Nana bocejou alto quando acordou e sentou-se na cama. Ela olhou para a brancura do lado de fora da janela e mesmo assim não conseguia ver nada além de neve.
Relutantemente, ela levantou-se de sua cama quente e vestiu o grosso casaco de inverno. Ao sair do quarto, ela viu tia Alda arrumando a sala de estar.
— Bom dia. — Nana murmurou.
— Ah, princesinha, você acordou. — Alda sorriu para ela — Quer tomar seu café da manhã? Já está pronto.
— Sim. — Nana se sentou ao lado da mesa de jantar e olhou pela sala, mas não viu seu pai — Onde está o papai?
— O Lorde Pinheiro saiu cedinho. — Alda respondeu da cozinha — Ele estava carregando sua arma de prata.
— Ah, é mesmo. — Nana sorriu.
Ele provavelmente foi para a muralha da vila praticar tiro de novo. — Nana pensou — Desde o dia em que ele conseguiu afugentar as bestas demoníacas com pistolas de pederneira, ele não largou mais, como se estivesse apaixonado por essa arma barulhenta e explosiva. Ele limpa o cano da arma todos os dias e vai para a muralha da vila praticar sozinho, sempre que tem tempo. Além disso, ele conseguiu que Sua Alteza fizesse uma pistola de pederneira exclusiva, barganhando com minhas habilidades de cura. Tudo isso é culpa de Sua Alteza que antigamente disse que longas armas de fogo são equipamentos padrão para caçadores. Se mamãe ainda estivesse por aqui, papai não sairia de casa todo dia assim.
— Aqui está o café da trial. — Alda colocou dois pratos fumegantes na mesa em frente a Nana — Ovos fritos e pão branco. Coma enquanto estão quentinhos.
— Obrigada.
O café da manhã geralmente é preparado antes que o papai saia de casa. — Nana suspirou incontrolavelmente — Por isso, tia Alda tem o cuidado de colocar a comida em cumbucas que ficam em banho maria, assim a comida fica sempre quentinha. Se fosse papai quem cuidasse de mim, provavelmente eu iria comer ovos fritos gelados e pães duros. Ah, se ao menos tia Alda pudesse se casar com papai…
Mas a jovem sabia que esse desejo tinha pouca chance de acontecer. Alda era a serva da família, enquanto seu pai era um nobre de Vila Fronteiriça. Até onde ela sabia das coisas, era difícil para um plebeu e um nobre se casarem.
Ela devorou o delicioso café da manhã, limpou a boca e disse em voz alta:
— Eu estou indo para o centro médico.
— Tudo bem. — Alda largou a vassoura que segurava, conduziu Nana até a porta, se abaixou, amarrou um lenço no pescoço dela e disse — Tenha cuidado na estrada, senhorita Pinheiro.
— Sim, tia!
Flocos de neve brancos cumprimentaram Nana quando ela saiu da casa.
Esta era sua rotina diária. De manhã, ela saia de casa para o centro médico. Ela tratava os pacientes, caso houvesse algum, ou praticava suas habilidades em animais. Ao meio-dia, ela almoçava com Roland no castelo, enquanto de tarde até a noite, ela permanecia no centro médico. Após sua jornada de trabalho, Nana voltava para casa. Ela era a única bruxa que não morava no castelo.
Embora o tempo no centro médico fosse um tanto tedioso, ela persistia nessa rotina porque queria que os pacientes recebessem tratamento o mais rápido possível. O sorriso e o calor das pessoas da vila também a animavam a continuar.
— Lady Nana, bom dia!
— Anjo dos Céus, indo ao centro médico de novo?
— O tempo hoje não está muito bom, então se cuide!
— Senhorita Pinheiro, você já tomou o café da manhã? Se ainda não tomou, gostaria de provar uma tigela de mingau de aveia quentinha que acabei de preparar?
Saudações como essas continuavam incessantemente toda vez que ela saia de casa. Era um grande contraste com sua vida há um ano. Suas irmãs afirmavam que ela era, atualmente, a bruxa mais popular de Vila Fronteiriça, ainda mais popular que Anna. Só que Nana não estava preocupada com um concurso de popularidade, embora estivesse feliz com a atmosfera atual. Todas as pessoas que ela havia tratado antes a cumprimentava carinhosamente, e isso a deixava extremamente satisfeita, com o coração leve e um sentimento de realização.
A irmã Anna estava certa. — Nana pensou — A única maneira de mudar o preconceito das pessoas é enfrentá-las com firmeza.
Quando chegou ao centro médico, um soldado do Primeiro Exército, que cuidava do portão, fez uma reverência e a cumprimentou.
— Olá, senhorita Nana.
— Bom dia, temos pacientes hoje?
— No momento, não. — O soldado respondeu — Mas suas amigas estão aqui.
Amigas? — Nana pensou surpresa — Será que é a irmã Anna?
Enquanto pensava em Anna, Nana correu toda animada para o segundo andar e abriu a porta, mas encontrou Lunna, Beija-Flor e Lily debruçadas preguiçosamente sobre mesa. Ao notá-la, as três imediatamente se levantaram e a cercaram.
— Ah, são vocês três.
— Haha, você está agradavelmente surpresa, né? Nós corremos até aqui só para te ver! — Lunna levantou os braços e exclamou.
— Lunna sugeriu que, em vez de descansar no castelo, seria uma boa ideia sair para passear. — Beija-Flor acrescentou.
— Vocês duas tem muito tempo livre, mas certamente eu não tenho. Eu ainda tenho muitas amostras de insetos para observar. — Lily, que estava de costas, lamentou — Nana deve estar muito ocupada também. Você acha que ela é como vocês?
— Ah, é mesmo? Ontem eu espiei e vi você cochilando na frente do microscópio. Com certeza você estava cansada do seu trabalho. — Lunna deu de ombros.
— Até parece!
Nana ficou um pouco desapontada por não ter sido Anna quem apareceu, mas ela rapidamente se recompôs. No momento, Anna era a subordinada mais ocupada de Sua Alteza e, naturalmente, não poderia passar tanto tempo com ela como no passado.
— Não, tudo bem, eu realmente tenho bastante tempo livre. — Nana riu — Obrigada por terem vindo.
— Coff, coff… bem, já que você tem um tempo livre, então ficarei aqui para acompanhar vocês. — Lily virou a cabeça — Não tem problema se eu deixar para observar os insetos amanhã.
— Então, o que vamos jogar? — Beija-flor questionou.
— O que mais poderia ser? — Lunna pegou um baralho — É claro que iremos jogar isso!
— Olha, Guerra contra o Proprietário pode até ser interessante, mas é um jogo de três jogadores.
— Não, não estou falando de Guerra contra o Proprietário. — Lunna balançou a cabeça com um sorriso maroto — Esse é um novo jogo que dá certinho para gente jogar em quatro pessoas. Ganha quem conseguir baixar todas as cartas primeiro. Eu aprendi ontem mesmo com o grupo da Andreia!
— Com aquele grupo de três bruxas de Ilha Adormecia que estão sempre jogando? — Lily disse com a mão na testa — Você já é devagar para aprender alguma coisa nova, e ainda perde tempo aprendendo coisas desse grupo… ai, ai, se você tivesse usado sua energia para aprender novos conhecimentos com Sua Alteza, com certeza seu progresso não seria tão devagar como é agora.
— Mas foi Sua Alteza quem ensinou a jogar esse jogo! — Lunna retrucou — Por que não é considerado parte do conhecimento de Sua Alteza?
— Além de você, provavelmente não há ninguém na União das Bruxas que pense assim. — Lily a encarou por um momento.
— Eu gostaria de aprender… — Beija-flor disse baixinho.
Nana observou a conversa e riu incontrolavelmente. Ela sentiu como se estivesse de volta aos dias despreocupados quando frequentava o colégio do professor Karl.
…
Com a companhia das três bruxas, o tempo da manhã, que geralmente era chato, passou rapidamente. Elas então foram ao castelo almoçar juntas, e depois Nana voltou ao centro médico sozinha.
Quando entrou no corredor, ela viu alguém inesperado.
Karl van Bate.
— Senhor Karl! — Nana disse surpresa — O que o traz aqui?
— Eu vim aqui para te ver. — Karl sorriu enquanto olhava para ela, e depois disse alegremente — Você… cresceu.
— É mesmo? — Nana abaixou a cabeça, como se estivesse envergonhada — Eu ainda estou muito longe da Anna.
— Todo mundo é diferente. Você tem seus pontos fortes. — Karl disse com uma risada — Ver você e Anna crescerem, além de observar as mudanças na vila, parece que não consigo mais ver as rachaduras.1É difícil lembrar todos os detalhes, certo? Então você pode conferir novamente lá no capítulo 10 o que são essas rachaduras que Karl está falando.
— Rachaduras? — Nana ficou confusa.
— Ah, nada, não é nada demais… eu estou apenas falando besteiras. — Karl balançou a cabeça — Eu costumava acreditar que deus havia abandonado este mundo, mas agora, eu sinto que ele continua cuidando de nós.
— Não, isso não é obra de deus. — Nana o corrigiu — Sua Alteza disse que estes são os frutos dos esforços de todos os seres humanos. Não foi o senhor quem construiu todas essas casas?
— Sim, mas sem uma origem, nada poderia ter acontecido. Naquela época, quando eu pensava que Anna estava morta, e você de alguma forma despertou como uma bruxa, eu estava completamente sem rumo. Pode ter sido um deus que ouviu minhas orações e respondeu ao meu chamado. — Karl disse em uma voz gentil — E deus nos trouxe Sua Alteza Roland.
Tradução: JZanin
Revisão: Kabum
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