— Você terminou de limpar?
— Aaaai!
— Estávamos todos explorando o sótão juntos, senhor.
As duas estavam cheias de orgulho e esperando algum elogio.
— Ótimo trabalho — disse a elas, acariciando suas cabeças; as duas fizeram caretas e riram. — A propósito, o que vocês duas estão carregando?
Em resposta, ambas estenderam seus objetos para mim.
— *Preeey*!
— Olhe para isso, mestre!
Ao meu lado, a Srta. Sara não conseguia resistir dar uma olhada ela mesma.
— Whaah!
Ela soltou um gritinho fofo e agarrou meu braço direito contra seu peito.
Assim como eu pensei, provavelmente eram pequenos. Pode até estar chegando em um tamanho médio.
Evidentemente, os ratos mortos nas mãos das meninas a assustaram.
— Como você ousa expor a Srta. Sara a essas coisas! — A Cavaleira Moça deu um grito raivoso atrás de mim, e a ouvi começando a desembainhar sua espada.
— Um momento, por favor.
Eu me virei para proteger as crianças, estendendo minha mão livre para detê-la.
Foi total coincidência que acabei quase abraçando a Srta. Sara, que ainda estava agarrada no meu braço.
Talvez fosse um presente divino do sortudo deus lascivo.
— Seu vira-lata insolente! Afaste-se da Srta. Sara!
A indignada Cavaleira Moça balançou sua espada na minha cabeça.
Sua intenção parecia ser apenas me atingir com a parte sem lâmina, mas um golpe de um objeto de aço naquela velocidade provavelmente ainda seria um ferimento grave para a maioria das pessoas.
Abaixei-me em cima da hora para evitar a espada.
— Oh meu!
Juro pela minha vida que não estava planejando bater de cara no peito da Srta. Sara enquanto caía.
Sacudindo da felicidade momentânea que envolveu meu rosto, rapidamente me afastei da Srta. Sara e pedi desculpas sinceramente.
— Sinto muitíssimo, Srta. Sara.
— N-não se preocupe… eu sei que não foi de propósito.
A Srta. Sara me perdoou com apenas um leve vermelho de vergonha em suas bochechas, mas seus subordinados não pareciam tão generosos.
— Fique atrás de mim, Srta. Sara.
A Cavaleira Moça parou na frente de Sara, apontando sua espada para mim.
— Por favor, guarde a espada, Ina.
— Mas…
— Ina. Abaixe-a.
— …Tudo bem.
Depois que a Srta. Sara e o Cavaleiro Cara insistiram, a Cavaleira Moça relutantemente guardou a espada em sua bainha.
— Mestre, Tama e eu fizemos algo errado, senhor?
— Bem, algumas pessoas não gostam de ratos, então é melhor não mostrá-los aos outros sem avisar, ok? — Gentilmente expliquei para as crianças com lágrimas nos olhos.
— Eu entendo, senhor. Desculpe por assustá-la, senhora.
— Nós nos desculpamos.
As meninas se curvaram com pesar, e a Srta. Sara aceitou suas desculpas com um sorriso gentil.
Na entrada do quartel, as crianças que estavam limpando com Pochi e Tama estavam espiando.
— Isso foi uma grande surpresa. Mas agora está tudo bem.
A Srta. Sara notou-os e gritou gentilmente, e uma a uma as crianças se aventuraram em nossa direção.
— Senhor Visconde, limpamos tudo.
— Está bom e limpo agora.
— Trabalhamos muito duro.
Uma após a outra, as crianças de idade do ensino fundamental se juntaram à multidão ao meu redor.
— Ótimo trabalho, pessoal — disse a eles. Enfiei a mão no Depósito pelo bolso e entreguei a todos um doce como recompensa pelo trabalho duro.
Caminhamos com as crianças em direção ao quartel onde elas estavam morando e que tinham acabado de limpar. Este era o lugar onde os soldados do Ducado de Ougoch ficariam.
— É divertido morar aqui?
— Sim! Tomamos café da manhã e jantamos todos os dias!
— Tem até carne seca de vez em quando!
As crianças mais velhas responderam com entusiasmo à pergunta da Srta. Sara.
Eu queria dar a eles comida de melhor qualidade para comer, mas mantive esse impulso para evitar aumentar demais as expectativas para suas vidas quando deixamos o Baronato de Muno.
Sim, eu sei que acabei de dar guloseimas por terminarem o trabalho, mas me dê uma folga.
Ao nos aproximarmos do quartel das crianças, o cheiro de peixe cozido no vapor e ervas frescas pairava no ar.
— Cheira beeem?
— Cheira a sasakama, senhor!
— E o que poderia ser sasakama? — Incapaz de prosseguir, a Srta. Sara olhou para mim pedindo ajuda.
— É um peixe em cubos finos cozido no vapor com ervas e grelhado na forma de uma pequena tábua.
Ao contrário dos peixes que comemos rio acima, nossas capturas no rio em frente à Cidade de Muno estavam bastante sujas, então as cozinhamos no vapor com ervas antes de moldá-las em uma forma oval e cozinhá-las. Sua única semelhança com o prato japonês sasa kamaboko era a forma oval, mas Arisa havia mencionado o nome. Ficou preso, daí sasakama .
Com a criação do sasakama, estávamos visando melhorar a comida na Cidade de Muno e, ao mesmo tempo, criar uma nova especialidade local.
Enquanto explicava tudo isso à Srta. Sara, chegamos à área próxima ao quartel onde um grupo de jovens preparava o prato anteriormente mencionado.
No centro do grupo estava uma jovem com roupas de empregada ensinando as outras.
— Mestre!
O Chamamento alegre veio de Lulu, com seu cabelo preto, olhos escuros e feições japonesas. Se houvesse, digamos, três dela, eu estaria disposto a apostar que sua beleza simples poderia conquistar um castelo, talvez até todo o sistema solar.
Se aproximou de mim, a saia índigo de sua roupa de empregada balançando na brisa. Eu projetei este protótipo com Arisa para parecer com algo que você veria em Akihabara.
Ela estava sorrindo tanto que se tivesse um rabo como o da Pochi, eu tinha certeza que estaria abanando.
— Caramba, ela é caseira.
— Pare com isso. É inapropriado para um cavaleiro do templo tirar sarro da aparência de alguém.
— Sim, mas…
Atrás de mim, os cavaleiros do templo cochichavam sobre Lulu enquanto ela corria em nossa direção.
Aprendi que os padrões de beleza no Reino Shiga eram muito diferentes do Japão; para eles, a incrível beleza de Lulu era repulsiva.
Era realmente uma coisa terrível que ninguém mais apreciasse sua aparência. Se eles tivessem falado alto o suficiente para Lulu ouvir, eu teria exigido um pedido de desculpas.
— Mestre, terminamos um prato de teste com bardana e cenoura. Posso pedir para que prove por nós, por favor?
— Sim, com certeza. Lulu, esta é Srta. Sara do Templo Tenion.
— E-é um prazer conhecê-la! — Perturbada, Lulu curvou-se apressadamente para a Srta. Sara.
Ver essas duas juntas foi como uma combinação beleza do paraíso de estilo ocidental e oriental. Se a dupla formasse uma unidade de ídolos, eu juro que elas poderiam dominar o mundo.
— Pareeece?
— Pochi seria *premist* não prová-lo, senhor.
Você quer dizer “negligente”, Pochi.
Tama e Pochi seguraram as mãos de Lulu e arrastaram ela de volta para o local onde o sasakama estava sendo cozinhado.
Acenei para a Srta. Sara e segui em direção às outras mulheres.
— Senhor Cavaleiro. — Quando nos aproximamos, um dos cozinheiros sasakama veio nos encontrar.
— Como tá indo?
— Graças a você, senhor, todos estão saudáveis, sem uma alma faminta ou congelada à vista.
Essa pessoa era a ex-diretora do orfanato, uma velha mulher com maneiras surpreendentemente boas para alguém das partes mais pobres da cidade.
— Como posso ser útil hoje?
Um tanto perplexa, a ex-diretora olhou para a Srta. Sara e os cavaleiros do templo atrás de mim.
— Não precisa se preocupar. Essas pessoas gentis vieram do Templo Tenion para uma visita.
Dei uma explicação simples, depois deixei o resto para a Srta. Sara.
— Uma chamada de simpatia, não é? Estamos certamente muito gratos por tê-la.
— Por favor, não precisa ser tão formal. Só vim na esperança de curar qualquer um que possa estar doente ou ferido. Posso pedir para você me mostrar o lugar? — A Srta. Sara sorriu calorosamente para a ex-diretora.
— Bem, você vê…— Hesitante, a ex-diretora olhou para mim.
— O que há de errado? — Sara nos observou um pouco duvidosa.
— Você vê, não há doentes ou feridos aqui.
— Por que não…? Eles foram colocados em quarentena em outro lugar?
Confusa, Sara aproximou-se da ex-diretora com uma expressão séria.
— Não é isso não. É só que o Senhor Pendragon tem…
— Ele o quê?
A intensidade de Sara estava claramente sobrecarregando a diretora.
— Ele usou poções mágicas para curar todos eles!
— Srta. Mia usou magia para curá-los também!
Um grupo de crianças escondidas na minha sombra entrou na conversa no lugar da ex-diretora.
— Poções mágicas?!
— Ele deu algo tão caro?!
Os dois cavaleiros do templo gritaram atrás de mim.
— Isso é verdade?
— É de fato. Dos mortalmente feridos aos imobilizados por ossos quebrados, dezenas de pessoas foram curadas graças ao generoso presente das poções do cavaleiro Pendragon.
Ouvir a ex-diretora contar, me fazia parecer um verdadeiro santo.
Eu queria curá-los, é claro, mas também queria testar a eficácia de minhas várias misturas mágicas.
O tratamento para doenças tão diversas variava de acordo com os sintomas, então a informação que eu tinha recolhido era promissora para o futuro. Em particular, descobri que praticamente qualquer doença venérea (que eram bastante comuns) poderia ser curada, desde que não estivesse nos estágios finais.
— Somado a isso, ele está até treinando aprendizes para que possamos ser autossuficientes no futuro.
— Meu Deus, que maravilha!
Os olhares de admiração da ex-diretora e da Srta. Sara me deixaram um pouco desconfortável.
Eu realmente não estava pensando tão à frente. Eu só queria um pouco de ajuda fazendo poções especiais.
Felizmente, uma voz alta ressoando nas paredes do quartel me resgatou dessa situação vergonhosa.
— Aí está vocêêê! Meeestre!
Arisa veio correndo em minha direção, seu cabelo lilás solto e desgrenhado.
Ela estava usando um vestido rosa e um cardigan vermelho-vinho, e tinha algo branco nas mãos.
O brilho em seus olhos violeta estava ainda mais brilhante que o normal.
— Cabelo violeta?
— Espero que ela não nos amaldiçoe…
Novamente, os cavaleiros do templo sussuraram atrás de mim ao vê-la.
Enquanto Arisa normalmente usava uma peruca loira enquanto viajava, podia sair normalmente com sua cor natural no Castelo de Muno, onde menos pessoas tinham tais preconceitos.
— Você não deve desprezar os outros com base em superstição.— Sara repreendeu os cavaleiros novamente.
— Olhe, olhe! É onigiri ! Aqui, eu vou te dar um, mestre!
Arisa alegremente me entregou uma bola de arroz branco.
— Onde você conseguiu arroz branco?
Eu levantei minhas sobrancelhas para Arisa enquanto aceitava a comida.
— Nos suprimentos de socorro do exército do duque! Então, obviamente, eu pedi para a chefe de cozinha, a Srta. Gert, preparar um pouco, e corri para encontrá-lo para que você pudesse comer um!
Arisa estava ofegante, seu rosto corado de excitação.
Ela deve ter corrido aqui do castelo, mesmo sendo terrível se exercitando. Fiquei surpreso que pudesse me rastrear assim.
— Obrigado, Arisa.
— Hee-hee! Eles dizem que a felicidade é para ser compartilhada!
Meus agradecimentos trouxeram um sorriso satisfeito ao rosto de Arisa, e sem mais delongas, ela mordeu o outro bolinho de arroz em sua mão.
— Delicioooso?
— Pochi também quer uma mordida, senhor!
Tama e Pochi olharam para Arisa com pena.
— Eu sinto muito. Eu só trouxe dois. Há mais na cozinha, então vamos buscá-los depois, tudo bem?
— Sim!—
— Sim, senhor!
Enquanto ouvia a conversa do trio, discretamente enfiei o bolinho de arroz em minha manga esvoaçante e o depositei no Armazenamento.
Eu estava animado por ter onigiri pela primeira vez em tanto tempo, mas não tanto a ponto de me esquecer e comer no meio do tour da Srta. Sara.
Ainda assim, não era um idiota que contaria a Arisa e estragaria seus planos. Não haveria tempo esta noite, mas talvez na manhã seguinte eu pudesse fazer alguma comida japonesa para complementar o arroz e dar a ela.
Depois disso, fizemos uma visita ao Templo Tenion na cidade, depois percorremos ao redor para inspecionar os campos de gabo em andamento nas favelas e nos locais de construção dos cortiços.
Naquela noite, o jantar foi servido na sala de jantar dos nobres no Castelo de Muno.
Os participantes do Baronato de Muno eram o barão; suas filhas, Srta. Soluna e Srta. Karina; Magistrada Nina; e eu, que deu cinco. Os participantes do Ducado de Ougoch eram a Srta. Sara, um padre, o belo oficial civil e oito cavaleiros do templo: onze no total.
Eu estava sentado na extremidade ao lado do Baronato de Muno, ao lado da Srta. Karina.
Como havia mais pessoas do Ducado de Ougoch do que caberiam de um lado, os jovens cavaleiros do templo estavam sentados perto de mim.
— Agora, então, vamos brindar à paz e prosperidade do Ducado de Ougoch e do Templo Tenion.
O Barão Muno ergueu sua taça e começou um raro banquete para o baronato.
No Reino Shiga, isso geralmente tomava a forma de cursos que eram apresentados um de cada vez, como no jantar francês.
A diferença, porém, era que a ordem tradicional de pratos do Reino Shiga era sopa, aperitivos, salada, frutos do mar, pão, um prato de carne e sobremesa.
Eu tinha ajudado nas receitas e no preparo, mas deixei o resto nas mãos habilidosas de Gert e seus chefs.
Sem dúvida, eles haviam preparado um banquete requintado para nós.
Primeiro, tigelas fundas de sopa chegaram na frente de cada pessoa.
— Ei, Heath. Sou só eu, ou é sopa salgada para a ceia de um lorde em vez de…?
— Silêncio, Ina. É inevitável em um baronato com escassez de alimentos.
— Eu suponho. E sinto o cheiro de algo bom lá atrás, então tenho certeza que os próximos pratos serão mais impressionantes.
Minha habilidade de “Audição Aguçada” pegou a Cavaleira Moça sussurrando com o Cavaleiro Cara próximo de mim.
Com bastante relutância, os dois mergulharam as colheres no caldo transparente.
No momento em que levaram as colheres à boca, congelaram completamente.
— …Delicioso! O que é isso?
— Não fale comigo. Deixe-me aproveitar minha sopa.
Em contraste com o grito surpreso da Cavaleira Moça, o Cavaleiro Cara manteve uma expressão estóica enquanto levava respeitosamente a próxima colherada à boca.
Reações semelhantes estavam ocorrendo em outros lugares.
As empregadas escondiam sorrisos com o feedback dos convidados do jantar, e eu sorrateiramente acenei com o polegar para cima.
— Nunca na minha vida provei uma sopa assim. O que quer que seja esse prato, por favor, pode me dizer?
— Vá em frente e diga a ela, Senhor Pendragon.
Surpresa, a Srta. Sara fez uma pergunta que a Srta. Nina desviou para mim.
— Isso se chama sopa de consommé. Pode parecer simples, mas na verdade é uma mistura notável de sabores de ingredientes diferentes.
Minha resposta soou como se eu estivesse repetindo algum crítico gourmet.
A Chef Gert do Castelo de Muno me ajudou a reproduzir esta sopa com base em minhas vagas lembranças. Era para ser de uma cor mais âmbar, mas ficou claro. Devo ter esquecido um passo em algum lugar.
Talvez seja porque usamos a magia de Mia para reduzir o tempo de cozimento, ou talvez eu não devesse ter usado “Transmutação” para extrair os sabores. Mas não causou nenhum problema além de disfarçar como sopa de sal, então eu não estava muito preocupado em fazer com que parecesse certo.
— Ei, você acha que podemos comer um segundo prato?
— Tenho certeza de que poderíamos, mas quanto a se deveríamos…
Eu ouvi os jovens cavaleiros conversando novamente.
A Cavaleira Moça parecia ter gostado da sopa especialmente, tal que ela chamou uma das garçonetes de pé contra a parede e pediu outro prato.
Até onde eu sabia, isso encorajou os outros convidados: várias outras pessoas repetiram o prato, e isso continuou até a sopa acabar.
Em seguida veio os hors d’oeuvres1Seria aperitivos, em francês, que vêm antes das refeições principais. Exemplo aqui constituídos de sasakama e queijo, com batatas fritas e chips ao lado. A textura única dos chips foi muito bem recebida. A combinação de sasakama e queijo era especialmente popular com os consumidores de cerveja.
Depois do aperitivo veio a salada, que consistia de finas fatias decorativas de salsão sobre folhas verdes com tiras de rabanete daikon organizadas para parecer uma pena no topo.
Ouvi alguém perguntando a uma garçonete sobre os molhos que vinham com a salada.
Tínhamos maionese e molho tártaro, que eram muito populares no Castelo de Muno, e um molho de laranja agridoce que era comumente usado no Reino Shiga.
Os adultos mais reservados escolheram o molho laranja, mas a maioria das pessoas pediu que os criados colocassem um pouco de cada tipo sobre suas saladas.
— Essa coisa branca é ótima. Eu nunca encontrei vegetais tão saborosos antes.
— O que é esse vegetal afinal? O branco transparente. Eu nunca tive uma textura como essa.
— Hmm, tem uma energia que combina bem com o molho branco.
Os cavaleiros continuaram conversando enquanto comiam a salada.
— Rabanete, você diz?! — exclamou o Senhor Keon, um cavaleiro do templo, após uma breve conversa com uma empregada.
Quando sugeri a salada de daikon pela primeira vez, o chef Gert me avisou que algumas pessoas na antiga capital desprezavam rabanetes.
— Isso era rabanete daikon? Mas eu comi tudo…!
— O boato de que comer rabanetes invoca orcs é apenas uma superstição, você sabe.
— Mas… daikon, entretanto!
— Quero dizer, eu nunca comi antes, mas estava delicioso. Você não gostou, Ina?
— Bem… Estava bom, mas…
A julgar pela conversa dos cavaleiros, as pessoas supersticiosas tinham um desgosto intenso pelo daikon.
Ninguém fez nenhuma reclamação, mas a reação foi mais forte do que eu esperava, então talvez fosse melhor guardar os rabanetes para quaisquer futuros convidados de jantar da antiga capital.
Nós não tínhamos pescado nenhum peixe realmente bom desta vez, então, em vez disso, tentamos fazer tempura para a porção de frutos do mar da refeição. O camarão foi o foco principal deste curso, com três tipos de tempura de vegetais também.
Molho de tempura normal o acompanhava. O sal é uma cobertura boa e tudo mais, mas desta vez eu queria tentar fazer uma variedade em particular.
— O que é essa coisa amarela rugosa?
— Não sei, mas aposto que é delicioso.
Claramente, ganhamos a confiança dos cavaleiros. Eu estava um pouco orgulhoso.
Observei as reações dos outros convidados enquanto levava um pedaço de camarão para minha boca.
Para minha primeira mordida, usei o molho de tempura com moderação.
A doçura fez cócegas na minha língua levemente junto com o revestimento crocante.
Quando meus dentes desceram sobre ele, eles alcançaram o corpo ligeiramente mastigável do camarão em uma sensação tentadora.
Mordi o camarão e comecei a mastigar.
As diferentes texturas misturadas na minha boca, com o molho adicionado aos sabores se misturando na minha língua.
Felicidade absoluta.
Eu mergulhei bem o segundo pedaço no molho de tempura, aproveitando o revestimento grosso.
Algumas pessoas podem ter desaprovado isso, mas eu acho que esse sabor profundo e grosso é um dos verdadeiros encantos do tempurá.
Fiquei aliviado que o tempurá feito com o local análogo das fatias de bife tenha saído bem. No fundo, eu estava preocupado que alguém pudesse ficar furioso por nos atrevermos a fazê-los comer uma coisa dessas.
Em seguida, o prato principal: costeletas fritas de vacas de pelo comprido.
Em vez de grandes pedaços de carne, eram pedaços pequenos que tentamos temperar de várias maneiras.
Havia três pedaços normais, um coberto com pimenta vermelha em pó e um frito com queijo.
Fiz questão de colorir cada cobertura para que os convidados pudessem diferenciá-los. Um molho tonkatsu grosso os acompanhava. Este era um tempero requintado que só recentemente aperfeiçoamos.
— Estes são crocantes e deliciosos também!
— Hmph, picante!
— Picante? Este avermelhado, você quer dizer?
— É picante, mas é bom. E o queijo sai do amarelado! Isso foi uma surpresa.
— Pô, não revele isso para mim. Eu poderia realmente ficar viciado nessa combinação de crocância e queijo grosso.
Se a troca dos cavaleiros era alguma indicação, eles estavam desfrutando completamente da refeição agora.
Eu pensei que comer dois pratos fritos seguidos poderia ser muito pesado, mas assim como a Srta. Gert e os outros chefs me garantiram, estava tudo bem.
Infelizmente para eles, não havia repetições para os alimentos fritos. A carne de vaca de pelo comprido era bastante rara.
— Oh meu! Então o prato final é panquecas?!
— Ho-ho, essas são a última moda na capital real, eu ouvi!
A Srta. Sara não pôde segurar uma pequena exaltação de alegria ao ver as panquecas decoradas com creme de leite fresco. O belo oficial ao lado dela parecia satisfeito também.
— É a mesma coisa branca de antes?
— Não sei se esse molho combinaria muito bem com panquecas…
— Quero dizer, eu nunca comi panquecas antes, e você?
Mesmo os nobres de classe baixa não comem panquecas, então? Talvez os ovos sejam caros ou algo assim?
— Delicioso… Isso é incrivelmente bom!
— Sem brincadeira. É ainda melhor do que os que eu tinha comido na capital real. E olha, tem dois bolos, com frutas fatiadas no meio!
— Eu me pergunto como eles fazem a coisa branca em cima? Gostaria de poder trazer um pouco de volta comigo.
— É tão doce e delicioso. Aposto que eles poderiam fazer algumas sobremesas realmente incríveis se trabalhassem em conjunto com os famosos confeiteiros da Cidade de Gururian.
Felizmente, o último prato parecia ser um sucesso também.
Eu definitivamente gostaria de experimentar aquela sobremesa que o Cavaleiro Cara mencionou.
Acrescentei comer bolo na Cidade de Gururian ao meu memorando de planejamento para o ducado.
Assim, o jantar terminou com suspiros de contentamento e inúmeros elogios dos convidados.
Depois disso, a convite do Barão Muno, a maioria dos homens foi para uma festa de bebidas no salão, enquanto as mulheres foram com sua filha mais velha, Soluna, tomar chá no salão.
Depois de mais ou menos uma hora, a reunião no salão estava ficando um pouco barulhenta.
— Senhor Pendragon! Você deveria vir e servir a família Lloyd!
— Peço perdão, Lorde Ipasa. Eu não iria caçando o terceiro nobre do Baronato de Muno se eu fosse você, a menos que você queira saber por que eles me chamam de Nina Sangue de Ferro…
Eles me apelidaram de “terceiro nobre” porque havia apenas três pessoas em todo o território com título de nobreza.
Esta foi a quarta vez que o guloso Lorde Ipasa tentou me recrutar como vassalo e a terceira vez que a Srta. Nina interferiu.
Enquanto eu sorria suavemente com a conversa do par, senti um puxão no meu ombro do assento atrás de mim.
— Você está ouvindo, Senhor Pendragon?
— Sim, claro.
— A maioria das pessoas passará a vida inteira sem encontrar um demônio, você sabe. A única diferença entre você e eu é que você teve a sorte de lutar contra um. Você entendeu?
Você chama isso de “sorte”? Gostaria de poder lhe dar o resto da minha sorte, então.
Eu realmente não disse isso, é claro. Nós japoneses somos especialmente bons nesse tipo de coisa, se é que posso dizer isso.
— Sim, você está certo.
— Não, eu acho que você não…
— Você bebeu demais, Senhor Keon.
— Por aqui, Senhor Pendragon.
Dois outros cavaleiros do templo entraram em cena para me resgatar do bêbado Senhor Keon.
Outro jovem cavaleiro do templo, Senhor Fulano de Tal, me conduziu até o canto da sala, onde o belo oficial e o Barão Muno estavam envolvidos em uma empolgante discussão sobre heróis.
— … e você já ouviu essa teoria? De acordo com esse mesmo livro, o rei ancestral Yamato continuou viajando para melhorar o mundo mesmo depois de abdicar, e então ele desenterrou a corrupção em vários territórios como o duque de Mitsukuni!
— Sim, eu ouvi.
— Oh! Afinal, você é um dos principais pesquisadores de heróis! Ainda assim, é impressionante que você saiba uma história que só circula entre os plebeus!
— Você me lisonjeia muito. Na verdade, a história das “Profundezas de Celivera” tornou-se tão famosa que a maior parte das pessoas acredita que o rei ancestral Yamato exorcizou o Rei Cadáver e o Vampiro da Origem antes de cair na batalha contra o Rei Ogro. É uma grande pena que apenas os plebeus conheçam a história das viagens que tomaram lugar depois.
— De fato. Nobres e cavaleiros preferem histórias de batalhas vibrantes, infelizmente.
…Eu não sabia o quanto disso era verdade, mas me parece que o rei ancestral Yamato viveu uma vida bastante emocionante e dramática.
Como os dois ficaram em silêncio por um momento, aproveitei a oportunidade para interferir.
— Vocês se importariam se eu ouvisse?
— Oh céus, que honra compartilhar contos de lendas com o herói da Cidade de Muno!
O belo oficial estava bastante bêbado. Sua maneira de falar estava ficando mais estranha a cada minuto.
Espere, quem você está chamando de “herói”?
— Eu me orgulho do meu conhecimento do rei ancestral Yamato, rivalizando apenas por sua senhoria o barão aqui. Por favor, pergunte-me qualquer coisa.
Na verdade, eu não tinha perguntas; Eu só queria ouvir histórias legais sobre um herói.
Mas eu não consegui dizer isso ao belo oficial civil enquanto ele enchia o peito com um orgulho infantil, então escolhi uma pergunta aleatória.
— Com que tipo de lorde demônio o rei ancestral Yamato lutou?
— Ah sim, o Lorde do Javali Dourado.
…Dourado?
Esse era o mesmo “Lorde Dourado” ou o que quer que seja que o demônio menor havia mencionado antes?
Ele estava falando sobre ressurreição também, então considerando que esse antigo lorde demônio pode reaparecer em algum momento, eu provavelmente deveria ouvir com atenção.
— Seu corpo brilhou com ouro que repeliu até mesmo uma Espada Sagrada, e seus sabres gêmeos mataram dois heróis… Sim, ele era realmente um lorde dos lordes demônios, dito ser o mais forte já conhecido. Até o rei ancestral Yamato caiu para ele duas vezes antes de finalmente derrotá-lo com a ajuda dos dragões voadores.
Claramente em seu conforto, o belo oficial falou por muito tempo.
Eu não tinha certeza do quanto seu testemunho bêbado poderia ser confiável, mas se fosse verdade, isso significava que havia pelo menos três heróis.
Se esse lorde demônio pudesse repelir até Espadas Sagradas, isso significava que ele era basicamente invencível?
— Hmm, devo fazer uma pequena objeção a essa visão. O lorde demônio mais forte não seria o Lorde Demônio Cabeça de Cachorro, que viajou pelo mundo destruindo deuses na mitologia antiga, ou talvez o Lorde Demônio Goblin, que forçou Parion a implorar ao deus dragão para invocar o primeiro herói?
— Hmm-hmm. Eu garanto que o Lorde Demônio Goblin talvez fosse mais forte, pois ele afundou até os barcos leves dos elfos e não pôde ser eliminado nem pelos deuses. Isso é verdade. No entanto! Eu discordo da sua sugestão do Lorde Demônio Cabeça de Cachorro.
— Mesmo que as escrituras de muitos templos relatem que sua força rivalizou com a de um deus?
— É verdade, eu certamente não nego seu poder. No entanto, este “Cachorro” não era de fato um lorde demônio, mas um descendente do Deus Demônio. Na verdade, agora acredita-se verdadeiramente que esta criatura seria mais precisamente chamada de “Deus do Mal da Cabeça de Cachorro.”
O oficial civil ficou ainda mais agitado, cambaleando enquanto falava.
Sim, eu realmente não precisava de informações sobre algum inimigo extraordinariamente forte.
E se eu fosse azarado e acabasse com eles sendo revividos um após o outro?
Eu particularmente não quero conhecer esse tal de Lorde Cabeça de Cachorro, ok? Vamos mudar de assunto…
— Existem registros de que nível o rei ancestral Yamato era?
— Há opiniões variadas, mas alguns textos, como o “Profundezas de Celivera” que mencionei antes, sugerem um nível sobre-humano de oitenta e nove.
— De fato. Entretanto, gerações sucessivas de heróis raramente ultrapassaram o nível setenta…
— Peço perdão, Barão Muno…! O primeiro herói do Reino de Saga era nível oitenta e oito. Você está sugerindo que um rei Shigan mais tarde falsificou essa informação para competir com ele?!
Acho que as nações também se tornam competitivas em mundos de fantasia.
A conversa deles estava ficando acalorada, então aproveitei a primeira oportunidade que vi para mudar de assunto novamente.
— Você poderia me falar sobre a Espada Sagrada do Rei Yamato?
— Você quer dizer a Espada Sagrada Gjallarhorn que ele criou?
O rei ancestral também fez aquela espada…? Essas lendas estavam começando a parecer inventadas.
Eu me perguntei se isso significava que a receita da Espada Sagrada que encontrei também veio dele.
— Ou você talvez quis dizer a Espada Sagrada do Paraíso presenteada ao rei pela deusa Parion?
— A última, por favor.
— Verdade seja dita, existem várias anedotas diferentes sobre a convocação do rei ancestral Yamato para o Reino de Saga, mas é teorizado que a espada que o rei empunhava na época era Durandal ou Claíomh Solais…
A Espada Sagrada Durandal estava na verdade guardada no meu Depósito.
— Bem, qual era a espada que o rei ancestral empunhava contra o lorde demônio?
— Essa seria Claíomh Solais! Há um verso famoso que diz assim: “Dance, Claíomh Solais, torne-se treze lâminas girando pelos céus…”
Depois de compartilhar uma descrição absurda da espada ridícula – que aparentemente ostentava uma função de teleguiada, a capacidade de se partir em lâminas menores e elasticidade – o belo oficial passou a explicar outras anedotas sobre o rei ancestral, e nos divertimos muito até que ele finalmente ficou inconsciente de tanto beber.
Com todas as informações que obtive, senti que poderia juntar tudo num livro inteiro sobre as aventuras de Yamato, o Herói.
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Quatro dias depois da noite da festa, quando a Srta. Sara e seu grupo estavam partindo, decidimos deixar também o Baronato de Muno.
A Srta. Sara já havia saído, e agora nossa carroça era a última a partir.
Não fomos os únicos pegando a estrada junto com ela; A Srta. Karina e seus subordinados também estavam saindo.
A filha do barão estava indo para a capital real pela antiga capital, a fim de entregar uma carta ao rei resumindo os eventos do ataque demoníaco no Baronato de Muno. Pelo que entendi, as únicas pessoas neste território com títulos dignos de um mensageiro do rei eram a Srta. Nina e o próprio barão, nenhum dos quais podia partir na hora.
Por essa razão, foi decidido que enviar um membro da família do barão seria a próxima melhor opção, e finalmente o dever recaiu sobre a Srta. Karina.
Parecia que um relatório para o rei já havia sido feito usando o Núcleo da Cidade, mas era considerado cortês para o lorde enviar um mensageiro para explicar pessoalmente.
Enquanto eu refletia sobre essa informação, Lulu me chamou do assento do cocheiro.
— Mestre, eu acredito que partiremos em breve.
De fato, o número de carroças partindo do estacionamento do Castelo de Muno havia diminuído bastante, e logo seria nossa vez.
— Satou, por favor, cuide da minha querida Karina.
— Com certeza. Estaremos nos separando na Cidade de Bolehart, mas até lá, você certamente pode contar comigo.
Sorri tranquilizadoramente para o preocupado Barão Muno.
A Cidade de Bolehart era o domínio dos anões no Ducado de Ougoch. Eu ainda tinha que conhecer um anão, um dos habitantes mais famosos de qualquer mundo de fantasia, então estava muito animado pela visita.
— Você sabe que pode voltar aqui depois de acompanhar a Srta. Karina para seu destino, não sabe?
— Temo que isso não seja possível. Nós precisamos levar Mia de volta para a Floresta Bolenan.
O comentário da Srta. Nina foi improvisado, mas sério, então eu respondi com sinceridade.
Ela também me deu uma carta de apresentação para vários aristocratas influentes, assim como algumas cartas pessoais que ela me pediu para entregar.
— Eu gostaria que você deixasse pelo menos a Srta. Arisa comigo. Sem ela, minha carga de trabalho está prestes a dobrar.
— Ah, eu não poderia! Eu simplesmente não suporto viver a menos que esteja ao lado da minha querida. — Arisa apareceu do nada para responder à reclamação da Srta. Nina.
Eu gostaria de me opor a toda a parte da “querida”, mas essa era uma prática padrão para Arisa. Eu apenas fingi não ouvir.
Arisa estava olhando para mim esperançosa, claramente esperando que eu a rebatesse, mas ela teria que esperar.
Mais importante, eu estava um pouco preocupado com as empregadas que estavam se aproximando lenta mas seguramente.
Todas estavam com as mãos no peito e me olhavam com lágrimas nos olhos.
…Ummm?
Eu não tinha tocado em nenhuma delas, mas elas estavam olhando para mim como uma ninhada de cachorrinhos abandonados.
— Por favor, não vá, Lorde Cavaleiro Hereditário.
Uma das empregadas, uma ruiva magra, correu para a frente com um grito e agarrou-se a mim.
Infelizmente, ela estava um pouco sem volume.
Ela abriu as comportas, enquanto uma onda de empregadas veio em cascata em minha direção para me abraçar e tentar me impedir de sair.
Algumas delas até tentaram beijar minha bochecha ou minha testa. Se eu fosse um lolicon, este provavelmente seria um momento para se lembrar.
Em vez disso, graças ao entusiasmo das empregadas mais jovens, perdi minha chance de ter um pouco de intimidade com as adultas bem proporcionadas.
Arisa e Mia me chutaram por trás em protesto (“Chega de desmaio!”), mas eu as ignorei.
— Senhor Cavaleiro, por favor, fique aqui para sempre!
— Sim! Quem fará crepes se você se for, meu senhor?
— Esqueça os crepes! Não podemos provar mais um pouco daquele frango frito?
— Não, case comigo e cozinhe para mim para sempre!
— Pelo menos deixe a pequena Tama com a gente!
— O que você está dizendo? A Pochi é muito mais fofa!
— Eu quero ouvir a música da Srta. Mia para sempre…!
…Então, pelo menos metade das razões para querer que eu ficasse eram relacionadas à comida. Eu nunca soube que tinha capturado seus estômagos tão completamente.
…Oh?
Senti um puxão familiar em minhas pernas, então olhei para baixo para ver Pochi e Tama.
Por que eles estavam pendurados em mim assim?
Estavam olhando para mim intensamente, seus olhos brilhando. Elas achavam que todo esse empurrão era algum jogo novo?
A empregada-chefe bateu palmas rapidamente, tirando a atenção de suas subordinadas de mim.
— Todas! Entendo que estamos todas tristes por ver o Senhor Cavaleiro partir, mas vocês não devem incomodá-lo tanto.
— Isso mesmo. Além disso, ele fez um bolo para nós que está na sala de jantar agora. Uma vez que terminarem seus trabalhos, podem vir e ter um pedaço cada uma.
Com este anúncio da Chef Gert, todas as empregadas fugiram de mim como a maré vazante.
… Vou admitir que isso machucou um pouco meus sentimentos.
— Você ainda não tomou café da manhã, certo? Pode não estar à altura da sua cozinha, Senhor Cavaleiro, mas, por favor, pegue isso se desejar.
— Muito obrigado. Tenho certeza que está delicioso.
Aceitei o almoço embalado que a chef Gert me entregou e o passei para Lulu no estande do cocheiro.
— Você está saindo? Se você se cansar de viajar, por favor, volte a qualquer momento.
— Depois de treinarmos na Cidade Labirinto por um ano ou dois, eu prometo que voltaremos um pouco.
Acenando para a Srta. Nina, embarquei na carruagem.
— Por favor, cuide da pequena Tama e Pochi.
O Barão Muno falou no mesmo tom que ele usou quando confiou sua própria filha a mim. Não, se posso dizer, foi ainda mais emocional.
Durante a nossa estadia, ele adorou as duas como se fossem suas netas, então não era surpreendente que estivesse triste ao vê-las partir.
— Não se preocupe, eu vou.
O barão ainda parecia preocupado.
— Está tudo beeem!
— Pochi está bem em qualquer lugar, senhor!
Tama e Pochi, que estavam ocupadas recebendo saquinhos de doces da Srta. Soluna, viraram-se para o barão e sorriram alegremente.
Ajudei a dupla a embarcar na carruagem, depois me juntei a elas para acenar pela janela para nossos amigos do Baronato de Muno.
Atrás do barão e companhia, o resto da equipe do castelo, assim como as crianças e idosos sob os cuidados do castelo, todos se reuniram para nos ver partirmos.
Claro, isso também incluiu a Srta. Soluna e o ex-herói falso, Hauto; Senhor Zotol; e os outros soldados.
Com Liza e Nana liderando o caminho a cavalo, nossa carruagem partiu do Castelo de Muno.
Despedimo-nos da nossa inesperada e acolhedora visita à Cidade de Muno e partimos para o Ducado de Ougoch.
Tradução: Nagark
Revisão: Bravo
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