— Ela, que agora foi convidada para estar com deus, seu nome é…
Todas da loja estavam admirando Shequraso em seu funeral. Sob um céu resplandecente, ela sorria. Era seu mesmo belo rosto de sempre.
— Shequraso… — disse Lupe em meio a soluços.
Eu a abracei por trás. Seu cabelo macio continuava sempre agradável ao toque, tão macio… Enterrei meu rosto nele e também comecei a chorar.
A história oficial era que Shequraso perecera por uma doença. Ninguém na loja aceitou isso, e a família do mestre da guilda chegou até mesmo a protestar. Mas o Comandante de Esquadrão era tão poderoso e importante, sem mencionar que a unidade foi exterminada, então o assunto foi deixado de lado.
A loja também parou de aceitar encontros externos e “Visitas de Conforto” por um tempo. Quem se sentia mais responsável era a Cafetina. Ela chorou e pediu perdão o tempo todo, mesmo sem ninguém a culpar. Até eu disse que não era culpa dela. E ela só respondeu: “Obrigada por voltar em segurança”, e desabou em soluços.
O trabalho no ramo do sexo é com certeza cheio de tristeza. Todo mundo é frágil. Não é de se admirar que sejamos deixadas de lado logo que qualquer coisa acontece.
Mas quando pudermos nos levantar, vamos nos erguer.
— Shequraso…
Eu te amo. Fomos amigas até o fim, né? E mesmo agora somos, né? Então, agora…
Mesmo com tudo o que aconteceu, eu ainda precisava trabalhar. Somos mulheres que prestam serviços. Temos que sorrir para os clientes e manter nosso corpo perfeito.
— Entrem!
Como em qualquer outra semana, a loja estava lotada, então eu estava com pressa.
Mesas, arrumadas. Bebidas, repostas. Nada de errado com o chão, paredes ou teto.
Recentemente, dentre todas as habilidades, consegui a Carpintaria, então não posso deixar de notar qualquer falha nas construções.
Mas que habilidade mais roubada que eu tenho. Pergunto-me se deus vai dar as caras de novo algum dia. Juro que quero dar um soco nele.
— Haru, está quase na hora do show!
— C-certo!
Mas tenho que usar minhas habilidades para trabalhar direitinho neste serviço. Decidi que daria tudo de mim. Era como se eu fosse a única que pudesse salvar a loja. Mesmo isso sendo algo imprudente.
— U-uhh, obrigada por vir ao Gato Azul Noturno esta noite, todos vocês.
Niiiiinguém está ouvindo. A loja estava com a usual barulheira das conversas e ninguém estava prestando atenção em mim no palco, tocando meu instrumento parecido com um violão.
Parecia uma partida de futebol fora de casa. Mas eu não trabalho aqui? Será que não sou mais popular?
— Haru… — Lupe sussurrou para mim. — Você consegue — disse enquanto trabalhava de garçonete.
Quando prestei mais atenção, notei que o Sumô estava na mesa de sempre, parecia, por alguma razão, nervoso e enxugava o suor.
Respirei fundo e sorri. Mesmo se não pudesse ser tão legal quanto ela era, imaginei que devia sorrir como sempre.
— E-err… Bem, aqui vai uma música da minha cidade natal. O nome dela é “Toritetsu”.
Usando um pedaço de osso como palheta improvisada, comecei a dedilhar. Eu andei praticando, então o som foi muito bom.
— Vou tirar uma foto 7:52 DeHa 1000 ♪
Minha voz era tão desafinada que assustava até os atendentes dos karaokês, mas agora soava lindamente. Ninguém estava prestando atenção, só o Sumô e a Lupe, que pareciam até um pouco surpresos.
Nossa, fiquei até surpresa no começo. Digo, a habilidade do Comandante de Esquadrão Buffness era Cantar Super Bem — isso foi hilário. Eu devia ter feito ele cantar para mim antes de o matar.
Mas agora só a minha voz soava. Eu tinha confiança para deixar os clientes ouvirem. Minhas músicas seriam boas para os negócios. O único problema é que eu estava tão nervosa que não conseguia cantar direito…
Pensei que, uma vez que começasse, tudo acabaria bem, mas realmente não consegui lidar com essas coisas. A pressão que você sente em um show solo não é brincadeira. Sem ninguém que sabe o que está fazendo ao meu lado, fico super ansiosa. Eu nem sabia dizer se estava sorrindo direito ou não. Só sabia que estava vermelha de tanta vergonha.
Estou ficando louca. Eu queria ser aquela garota animada de sempre. Mas se eu fizesse algo errado, quem cantaria? Cantei, mesmo achando que minha voz estava tremendo.
— Quero tirar fotos de suas viagens para um outro mundo ♪
E o Sumô até começou a bater palmas acompanhando o ritmo da música. (Quem diabos faz isso?)
Ficou muito mais difícil para cantar agora. Isso não é uma luta de sumô!
E Lupe estava tentando convencer os outros clientes a fazer o mesmo. Isso não é um festival musical!
Agh, isso é tão difícil. Por quêêêêêê? Bem, com certeza é algo diferente. É divertido também. Shequraso, espero que você esteja sorrindo.
— Huh? Sem chances! O quê? Você está me dando isso?
Eu estava pensando no quanto o Sumô parecia estar nervoso, e no minuto seguinte ele apareceu com flores para mim, comemorando minha estreia como cantora. Um buquê com pequenas flores cor de rosa.
Sempre achei que as melhores coisas que poderia ganhar de um cara eram coisas práticas, como roupas e acessórios, e do Sumô, claro que esperava ganhar apenas carne. Foi a primeira vez que ganhei flores na minha vida.
— Ah meu deus… Estou tão… Feliz, de verdade mesmo…
Isso fugiu completamente do meu esperado, mas realmente fiquei super feliz. Achei que ia até chorar. Digo, chorei mesmo.
Eu tinha acabado de decidir que não desativaria ou ignoraria minhas emoções, então as lágrimas me pegaram meio desprevenida. Incapaz de segurar elas, fiz o Sumô ficar todo preocupado.
Por alguma razão, até a Lupe começou a chorar, era a mesma sensação de uma despedida, mesmo nossa vida estando apenas no começo, e os outros clientes começaram a bater palmas, mesmo parecendo que nem tivessem escutado nada.
Idiotas. Amo vocês.
— Ahh, nunca pensei que te ouviria cantando “Toritetsu”. Para ser franco, só garotas escutam isso, então não gosto muito, mas essa música é nostálgica. Oh, você pode cantar mais uma? “Okuhonzakura”. Meus amigos disseram que eu devia fazer uns vídeos cantando, então fiz isso por um tempo. Joguei na internet e não sei quantos inscritos consegui, mas muita gente gostou. Então, vamos cantar juntos?
Pensei que minhas flores fossem murchar. Quase deixei meu nariz escorrer.
— Por que infernos você está aqui?
— Só estou aqui. Não posso? Pensei que talvez você já tivesse se acalmado um pouco. Digo, não é como se fosse a primeira vez que você disse coisas sem sentido, então, pensando nisso, pensei que precisava te proteger, sabe? Heh-heh.
Chiba empurrou aquela coisa vermelha em sua cabeça para trás (agora parecia mais dura ainda) e corou.
— Não acredito nisso. Eu não tenho nada a ver com você.
Então, por que eu murmurava tanto o nome dele quando estava sendo estuprada por aquela centena de homens? Que merda de passado sombrio.
Eu devia desativar a Restrição de Nível… Devia dar um jeito nesse idiota…
— Oh, começou a chover.
A chuva caiu, parecia que chegou para refrescar meu coração.
Lembrei do olhar frio daquele cara. Desde que dormimos juntos, o homem de cabelos prateados não apareceu na loja nenhuma vez.
Eu me perguntava sobre o motivo. Eu me saí tão mal assim? Posso perder a confiança, sério. E quando estávamos acabando daquela vez, eu estava em êxtase, sou uma vergonha como profissional, mas…
Não. Ele com certeza estava do lado de fora da loja. Minhas habilidades de mulher, ou melhor, meu olfato, estava me dizendo isso.
Coloquei meu buquê de flores na abertura da franja de Chiba e saí correndo pela porta. Aquele cabelo prateado molhado se destacava mesmo de noite. Aquela altura dele envolvida naquele casaco comprido. Aqueles olhos terrivelmente afiados.
Era ele.
Meu coração começou a dar pulinhos.
— O-olá, boa noite. V-você não está ficando molhado com essa chuva toda? Venha para dentro da loja!
Ele olhou para o meu rosto e, sem mudar sua expressão, disse:
— Não quero nenhuma bebida. Só vim para te ver.
Huh? Como assim? Fiquei atordoada por um segundo e fiquei da mesma cor que polvo cozido. Uh, não posso fazer isso. Estou ocupada. M-mas talvez eu devesse falar com a Cafetina para tirar uma folga agora, e talvez eu devesse chamar ele para o meu quarto? Na verdade, seria a primeira vez que um cara entra lá sem pagar. S-será que ele quer deitar comigo de novo?
Foi tudo tão repentino, eu não estava preparada. Bem, meu corpo estava! Afinal, faz parte do meu trabalho.
Mas cara, esse homem está sempre dizendo coisas tão aleatórias mesmo continuando inexpressivo.
— Eu sabia que alguém como você apareceria em algum momento… Mas nunca pensei que seria você. — Ele franziu a testa. Isso era tudo um enigma. — Estou afogando em ódio. Não quero sua pena ou perdão. Também sei que todos vocês são de gerações diferentes. Evolução, mudanças, são coisas humanas… Humanos são criaturas que esquecem o passado. Para vocês, meu ódio não passa de uma simples história. Especialmente para vocês de outros mundos.
A chuva não parava de cair sobre seus cabelos e rosto. Talvez ele não pudesse sobreviver sem a chuva. Pensei que talvez ele não conseguisse nem chorar.
— Alguém aparecerá para acabar com a história. Independente do tipo de conclusão, tenho certeza de que será um final ruim para mim. Talvez quando isso acontecer, eu ficaria feliz por ter sido você. Foi o que pensei, então vim te ver.
Ele se calou e ficou olhando para mim.
Eu senti que devia dizer alguma coisa, mas realmente não entendi do que ele estava falando, então não consegui fazer nada. Não conseguia nem sorrir, então só olhei para trás, inexpressiva.
Então tive a sensação de que ele deixou um sorriso escapar.
— Da próxima vez, você me procura.
Isso foi uma proposta?
Mas sem nem mesmo me dizer seu endereço, ele me virou as costas.
— Ainda não pretendo parar. Se você vier, não vou fugir. Mas é melhor você continuar melhorando. Desse jeito nunca vai me alcançar.
Ele parecia derreter com a chuva e suas costas sumiram.
Por fim, eu vi ele, sem entender o que quis dizer ou meus próprios sentimentos. Tive a sensação de que fui rejeitada. Mas também senti que tinha recebido uma proposta.
Fiquei tão atordoada que me perguntei se estava mesmo bem. Talvez estivesse com medo de descobrir mais sobre ele. Talvez quanto mais eu me aproximasse, menos ele gostaria de mim. Tive a sensação de que estava entrando em conflito com algum tipo de solidão intensa.
Mas, falando sério, realmente gosto dele. Ele foi o único, dentre todos os caras com quem dormi, que não me deu nenhuma habilidade ou experiência.
Eu não tenho ideia do por que ele era o único, mas achei tão bom, e pensei que seria legal se tudo acabasse se transformando em um “milagre de amor” ou coisa do tipo.
Isso me deixaria tão feliz, pensei comigo mesma sob a chuva.
Assim que ele partiu, a chuva foi junto.
— Haru, o que você está fazendo? Você está encharcada!
— O que há com esse lenço vermelho brilhante? Por acaso você é um mágico de Ibaraki ou algo assim?
— Sou a mágica de Chiba! Err, e nem sou mágica! E também não nasci em Chiba! Nasci em Tóquio e vivo em outro mundo…
— Haru, use isso.
— Obrigada.
Phew, eu estava com frio. E Chiba é tão idiota.
— Aconteceu alguma coisa…?
Lupe parecia preocupada, mas eu disse que não tinha acontecido nada. O que mais eu poderia dizer? Não fazia ideia do que poderia acontecer. Isso era o amor de uma prostituta.
— Estou realmente no clima hoje à noite! O primeiro cara que me comprar receberá brindes e será enviado direto para o céu! Quem vai ser?
O que eu escutei caindo foi um alfinete?
O lugar inteiro ficou em silêncio. Assim que pensei que tinha estragado tudo de novo, todo mundo começou a rir e um monte de caras levantou a mão.
Eu valho cem rubers, mas as ofertas começaram e, num piscar de olhos, o preço passou de duzentos. Os perdedores ganharam um abraço de agradecimento de brinde, já que tentaram participar. Então todos ficaram prestando atenção até sobrarem apenas dois disputando.
— E-eu pago trezentos rubers!
— Certo! Então eu pago trezentos e cinco!
— Trezentos e dez!
— Nrrrrgh… Trezentos e quinze!
Eram Chiba e o Sumô. O que posso dizer? Acho que esses caras são os que sempre me compravam, então a disputa não mostrou nenhuma novidade.
Mas alguém devia ensinar o Chiba a dar lances. Ele não deu nenhum decente. Muito bem, vou fazer que eles me queiram. Vou forçar os dois para um verdadeiro ringue de batalha — hakkeyoi!
Eu estava pensando em bobeiras quando uma voz baixa e madura, mas ainda poderosa, soou.
— Mil rubers!
Afastado da confusão estava um homem sentado em uma mesa afastada.
Vai saber quando ele apareceu, mas esse vovô de cabelos e barba brancos segurou o dinheiro enquanto anunciava seu lance e apertou os olhos desafiando Chiba e o Sumô.
— Hm…? Qual o problema?
Mais do que o valor, todos foram pegos de surpresa pela presença dele, acho, mas ninguém disse nada. Usava um chapéu surrado que não valia nada, mas sua jaqueta de couro parecia bem feita. Botas velhas. E também carregava uma espada de cada lado do quadril, o que era raro. Eu já vi muita gente, mas ele foi o primeiro carregando duas delas.
Um tipo de velhote metido a punk? Não, era mais como se fosse confiança de um verdadeiro delinquente. Os cantos de seus lábios se curvaram.
— E então, garotinha, eu ganhei?
O Sumô olhou para dentro da carteira e sacudiu a cabeça. Chiba estava pálido e tremendo, hilário.
Abri os braços e cumprimentei o velhote.
— Vendida por mil rubers! Parabéns pela compra!
A primeira coisa que o velhote fez quando entrou no meu quarto foi sentar na cama. Como não tenho nenhuma cadeira, é óbvio que ele sentaria ali, mas acho que ele já estava acostumado a agir assim sempre que entrava no quarto de uma mulher.
— Não tem nada aqui.
A forma como ele não removeu as espadas, mesmo tendo tirado o chapéu, fazia parecer que estava acostumado a todo tipo de coisa.
Ele olhou ao redor do quarto, depois fixou os olhos em mim e perguntou:
— Está nesse ramo faz muito tempo?
— Mm, não faz nem um ano.
Soltei a abotoadura nas minhas costas e afrouxei o vestido.
Seu olhar parecia capaz de atravessar minha pele, mas seus olhos não me avaliavam como mulher; era mais como se fossem facas, facas extremamente afiadas. Ele parecia com o meu tipo de cara.
— Então garotinha, sabe o que é uma súcubo?
— Já me fantasiei de gatinha, mas…
Ignorando minhas palavras, o vovozinho colocou um dedo na têmpora e apertou os olhos.
— Uma súcubo é, bem, um tipo de monstro lendário. Simplificando, elas devoram homens. Começando pela cabeça de baixo. Elas sugam a vitalidade deles até secarem, e depois os possuem. Horrível, não acha?
Tirei aquela coisa segurando meus seios. Eu já estava bem confiante no meu busto. Ele cresceu. Mas, de qualquer modo, o velhote me ignorou.
— Não sei se é verdade ou não, mas dizem que há um monstro na cidade.
Tirei meu vestido e finalmente toquei na minha arma final, minha calcinha.
— O exército nem mesmo fez uma investigação adequada, mas estão assumindo que é um dos capangas do lorde demônio. Ouviram uns rumores, mas você deve saber, era a unidade daquele Comandante de Esquadrão. Eles não se depararam com nenhum demônio. E não foi o exército que eliminou aquela horda de demônios. Foi um monstro. Só existe um monstro capaz de tudo isso.
Sou tão orgulhosa da minha bundinha, mas quando mostrei para ele, ele nem piscou.
Será que você não veio ao tipo de estabelecimento errado? Aqui não é um asilo!
O vovô ainda estava absorto em sua própria história, e continuou contando como se eu fosse uma criança, gesticulando com os dedos indicadores.
— Se você contar o cadáver do Comandante de Esquadrão, que desapareceu, havia cem humanos. E também cem demônios. A maldita coisa estava contando! De que lado está esse monstro? Dos humanos ou demônios? Ele não teve simpatia por nenhum dos dois lados e tomou uma decisão imparcial. Declarou que ambos os lados não passam de merda.
Ele simulou uma luta entre os dois dedos polegares, mas nenhum deles saiu vitorioso, mas sim o mindinho.
— O culpado não passa de uma criança. É um monstro, mas por dentro não passa de criança. Está bêbado com o poder e acha que pode agir como deus… Um maldito pirralho com suas bobagens da puberdade.
Ele não olhou para o meu corpo nu enquanto falava, mas sim para o meu rosto.
— A chuva caiu sobre tudo, mas encontrei as pegadas de uma mulher. Ela foi e voltou em um cavalo. Partindo do quartel. Mas depois andou a pé pela cidade.
Havia pessoas que viram profissionais do sexo indo ao quartel algum tempo antes dos soldados partirem, ele explicou, seus olhos ficando ainda mais afiados… Ele estava me encarando sem parar, mesmo comigo totalmente nua e desarmada.
— O simples pensamento de um pirralho monstruoso vivendo em minha cidade e agindo como o dono do pedaço me deixou tão irado que perdi o sono. E deve que matou todos por algum motivo estúpido. Se encontrar quem fez isso, terei que fatiá-lo em nome de toda a raça humana.
Quando olhei para as espadas mais de perto, vi que estavam amarradas com um fio estranho. Se eu desativasse a Restrição de Nível e tentasse roubá-las, provavelmente não conseguiria. Isso provavelmente tinha sido feito para que só ele desamarrasse.
Ouvi um cliente falando sobre algo assim uma vez. Os caras fortes realmente são cautelosos.
— Você não sabe de nada, né, garotinha? Se você souber de algo, por favor, me diga.
Ecos da confusão do térreo chegaram ao meu quarto, mas o ambiente entre nós dois parecia congelado.
Se ele fosse chamar aquela razão de “estúpida”, então era eu quem não iria perdoá-lo. Mas até eu sabia que o homem estava tentando me irritar, era uma armadilha clara.
Um bordel é um palco para discussões durante a noite, brigas, transações estranhas; já vi todo tipo de coisa. Já dormi mesmo com todo tipo de perigo me espreitando várias vezes.
Uma profissional do sexo luta com todo o seu corpo, e não apenas com seus bíceps.
— Ei, Senhor. — Balancei meus quadris quando me aproximei e me agachei para ver melhor o seu rosto. — Se você falar sobre coisas tão monótonas na frente de uma mulher nua, nunca vai conseguir nada.
Se você simplesmente perguntasse o que realmente sou, eu diria. Olhar para o meu corpo é o suficiente para isso.
Ele elevou um pouco o canto dos lábios. Mas o brilho em seus olhos não mudou. Eu me endireitei e mostrei todo meu corpo a ele, em vez de entregar um cartão de visitas.
— Eu sou a Haru. Sou profissional do sexo do Gato Azul Noturno.
Os peitos e bunda que cuidei com tanto carinho eram meu orgulho e alegria. Não tenho mais o corpo de uma criança há muito tempo. Este é o corpo de uma verdadeira profissional do sexo.
— Posso não parecer, mas sou a quarta garota mais popular daqui. Foi realmente difícil chegar a essa posição; difícil de verdade. Os homens não sabem como é complicado viver como mulher solteira nesta cidade, sabia? É super cansativo. Exige totalmente de você. E sabe, ninguém entra nesse ramo de trabalho porque quer.
Estou trocando minha buceta por dinheiro todos os dias! Você por acaso é um segurança de aeroporto e não pode fazer nada?!
— Mas continuo aqui. E, graças a isso, aprendi muitas coisas sobre este mundo. Pensei muito e cheguei a uma conclusão. Todo esse mundo é infantil, ao menos do meu ponto de vista; ainda precisa evoluir muito.
Os olhos azuis penetrantes do vovozinho ficaram um pouco arregalados enquanto eu falava sobre este mundo. Mas ele parecia tão flexível quanto um arco. Colocou os dedos na têmpora e sorriu como se tivesse escutado sua neta falando.
Quando ele era jovem, provavelmente pegava todas. Mesmo agora continuava sendo bonito.
— Este é um lugar para garotos se divertirem, um mundo onde garotos e apenas garotos realizam suas fantasias. Ficam entusiasmados com as regras convenientes para eles e com uma vida que atende apenas ao seu gosto, e se você disser qualquer coisa, logo ficam chateados. Mas talvez já tenha chegado a hora de pensarem nas garotas. Se soubessem o que as garotas pensam, poderiam aprender muito. Talvez só estejam com medo de que este mundo seja destruído, mas se nunca abandonarem sua zona de conforto, é claro que tudo que as meninas disserem vai parecer besteira. Abram seus corações. Ouçam um pouco mais o que as garotas têm a dizer. Então este mundo irá evoluir e ser mais alegre.
Eu também queria um pouco de carinho. Quero ser envolvida nos braços de um mundo gentil.
Falando sério, eu queria poder transar só com o cara que eu gosto e depois ir dormir.
— Mas não é como se eu odiasse tudo. Algumas coisas são interessantes, e também tem muitas pessoas boas por aqui. Fiz até amizades. Não acho que o mundo seja o que você faz, e esse lugar aqui fica no meio do nada, mas sei de uma coisa, se fizer um pouco de esforço, as pessoas realmente abrirão seus corações. Mesmo assim, acontece tantas vezes de as coisas não irem muito bem, quero até chorar. E tem momentos em que coisas horríveis foram feitas comigo, e fiz o que pude. Mas alguns dos meus esforços valeram à pena, e aconteceram algumas coisas divertidas, e outras tristes. Eu sou uma profissional do sexo e só vivo todos os dias, mas isso faz eu me sentir viva.
E eu fiz dezoito anos aqui.
— Senhor, você me comprou, então que tal me foder logo? Prestarei um serviço decente, que fará valer o dinheiro que gastou. Você não pode procurar pelo seu culpado depois?
Coloquei minhas mãos em seus ombros e sentei em seu colo. Sua pele extremamente enrugada era áspera e dura, e também havia aquele cheiro forte de homem.
Ele soltou uma risada curta.
— Talvez você esteja certa. — Depois franziu o cenho como se fosse uma criança.
Droga. Eu tô sentindo meu rosto ficando quente. Esse cara está fazendo umas coisas de velhos tarados.
— Nn.
Ele acariciou minhas costas, senti um arrepio. Antes que eu percebesse, ele me pegou e colocou na cama.
Eu estava fazendo o meu melhor para esbanjar sensualidade e erotismo, e suas legítimas mãos adultas me pegaram como se estivesse cuidando de um bebê. Mesmo sendo duras e enrugadas, eram gentis ao tocar uma mulher.
Ele passou as mãos pelas minhas costas e eu deixei alguns barulhos estranhos escaparem. Estava me sentindo um pouco solitária, então essas carícias suaves estavam me deixando louca. Se as sensações continuassem assim, somando que gosto de caras mais velhos, isso afetará no desempenho de meu trabalho.
Tenho uma queda por velhotes!
— Mm!
E roubei um beijo.
Enquanto movia minha língua, me mexi sem parar. E fiz cócegas no ponto mais macio que ficava debaixo de sua língua, e ele ficou tão surpreso que afastou o rosto. E mostrei a minha língua para ele.
— É assim que se beija no “outro mundo”?
Eu sorri e respondi:
— Não, eu aprendi isso trabalhando aqui.
O vovô levantou uma sobrancelha.
— Você está levando esse trabalho a sério mesmo?
Eu disse! Este é o meu trabalho!
— Heh. ha-hah. Então, é assim… Deus realmente trouxe uma puta de verdade? Bem, um cara não pode superar algo assim.
O vovô riu e tirou suas espadas. Ele tirou a roupa e revelou um peito coberto de cicatrizes, mas bem definido. E depois foi em frente e também tirou as calças.
Wow. Vovô, vejo que você ainda não se aposentou.
— Mas, foi mal, não vou deixar uma jovem me ensinar as coisas. Haru, vou te pegar de jeito!
Um pau longo e duro, tão viril que parecia ser feito de madeira ou algo do tipo, e entrou.
Isso me deixou sem fôlego. Essa coisa era realmente uma destruidora de moças. E ele realmente sabia como enfiar isso. Forte e gentil. Ele achou um ponto bom na mesma hora.
— Nn, ah, ahn, ah!
Acabei gemendo de verdade, só com um pouquinho de movimento. Ele estava me deixando conhecer o pau de que era tão orgulhoso.
Meu corpo estava quente e leve. Meu rosto também ficou tão vermelho. A ponta de seu pau entrando em mim parecia moldar minhas reações e se movia estimulando lugares diferentes.
Abri minha boca e fiz barulhos sensuais por conta própria.
— Haru. — O vovô estava olhando bem para o meu rosto. — Você quer deixar a loja e ser minha mulher? Seria bem mais divertido do que ficar aqui.
Seu velho sujo. Não tente seduzir uma jovenzinha com idade para ser sua neta. E não faça sexo tão bem para eu realmente considerar a proposta.
Cerrei os dentes e balancei a cabeça. O vovô só disse “Entendo” e moveu seus quadris com mais força ainda.
Ele estava realmente rasgando minha buceta, mas não de uma maneira ruim e dolorosa. Ele estava usando os quadris de um jeito viril que me fazia feliz. E eu podia sentir meu útero sendo pressionado, e cada vez mais meu estômago formigava.
— Ahhhh! Ah, ah.
Ele colocou mais pressão e eu senti mais prazer ainda. Meus quadris foram levantados da cama, como se eu estivesse sendo segurada só pelo seu pau.
Ahh, esse vovô é bem fantástico na verdade.
— Deixe este bordel e seja minha. Quero te mostrar o mundo inteiro. — Então ele afastou meu cabelo, olhou nos meus olhos e disse: — Quero fazer de você a última mulher da minha vida.
Bem, esse velhote com certeza sabe como fazer uma garota se sentir especial. Geez. Mas não me subestime só por eu ser uma profissional do sexo!
Apertei minha buceta com força e envolvi minhas pernas em suas costas. Depois o abracei e beijei enquanto movia os quadris.
— Mm, Haru, você…
Depois troquei de lugar com ele e fiquei por cima. Olhei para o vovô e exalei por um instante.
— Você mentiu, né?
— Hm?
— Você falou essa última linha, sobre ser a sua última mulher, para um monte.
O vovô sorriu e disse:
— Se você for minha, vou me livrar de todas as outras.
Seu velhote fodido. Estou dizendo que isso foi desagradável. Não ache que eu sou fácil só por ser uma profissional do sexo!
Eu movi minha língua e dei um beijo nele. Então coloquei meus quadris em sua melhor frequência e o apertei com movimentos que eu sei que fazem qualquer homem gozar.
— Nn, kgh…!
O que há de errado com esse velhote? Seu rosto está terrivelmente vermelho. Será que sofre de pressão alta?
— Sua pequena…
O vovô se sentou e então acabamos em uma posição com os dois se encarando. Ele continuou se movendo, balançando toda área ao redor dos meus quadris. Seu pau e minha buceta se esfregavam sem parar.
— Nn, ah… Oh deus, isso é tão, tão bom, mas… Eu posso continuar.
— Você é incrível, é mesmo. Você é uma boa mulher.
Esse velhote era tão bom que eu queria que ele me levasse para algum lugar, mas, não, não, eu não seria enganada por esse vovô mentiroso. Além disso, eu já estava de olho em outro coroa. Isso é só sexo profissional.
O vovô colocou a mão no meu cabelo e me puxou para um beijo. Pensei que eu ia realmente derreter, foi tão bom.
— Certo. Mulheres, tesouros, lordes demônios… Nada disso é divertido se você conseguir com muita facilidade. Vou gastar meu tempo para torná-la minha — disse ele, acariciando minha cabeça. — Porque ainda somos jovens!
Ele começou a rir, me beijou e moveu seus quadris.
Quanto mais afetuosa eu ficava, mais afeto ele me dava, e quando eu queria ser agressiva, ele deixava.
Quando não aguentei mais e disse que ia gozar, ele sussurrou ao meu ouvido que também ia.
Foi a primeira vez que fiz um sexo tão gentil. Ele estava aceitando tudo muito bem.
— Haru. Você é a melhor mulher que encontrei.
Mas ele tem que continuar falando essas merdas, pensei enquanto caía em seus braços.
— Meu nome é Widgecraft — disse ele de costas para mim enquanto colocava sua jaqueta. — Sou um pau para toda obra. Às vezes trabalho como vigilante, às vezes passo alguns meses na floresta. De vez em quando também brinco na arena. Normalmente, fico no bar perto da praça, bebendo com meus amigos, e você pode ir lá a qualquer momento. Se quiser, claro. — Depois virou a cabeça.
Você pode tentar me seduzir de novo, mas não vai conseguir!
Eu me preparei, mas não tinha nenhum olhar estranho no vovô; nos olhos de Widge.
— Se quiser derrotar o lorde demônio, me chame. Nós vamos até lá. Mas você sabe o que vai acontecer se decidir ajudar ele, não é?
Ele acenou dizendo “Até depois” e saiu. A atmosfera eletrizante partiu com ele e eu suspirei.
— Fwaaaaah.
Que diabos esse velhote é? Não me ameace. Além disso, porque eu iria querer matar o lorde demônio?
Isso é trabalho de homens, não é? É algo tipo a regra número um deste mundo. Mas é verdade que eu quero destruir este sistema, e me pergunto o que há do outro lado da floresta.
No momento, qualquer coisa seria impossível. Digo, estou ocupada por enquanto.
Abri minha vagina e rapei a grama luvya junto com o esperma lá de dentro. Na minha cabeça, os sinos de sempre tocaram.
Haru chegou ao nível 387! Habilidades de Sobrevivência, Rastreamento e Uso de Duas Espadas adquiridas!
— Okay…
Tomei uma ducha e voltei para o bar, muitos clientes apareceram para ver as garotas naquele dia.
Depois disso, as coisas continuaram como sempre. Estavam tão normais que fiquei até um pouco entediada.
Brincadeirinha… Como isso poderia ser verdade?
Era outro dia de batalha no outro mundo. Chamando todas as atenções ao nosso redor, estávamos desfrutando de uma xícara de chá doce durante a tarde em um local movimentado, cheio de odores fortes de uma rua comercial principal. Estávamos nos divertindo, mas este era nosso campo de batalha.
— Depois que você se acostuma até que não é tão irritante.
— Né?
O inicial nervosismo de Lupe quase desapareceu; ela parecia estar relaxando enquanto saboreava o chá.
Tínhamos passado o banco onde sempre almoçávamos e tomávamos chá com Shequraso para algumas novatas. Nós, mais experientes, fomos para a cidade em busca de um novo local. E encontramos.
O estabelecimento da família do Sumô.
Não era bem encontrar, era mais lembrar que existe, mas nosso plano para ocupar o estabelecimento do Sumô estava caminhando bem.
Tomamos assentos no terraço e comemos lá. De que importava se alguém dissesse que mulheres comendo sozinhas era algo vergonhoso? Nós comíamos bem na frente de todos. Garotas também têm direito de se divertir.
A princípio, Lupe ficou toda hesitante, ficava falando “Não vamos…”, mas parecia que o dono do restaurante estava cozinhando e conversando abertamente com ela, sem considerar os homens ao nosso redor, que desistiram de nos tratar como se fôssemos as outras.
— É bom poder ver caras novas também.
Quando nos acostumamos a ser vistas, podíamos avaliar os homens que passavam ou entravam no restaurante.
Infelizmente não tinha nenhum funcionário bonito, mas quando começamos a aparecer, o Sumô começou a ajudar na cozinha. Ele até mesmo dava instruções de como fazer saladas e sobremesas fofas, então a ideia de pratos originais voltados para meninas aparecendo no menu não parecia algo tão distante.
Como ele podia subir de nível infinitamente, espero que um dia vire o melhor pâtissier do mundo. Só sei que as garotas amarão vê-lo fazendo bolos com seus dedos fofinhos, então quero que mais clientes apareçam.
E isso não se limita a Lupe e eu. Há outra garota em nosso grupo que pareceu realmente impressionada quando falei sobre como queria que a sociedade mudasse para que garotas pudessem sair quando quisessem.
— Olá, Senhorita Haru, Senhorita Lupe.
— Oh, hey, Kiyori.
— Oi. Está voltando da arena?
— Sim, mas hoje de manhã eu estava trabalhando, então só vi as lutas de Rank B.
Ela sentou e pediu chá e bolo de uma maneira que mostrava que já tinha se acostumado.
Com a chegada da bela Irmã Kiyori, uma beleza rara, a intensidade dos olhares dos rapazes da rua aumentou… Especialmente daqueles que transmitiam a vibração de serem virgens. Mas parecia que ela nem percebeu isso.
— De vez em quando, vejo um ou outro que parece forte. Mas são todos velhos que pensam que são ursos ou tigres. Quase nunca aparece um jovem.
— Não tem nenhum rapaz, hein?
— Nenhum. Espero que apareça alguém da minha idade ou só um pouco mais velho.
Ela tinha terminado com o Chiba, então estava a procura de um novo parceiro.
Kiyori começou a explicar como não se tratava apenas de força, como também de personalidade e aparência. Para ser franca, ela começou a perceber que o seu próximo rapaz tinha que ser melhor que o Chiba.
— E não estou interessada em virgens.
— Apoio sua decisão.
Eu fiquei meio feliz por ver Kiyori sendo tão assertiva sobre essas coisas. Ela ouviu os conselhos que eu e Lupe demos com muita atenção, e às vezes nos dizia algo bom. Ela era, agora, uma importante amiga para a hora do chá.
— Quero ir para a floresta o quanto antes.
— Ohh, entendo. Não sei muito sobre essas coisas, mas é algo que garotas não podem fazer se não tiverem um parceiro, né?
— Sim. O modo como a Associação de Aventureiros funciona é uma merda.
Porém, ultimamente sinto que estamos influenciando ela um pouco demais, e temo que isso possa afetar seu trabalho no hospital ou atividades da igreja.
— Mas tenho um truque que posso usar se precisar — disse olhando para mim.
Não retornei o olhar dela e tomei um gole do meu chá, me fazendo de boba. Eu realmente não devia ter contado meu segredo para ela. Não preciso que fique com essas expectativas estranhas. Sou uma garota moderna, então não curto esse tipo de selvageria.
— Aliás, Lupe, como está o ex da Kiyori?
— Por favor, não chame ele de meu ex. E por favor, não finja que não sabe do que estou falando.
— Tá bom, tá bom. Você sabia? O Chiba está subindo as escadas com a Lupe agora. Como as coisas estão indo? Ele está te dando muitos problemas?
— Uh, hmm… — Lupe pensou por um momento, tomou um pouco de chá e disse: — Ele ainda se comporta feito um virgem, mas acho que não é um cara tão ruim. Só acho que você e a Kiyori não tinham nenhum interesse em adestrar ele, e ele não consegue aprender nada sozinho.
Ela falou em seu usual tom descontraído, mas o que estava dizendo era verdade.
Com um sorriso alegre, continuou:
— Primeiro, eu o instruí. Fui gentil, repreendi quando precisei e dei carinho. De vez em quando eu batia nele, e depois elogiava até ele começar a chorar. Depois do sexo, fingi que fiquei decepcionada e fiz ele pensar que fez tudo errado. Ele é essencialmente sincero, e sei que quando se apaixona por algo, fica muito apaixonado. Agora está me chamando até de “Senhora!”. Também ficou mais dócil, então ultimamente estou criando alguma distância entre nós e analisando se vai descobrir como chamar a minha atenção. Ele tem dinheiro e parece ter tempo de sobra, então me dá tudo que quero. Mas eu quero mais do que coisas. Depois que ele se curvar e esfregar a cabeça no chão na frente da loja, acho que vou até fazer alguns elogios. Tee-hee.
Kiyori ficou boquiaberta quando Lupe falou sobre estar treinando Chiba como se fosse um filhotinho de cachorro, rindo enquanto se lembrava de alguns episódios.
Lupe sempre me surpreende, ensinando coisas sobre a vida e alguns fetiches. Ela realmente tem os poderes de uma amante e talentos especiais para treinar homens. Mas você esperaria algo menos da número dois em vendas no ano? Eu realmente a respeito.
— U-um!
Meu chá estava esfriando e, assim que pensei em tomar tudo e ir embora, algumas meninas de repente vieram para perto de nossa mesa.
Uma delas tinha uma aparência séria, com traços bem definidos e cabelos trançados. Outra, de cabelo curto, se escondia atrás dela. A julgar pelos livros que carregavam, deviam ser estudantes. Seus rostos ficavam mais vermelhos a cada segundo.
— P-podemos, uh, sentar… Com vocês…?
Lupe, Kiyori e eu trocamos olhares, compartilhando da mesma alegria.
— Mas é claro. Vamos tomar chá juntas.
Foi outro dia para desfrutar graciosamente de nosso chá em público, atraindo olhares curiosos de uma sociedade misógina.
Comemos bolo, fizemos amigas, e às vezes fofocamos sobre os homens, outras vezes discutimos de verdade e, de vez em quando, praticamente perdemos as estribeiras rindo de piadas ligeiramente maldosas. Qualquer garota que queira conversar será bem-vinda.
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