— Fwaaaah!
Quando a heroína acordou com o sol da manhã, em uma cama na pousada, ela esticou os braços vigorosamente. O céu do lado de fora estava azul, e ela se sentia enérgica, forte e pronta para sair.
— Certo! Hoje é mais um dia para dar tudo de mim!
Ela se energizou com um tapa rápido em cada bochecha, então usou essa energia para se levantar da cama.
Isso era importante, porque a luz calorosa do sol estava tão confortável que a fazia querer voltar para debaixo das cobertas. Mas seria bastante indulgente desperdiçar um dia tão bonito por dormir demais.
Ela se vestiu rapidamente. Seu corpo ainda era jovem, mas tinha as curvas de uma mulher amadurecendo. Pensando em que estava por vir mais tarde naquele dia, ela se assegurou de usar sua armadura. Por último, ela pegou a espada encantada, sua fiel companheira, e ela estava pronta. Era preciso se equipar tanto com armas quanto armaduras, ou não havia sentido.
— Bom diiiia, pessoal!
Ela abriu a porta e correu pelo corredor, indo agilmente do átrio até o primeiro andar.
Por sorte, em razão de estar cedo, não havia muitas pessoas ainda na taverna. A única pessoa ao vê-la quando ela chegou silenciosamente foi uma garçonete de olhos grandes no turno da manhã.
Mestre da Espada — seu companheiro, que já havia levantado e comido mais cedo o café da manhã — deu um suspiro pouco surpreso. — …Olhe para você, toda animada e disposta depois de uma noite de sono. O que você é, uma criança?
— Hã? Isso não é normal? — Heroína se sentou de frente para Mestre da Espada com sua cabeça inclinada, balançando as pernas. Ela logo pegou um pouco de pão do cesto no meio da mesa, passando um pouco de manteiga e enfiando na boca.
Hmm, delicioso!
— Oh, vou pedir… Vejamos. Eu quero salsicha e ovo frito!
— S-sim, madame. Agora mesmo!
— Ah, e pão! Com bastante manteiga!
A garçonete observou em transe esse comportamento audacioso, depois correu para a cozinha.
— Hum? O nosso terceiro ainda está dormindo?
— As coisas duraram até tarde da noite passada.
Mestre da Espada bateu na mão de Heroína, que estava estendendo a mão para outro pedaço de pão, e olhou para os quartos no segundo andar. Ele parecia preocupado com Sábia, que não havia acordado ainda.
— Bem, havia um monte deles!
— E o nosso grupo não tem a capacidade de usar Dissipar.
Isso significava que não podiam retornar fantasmas e mortos-vivos à terra. Em consequência, eles tiveram que cortar a cabeça do exército de Necromante, literalmente. Se o rei não tivesse pegado o grosso das forças inimigas, teria sido muito difícil.
— Seria tão bom se eu pudesse simplesmente limpar o caminho todo até o horizonte com um golpe!
— Pare com isso. Se pudesse fazer isso, seria terrivelmente perigoso.
— Acha?
Enquanto ela murmurava “Sério…?” e balançava as pernas, Heroína passava sinceramente a impressão de uma garotinha. Mestre da Espada achou difícil de acreditar que ela era a heroína, no melhor sentido. Tudo o que ele fazia era manejar uma espada, mas ele queria ajudá-la se pudesse.
— Ah, ei, eu tive um sonho estranho.
— Um sonho?
— É. Os deuses, sabe? Eles estavam como: Vá para aquela cidade.
Mestre da Espada parou por um momento quando ela disse isso. Ele não tinha conhecimento de tais magias ou segredos divinos. Sua compreensão se estendia à “mate isso, apunhale aquilo”.
— …Isso é um Oráculo, uma ajuda.
A voz suave veio de cima.
Uma garota com um sobretudo segurando um cajado desceu pelas escadas, esfregando os olhos. Sábia, uma das maiores conjuradoras desse mundo.
— Bom dia! — Heroína acenou para ela, e Sábia respondeu com um aceno de cabeça. Ela puxou uma cadeira e se sentou. Heroína entrecerrou os olhos de felicidade com a visão familiar dos três ao redor da mesa.
— …Que tipo de cidade?
— Hmm. Será que eles estavam tendo um festival? Havia essa… espécie de luz esquisita.
— Isso é tudo?
— E havia essa grande tempestade, tipo bruah! Talvez tivesse sido um gigante?
— …Eu tenho um palpite.
Sábia murmurou uma ou duas palavras para criar uma magia e retirou um velino arredondado do nada. Mestre da Espada não tinha ideia do que estava acontecendo, mas ela ocasionalmente fazia coisas assim. Esticado na mesa, acabou por ser um mapa da fronteira. Sábia apontou para um certo lugar com a ponta do seu cajado.
— …Aqui.
— Muuuuito bem!
Heroína formou um punho justo quando a garçonete chegou com sua comida, dizendo “desculpe pela demora”.
— Quer alguma coisa? — perguntou Mestre da Espada, e Sábia respondeu sucintamente:
— Um omelete.
Heroína riu enquanto ela colocava molho de tomate generosamente em seu ovo frito.
— Acho que já sabemos onde a nossa próxima aventura será!
Era certo: aventuras ocorriam por todo o lado nesse mundo.
Tradução: Kakasplat (3 Lobos)
Revisão: JZanin (3 Lobos)
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