas retorcidas e cobertas de pelos crespos, eriçados de farpas venenosas. Ao todo, seriam necessárias duas mãos humanas para contá-los, seis pernas ela tinha, e dois braços, oito membros ao todo.

Verdadeiramente, ela era uma visão para fazer alguém duvidar de sua sanidade. E parecia que era a líder aqui neste lugar dos mortos.

— Tudo bem, esta é minha! — Cavaleira exclamou enquanto mergulhava para frente. Estava vestindo sua armadura completa, capacete e tudo.

O demônio inseto riu quando a viu, então se inclinou para frente em todas as pernas, preparando-se para atacar.

— Não baixe a guarda, hein?

— Vamos lá, eu sei o que estou fazendo. É hora de construir minha lenda e finalmente conseguir esse título de paladino…

Parecia que a presença de um paladino no grupo de extermínio de demônios havia picado ferozmente seu orgulho. Cavaleira ignorou a exasperação no rosto de Guerreiro de Armadura Pesada enquanto jogava seu escudo de lado e segurava sua espada firmemente em ambas as mãos.

— Venha até mim! — gritou ela, e o monstro veio correndo em sua direção, suas seis patas arranhando.

Um cavaleiro que estava em harmonia com sua montaria não poderia igualar o demônio aranha em velocidade e habilidade, mas é claro: ela era sua própria montaria, e sua lança estava avançando em direção à Cavaleira em uma velocidade incrível.

A pura força do impacto, apoiada pelo enorme peso do demônio, poderia ter derrubado até mesmo as bestas gigantes que dizem viver no sul. Se um aventureiro médio tivesse levado tal golpe, teria sorte se sobrasse alguma coisa dele para enterrar.

Mas quando os dois cavaleiros passaram um pelo outro, Cavaleira se abaixou, quase se dobrando ao meio. Em um único movimento suave, ela trouxe sua espada para encontrar a ponta da lança. Houve um barulho, ou pelo menos assim parecia. As botas de metal de Cavaleira produziram fumaça enquanto raspavam no chão. O demônio, que havia deixado sulcos no chão do mausoléu de sua carga, estava faltando a metade superior de seu corpo. O torso feminino, ainda segurando a lança (cortada ao meio por um corte diagonal para cima), voou pelo ar, com um sorriso triunfante ainda no rosto.

Sangue da cor de água lamacenta choveu sobre eles e o capacete de Cavaleira saiu com um barulho. Guerreiro de Armadura Pesada percebeu que ela devia ter aproveitado o impulso de seu oponente para fazer o golpe enquanto a criatura passava.

A conheço todo esse tempo e nunca a vi puxar algo assim…

Ele perguntaria a ela sobre isso mais tarde, mais de uma vez, mas ela apenas sorriria e diria que os segredos de um cavaleiro não são divulgados a mais ninguém. Guerreiro de Armadura Pesada não tinha ideia de que tipo de técnica era ou onde ela havia aprendido. Embora uma vez, completamente bêbada, revelasse que a mudança era muito antiga, tão antiga que quase não era mais lembrada.

— Você colhe o que planta — disse ela agora, calmamente, uma única gota de sangue desenhando uma linha em seu rosto, enquanto Guerreiro de Armadura Pesada pessoalmente afastava seu cabelo. — Mas ainda assim, bom senhor… Que tipo de idiota é atraído para uma investida precipitada?

— Isso é o que você acabou de fazer, idiota.

 

 

 

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— Você fez um bom trabalho com isso…

— Bem, eu sabia que poderia entrar lá a qualquer hora e ficar tipo, Bam! Eu ganhei! Caramba, ganhar é o meu papel! — Heroína disse a Sábia enquanto corria pela masmorra profunda abaixo do túmulo da fronteira como um raio de luz. Em sua mão estava a espada sagrada. Em seu corpo, a armadura mágica. E ela foi polida com uma infinidade de encantamentos concedidos a ela por seus amigos. A capa verde de caça e a lança de ferro tinham seus encantos, mas essa ainda era sua roupa favorita.

— Mas, tipo, para onde ir e como entrar ou qualquer outra coisa assim? Essas coisas são muito para minha cabeça.

Juro, não é nada além de problemas.

Até pouco tempo atrás, era uma simples questão de encontrar o Lorde Demônio ou desvendar os planos dos cultistas, então irromper em seu esconderijo e cuidar dos negócios, mas agora era tudo política e tramas, situações complexas e complicadas. Às vezes ela pensava como seria bom apenas atacar sem pensar em mais nada, mas suas companheiras lhe disseram categoricamente que isso não era aceitável. Ignorar os modos próprios do mundo era encontrar-se excluído desse mundo, diziam. Se todos te amam tanto assim, se confiam tanto em você, então deixe-os confiar em você o que quiserem. Não há necessidade de resolver todos os problemas do mundo sozinho.

Afinal, o mundo não gira em torno de apenas uma pessoa. Pessoas que você conhece, que não conhece, pessoas boas, ruins: todas estão lutando igualmente para sobreviver.

Veja este túmulo funerário, por exemplo: foi relatado por algum aventureiro que estava apenas tentando completar uma caça aos goblins. E foi outra pessoa da Guilda dos Aventureiros que trouxe a notícia à arcebispa. E agora era toda essa enorme caçada, para a qual os mercadores haviam fornecido uma grande quantidade de equipamentos.

O próprio rei se certificou de que havia dinheiro para tudo isso, dinheiro fornecido pelos contribuintes de todo o país. E quando chegou a batalha, foram outros aventureiros que ajudaram a atrair a multidão de inimigos.

E agora Heroína estava correndo o mais rápido que podia por esse caminho que alguém, em algum lugar, em algum momento havia feito.

Então, por mais que ela sentisse que era tudo um monte de problemas…

Também me deixa muito, muito feliz.

— Hee-hee…!

— E do que estamos rindo?

— Ah, nada! — Heroína balançou a cabeça. Santa da Espada foi na vanguarda, fazendo ataques oportunos aos demônios sempre que eles estavam ao alcance.

Alguns cultistas do mal tinham um plano para contaminar o vinho sagrado da Mãe Terra. Eles criaram um exército de mortos-vivos, demônios convocados, trabalharam com mercadores obscuros e, finalmente, tiveram como objetivo realizar um ritual sujo nas profundezas do subsolo. E agora Heroína teve sua chance de derrubar tudo.

Se ela fracassasse, a terra da cidade fronteiriça sofreria por pelo menos um ano, talvez até mais. Não podia se dar ao luxo de deixar essa chance escapar dela, nem pretendia. A heroína não podia ser derrotada. Foi assim que aconteceu.

— Próxima direita. Depois, siga em frente, à esquerda na terceira curva.

— Entendi!

Sábia, usando um feitiço para ajudá-los a se mover mais rápido, estava levemente sem fôlego enquanto ditava as direções. Teria sido mais simples usar um pergaminho do Portal para pular direto para onde eles precisavam ir, mas uma barreira espiritual estava no caminho e dificultando a vida. Um passeio descuidado de plano cruzado com um daqueles ao redor poderia fazê-los voltar ao seu próprio mundo cem anos no futuro ou algo assim e ela não queria isso.

Heroína deveria salvar o mundo. Ela não era a heroína porque podia salvar o mundo; foi tentar salvar o mundo que fez dela uma heroína.

Acho que se alguém questionasse algo como: Tem certeza que pode salvar este mundo? Eu ficaria tipo, não sei!

O que ela poderia fazer pode não significar muito, mas tinha amigos que importavam para ela, e havia tantas pessoas neste mundo. Então ela teve que salvá-lo e estava confiante de que daria certo de alguma forma.

— Há uma porta no final do corredor! Você quer que eu a corte?

— Vamos fazer isso da maneira clássica de aventureiro, derrubando-a!

— Isso não é clássico.

Em seguida, como sempre, veio a grande batalha climática.

Heroína deu um grito e se lançou no meio dos grandes males, iluminando aquelas profundezas escuras da terra com uma explosão de sol.

 


 

Tradução: Nero_SL

Revisão: Bravo

 

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