Amor é destino
destino é morte
Mesmo um cavaleiro que serve a uma donzela
um dia cairá nas garras da morte
Até mesmo o príncipe amigável a um Drake Celestial
deve deixar a mulher de suas fantasias para trás
O mercenário que amava uma clériga
cairá na batalha perseguindo seu sonho
E o rei que amava a donzela do santuário
controla tudo, exceto a hora de sua separação
O fim da vida
não é o último capítulo de uma saga heroica
Então, a aventura chamada vida
continuará até o fim
Amizade e amor
vida e morte
Dessas coisas
não podemos escapar
Portanto, o que temos
a temer
Amor é destino
e nosso destino é a morte
— Acho que é hora de casar — disse Alta Elfa Arqueira, como se isso pouco importasse para ela. Suas orelhas compridas saltavam enquanto falava.
A luz do sol entrando pela janela trazia consigo o opressivo calor da tarde.
Era verão.
Este não era um clima tendencioso a aventuras nos padrões de ninguém. Se não houvesse necessidade urgente de ganhar dinheiro suficiente para comer, ninguém sairia de bom grado nesse calor escaldante.
Ficar na taverna, entretanto, não era muito melhor. Várias dezenas de pessoas continuavam usando seus equipamentos, algo que se sentiam compelidos a fazer graças à posição de aventureiros. O calor coletivo do grupo era sufocante, quente o suficiente para se preferir a luz do sol.
A umidade persistente deixava as bebidas mornas; as pessoas tomavam goles pequenos para fazê-las durar. Ninguém em sã consciência tinha interesse em se mover.
Foi então que uma aventureira apareceu, suor escorrendo por sua testa e uma bolsa de lado.
— Olá a todos! Entrega Postal!
Isso não era incomum. A entrega de cartas urgentes era uma forma comum de emprego para aventureiros. De seu lugar na recepção, Garota da Guilda sinalizou para vários dos presentes na taverna, que apareceram correndo.
Cada carta seguia com suas próprias notícias.
— Ugh! Estão cobrando… Me dá um tempo!
— Isso é porque você se endividou enquanto comprava seu equipamento, idiota.
— Hah! Minha irmãzinha teve uma criança! Terei que ir vê-la depois da próxima aventura.
— Whoa, calma lá! Você sabe que dizer essas coisas é morte certa, não é?
— Huh, uma convocação pessoal da capital. Incrível. Isso é um bom sinal.
— Então, outro… encontro. Uma viagem. Já… faz um tempo.
Exigências de pagamento, cartas de casa, missões urgentes e assim por diante. Talvez tivesse sido o calor que fez com que todos ignorassem as palavras de Alta Elfa Arqueira, em meio a toda a conversa e troca de informações.
Um pedaço de papel é às vezes chamado de folha, mas a carta que Alta Elfa Arqueira recebeu estava literalmente escrita em uma folha. Estava cheia de uma bela e fluida caligrafia na língua dos elfos; Ela examinou tudo e balançou a cabeça para si mesma.
— Acho que é hora de casar — disse, como se isso pouco importasse. Suas orelhas compridas tremiam enquanto falava.
— …
Houve um momento de silêncio enquanto todos os presentes olhavam uns para os outros, tentando compreender o que tinham acabado de escutar.
A conversa na Guilda dos Aventureiros explodiu com a força de uma bomba.
Anão Xamã cuspiu seu vinho; Lagarto Sacerdote mostrou a língua e sibilou um “Oh-ho!”.
— Como é? — perguntou Garota da Guilda, enquanto os olhos de Inspetora, ao seu lado, brilhavam.
— Hora de quê?! — Cavaleira exigiu saber, levantando-se.
— Ei — disse Guerreiro de Armadura Pesada, um olhar de resignação em seu rosto enquanto puxava a manga dela.
Guerreiro Novato e Clériga Aprendiz fingiram não prestar atenção, mas era óbvio que estavam escutando.
— Q-Que… — repetia Sacerdotisa, sua mão na boca e seu rosto ficando vermelho… e seus olhos brilhando.
No meio de toda essa comoção, duas perguntas puderam ser ouvidas:
— É mesmo? — falou Matador de Goblins com sua indiferença usual. — Com quem?
— Um primo mais velho — respondeu Alta Elfa Arqueira, ainda completamente calma. Ela acenou com a mão e sorriu. — Mas que choque. Nunca imaginaria que seria com alguém tão puritano quanto ele!
— Hmm — disse Matador de Goblins, balançando a cabeça. — Então…
— Parabéns! — Sacerdotisa, sua voz cheia de emoção e seu rosto tomado por um sorriso, inclinou-se para Alta Elfa Arqueira. Ela agarrou as mãos da elfa, falando do fundo do coração. — Hm, os elfos têm cerimônias de casamento iguais às nossas? Se estiver tudo bem…
— Claro! E é para alguém da família do chefe, então será uma das grandes. De qualquer forma, vamos todos!
— Sheesh — disse Anão Xamã, lançando um olhar de soslaio para as garotas tagarelas. Ele finalmente terminou de limpar o vinho que cuspiu, torceu a barba e se serviu de mais um pouco. — E eu aqui pensei que o crepúsculo dos elfos chegava cedo, e ela é a filha do chefe.
— Ha! Ha! Ha! Ha! — Lagarto Sacerdote bateu com o rabo no chão de pedra. — Assim, o mais velho sempre pensa no mais jovem.
— Bah! Tenho certeza de que sou mais jovem do que ela.
Então… casar aos dois mil anos era considerado cedo ou tarde para os elfos?
Ignorando a expressão perplexa do anão, Lagarto Sacerdote deu uma mordida pesarosa em seu queijo.
— Suponho que isso seja o mesmo que se despedir de nossa senhora patrulheira. Ah, que dia solitário que será…
— …? Por que se despediria de mim?
— Mm. Você não ficará bem ocupada?
— Não aparecerão crianças por pelo menos mais duzentos ou trezentos anos. — Quem engravida logo nas primeiras décadas? Alta Elfa Arqueira parecia um pouco carrancuda.
— Que gracioso, os elfos medem o tempo de forma grandiosa, não é? — murmurou Lagarto Sacerdote quando a ouviu falar de extensões quase além de sua imaginação.
— Bem, somos praticamente imortais. O quê, os homens-lagarto não são?
— Chefes, na verdade, podem botar um único ovo, mas, para nós, o padrão é nascer, reproduzir, viver, matar e morrer.
— O ciclo é importante, não é? — Gira, gira. Alta Elfa Arqueira desenhou um círculo no ar com um dedo fino. A respeito disso, elfos e lagartos, que obedeciam estritamente à natureza, tinham algo em comum. Um pode amar a batalha e o outro não, e um pode ser imortal e o outro mortal, mas a vida e a morte chegavam para eles da mesma forma.
— Huh… — Sacerdotisa fez um barulho, aparentemente ainda um pouco confusa. As almas subiam para o céu, onde residiam os deuses e onde recebiam muitos confortos. De vez em quando, a alma poderia retornar ao tabuleiro, mas isso escapava um pouco do ciclo da natureza. — Mas — perguntou, inclinando a cabeça —, os maridos elfos normalmente deixariam suas esposas irem por toda parte e fazerem coisas perigosas depois de se casarem?
— Nem! De forma alguma que meu primo permitiria isso. — Alta Elfa Arqueira riu e balançou a mão. — Ele se apaixonou à primeira vista, tenho certeza. Mesmo sendo tão sério e teimoso… Na verdade, talvez seja exatamente por esse motivo.
— Er… Como é? — Sacerdotisa levou um dedo ao lábio. — Hmm. — Algo nessa conversa não fazia sentido.
Parece um pouco… estranho. Como se falássemos de coisas diferentes.
— Então — disse Matador de Goblins, voltando tão repentinamente ao assunto que Alta Elfa Arqueira começou a piscar. — Quem vai casar?
— Ah, minha irmã mais velha.
— Poderia ter dito isso mais cedo, sua Bigorna! — Anão Xamã deu-lhe uma bofetada de repreensão nas costas.
— Quê?! — Alta Elfa Arqueira passou de confusa a irritada, suas orelhas caídas para trás. Lágrimas vazavam de seus olhos. — O que você pensa que está fazendo?!
— O que é isso? É a primeira vez que ouço falar de uma bigorna que não suporta ser batida!
— Você é o pior! — Nesse ponto, ela havia abandonado qualquer coisa que parecesse a dignidade normalmente associada a um Alto Elfo. — É por isso que odeio anões! Seu… Seu barril de cerveja!
— Achei que já tivesse lhe dito… o nome disso é encorpado, e apreciamos isso!
E, de fato, apreciavam. Sacerdotisa já estava acostumada com essas brigas repentinas. Ela segurou sua caneca com ambas as mãos, tomando pequenos goles de sua água com limão, que já era uma bebida quase morna.
— Se seremos convidados… teremos que levar um presente ou algo assim.
— É mesmo? — Matador de Goblins balançou a cabeça. Ele cruzou os braços e ficou em silêncio por um momento, depois grunhiu e, finalmente, com alguma dificuldade, disse: — Acho que…
— Não — disse Sacerdotisa, embora estivesse sorrindo. Ela estava apontando um dedo em direção ao Matador de Goblins, que engoliu em seco e conteve o que estava prestes a dizer. — Fomos convidados para uma celebração maravilhosa. Você não pode ficar sem ir.
— Isso… — Matador de Goblins parou por um momento. — Pode ser, mas…
— Podemos pedir à recepcionista para garantir que outras pessoas cuidem do goblincídio.
— Hrk…
Era como Proteção, um milagre que se tornou uma de suas especialidades. O sorriso dela defletiu todo e qualquer ataque.
Matador de Goblins não foi capaz de fazer mais sons; Lagarto Sacerdote revirou os olhos.
Parece que a milady recepcionista e a garota fazendeira a ensinaram bem.
— Heh heh heh. Bem, talvez o mestre lançador de feitiços e eu possamos encontrar um presente apropriado. — Ele fez um gesto solene e de aparência importante, em seguida juntou as palmas das mãos de forma estranha. — Mas, minha querida clériga — acrescentou —, parece que você se tornou bastante assertiva!
— Claro que me tornei! — Sacerdotisa estufou seu pouco peito para parecer o mais forte que pudesse. — Afinal, aprendi com Matador de Goblins!
***
Pois bem.
Os membros da equipe da Guilda costumavam manter a calma e compostura o tempo todo.
Afinal, eram os homens e mulheres da Guilda os primeiros a fornecer informações para quem embarca em aventuras. Quando alguém em crise chega para emitir uma missão, são o primeiro rosto que essa pessoa vê.
Seria impróprio que um membro da equipe parecesse apressado ou desinteressado. Em vez disso, suas roupas deviam estar desamassadas, camisa ou blusa engomada e a maquiagem adequada.
Pescar e bocejar eram, obviamente, atos inaceitáveis. No momento em que alguém se torna servo civil, assume a responsabilidade de representar o país.
— Mas, é aquilo, calor é calor… — Ah ha ha ha.
Com uma risada, Garota da Guilda serviu Matador de Goblins e os outros com xícaras de chá preto frio. Havia uma, duas, três, quatro xícaras na mesa, todas sobre a pequena parte do balcão da recepção. Alta Elfa Arqueira e Sacerdotisa colocaram Matador de Goblins entre elas. Garota da Guilda, por fim, colocou uma xícara diante de si, levando a mão à bochecha e soltando um suspiro.
— Um casamento… Que maravilha.
— Sim, estou entusiasmada — disse Alta Elfa Arqueira, balançando a cabeça com um olhar sério e astuto. — Ainda bem que minha irmã não estava velha demais para se casar.
— Quantos anos ela tem?
— Hmm… — A arqueira contou nos dedos, balançando um pouco a cabeça. — Acho que mais ou menos uns oito mil.
Garota da Guilda, pensando que “mais ou menos” poderia representar mais três zeros, sorriu amarelo.
— Ouvir elfos faz percebermos a bobeira que é se preocupar com a idade.
Outro suspiro. Ela não iria a lugar algum ao ficar retoricamente cavando a própria cova.
Sacerdotisa acompanhou com vários “Ahems” e “Hms”. A garota tinha acabado de fazer dezesseis anos e não parecia saber como se dirigir à mulher mais velha, embora ela mesma fosse uma clériga. Sacerdotisa, aliás, não achava que a aparência de Garota da Guilda lhe desse qualquer motivo para se preocupar com a idade.
— Mesmo sendo tão bonita quanto você… Você realmente precisa se preocupar com isso?
— Hee hee. Bem, muito obrigada — Garota da Guilda sorriu diante da pergunta educada que Sacerdotisa finalmente fez.
Alta Elfa Arqueira deu um aceno jovial com a mão e esvaziou a xícara com um único gole.
— Isso mesmo. Quando se trata de idade, você não pode comparar um dragão a um elefante, ou um elefante a um rato. Isso simplesmente não funciona.
— Elefante. — Inesperadamente, o capacete de Matador de Goblins se inclinou em confusão. — O que é isso?
— Não sabe o que são elefantes…? — As orelhas de Alta Elfa Arqueira se agitaram, satisfeita por ter a chance de ensinar o guerreiro. Ela abriu os braços enquanto descrevia a misteriosa criatura. — Ele tem pernas que parecem com pilares, uma cauda igual uma corda, orelhas feito leques, um corpo grande igual uma muralha, presas parecidas com lanças, costas iguais a um tronco e um nariz tipo uma videira. Além disso, é enorme.
— Uma fera…?
— Ah, e é cinza.
— Não entendi direito — disse Matador de Goblins com um grunhido, em seguida, engoliu o seu chá.
Garota da Guilda os observou feliz, depois, soltou uma risadinha.
— Algum dia, talvez eu possa te mostrar um Elefante no Livro de Monstros. Agora… — Seus olhar correu ao redor da mesa, e ela folheou alguns papéis. — Você queria que eu atribuísse essas missões de goblins, certo?
— Uhum. Gostaríamos de levar nosso amigo Matador de Goblins junto — disse Sacerdotisa calmamente. Seu sorriso, como um botão de flor, sequer vacilou.
— Pessoalmente, não quero abrir mão disso. — Matador de Goblins colocou sua xícara vazia na bancada com um estalo. — Simplesmente não quero deixar os goblins à vontade.
— Sim, sim, claro que não — disse Garota da Guilda com um sorriso suave. Ele continuava tão desapaixonado e decidido quanto sempre. Algumas pessoas o consideravam apenas obsessivo, enquanto outras o consideravam confiável e seguro. Garota da Guilda, desnecessário dizer, estava no segundo grupo.
— Do início da primavera ao verão, é quando os goblins estão mais fortes. Isso talvez seja por estarem com raiva.
— Existe alguma época em que os goblins não são assustadores? — perguntou Alta Elfa Arqueira.
— Hrm… — Matador de Goblins cruzou os braços e grunhiu.
Garota da Guilda ouviu os dois com algum prazer.
— Mesmo assim — disse ela baixinho —, não tem tanto goblincídio no verão, não é?
— Isso é verdade? — perguntou Sacerdotisa em tom de evidente surpresa.
— Sim — disse Garota da Guilda. As missões ao menos não são tantas. Então, em vez de explicar melhor, ela folheou seus papéis sem qualquer motivo em particular. Seria rude falar de coisas tão desfavoráveis logo após alguém receber um convite de casamento.
Verão: para os goblins, a melhor parte desta estação é que não era outono. As plantações nos campos ainda estavam pequenas e, claro, a colheita estava muito distante. Por mais que os goblins quisessem comida, simplesmente não havia muito a se ganhar ao atacar aldeias. Em vez disso, mudavam o foco para os viajantes, pastores errantes e curandeiros itinerantes enquanto estavam na época mais quente do ano.
O que o verão significa para os goblins? A primavera era boa e farta, mas no verão as chuvas ficavam mais pesadas e a maldita luz do sol se tornava ainda mais intensa. Viver em um buraco tornava-se bastante desagradável. Certo, ninguém imaginava que os goblins se preocupassem tanto com a situação de vida, mas eles estavam sempre com raiva de alguma coisa. E mais motivos para ficar com raiva, claro, indicavam uma maior incidência de atos violentos.
Ai do viajante na estrada que fosse atacado pelos goblins no verão. Eles não tinham sabedoria para fazer armazenamento de comida, mas, mesmo se tivessem, ela logo estragaria. Depois de se empanturrarem e zombar da vítima, comeriam tudo o que pudessem tomar da infeliz alma, sem pensar no futuro.
Homem ou mulher, no final, nem mesmo os ossos sobrariam.
Infelizmente, é uma história muito comum.
Viajantes perdendo as vidas na estrada, é claro, dificilmente seria um fenômeno exclusivo do verão. Os goblins e os Que-Não-Rezam não eram de forma alguma os únicos que sentiam fome. Bandidos, salteadores e mercenários retornando para a incursão – entre outros – estavam todos por aí.
A questão é que todos os cantos do mundo transbordavam perigo. Alguns interpretavam isso como motivo para criticar o rei ou a administração do país, mas essas pessoas simplesmente não conheciam a história. Em todo o tempo e na memória, nunca houve uma época sem elementos de perigo.
Da mesma forma, os recursos foram sempre limitados. Pelo que Garota da Guilda sabia, o atual rei estava fazendo um trabalho perfeitamente decente… Ou, ao menos, assim pensava. Ele não começou guerras desnecessárias, assim como enfrentou os seguidores dos Deus das Trevas para manter o país seguro.
Agora, ao menos nisso, temos paz.
Mesmo que a definição de paz fosse apenas a calmaria antes da tempestade.
Mas, talvez se repetindo, os recursos eram limitados e o perigo estava sempre presente. A Guilda não necessariamente receberia uma missão só porque algum viajante havia desaparecido. Por um lado, se ninguém soubesse que a pessoa havia desaparecido, nada seria feito. Era uma situação triste e uma falha da Guilda dos Aventureiros. Os aventureiros cuidavam desse tipo de problema, mas apenas quando o parente de um viajante emitisse uma missão…
Ou quando os aventureiros mesmo têm um coração muito bom…
— Mas ainda existem goblins por aí — disse Matador de Goblins, sem dar atenção ao que acontecia dentro da cabeça de Garota da Guilda. — Isso não vai mudar.
— Mas — disse Sacerdotisa, astutamente fingindo fazer uma pergunta enquanto na verdade o cortava —, você não pode derrotar todos sozinho, pode? E também, não precisa, certo?
— …
Matador de Goblins ficou calado. Depois de tantos anos com ele, Garota da Guilda sabia que era assim que ele agia ao se ver encurralado.
Ele, de certa forma, não é alguém difícil de entender.
Uma risadinha involuntária escapou dos lábios dela, e o capacete de aço de Matador de Goblins se virou em sua direção. Ela acenou com a mão como se quisesse dizer: Nada, não é nada.
— Sinceramente — disse —, não é bom te incomodar com cada missão de goblincídio que aparece, Senhor Matador de Goblins.
— Bem, aí está — disse Sacerdotisa com uma tosse doce, mas aguda. — Você pode cuidar disso por nós?
— Ah, claro. Sei que este homem nunca tiraria férias se não o obrigássemos.
— Isso também serve para você.
Alguém deu uma batida inesperada na cabeça de Garota da Guilda, provocando um pequeno ai! Era sua companheira de assento e colega, Inspetora, de pé atrás dela com um maço de documentos em mãos.
Inspetora suspirou como se para sugerir que isso servia bem para Garota da Guilda, e continuou suavemente batendo seus documentos contra o ombro da mulher.
— Quanto tempo faz mesmo desde a última vez que você tirou um dia de folga?
Garota da Guilda agarrou a cabeça e protestou em vão:
— E-eu tiro…
Inspetora soltou outro suspiro exasperado.
— Então você também vai ao casamento, certo? É para isso que essas crianças estão aqui, não é? Para te convidar?
Antes que Garota da Guilda tivesse a chance de responder, Alta Elfa Erqueira estava inclinada sobre a mesa.
— É claro! — disse ela, balançando a cabeça com vigor. Sem qualquer necessidade de fingir, acrescentou: — Afinal, somos amigas!
Vendo essa demonstração de genuíno entusiasmo, Garota da Guilda respondeu com uma expressão ambígua e coçou a bochecha. Em seguida, seus dedos brincaram pelo cabelo, girando suas tranças. Sim, ela sabia que isso não era muito educado.
— Er… Bem, eu com certeza aprecio esse sentimento, mas…
Não, pare. Se eu recusar este convite…
Como poderia explicar para Alta Elfa Arqueira, ou mesmo para Sacerdotisa ou Matador de Goblins? Ela deu uma olhada no capacete dele, embora, como sempre, aquilo escondesse sua expressão.
— Tire alguns dias de folga, e já!
— Yipe! — Outro golpe de documentos.
Enquanto Garota da Guilda ficava sentada, gemendo baixinho, Inspetora mostrou seu melhor sorriso e disse:
— Agora, Senhor, uh… Matador de Goblins.
— Pois não?
Garota da Guilda soltou um guinchinho, mas Inspetora a ignorou, tomando os papéis das mãos dela. Eram, é claro, várias missões de goblincídio por perto.
— Será melhor para nós dois se tirarmos um pouco desse trabalho da lista — disse Inspetora, enrolando os papéis como se fossem um pergaminho e entregando todos a Matador de Goblins. — Você talvez pudesse ajudar minha amiga a relaxar ao cuidar de dois ou três ninhos de goblins.
— Naturalmente.
Não houve qualquer discussão, nenhuma hesitação enquanto Matador de Goblins pegava os papéis da missão com um movimento decisivo. Silenciosamente, os desenrolou e considerou as descrições. Sequer olhou para a linha de recompensas. O que queria era informação, conhecimento sobre a força de batalha dos goblins.
Depois de um bom tempo, perguntou suavemente:
— Está tudo bem?
Alta Elfa Arqueira estava franzindo a testa com todas as suas forças, suas longas orelhas para trás e contra a cabeça, mas disse:
— Eu não posso falar pelo anão… Mas quanto a mim, não vou dizer não.
— Tem certeza? De qualquer forma, não me importo muito.
— Com licença, Matador de Goblins, senhor — disse Sacerdotisa, franzindo suas sobrancelhas bem delineadas. Ela levantou um dedo indicador pálido e, em um tom que sugeria que já discutiram isso mais de uma vez, disse: — Quando não temos escolha, isso não conta como uma discussão, lembra?
Tradução: Taipan
Revisão: Shibitow
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