Um fio único de fumaça trilhava pelo céu pálido.
Poderíamos o rastrear abaixo para encontrar a sua fonte, uma fazenda pequena de topo de colina.
Especificamente, um edifício pequeno de tijolos à margem da fazenda.
A fumaça da chaminé subia pelo ar como uma pincelada ascendente.
Uma moça estava no fogão da pequena construção, soprando vigorosamente enquanto limpava o suor de sua testa.
Sua pele tinha o brilho saudável de uma pessoa criada sob o sol. Ela era carnuda em todos os lugares que uma garota deveria ser, mas não era mole.
— Hmm… Dessa forma?
Vaqueira limpou a fuligem de suas bochechas com o pano que estava em cima do ombro do seu avental de trabalho e semicerrou os olhos, satisfeita.
Seus olhos brilhantes estavam fixados na carne de porco pendurada cuidadosamente dentro do galpão, visível pela janela.
A fumaça o envolvia, trazendo gradualmente a gordura, juntamente com um aroma irresistível.
Bacon defumado.
Todos os anos eles pegavam porcos que haviam engordado com bolotas e margaridas, e os defumavam assim.
Havia bastante carne de porco na pequena construção, e eles as deixariam defumar o dia todo. Eles manteriam o processo por vários dias; bacon era um produto de trabalho intensivo.
Costumeiramente, ele ajudaria nessa hora, mesmo que o fizesse silenciosamente.
— Bem, acho que quando se tem trabalho, se tem trabalho — disse Vaqueira a si mesma, depois riu como se isso não a incomodasse nem um pouco.
Ela o conhecia, afinal. Ele voltaria para casa em segurança, sem dúvidas, e então ajudaria como sempre fazia.
Essa crença vinha tão naturalmente a ela que quase não precisava pensar sobre isso.
— Arre!
Ela sentiu uma sensação boa se alongando enquanto se erguia, depois de se agachar por tanto tempo para ver o fogo.
Ela se pôs de pé, com os braços estendidos, os peitos fartos saltando, estalando as articulações e liberando mais um grande suspiro.
Quando ela levantou o rosto, uma coroa de luz se movia sobre a floresta escura amontoada no horizonte.
Alvorada. O sol. O início de um novo dia, embora de fato, o dia dela já estivesse bem encaminhado.
Para além da colina, os campos de trigo que se estendiam de ambos os lados da estrada apanhavam os raios do sol e brilhavam. O vento dobrava as plantações suavemente, criando ondas em um mar de ouro. O ruído dos caules não soava muito diferente do oceano.
Ou assim Vaqueira imaginava, de qualquer forma. Ela nunca tinha ido à beira-mar.
Logo, os galos da fazenda notaram a aproximação da manhã e começaram a cantar.
Suas exortações persuadiram as pessoas da cidade de seu sono, e fluxos finos de fumaça apareceram no horizonte. Havia bastante, embora fosse tão cedo.
A luz da manhã revelava quão vibrante e viva a cidade era.
Faixas se agitavam em cima de edifícios, flâmulas em forma de dragões ou deuses eram açoitadas na rajada de vento.
O mesmo vento foi até Vaqueira, roçando suas bochechas enquanto passava.
— Uau… — Ela tremeu um pouco com o frio.
O vento trazia uma sensação agradável contra sua pele suada, mas era mais desconfortavelmente frio do que fresco.
O sol se esforçava em se erguer pelo horizonte irradiado com uma luz tênue.
Era outono.
A estação da colheita havia chegado. O verão tinha terminado, e era hora para se preparar para o inverno.
Ambas a fazenda e a cidade ficavam movimentadas.
Vivas e prósperas, era uma das estações mais lindas do mundo.
Embora para Vaqueira, o mundo sempre foi bonito.
Ela sabia que todo mundo estava trabalhando duro, incluindo ele.
Contudo, ela também sabia que ele viria ajudá-la. E quando o fazia, sim!
— Vou preparar um pouco de ensopado com os nossos bacons frescos!
Primeiro, ela teria de garantir que ele estivesse cheio e descansado.
Só de pensar nisso seu coração se iluminou, e ela quase ignorou seu caminho de volta para a casa principal.
Afinal, caía também na hora do festival.
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O quinto goblin caiu por volta do meio-dia.
Uma pedra assobiou pelo ar e o apanhou na cavidade ocular, esmagando o osso e acertando finalmente o cérebro.
O goblin desabou onde estava com uma pancada seca.
O sol brilhava na entrada de um túnel que lembrava um massacre.
— ………Hmph.
Um guerreiro observava vigilantemente das sombras de algumas pedras nas proximidades.
Ele usava uma armadura de couro encardida e um capacete de aço de aparência barata. Em seu quadril se pendurava uma espada com um comprimento estranho, e um escudo pequeno estava em seu braço.
Esse guerreiro maltrapilho era Matador de Goblins.
Tudo o que ele tinha feito até agora foi subjugar os guardas, e ele já estava no quinto goblin.
Isso não queria dizer, no entanto, que ele tinha prejudicado muito seus oponentes.
Haviam se passado mais de duas semanas desde que os goblins tinham tomado a mina, que era a única fonte de recursos dessa aldeia.
Quem saberia quantos mais poderiam estar se escondendo além das garras da entrada desse túnel?
Algumas mulheres locais foram raptadas. Não havia se passado tempo o bastante para quaisquer crias potenciais fornecer reforços. Mas, reféns queriam dizer menos opções abertas para ele. E devido aos aldeões precisarem usar essa mina no futuro, truques envolvendo gás venenoso ou inundações também não eram úteis.
Presumivelmente, o número restante é menor que dez. Enquanto considerava, suas mãos colocavam agilmente outra pedra na funda.
Ele estava junto de um monte de terra escavada, onde não existia medo de ficar sem munição.
Com muita atenção ao campo de batalha era possível utilizar uma funda durante todo o combate.
— O-o que acha, Matador de Goblins, senhor?
Perto dele estava uma jovem donzela segurando firmemente um cajado de monge com as duas mãos.
Ela era franzina e bela, vestida com vestimentas simples, mas branquinhas. Era Sacerdotisa.
Matador de Goblins respondeu sem olhar para ela.
— Por “o que” você se refere…?
— Quero dizer, hum, o que te parece? O que faremos?
— Ainda não sei.
Enquanto falava, ele atirou outro projetil pelo ar.
— GOORB?!
Ele dividiu outro crânio de goblin, um que tinha se aventurado para investigar os corpos dos guardas.
— Seis.
O goblin caiu curvado para frente e rolou para o túnel. Matador de Goblins contou baixinho.
Era simples, atraindo semelhantes.
Não que os goblins “gostassem” uns dos outros em qualquer sentido significativo. Muito provavelmente, aquele que saíra só teve o seu dia de sorte e foi forçado a ir olhar.
Mas, o princípio era o mesmo: use inimigos mortos ou feridos como isca para atrair outros inimigos, depois mate-os.
Foi assim que ele tinha alcançado um total de seis mortes até agora. Ele recarregou sua funda de forma profissional.
— Mas, de qualquer forma, isso é um problema.
— Tipo…?
— Eles têm equipamentos.
— ……Ah.
Agora que ele havia mencionado isso, ela também pôde notar.
Embora fossem bem rudimentares, todos os goblins mortos usavam armaduras e carregavam armas.
Uma espada, uma picareta, uma clava, uma lança, uma adaga. Algumas produzidas pelos goblins, outras simplesmente roubadas.
— Eles não disseram que três mulheres jovens tinham sido raptadas? — perguntou Sacerdotisa, com desconforto evidente no rosto. — Temos que nos apressar… — Mesmo assim, ela não fez nenhum movimento apressado.
Haviam passado mais de seis meses desde que Sacerdotisa tinha se tornado uma aventureira.
Mais de seis meses desde que tinha escapado por um triz da morte naquela primeira missão. Meses no qual ela estivera cara a cara com a morte em batalha.
Ela ainda era apenas Obsidiana, o nono ranque, mas em muitos aspectos ela já não era uma amadora. Quando ela ouviu que os goblins haviam raptado uma aldeã, ela já não se apavorou.
Ou talvez ela tivesse simplesmente se tornado indiferente…?
A ansiedade, nascida da sua experiência crescente, se espalhou pelo seu pequeno peito.
Mais uma razão para ela fechar os olhos e agarrar seu cajado, rezando para a toda-compassiva Mãe Terra. Ela rezou para que os goblins mortos pudessem alcançar a felicidade pós-morte, e que as mulheres capturadas fossem resgatadas em segurança.
— O pedido demorou demais para chegar até nós… Ei. — Matador de Goblins esperou silenciosamente ela terminar suas orações, depois falou. — Você pode revistar seus corpos?
— Hã? — Ela ergueu a cabeça, surpresa, mas seus olhos só encontraram o capacete inexpressivo dele.
— Eu quero recolher seus equipamentos.
— Ah, hum… — Sacerdotisa não foi capaz de responder imediatamente, olhado para trás e para frente, entre os corpos e o elmo.
É claro, não era que ela estivesse com medo ou que os corpos fossem impuros. Goblin ou não, cadáveres ainda eram cadáveres.
Ela não condenaria qualquer ação que ele escolhesse tomar, mas poderia ela, um membro do clero, profanar aqueles corpos?
— Se não pode fazer isso, então me dê cobertura.
— Ah! Sim, senhor. — Sacerdotisa assentiu. — Se possível, eu preferiria…
Matador de Goblins não deu nenhuma confirmação, apenas partiu correndo de imediato.
Ainda no mesmo lugar, Sacerdotisa deu um suspiro. Ela continuava pensando que estava acostumada com isso, mas de alguma forma nunca esteve.
Suor se formou em sua testa apesar do vento cada vez mais frio. Ela estava incrivelmente alerta. Ela desejava que seus companheiros estivessem com eles, especialmente a elfa.
Embora todos eles fossem tecnicamente um grupo, eles nem sempre se aventuravam juntos. Era assim que as coisas eram hoje. Mas…
— Ai-ai…
Sacerdotisa se viu soltando outro suspiro.
Ela tinha muitas coisas em que pensar, muitas coisas para fazer.
Mas, Matador de Goblins continua obcecado por goblins…
Discutir coisas nem sempre seria produtivo, é claro, mas com ele você mal conseguiria sequer chegar nesse ponto.
— O-oops, preciso se concentrar…!
Ela voltou a si repentinamente, balançando a cabeça rapidamente.
Essa não era hora de se distrair.
Ela segurou o cajado embaixo do braço, preparando sua funda. Ela respirou fundo.
— Você… Você está bem?
— Sim.
A resposta leve, mas firme, flutuou até ela.
Matador de Goblins se aproximou dos cadáveres com o seu habitual passo despreocupado, mas ágil.
— Hmm… Como eu pensei — murmurou ele. — Mas não há tempo para olhar ao redor.
Ele não tinha qualquer utilidade para suas armaduras e capacetes. Ele saqueou uma espada, bainha e tudo mais da cintura de um goblin, pegou a adaga de outro e coletou a picareta de um terceiro.
Com os equipamentos furtados em mãos, ele foi de volta pelo mesmo caminho que veio.
— GORB! GRROOORB!!
— Matador de Goblins, senhor! Eles chegaram…!
Matador de Goblins seguia em frente enquanto Sacerdotisa disparava atrapalhadamente uma pedra com a funda.
Logo atrás dele, um goblin e seu hálito fedorento saíram da entrada da mina.
Os aventureiros não eram os únicos capazes de usar os goblins como isca. Os monstros sobreviventes provavelmente pensaram que tinham utilizado os corpos dos seus companheiros para atrair os humanos.
Mas, a pedra de Sacerdotisa acertou o goblin no ombro, e ele deu um grito alto.
— Ótimo.
Longe de Matador de Goblins permitir essa oportunidade ser desperdiçada.
Com uma velocidade contradita pela sua armadura completa, ele lançou alguma coisa por cima do ombro com a mão direita.
Era a espada de sua cintura.
— GBBR?!
Ela perfurou a garganta do goblin com um toc enfastioso. Matador de Goblins nem sequer tinha se virado para lançá-la. A espada que ele tinha roubado já estava em sua mão quando as costas da criatura atingiram o chão da caverna.
— Sete. Outros?
Matador de Goblins avançou entre as sombras das rochas, arremessando os prêmios no chão.
— Pelo que vejo — disse Sacerdotisa, inspecionando a entrada do túnel — nenhum.
— Muito bem.
Ele se focou rapidamente em ordenar as armas roubadas.
Ele prendeu a bainha vazia no seu cinto, a usando para embainhar a espada que segurava. A adaga, também, foi para sua cintura.
Tratar os goblins como um arsenal era a sua estratégia clássica.
— Estamos indo.
— O quê? Indo?
Agora reequipado, Matador de Goblins se pôs de pé.
Sacerdotisa, ainda agachada, pestanejou para ele com perplexidade.
— Achei que essa mina só tinha uma entrada.
— Tem. De duas semanas atrás. — Matador de Goblins levantou a picareta e a esticou para ela.
— Que!
O movimento casual foi fácil de se confundir com um ataque.
Sacerdotisa olhou com reprovação para o capacete.
— Matador de Goblins, senhor! S-seja cuidadoso com isso!
— Olhe.
— O que devo ver aqui…?
Intrigada, ela se inclinou obedientemente para a picareta, analisando atentamente.
Estava bem usada, velha e suja, provavelmente deixada na mina. Suas extremidades estavam desgastadas pelo uso implacável. Elas exibiam manchas carmesim-escuras… e partículas de terra.
— …?
Sacerdotisa sondou a terra com a ponta do seu dedo branco. Ainda estava úmida, novíssima.
— Matador de Goblins, senhor, o que isso quer dizer…?
— Sim.
Matador de Goblins assentiu e colocou a picareta no ombro.
Ele estava bem ciente que os goblins não tinham conhecimentos de metalurgia.
Eles não cavavam buracos para encontrar recursos; pelo menos, ainda não.
Isso só poderia significar uma coisa.
— Eu cavaria um túnel lateral e planejaria um ataque surpresa.
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Ele acabou por ter toda a razão.
Matador de Goblins partiu para o lado da montanha anteriormente intacto.
Mas agora, eles encontraram um túnel novo, juntamente com goblins rastejando para fora do buraco como vermes.
Todos eles estavam sujos de lama, cansados e claramente aborrecidos… em outras palavras, uma oportunidade perfeita.
— GUAAUA?!
— Oito.
Matador de Goblins lançou calmamente a picareta, reivindicando sua próxima vida. A ferramenta poderia estar desgastada, mesmo assim, era afiada o suficiente para quebrar o esterno da criatura e perfurar seu coração.
Com a visão do seu companheiro caído, os outros goblins começaram uma barulheira terrível.
E quem poderia os culpar? Era de se esperar.
Esses caras tinham ido em raides no qual era seus equivalentes à noite, e então eles foram forçados a cavar esse túnel de emboscada.
Eles não conseguiram dormir, cheios de fadiga e os goblins superiores estavam estalando o chicote atrás deles. Foram-lhes informados que suas recompensas seria uma jovem sacerdotisa, mas eles pensavam que quando seu turno chegasse, eles não a achariam muito diferente de qualquer outra prisioneira. Naturalmente, tudo isso minou a moral deles.
Matador de Goblins preferia o “crepúsculo”, mas a “meia-noite” também funcionaria.
Caso contrário, qual seria a importância dessa tática?
Matador de Goblins fez rapidamente um balanço dos goblins, jogados em confusão pela sua emboscada.
— Uma lança, uma picareta, duas clavas, nenhum arco ou conjuradores.
E só dois aventureiros.
— Vamos — disse ele.
— S-sim, senhor!
Assentindo, Sacerdotisa o seguiu o melhor que pôde.
Ele nunca tinha e nunca seria tão tolo a ponto de jogar fora a iniciativa que adquiriu com um ataque surpresa.
Matador de Goblins avançou como uma flecha no inimigo enquanto Sacerdotisa erguia alto seu cajado.
— Ó Mãe Terra, abundante em misericórdia, pelo poder da terra conceda segurança para nós que somos fracos!
Uma área invisível deu a ele uma proteção adicional além do seu escudo, repelindo as lanças dos goblins que finalmente se recompuseram.
Esse era o milagre de Proteção.
— GRRORG?!
— Nove… Dez.
Matador de Goblins nunca parava de se mover.
Sua espada moveu rapidamente quando eliminou um goblin com lança, depois abriu a garganta daquele com a picareta.
Sacerdotisa coordenou com Matador de Goblins sem sequer uma única palavra entre eles.
Isso era o resultado de meio ano juntos. Segurando seu cajado com uma das mãos, ela preparou a funda com a outra.
— GOORB?!
A lança se dividiu em dois contra o campo de força, e o goblin, agora desarmado, logo encontrou uma espada em seu crânio.
Matador de Goblins nem sequer deu uma olhada quando a criatura caiu, miolos impregnaram a lâmina, mas com um chute, ele trouxe a picareta à sua mão.
Ele não gostava de armas de duas mãos, mas pelo menos seu escudo estava atado em seu braço. Ele não teria nenhum problema em brandi-las.
— Próximo.
Goblins eram monstros débeis, os mais fracos dos fracos; nada a se temer.
Eles gabavam do tamanho e inteligência cruel de crianças, talvez o monstro mais comum do mundo inteiro.
Sim… sem dúvida.
Lutando contra alguns deles ao ar livre, Matador de Goblins podia ver onde alguém poderia acreditar nessa reputação. Não era de se admirar que muitos aldeões durões tentavam se aventurar depois de expulsar algumas das pequenas criaturas de suas aldeias.
Um goblin veio até ele com um golpe estranho de clava, e Matador de Goblins o apanhou com ambos os braços, depois o seu coração, com a picareta.
Sangue imundo jorrou de sua ferida.
— GOOROROROGB?!
— Onze.
Ele nem se preocupou em perder tempo puxando a picareta de volta. Ele simplesmente a deixou cair com o cadáver.
Enquanto ele se virava para o último goblin, uma pedra passou zunindo.
— Hi… yah!
— GBBOR?!
O goblin berrou estupidamente quando a pedra se chocou em sua bochecha com um som seco.
A criatura caiu. Matador de Goblins saltou nele sem hesitar e enfiou sua adaga em seu coração.
— Doze.
Ele deu uma torcida violenta com a lâmina para ter certeza, então pressionou o goblin até ele parar de se contorcer.
Por fim, ele expirou.
Quaisquer que fossem as vantagens que alguém pudesse ter, não havia tempo para relaxar quando em menor número.
Mas, por fim, houve uma calmaria.
— Hum, Matador de Goblins, senhor? — Sacerdotisa se reuniu com ele, olhando em sua bolsa por um odre. — Quer algo para beber?
— Sim.
— Tome.
Ele pegou casualmente o saco de couro, feito com o estômago de um animal de fazenda. Ele retirou a tampa e bebeu pelo seu visor aberto.
Sua longa relação tinha levado Sacerdotisa preencher a pele com um vinho tinto diluído.
— Precisa ter certeza de ter o suficiente para beber.
— Verdade.
Tanto quanto poderia dizer, ele estava mantendo uma boa condição física… à sua própria maneira. Ainda assim, parecia ser só o mínimo necessário.
Acho que seria estranho dizer que estou tentando cuidar dele…
Embora ela acreditasse certamente que ele era alguém que valia a pena cuidar.
Glub, glub. Enquanto ele bebia, ela pensou.
— Foi um bom disparo — murmurou ele.
Ela não captou imediatamente o que o comentário queria dizer e lhe deu um olhar confuso. Mas ela logo se deu conta de que ele estava falando da funda.
— Ah… tenho praticado.
Ela formou um punho em frente o seu pequeno peito e assentiu firmemente.
Não que ela tivesse algum orgulho em aprender artes mortais. Mas, de certa maneira, ela estava fazendo isso para ajudar pessoas, por isso, talvez se poderia considerar uma das suas provações.
Se ela estivesse completamente indefesa diante do perigo, só seria um fardo para seus companheiros. Ela tinha começado a aprender a funda apenas para se proteger, mas a arma provara ser notavelmente versátil.
Matador de Goblins terminou de beber obstinadamente e recolocou a tampa.
— Bom trabalho.
…Oh!
Ele lançou as palavras casualmente, mas elas fizeram o coração dela palpitar.
Suas bochechas, todo seu rosto, ficaram repentinamente quentes.
Ele… acabou de me elogiar, não é?
Ela dificilmente poderia pedir a ele para repeti-las, por tão incomum que foram.
Mas Matador de Goblins continuou a falar como se nada de estranho tivesse acontecido.
— Nós reduzimos seriamente seus números. Há provavelmente só dois ou três restando, incluindo o hob.
— Um… Um hob…?
A voz de Sacerdotisa se atenuou, não satisfeita com esse cenário.
— Não vimos nenhum totem — disse Matador de Goblins com um pequeno aceno, estendendo calmamente o odre para ela. — Aqui, beba.
— Hã? Ah…
Sacerdotisa o aceitou com uma certa hesitação. Ela tocou seus lábios cuidadosamente com o indicador esbelto e pálido.
— C-certo…
Matador de Goblins ignorou a relutância dela em colocar seus lábios no odre. Em vez disso, ele usou os trapos esfarrapados do goblin próximo para limpar a gordura de sua adaga, depois a retornou ao seu quadril. A próxima foi sua espada, ainda enfiada na sua vítima.
Ele se apoiou contra o cadáver e extraiu a lâmina, verificando o fio e limpando a sujeira antes de embainhá-la.
Ele confirmou o conteúdo de suas bolsas, o estado dos seus equipamentos e finalmente assentiu.
— Está pronta?
— Ah… sim, senhor.
— Então vamos.
Um hobgoblin. Dois guarda-costas. Quinze monstros ao todo.
O que lhes aconteceu não foi difícil de imaginar.
Surpreendentemente, havia uma pequena luz entre tal escuridão; todas as mulheres estavam seguras.
Mas, como elas iriam encontrar a felicidade de novo depois de serem violadas por goblins?
Sacerdotisa não conseguia imaginar.
Tradução: Kakasplat
Revisão: JZanin
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