Durante esses dias, Theo ficou em uma pousada na Cidade Real de Castelo Cinza, ansiosamente à espera da resposta de Vila Fronteiriça.
Uma muralha elevada dividia o interior da capital do reino em dois mundos distintos, e as pessoas eram rigorosamente controladas quanto à entrada e saída. Não importava se fossem aristocratas ou comerciantes ricos, qualquer pessoa só poderia entrar depois de passar por uma inspeção minuciosa dentro de uma pequena sala. Se tivessem algum sinal da doença, como febre, rubor ou manchas escuras, elas não poderiam passar. Caso Theo deixasse a cidade e retornasse após o pôr do sol, os portões já estariam trancados e ele teria que passar a noite na periferia.
Mas isso ainda não conseguiu evitar a propagação da praga demoníaca. Ontem ele tinha ouvido os rumores de que alguns nobres que viviam no centro da cidade também foram infectados. Caso a Igreja não tivesse distribuído o primeiro lote do Elixir Sagrado, Theo acreditava que os nobres logo começariam a evacuar da capital.
Seis dias depois de enviar a carta, ele finalmente foi informado pela Câmara de Comércio de Margaret que a resposta chegou. Ele apressadamente se dirigiu até o local combinado, que era uma loja de alfaiate e, assim que chegou, foi levado para o porão pelo funcionário. Dentro do porão, Theo encontrou a dona da Câmara de Comércio, que já estava o esperando há muito tempo.
Margaret estava sentada em uma mesa baixa, com uma jarra de água gelada colocada em sua frente, que continuamente emitia um ar gélido. Theo, que estava suando após andar apressadamente, sentou-se de pernas cruzadas no lado oposto, apenas para sentir, repentinamente, uma onda de brisa fria no rosto, o que imediatamente elevou seu espírito.
— Sua Alteza me pediu para entregar esta carta a você.
Com estas palavras, Margaret entregou a Theo um envelope feito de pele de carneiro. Theo examinou de perto o selo do envelope, e tudo indicava que a cera ainda estava intacta.
Theo estava impaciente e assim que abriu a carta, ele leu uma breve descrição do plano de operação, a notícia de que o Primeiro Exército havia se estabelecido próximo à capital, bem como as tarefas que ele próprio tinha que completar. Depois de ler cuidadosamente tudo novamente, ele colocou a carta no bolso, olhou para Margaret e perguntou:
— Sua Alteza solicitou mais alguma coisa de você?
— Não, ele só me pediu para enviar um mensageiro informando sobre a chegada da carta. Obviamente, uma vez que foi uma entrega expressa, há algumas cobranças extras, mas fique tranquilo, tudo isto já está na conta.
— Hehe, tudo bem. — Theo limpou a garganta — Sua Alteza Real quer que todos os refugiados sejam transportados para Vila Fronteiriça no menor período de tempo, então ele quer que você forneça muitos navios para um transporte ininterrupto, não apenas essas duas frotas.
— Mesmo se eles já estiverem infectados? — Margaret perguntou com grande interesse — Eu não acho que ele queira transformar toda a Região Oeste em uma zona morta, então… isso significa que Sua Alteza encontrou uma maneira de curar a praga demoníaca?
— Sim, ele encontrou. — Theo assentiu com a cabeça — Na verdade, já havia algumas pessoas infectadas no primeiro grupo que foi transportado. No momento em que as enviamos, a doença ainda não havia surgido, só quando se aproximaram de Vila Fronteiriça é que foi descoberta. Agora, um grupo já está vindo para cá, e toda a frota está sã e salva.
— Sua Alteza Real é realmente um homem incrível, até mesmo a Igreja não conseguiu apresentar um antídoto tão rapidamente. — Margaret exclamou — Então, quantos dias ele precisa para o embarque dos refugiados? Uma semana?
Theo levantou três dedos.
— Isso… impossível! — Por um momento, Margaret trial atônita, apenas para revirar repetidamente a cabeça logo depois — Mesmo que metade dessas pessoas morram, ainda haverá mais de cinco mil. Ser capaz de transportá-las dentro de três dias significa que eu precisarei preparar quase cem navios. Somente fazendo com que a Câmara de Comércio interrompa todos os seus negócios e traga todos os seus navios, é que eu malmente conseguiria cumprir tais condições. No entanto, se eu fizer isso perderei milhares de peças de ouro, ou mais. E estou contando somente as perdas materiais, pois a perda de clientes é algo que nem mesmo os motores a vapor seriam capazes de suprir. Então… acredito que só me resta recusar.
— Se todas as pessoas estiverem sentadas no convés, ao invés de ficarem deitadas nas cabines, o número de pessoas que um navio poderia transportar seria duplicado, no mínimo. — Theo insistiu — Além disso, não precisamos estar preocupados com o conforto delas, logo, até mesmo os navios de transporte de minérios poderão ser usados. Enquanto a escotilha de carga estiver aberta, um navio desse pode carregar cerca de duzentas pessoas ao mesmo tempo. Esse tipo de navio, seu velho amigo Hogg deve ter uma bela frota, não?
— Ele definitivamente tem vários navios desse tipo, na Cidade da Prata. — Margaret ainda parecia um pouco hesitante — Além disso, de acordo com sua conta, provavelmente seria possível reduzir o número de navios necessários para cinquenta. Mas… isso realmente não é um bom negócio.
Theo pensava da mesma maneira. A fim de reunir dezenas de navios no canal, o agendamento e a coordenação, por si só, seriam extremamente desgastantes. Além disso, as taxas dos aluguéis dos navios não iriam todas para o bolso de Margaret, e ainda assim a tarefa exigiria muito esforço e dedicação. Logo, como a recompensa não seria alta, esse não era um bom negócio. Portanto, Theo só poderia usar seu último recurso.
No final da carta, Sua Alteza escreveu uma frase curta “Se Margaret não estiver disposta a ajudar, diga a ela que Raio também está indo”. Esta linha deixou Theo intrigado.
Margaret tem uma relação especial com aquela garotinha adorável de cabelos dourados? Pela aparência dela, não parece ser assim… mas Sua Alteza deve ter suas razões para escrever isso. — Tendo pensado até aqui, Theo abriu a boca e falou devagar:
— Não há alternativas a não ser transportar os refugiados dentro de três dias. O que Príncipe Roland está fazendo é semelhante a arrancar comida da boca de um tigre. Se demorar muito, a Igreja provavelmente irá até a sua porta. Raio também está vindo nesta embarcação, e haverá perigo se descobrirem a presença das bruxas.
— O que você acabou de dizer? — Sua voz subitamente se alterou — Raio está vindo?
— A carta de Sua Alteza descreveu precisamente isto. — Theo tentou parecer o mais honesto possível — Provavelmente, ela está lá para guiar as tropas e oferecer um alerta com antecedência. Afinal, estamos atualmente nos domínios do novo Rei.
— Eu entendi. — Margaret levantou-se — Quando você precisa dos navios?
— Se não houver problemas, os navios devem estar preparados daqui a quatro dias.
— Eu farei o meu melhor para providenciar todos os navios necessários. — Margaret foi até a mesa ao lado, pegou a caneta e começou a escrever — Mas eu tenho uma condição, você tem que me contar a posição das tropas de Sua Alteza. De modo que, no caso de quererem entrar na cidade, eu possa providenciar quartos adequados para eles.
Realmente, parece que esse truque é realmente útil. — Theo pensou.
— Acredito que isto possa ser providenciado. — Theo ficou secretamente satisfeito — Além disso, eu tenho mais uma coisa com a qual eu precisarei de sua ajuda.
— Diga. — Margaret suspirou.
— Precisamos de um carregamento de barris de vinho. Quanto mais barris, melhor. Entretanto, eles não devem ser preenchidos com cerveja ou vinho, mas com água de rio ou de poço.
De acordo com a carta de Sua Alteza, a pessoa-chave para resolver a praga demoníaca é a bruxa Lily. — Theo pensou — Ela pode transformar a água comum em uma cura para a doença. Mas há uma falha perigosa no plano de Sua Alteza, se os ratos forem capazes de se aproximar do acampamento e saber que existe uma pessoa que consegue produzir continuamente o Elixir Sagrado, aposto que no dia seguinte, todas as pessoas na capital ficariam sabendo dessa notícia.
— Água de rio e água de poço? — Margaret levantou as sobrancelhas — Você tem certeza?
— Sim, esteja certa, Sua Alteza Real pagará por isso. — Theo disse rindo.
Para garantir a confidencialidade e segurança, Theo teria que pessoalmente transportar a água do campo do Primeiro Exército até a Capital Real. No caso de ele apenas transportar um cantil de água para curar a praga demoníaca dos fugitivos da Região Leste, além de ser problemático e dispendioso, sua eficiência seria extremamente baixa. Por isso, ele teve que apresentar um método que lhe permitisse levar a maior quantidade de água purificada possível de uma única vez.
Então, transportar a água em grandes barris por meio de carruagens, parecia ser uma boa escolha.
Tradução: JZanin
Revisão: Kabum
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