— Então eu vou — disse Matador de Goblins para Vaqueira. Ele estava em seu quarto fazendo uma rápida verificação em seu equipamento. — Chego tarde da noite. Não precisarei jantar.
Ele prendeu a espada ao quadril e fixou o escudo no braço, colocou proteção para as pernas e pendurou sua bolsa no cinto, então por fim colocou o capacete.
Matador de Goblins estava vestido e pronto para sair em uma aventura, mas Vaqueira já estava acostumada com isso tudo.
— Tá, certo — foi tudo o que disse em resposta.
Ele estava ajudando a treinar alguns aventureiros novatos, mas foi isso que fez no momento em que chegou em casa. O fato de ter voltado para casa – era essa a sua maneira de tentar ser atencioso?
— O Tio disse que tinha algumas coisas para fazer, então também vai chegar tarde. Acho que vou ficar sozinha, só eu…
— Não esqueça de trancar a porta. Mantenha a porteira fechada e feche as venezianas das janelas.
— Eu sei disso. Você é tão preocupado. — Ela riu e Matador de Goblins ficou em silêncio. Vaqueira aproveitou a oportunidade para tirar um pouco de poeira da armadura dele.
Ele disse “Hrm” – será que isso o desagradou? – e então virou a cabeça de um lado para o outro, verificando a mobilidade do capacete.
— Eu já estou preparada — disse Vaqueira. — Mas e quanto a você? Está com a sua carteira? Essa é uma das coisas mais importantes, sabe.
— Erm… — Ele obedientemente vasculhou por sua bolsa de itens. A pequena bolsa de moedas estava lá. — Estou.
— Então tá bom! — Vaqueira o pegou pelo ombro e fez que virasse. Ela ajustou a borla puída de seu capacete. — Posso ir te buscar se acabar caindo de tão bêbado — disse —, mas tente não causar muitos problemas aos seus amigos, viu?
A palavra amigos fez Matador de Goblins inclinar a cabeça de leve, mas, após um momento, ele respondeu um “Certo” e acenou com a cabeça.
— Não pretendo.
Ele não portava qualquer luz enquanto caminhava pela estrada da fazenda até a cidade, e depois pela cidade até a taverna. Atravessar campos escuros à noite fazia parte do seu treinamento e, assim que chegava à cidade, não precisava de qualquer luz.
A confusão incomum de uma cidade agitada ao crepúsculo o saudou; era uma situação com a qual não estava familiarizado e passou por ela em silêncio.
As pessoas se empurravam e acotovelavam. Não apenas aventureiros, mas viajantes, bem como os trabalhadores que construíram as instalações do centro de treinamento, estavam por toda parte.
Matador de Goblins avançou, olhando para um lado e para o outro, até que viu a placa que disseram-lhe para procurar.
— Hmph… — grunhiu enquanto abria caminho em direção àquilo, finalmente se livrando da multidão. Ao mesmo tempo, levou a mão a sua bolsa de itens, certificando-se de que não tinha sido vítima de qualquer tipo de furto. Estava tudo bem.
A placa possuía a inscrição O MACHADO AMIGÁVEL e tinha a forma de uma machadinha.
Matador de Goblins empurrou a porta de vaivém e foi imediatamente envolvido por uma cacofonia ensurdecedora. O interior cavernoso estava iluminado pelo brilho avermelhado das lanternas, e todas as muitas mesas redondas estavam ocupadas.
O prédio em si era menor do que a filial da Guilda, mas, ainda assim, ela era uma estrutura multifuncional. Do ponto de vista do antigo sistema, sob o qual lugares como aquele tinham uma taverna no primeiro andar e uma pousada no segundo, o Machado era bastante grande.
No passado, os alojamentos dos aventureiros serviam também como locais para encontrar trabalho – mas isso agora havia ficado na história. O sistema da Guilda foi bem adotado, e os aventureiros, que eram antes pouco mais que um bando de arruaceiros, adquiriram certo tipo de reconhecimento público.
Mesmo nos dias de então, havia lojas que trabalhavam com a Guilda para oferecer missões, mas, na maioria das vezes, as pousadas de aventureiros continuavam em declínio.
Então, mais uma vez, era dito que a lendária taverna O Cavaleiro Dourado nunca atribuiu qualquer missão, mas mesmo assim…
— Ei, Matador de Goblins! Você conseguiu!
Enquanto o aventureiro com armadura ficava na porta, uma voz poderosa chamou por ele. Seu capacete girou, examinando o interior do bar, como se estivesse avaliando uma caverna na qual recém adentrava. Lá – lá estava a fonte da voz.
Em um canto da taverna, em um assento de onde podia ver todo o local, estava sentado um homem bonito e de aparência durona, no momento acenando com o braço.
— Aqui, aqui!
— Você está atrasado, cara! Já começamos!
— Sinto muito — grunhiu Matador de Goblins.
O copo de um dos homens foi erguido e já estava quase meio vazio, e alguns dos petiscos haviam claramente sumido. Mas a maior pista era que o rosto de ambos os aventureiros já estavam corados.
Matador de Goblins sentou um tanto desajeitado à mesa circular.
Os outros dois homens vestiam roupas civis; Matador de Goblins era o único trajando a sua armadura. Era impossível não achar isso ao menos um pouco engraçado. Ao contrário da maneira como tantos jovens imaginavam as coisas, os aventureiros não costumavam andar com equipamento completo pela cidade.
Sim, Lanceiro e Guerreiro de Armadura Pesada eram ambos astutos e mesmo neste momento carregavam uma espada curta presa aos quadris, mas isso provavelmente era exagero. Os olhares que cruzavam com eles deviam ser de viajantes não acostumados com aventureiros.
Os três homens eram de algum renome: O Pior da Fronteira, Lanceiro. O Mais Gentil da Fronteira, Matador de Goblins. E o líder do Grupo Mais Legal da Fronteira, Guerreiro de Armadura Pesada. (A razão pela qual não podiam ser chamados de “rostos famosos” era por causa de apenas um deles…)
— Por que não fomos à taverna da Guilda? — perguntou Matador de Goblins.
— Porque não quero que espalhem boatos de que eu estava enturmando com um cara que nem mesmo quer tirar a armadura — disparou Lanceiro para ele.
— Isso é só da boca para fora — disse Guerreiro de Armadura Pesada na mesma hora. — Ele fica com vergonha de ser visto bebendo com você.
— É mesmo?
— Especialmente pela Senhorita Recepcionista, se é que me entende.
— Ah, fecha a matraca! — rosnou Lanceiro. Em seguida, ele apontou para o menu na parede com o polegar. — De qualquer forma, anda logo e pede alguma coisa.
— Sim — disse Matador de Goblins, estudando o menu. Havia ao menos uma dúzia de variedades de álcool, de cerveja a vinho de fogo e vinho de uva. — Hmmm…
— Escuta — disse Lanceiro com um suspiro exasperado. — Em momentos assim, você não pensa. Uma cerveja é mais que o suficiente!
— Uma cerveja, então.
— Bom! Ei, Senhorita! Três cervejas!
— Assumindo o comando, hein?
Guerreiro de Armadura Pesada foi incapaz de reprimir um sorriso e uma risada silenciosa.
— O quê? — exigiu Lanceiro com um olhar feroz, mas o guerreiro calmamente respondeu:
— Nada.
Quem servia colocou três canecas cheias de cerveja na mesa, seus movimentos experientes.
— Aqui, três cervejas! Aproveitem!
A garçonete era uma centaura, ainda jovem. Seria preciso ter cuidado para não, em qualquer lapso de embriaguez, chamá-la de Almofadinhas. Os centauros eram um povo muito orgulhoso e não tinham almofadas nos pés.
O mesmo devia se passar com minotauros, alguns dos quais se tornaram dos Que Rezam. Não que os minotauros fosse um grupo que se preocupasse com esses detalhes…
Mas, voltando à nossa história.
A garçonete colocou as canecas na mesa, seu busto generoso balançando, depois se afastou (nas quatro patas) balançando o rabo. Era impressionante como podia facilmente costurar por toda a taverna lotada, mesmo com uma estrutura tão grande.
Observando o seu traseiro musculoso de perto, Guerreiro de Armadura Pesada suspirou.
— Sei que seios são bons, mas uma bunda é uma bunda.
— Huh, então isso explica por que você gosta tanto daquela sua amiga cavaleira; ela cavalga!
— Ela não tem nada a ver com isso. — Guerreiro de Armadura Pesada parou por um momento e disse: — Acho que não poderíamos ter uma conversa dessas na taverna da Guilda, hein?
Lá, nunca se sabe quando uma mulher poderia estar assistindo – ou ouvindo. Guerreiro de Armadura Pesada suspirou e pegou a sua cerveja, erguendo-a alto.
— Que tal fazermos um brinde, hein?
— Pelo quê? — perguntou Matador de Goblins. Ele também pegou a sua caneca.
— Er… Ah, que diabo. Pensar em algo dá trabalho demais. Vamos continuar com o de costume.
Lanceiro balançou a cabeça, seguindo o exemplo dos outros ao erguer a sua bebida.
— Pela nossa cidade!
— Aos dados dos deuses!
— Pelos aventureiros.
— Saúde! — exclamaram e depois esvaziaram suas canecas.
Alguém – nenhum deles poderia dizer quem – sugeriu ir para fora e dar um tempo na bebedeira.
As ruas estavam lotadas de pessoas que haviam saboreado um pouco de vinho e estavam agora na cidade. Os três aventureiros abriram caminho pela multidão e acabaram chegando às margens de um rio.
O rio corria ao lado deles e as estrelas brilhavam acima. E as duas luas brilhavam ainda mais sobre elas.
A brisa da noite soprou agradável por seus corpos aquecidos pelo álcool. Seria impossível ficar de mau humor em uma noite destas.
Cantarolar uma ou duas músicas era algo natural.
Deixe a terra azedar e o vento ficar doente
E o mundo ficará escuro para sempre
Não haverá um momento em que esta joia cintilante
Que com quatro luzes brilhantes não cintile
Pois vou trilhar o caminho dos buscadores
Como jurei, com esses amigos meus.
Até os confins da terra e a casa do vento,
Embora seja tudo sonho, vou
Essas quatro luzes brilhantes nessa joia nunca acabam
Ou derretem ou queimam pouco
E quanto a nós, nunca vamos esquecer
Nossos amigos enquanto pela estrada caminhamos.
Era uma canção meio esquecida de valor militar de muito, muito tempo atrás. Um bardo com seu alaúde poderia cantar bela e corajosamente, mas três aventureiros bêbados teriam sorte ao serem considerados apenas desafinados.
— Que diabos? — Lanceiro parecia ter cansado de cantar passados alguns versos, já que interrompeu tudo no mesmo tom da melodia.
Seu olhar ficou fixo em Matador de Goblins. Havia algo o incomodando.
— O que você vai fazer?
— Como assim?
— Você sabe do que estou falando!
Ahh, começou, pensou Guerreiro de Armadura Pesada, olhando para as estrelas.
Deveriam ter trazido aquela bruxa? Bah. Ela provavelmente só ficaria olhando para longe. Talvez com um sorriso ambíguo. Não, não era possível contar com ela em um momento destes.
— Estou falando da recepcionista, babaca! Além disso, você tem aquela elfa, a sua garota da fazenda e aquela sacerdotisa! Você está rodeado por mulheres!
— … — Matador de Goblins ficou um momento sem falar. Por fim, disse bem baixinho: — Não acho que alguma coisa será possível até que todos os goblins tenham acabado. — Ele fez outra pausa. — Eu… — Então ficou em silêncio.
Lanceiro lançou-lhe um olhar de soslaio.
Isso era bastante compreensível.
Não era difícil adivinhar que tipo de passado devia ter um homem chamado Matador de Goblins.
Por isso, Lanceiro soltou um suspiro dramático e encolheu os ombros, exageradamente aborrecido.
— Aí está.
— Um goblin?
— Não, seu maluco — bufou Lanceiro. Guerreiro de Armadura Pesada riu em voz alta.
O lutador musculoso então balançou a cabeça e disse:
— Ei, não é como se eu não entendesse.
— Ah, é?
— Sim. Isso é como… — Guerreiro de Armadura Pesada fez um enorme gesto em direção ao céu, como se procurasse por algo invisível. — É tipo, um homem quer ser livre, certo? Rei do seu próprio domínio.
— Um rei, hein! — Lanceiro sorriu enquanto caminhavam. Ele não estava tirando sarro; era um sorriso de compreensão. — Soa bem para mim. Existe aquela antiga história sobre o mercenário que se tornou rei.
— Pena que não sou dos inteligentes — disse Guerreiro de Armadura Pesada, dando um tapinha na lateral da própria cabeça.
— Se estudar, então vai ficar um pouco — disse Matador de Goblins. — Você também tem dinheiro. Deve ter alguma inteligência.
— O problema é que não tenho tempo. — Guerreiro de Armadura Pesada encolheu os ombros e a espada em seu cinto, que diligentemente usava mesmo quando bêbado, chacoalhou. — E você não pode começar a estudar depois de se tornar um rei. Isso significaria apenas que é um rei estúpido, e não existe nada pior para o povo do que um governante desmiolado.
— Sim.
— Mas se eu começar a estudar agora, não poderei continuar com as aventuras, e isso vai detonar com o resto do meu grupo.
— Entendo — disse Matador de Goblins. Ele cruzou os braços e murmurou de forma pensativa. Por fim, chegou a uma conclusão: — Complicado.
— Nisso você está certo — disse sobriamente Guerreiro de Armadura Pesada. Complicado o suficiente para fazer você desistir de suas armas, equipamentos e tudo o mais. Sua voz, entretanto, seguia leve e alegre. A forma como as bordas de seus lábios se curvaram era a prova de um sorriso. — Não que as coisas estejam chatas da forma como estão.
— Além disso, você tem a sua cavaleira, né? — interrompeu Lanceiro.
— Calado! — Guerreiro de Armadura Pesada deu-lhe um chute.
— Ai! — exclamou Lanceiro. Os músculos de um guerreiro treinado podiam ser qualificados como armas.
Guerreiro de Armadura Pesada ignorou os gritos, apoiando-se na grade da ponte em que estavam. Matador de Goblins estava ao seu lado.
— Duvido que isso seja algo tão ruim.
— …
— Tenho certeza que não.
— Acho que não — disse Guerreiro de Armadura Pesada, respondendo às palavras sombrias de Matador de Goblins com um sorriso malicioso. — Sim… Acho que também não me importaria de tê-la comigo.
— Feh! Vocês, rapazes livres, têm tanta sorte! — disse Lanceiro com um estalo de língua. Ele se recostou na grade e olhou para as estrelas. Apertou os olhos para ver uma luz, a uma altura logo além do seu alcance, além do outro lado do céu.
— Você só é ganancioso — brincou Guerreiro de Armadura Pesada.
— Seu idiota — rebateu Lanceiro. — Como homem, você nasce querendo duas coisas: mulheres bonitas e força. O que mais poderia almejar na vida?
— De novo, você está parecendo uma das crianças…
Ele estava falando de Garoto Batedor ou Guerreiro Novato? Procurar ser conhecido como o mais forte de todos os aventureiros era um privilégio concedido aos mais jovens.
— Sim, o mais forte, isso aí — disse Lanceiro, quase fazendo beicinho. — Porque acredito que quando eu for o mais forte, poderei fazer o que quiser. — Ele cuspiu em direção ao céu; não que isso fosse mudar o jogar de dados dos deuses. — As mulheres vão me amar, as pessoas vão me agradecer e eu poderei fazer o bem ao mundo. Não há nada de errado com isso, certo?
— Te amar? Mulheres de verdade? — Guerreiro de Armadura Pesada bufou. Isso talvez fosse o retorno da gentileza de antes.
— É bom você acreditar que irão!
— Hmm — murmurou Matador de Goblins. — Não consigo imaginar.
— Ah, fica de boa! — Lanceiro olhou para Matador de Goblins enquanto mantinha o rosto voltado para o céu. Como de costume, o aventureiro estava usando sua máscara de metal. Seu capacete de aço encardido. Não havia como saber que expressão havia por trás disso.
Aposto que nossa querida recepcionista saberia.
Era apenas uma prova de quanto e com que frequência eles haviam conversado. Lanceiro se perguntou: se ele colocasse um capacete, ela saberia qual seria a sua expressão?
Então respirou fundo, depois, soltou:
— E quanto a você, Matador de Goblins? — perguntou. — Com o que sonhava quando era criança?
— Eu?
— Acha que há mais alguém por aqui que mata goblins o suficiente para usar esse nome?
— Suponho que não…
Matador de Goblins ficou em silêncio, olhando para o rio. Mesmo à luz das luas gêmeas, ele parecia escuro e preto, igual tinta derramada.
De onde vinha o rio e para onde ia? Ele se lembrava de uma vez ter perguntado à irmã.
Ela disse que vinha das montanhas e ia para o mar. Certa vez, pensou em seguir até a sua origem, só para ver. Mas parecia improvável que agora tivesse a chance.
— Eu queria ser um aventureiro…
— Huh! — disse Lanceiro, dando uma cotovelada em Matador de Goblins. — Bem, esse é um sonho realizado, não é?!
— Não — disse Matador de Goblins com um breve aceno de cabeça. — É complicado.
— É, hein?
— Sim. — Matador de Goblins balançou a cabeça. — Isso não é tão fácil de fazer.
É mesmo?, adicionou Guerreiro de Armadura Pesada para si mesmo. Ele soltou um longo suspiro.
— O que você quer fazer, o que precisa fazer e o que pode fazer nem sempre são a mesma coisa, não é?
— Isso é o suficiente para deixar um cara louco — concordou Lanceiro.
Os três homens então ficaram quietos, olhando para as luas. O vento soprou pelo rio, prenhe da promessa de verão.
O que queríamos.
Ser guerreiros renomados. Grandes heróis ou reis; parte da história e da lenda.
Encontrar algum item da Era dos Deuses, resgatar princesas, lutar contra dragões e salvar o mundo.
Queriam explorar ruínas ocultas, descobrir os segredos do mundo e trazer suas verdades à luz.
Queriam ser rodeados por lindas mulheres, amados e admirados – e tão inteligentes quanto qualquer pessoa que encontrassem.
Ansiavam por empunhar armas que dominavam bem e verdadeiramente, realizando proezas de força que seriam cantadas nas gerações vindouras. Alguém para quem as pessoas apontavam, independentemente da tarefa, e diriam: Ele. Ele consegue.
Muito provavelmente, perceberam, neste ponto, que tais histórias não seriam deles.
Eles eram Prata, a terceira classificação, a mais alta dentre os aventureiros no campo. E isso lhes significava algo. Nunca rejeitaram essa conquista ou sentiram que ser Prata era tão problemático que seria melhor ficar no Bronze ou até no Aço.
Mesmo assim.
Ainda assim, na verdade…
— Então, bom…
Ele era Matador de Goblins.
Não o garoto ruivo.
Isso era motivo suficiente.
— No mínimo, quero deixá-la fazer o que quiser… — Todos os homens concordaram.
Tradução: Taipan
Revisão: Taipan
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