JK Haru é Uma Profissional do Sexo em Outro Mundo

Jk Haru é Uma Profissional do Sexo em Outro Mundo – Cap. 11 – Amor de Prostituta

De volta a quando os soldados ainda eram alegres e saudáveis, também fui convidada por eles para vários encontros externos, e até mesmo fui encontrar um e outro fora do quartel às vezes, então sabia onde eles ficavam.

Quando contei para Lupe que ia ver como Shequraso estava, já que fiquei preocupada, ela disse que iria junto.

— U-umm…

Mas, diferente dos velhos tempos, havia um soldado de pé, de forma intimidadora, em frente ao portão.

Sim, eles eram parte do exército, mas as tropas estavam ali para combater os monstros na linha de frente, ao norte, então costumavam ser bem normais e amigáveis com as pessoas da cidade. Mas, com certeza, desde que o novo Comandante de Esquadrão apareceu, eles mudaram.

O guarda até mesmo mantinha um olhar severo no rosto — era um tanto assustador.

Lupe e eu estávamos tão nervosas que acabamos nos abraçando.

— Hmm? O que vocês duas querem?

— Somos do Gato Azul Noturno, uma garota de nossa loja, Shequraso…

— Quem?

— Ela veio para fazer uma Visita de Conforto, para cantar para vocês!

— Ohh.

Ele finalmente pareceu entender, já que sorriu, mas não falou nada sobre ela, apenas olhou para nós duas, partindo de nossos rostos fofos, para nossas belas coxas e parando em nossos peitos.

— Mandaram mais garotas? Que gentileza.

— O quê…?

— Ei, o que está havendo aqui?

— Oh, Subcomandante de Esquadrão.

Quando estávamos ficando confusas, alguém que conhecíamos apareceu. Era o Sr. Bisque.

Nós dissemos olá, estávamos aliviadas.

— U-umm, Shequraso ainda está aqui? Ouvimos da Cafetina que o tempo combinado já acabou, então…

O Sr. Bisque olhou para nós com um de seus sorrisos prontos e depois olhou para o guarda.

— Você não enviou um mensageiro?

— Huh…? Senhor! Sinto muito, Senhor!

A princípio o guarda parecia ter ficado sem palavras, mas quando o Sr. Bisque o encarou, ele se curvou e pediu desculpas.

— Desculpem-me, senhoritas. Vocês podem falar com a Cafetina? Em breve nosso esquadrão irá para a linha de frente. Pedimos para Shequraso estender sua Visita de Conforto e cuidar de todos nós até então. Ela concordou e pensei que a loja já tinha sido avisada. Eu realmente sinto muito.

— Oh… E-entendi. E-err, então acho que… Está tudo bem, certo?

— I-isso. Shequraso está bem?

— É claro. Ouvimos sua doce voz todos os dias.

Eu realmente quero ver ela. Mas eu não sabia o que dizer, nem Lupe, então não sabíamos como proceder.

— Vou levar ela hoje à noite e conversarei com a Cafetina. Podemos aproveitar o tempo e então conversarmos mais.

— Uh, tá bom.

O Sr. Bisque se ofereceu para nos levar de volta de carruagem, mas educadamente recusamos e decidimos voltar a sós. Digo, a atmosfera no quartel estava esquisita e Lupe estava tensa.

— Me pergunto se Shequraso está recebendo comida o suficiente…

— Pois é, se você deixar ela sozinha, ela vai tentar viver de verduras e água. Mas não precisa se preocupar. Tenho certeza de que ela está comendo com os soldados.

— Eu… Realmente não consigo imaginar ela passando esse tempo com essas pessoas.

Shequraso é a melhor quando está cantando, mas em seu dia a dia é um desastre. Ela é tão idiota que, se você não lavar suas roupas, ela deixará que uma montanha se acumule. Em outras palavras, serve apenas para ser uma artista.

Honestamente, eu também não conseguia a imaginar comendo com os soldados…

— O Sr. Bisque disse que virá hoje à noite, então vamos perguntar algumas coisas para ele.

— Isso aí.

É claro que, enquanto tudo isso acontecia, o clima estava ótimo.

Estou suspirando o tempo todo enquanto ando pela loja lotada. Me pergunto como está o homem de cabelos prateados. Queria saber se ele vai voltar para fazer sexo comigo de novo. Eu bem que podia começar a me aquecer.

— Haru. — O Sr. Bisque apareceu conforme prometido e se aproximou de mim enquanto eu limpava os copos no bar. — Eu recebi a permissão da Cafetina. E paguei todas as taxas existentes até o momento.

— Oh, entendo. Obrigada por resolver o problema.

— Você tem um tempo para conversar?

— Uh, sim, acho que sim.

Ele colocou algumas moedas na mesa e nos sentamos de frente um para o outro. Eu queria chamar a Lupe, mas ele só pagou o bastante por mim.

Bem, eu posso contar tudo para ela depois.

— Shequraso está trabalhando duro? Eu estava conversando com Lupe mais cedo e estávamos nos perguntando se ela tem roupas o suficiente. Acho que só levou o bastante para dois dias.

E ela nem fazia ideia de como se lava roupa sozinha. Eu falei para a Lupe que “talvez ela já esteja até usando uma farda militar”, e só assim ela sorriu.

— Ah é. — Ele sorriu de um jeito que eu não sabia dizer se me escutou ou não.

Esse cara tem um sorriso meio falso, à primeira vista faz até parecer que ele é uma pessoa legal; isso é meio assustador. Não dá para suspeitar de nada.

— Hmm. Seria ótimo se você pudesse levar algumas mudas de roupas para ela.

Isso me pareceu estranho, acabei hesitando, já que não queria deixar ele irritado com o que poderia ser eu sendo intrometida, mas me decidi e perguntei:

— Umm, não dá pra ela voltar aqui rapidinho?

Eu realmente tenho que levar as roupas para ela? Isso parecia diferente do que nos contaram. Será que as Visitas de Conforto são um tipo de trabalho suspeito? Mas a Cafetina sabe até o que são férias pagas!

O Sr. Bisque disse:

— Ela não vai demorar muito. — Então sorriu. — Haru, você está preocupada com Shequraso?

— Huh? Não, digo, você está com ela, então não estou tão preocupada assim. Só sei que tem vezes que ela não come o bastante ou come um monte, isso pode causar problemas, e ela deixa as roupas jogadas pelos cantos, e mesmo sendo uma cantora, não cuida nem da própria garganta; tipo, ela não faz nem gargarejos a menos que você diga para fazer. Ela com certeza é talentosa, mas…

O quê? Virei a mãe da Shequraso ou algo assim?

— Se você está tão preocupada… — O Sr. Bisque pegou minha mão. A frieza dela me fez sentir um calafrio na espinha. — Você quer ir ajudar no quartel…? Tenho certeza de que seria de grande ajuda para Shequraso.

— Mas não sei cantar… Ah, mas eu sou uma mestra no Taikô!

— Ha-ha. Ótimo. Leve seu Taikô!

Ele se inclinou, dizendo que pagariam, claro. Depois colocou cem rubers na mesa.

— Humm, eu não acho que a Shequraso…

— O que tem a Shequraso?

— Digo, isso é coisa do ramo, mas fazer isso com o namorado da minha amiga seria meio… Foi mal. Heh-heh.

Ri no finalzinho para suavizar as coisas e tentei puxar minha mão, mas ele não deixou eu fazer isso. Acabou se inclinando ainda mais.

— A Shequraso dorme com outros caras.

Bem, esse é o ramo do negócio. Mas você sabia disso quando começaram a namorar, então seja ao menos um pouco cavalheiro e compreensivo…

— Ela está dormindo com eles…? — Sem pensar, acabei deixando essa pergunta aterrorizante que apareceu em minha cabeça escapar. Eu estremeci. — A Shequraso… Ela está dormindo com os soldados?

A unidade do Buffness, a que pertencia ao Sr. Bisque, estava naquele quartel. Cem soldados frios e violentos.

Ela não está, né?, era o que eu pensava, mas o Sr. Bisque mantinha o sorriso habitual estampado no rosto.

— Nossa unidade estará indo para a frente de batalha em breve. O Comandante de Esquadrão nos proibiu de visitar a cidade; isso é para aguçar nossos sentidos, sabia? Mas recebi permissão para vir a este bordel hoje à noite para negociar a respeito de Shequraso.

O Sr. Bisque soltou a minha mão e apoiou o próprio queixo. Mas a distância entre nós continuou a mesma. E, mesmo assim, sua voz ficou mais e mais baixa.

— Acho que estamos exigindo muito dela. Mas o Comandante Buffness disse que isso é para elevar o moral. Sabe, você não pode desobedecer ao seu oficial superior no exército.

— Ela… Ela vai morrer!

— Acho que não. Nós, soldados, existimos para proteger o povo. Não somos tão violentos e estamos deixando ela seguir uma programação adequada. Mas você entende, não é? Estamos prestes a arriscar nossas vidas na linha de frente. Alguns caras estão loucos de tanto medo. Precisam de alguma distração.

— Então venham à loja! É para isso que estamos aqui!

— O momento em que um animal é mais forte é quando acaba de sair da jaula. Essa é a teoria do Comandante Buffness. É a mesma coisa que formar uma linha de contenção para manter os monstros na floresta. Estamos em uma jaula, mas também precisamos de conforto. Shequraso está dando o seu melhor e trabalhando duro por todos nós.

— A Cafetina sabe disso..?

— Quem sabe? Eu disse que a queremos para cantar. Mas tenho certeza de que ela entendeu. Até perguntou como as coisas estavam várias vezes. Mas não é como se um bordel fosse se virar contra as ordens do exército.

Eu realmente não conseguia entender por que ele faria algo assim com a própria namorada. A maneira como explicou como se não tivesse nada a ver com isso me assustou.

As pessoas neste mundo usam as mulheres como ferramentas, como se isso fosse apenas algo normal, e há um monte de coisas que você precisa suportar aqui só por ser uma garota. Eu e este mundo não nos damos bem. Tudo sobre ele me irrita.

— Eu troco de lugar com ela, assim vão deixar Shequraso voltar para casa…? — Com essas palavras toquei na mão do Sr. Bisque. O deixei sentir o calor de meu corpo na esperança de ele ter um coração.

O Sr. Bisque olhou para minhas mãos. E após um longo silêncio, para si mesmo, disse:

— Claro… Se você diz. — Ele contou até três apontando para os dedos, era o tempo para partirem para a linha de frente. — Se você nos fizer companhia por três dias, farei algo para que Shequraso possa sair. Eu prometo. Mas, primeiro… — Ele pegou os cem rubers e colocou sobre a minha outra mão. — Se eu vou te levar, então preciso te conhecer melhor.

Ela estava usando as mesmas roupas de quando partiu, seu cabelo estava bagunçado e seu rosto estava cheio de marcas por ser excessivamente acertada.

— Haru…?

Ela correu até mim, instável, e depois me agarrou, e eu usei toda a minha força para acariciá-la e confortá-la.

— Agora está tudo bem.

Agora está tudo bem. Eu disse isso várias vezes enquanto a acariciava. Eu a abracei e disse que ela fez um bom trabalho, que agora poderia ir para casa. A consolei pelo tempo necessário até que se acalmasse.

Depois de ficar sem palavras quando fui levada para o quartel em seu lugar, ela gritou:

— Não! Haru, não faça isso!

Eu não olhei para trás. Desativei todas as minhas emoções e segui adiante.

— Espera! Eu ainda posso continuar! Haru, volte! Por favor, Sr. Bisque. Por favor, deixe a Haru ir embora! Eu fico!

Shequraso, eu amo o jeito como você canta. Cante para pessoas que realmente te ouvirão.

Havia uma sala para disciplinar os soldados no fundo do quartel, e me disseram que ela seria o meu quarto.

— Desculpe pelas acomodações grotescas — disse o Sr. Bisque enquanto balançava os ombros. Ele não parecia lá muito arrependido. — O quarto em que Shequraso estava não está em condições de ser usado no momento.

Essa escória. Imaginar as coisas que devem ter sido feitas com ela me deixaram furiosa. Então imaginei o que aconteceria comigo e tremi. Mas, sem problemas. Eu ficaria bem.

Eu iria honrar com o contrato no lugar de Shequraso e protegeria a loja. Iria mostrar para eles.

As coisas só são assustadoras se você achar que são. Só são difíceis se você achar difíceis. E só é nojento quando você pensa que é nojento. Desative suas emoções, uma a uma. Isso fará com que seu corpo não passe de uma ferramenta. O Sr. Bisque me ensinou isso.

— Acho que ela serve para substituir a outra garota. E supostamente se ofereceu pessoalmente!

— Ah, eu vou chorar. Então as garotas fizeram amizade?

Os soldados moviam seus quadris em cima de mim enquanto me tornavam alvo de suas piadas.

— Não, não pode ser isso. Cara, é tudo por dinheiro.

— Ouvi dizer que a garota laranja estava super chateada com ela, algo tipo “Não roube o meu serviço!”.

— Deve ser ótimo não ter todo o seu trabalho gostoso tomado, né?

Manter o controle do número de caras que me comiam era algo ridículo, então eu parei de tentar. Eles se amontoavam no meu quarto em plena luz do dia e começavam a me foder. Seus otários, vocês não têm nada para fazer?

— Bem, ela é uma delícia!

— Oh Comandante Subaya.

Um homem com cavanhaque apareceu durante a tarde e olhou para mim enquanto lambia os lábios.

— Ainda é adolescente? Quanto mais jovem, melhor, ainda mais se tratando de mulheres. — Ele levantou minhas pernas e as abriu. Inspecionou tudo e sorriu. — Belas pernas. Parece que poderia correr bem rápido — disse enquanto lambia minhas panturrilhas.

Eu pensei que era nojento, mas desativei minhas emoções e o deixei fazer o que queria.

— As mais jovens são ótimas. Seus corpos respondem tão rápido.

O cara que começou a meter em mim também estava anormalmente rápido, então chegou a doer. Mas eu estava de boa com isso. Ele poderia até me bater se quisesse, eu continuaria sem reclamar.

Sou uma profissional do sexo há tanto tempo. Todos os meus clientes são assim.

Meu trabalho tinha acabado de começar.

Mesmo no segundo dia, os soldados começavam a chegar pela manhã.

Eu não sei se havia alguém vigiando de noite ou o quê, mas alguns até invadiram meu quarto no meio da noite, então mal consegui dormir. Quando cochilei enquanto me fodiam fui espancada.

E honestamente, isso me nocauteou. Após vinte e quatro horas de sexo monótono apenas para fins de ejaculação, eu superei tudo.

Para comer, eu recebo a mesma coisa que os soldados. E também estava autorizada a usar o banheiro e o chuveiro. Mas em todos os outros momentos, estava sendo constantemente fodida. De vez em quando aparecia um sádico para me bater.

Se isso continuasse por muito tempo, até Shequraso, com sua longa carreira de profissional do sexo, acabaria enlouquecendo.

“Não podíamos fazer isso em turnos?”, eu me perguntava, mas quando parei para pensar melhor nisso, lembrei de que até mesmo as obscuras salas de massagem do Japão têm regras algumas coisas são expressamente proibidas.

É por isso que os encontros fora da loja eram chamados de “cortesia” das garotas, e o motivo pelo qual alguém ia ao quarto de um cliente era considerado como amor espontâneo.

Em outras palavras, o exército está quebrando as regras. E, é por isso que dizem que isso é uma “Visita de Conforto”, ou seja lá o que for. Nesse ponto, algo mais me preocupou.

Será que realmente poderei ir embora?

— É claro que, quando o seu contrato acabar, você será devolvida para o bordel — disse o Sr. Bisque com um sorriso no meio do sexo.

Ele tinha um pau duro e grande.

— Você é fofa, Haru, então gostaria que ficasse para sempre.

Ele tocou minha pele com cuidado. Ainda mantinha aquele tipo de sorriso e suas carícias. Esse cara transava com garotas de uma casa de foda como se fossem suas amantes.

— Gostei de você desde a primeira vez que te vi. Quer ir em algum lugar outra hora, só nós dois?

Esse cara é louco. O que eu poderia dizer? Não tenho nenhum aliado aqui.

— Oh, é essa… — O Comandante de Esquadrão Buffness acariciou seu bigode e olhou para mim, jogada no chão e coberta de fluidos masculinos. — Você tem uma coragem admirável. Isso é algo e tanto para uma mulher.

Ele tirou o paletó e entregou para um subordinado, depois desatou o cinto. Era aquele pênis escuro e reluzente, o que usou para abusar de Lupe antes.

— Fique de quatro — ordenou ele enquanto se mostrava para mim. — Eu vou foder a mesma garota que todos vocês. Nós somos uma família!

— Oh, Comandante! — gritaram os soldados, movidos pelas amáveis palavras do Comandante Buffness.

Que idiotas.

— Mulher. — Ele agarrou minhas nádegas e as afastou. — Relaxe. Vai doer se você resistir.

Ele estava encarando um lugar estranho. Er, ele estava encarando meu ânus.

— Espera aí…!

Eu nunca escutei que alguém iria querer isso. Uh, não, eu não ficaria para baixo, mesmo se soubesse disso.

— Ah, ahhhh!

Meu corpo parecia que estava sendo destruído. Eu podia sentir meus órgãos sendo pressionados e empurrados.

“Família”? Do que você está falando? Você está aproveitando um anal como se isso fosse exclusivo para você!

Seu toque em meu intestino tornava difícil respirar. Comecei a suar de maneira estranha. Ele bateu na minha bunda com o cinto e me estuprou como se estivesse montando um cavalo.

— O-oww! Isso machuca!

— Ha—você é uma mulher, não é? Que tal deixar esses gritos mais sensuais?

— Isso machuuuuca!

O Comandante de Esquadrão ficou ainda mais empolgado e continuou me estuprando e me batendo. E o esquadrão dele ficou assistindo.

Que estúpidos. Eles são todos estúpidos.

Desativei minhas emoções e deixei o tempo passar. Eu me considerei uma boneca e deixei os cem soldados fazerem o que quisessem.

Naquele ponto, estava tudo realmente tedioso, e comecei a pensar em coisas sombrias tipo “Será que minha vida realmente tem algum significado?”

— Ela é tão apertada; tão bom.

— Ela provavelmente já deu para todo mundo agora. Garotas jovens são resistentes.

No ensino médio, eu fui acompanhante por um tempo.

Eu tinha acabado de terminar com o meu segundo namorado, e meu primeiro ex era um pé no saco e não parava de me importunar, era um drama só. Bem, enquanto isso, minha irmã mais velha ficou grávida.

Minha irmã é bonita, mas sua cabeça não é das melhores, então acho que se envolveu em um tipo de clube do sexo na faculdade, e não era como se ela pudesse contar isso aos nossos pais. Nesse momento, um de seus amigos apareceu e disse que emprestaria o dinheiro que fosse necessário.

Era bom ter um conhecido confiável como apoio, minha irmã confiava nele por completo, então pensei que se tratava de uma pessoa super boa e também comecei a confiar.

Nós estávamos realmente em pânico naqueles tempos. Minha irmã não tinha nenhum plano, e eu não podia fazer nada por ela sem alguma ajuda. Ele parecia um tipo de salvador.

— Abra a boca. Engula e não derrame nada.

— Cara, não faça isso. O cheiro é estranho quando você vai beijar depois.

— Uh, o mais estranho é você querer beijar esse tipo de garota.

Então ele nos emprestou o dinheiro e deu um jeito no meu ex para mim. Tudo o que restava era descobrir como retribuir por tudo. E ele disse: “Vamos trabalhar juntos.”, e me convidou para ser acompanhante.

Não parecia que a recusa seria uma opção, e eu confiava nele, até gostava, então topei.

Eu realmente não sabia de nada, então fiz o que me disseram e me encontrei com os caras que ele me apresentou pelo LINE, dormi com vários assim, saímos e recebemos milhares de ienes.

Pensei que era um trabalho muito simples, então fui proativa e mudei o acordo de dois para três encontros semanais, pensei que estava pagando a dívida com o dinheiro que ganhava.

Então, quando descobri o quanto ele estava ganhando, reclamei. Mas como não existia nenhuma evidência de crime, acabaram me ameaçando.

Fiquei com medo e perguntei aos meus pais o que fazer, e ficaram realmente bravos comigo. Tínhamos um parente que entendia da legislação e sabia lidar com a polícia, por isso, tudo foi resolvido, mas de qualquer maneira paguei por tudo, já que rumores estranhos começaram a aparecer. Então meus pais me mandaram para uma escola particular bem longe do nosso distrito escolar.

Recomecei em um lugar sem amigos. Cercada por rostos desconhecidos, tive que reconstruir todos os relacionamentos do zero. Naquela época, também parecia que eu tinha ido para um mundo diferente.

— Hahh, haah, essa garota é ótima. A pele dela é tão suave.

— Não é meio estranha? O comandante bateu tanto nessa bunda, mas continua tão durinha!

— Ela é uma vagabunda caipira; são feitas para suportar bem mais. Deveríamos foder ela um pouco mais, vamos lá!

Alguns dos rumores do ensino médio me perseguiram, mas eu fingi que não era comigo e continuei agindo de modo fofo e alegre. E eu era tão fofinha, até comecei a sair com um garoto dois anos mais velho que eu, quase na mesma hora. Minhas amigas e meu namorado me apresentaram aos seus amigos, então fui expandindo minha rede social e fiz mais algumas amizades.

Positiva, atenciosa, politicamente correta.

Só pensei em como fazer as pessoas gostarem de mim e assumi o papel de seguir a maré com todos. Eu ria do que os outros riam e zombava do que zombavam. Ao mesmo tempo, comecei a tomar mais cuidado com o que dizia pessoalmente e no LINE, não queria fazer inimigos.

Eu tinha decidido que definitivamente me divertiria no ensino médio, então não queria ter relacionamentos de merda, e levei minha imagem de garota alegre a sério, para que ninguém acreditasse nos poucos rumores que apareceram. Porque se eu olhasse para trás, meu passado me assustaria. Eu não queria que meus amigos rissem de mim pelas coisas que fiz antes de conhecê-los.

Como o Chiba me chamava? Algo como grude ou algo assim? Ele é um idiota mesmo.

— Ei, mexa esses quadris! Você está fazendo isso pela sua amiga, não é?

O valor de uma pessoa é decidido de forma que ela não possa fazer nada. Tudo o que você pode fazer é decidir como viver sua vida, independentemente do seu valor.

Então, Chiba. Se aparecesse aqui e dissesse de novo que ficou forte para me proteger, eu nunca mais zombaria de você. Mas isso não vai acontecer.

No terceiro dia, eu deveria poder ir para casa, mas, como esperado, era tudo mentira. Ainda assim, isso era mais culpa do clima do que do exército. Choveu muito desde a manhã e, na linha de frente, alguns quilômetros ao norte, os monstros ficaram loucos, então a rotação foi adiada.

Já que está chovendo assim, talvez o homem de cabelos prateados apareça pela loja hoje à noite.

O pensamento me fez lembrar do bordel. Eu trabalhei duro todos os dias por lá, e até gostava. Havia um número estonteante de coisas a serem feitas, mas era divertido ver que eu era capaz de mais.

Todos os dias eu pensava que esse outro mundo era o pior de todos, e sempre que acontecia algo horrível, pensava no meu mundo antigo, só que agora as lembranças que mais me animam são as da atmosfera animada do bar.

Não acredito que isso seja verdade, mas será que fiquei viciada em trabalhar como profissional do sexo?

Bom, pelo menos eu estava com vontade de trabalhar naquela loja, onde bebia com os caras e escutava eles se gabando de suas façanhas, caras generosos davam gorjetas quando os fazia rir, e eu estava fazendo vários clientes regulares; senti que valeu a pena.

É, se meus pais descobrissem isso, eu iria parar em sei lá que tipo de situação, mas gosto dessa atmosfera gerada pela disputa para oferecer um serviço de qualidade como profissional do sexo, é muito melhor do que ficar transando incessantemente com esses caras monótonos do exército.

Lá tinha a Lupe com seu sorriso caloroso, e Shequraso, que era tão legal, desastrada e boa cantora. A Cafetina com seu comportamento formal, a bondade do Sumô, aquele gostosão de cabelos prateados e até aquele fã de carpas.

Mesmo neste mundo eu encontrei um lugar para chamar de lar.

Não sei se estou viciada ou não, mas ao menos sei que há alguém esperando por mim. Não é hora de ficar para baixo em um lugar como este!

– Isso aíííí!

– Whoa, o quê?

Eu não estava falando direito há algum tempo, então isso meio que fez minha garganta doer, mas me animou.

Eu empurrei o soldado com um péssimo desempenho sobre mim e fiquei por cima.

— Senhor, você não sabe lidar com mulheres? Talvez não tenha confiança em sua técnica? Se quiser, posso te ensinar umas coisinhas.

— Uh, err, o que você…?

— Certo, bata palmas, por favor! Vou rebolar no ritmo que você preferir.

— Espera, não, por que você ficou assim tão de repente…

Nesse momento, abriram a porta do meu quarto e o Comandante Bisque declarou:

— Acabou o tempo. As ordens de rotação chegaram. Os monstros estão recuando por um tempo. Precisamos avançar para a frente de batalha agora e nos prepararmos para o anoitecer. Anda logo e vai se preparar.

— Senhor, sim senhor!

O jovem soldado me empurrou para longe e se levantou para bater continência na mesma hora. Observando-o se apressar para pegar suas roupas e sair correndo, o Sr. Bisque riu.

— Que pena. Teremos que deixar você ir agora.

Me enrolei com meu vestido esfarrapado e disse “Obrigada” enquanto sorria.

Eu consegui. Passei pelo inferno nesse serviço regado a sexo.

— Haru, você por acaso é imortal…? — O Sr. Bisque sorriu para mim. Mas, como sempre, seus olhos não sorriam. — Três dias, e tem um número razoável de caras aqui, mas você ainda está assim.

— Bom, ainda sou jovem.

Eu não sucumbiria a vocês.

O Sr. Bisque encostou-se à porta, assistindo eu me vestir.

— Eu realmente não quero deixar você ir — disse ele, brincando.

Cale a boca. Estou indo para casa, para o bar.

— Vou dizer isso porque já terminei meu serviço. Você é o pior. Por favor, nunca mais chegue perto da Shequraso.

O Sr. Bisque ergueu as sobrancelhas, surpreso, o que era raro para ele, mas depois revelou um sorriso mais despreocupado do que eu tinha esperado.

— Certo. Não irei.

Ele disse que gostaria de sair comigo, mas não teve tempo para isso. E é claro, eu não queria uma carona. Eu podia voltar sozinha. Vamos lá.

— Oh, certo, certo. — O Sr. Bisque começou a fazer um show, como se tivesse acabado de se lembrar de algo. Um rosto frio e sorridente. Um rosto tão sem emoções que me deu calafrios. Então ele apontou na direção oposta à saída. — Leve Shequraso com você quando for embora.

Corri pelo corredor do enorme edifício, abrindo todas as portas por onde passava. Chamei pelo nome dela. Eu procurei, sem parar, gritando o tempo todo.

Do lado de fora das janelas, os soldados começaram a marchar. Elevaram as vozes para proclamar sua justiça, batendo seus pés.

Em uma sala mal iluminada e escondida, algo se moveu. A pouca luz era refletida por cabelos laranjados.

— Shequraso…?

Com o rosto e lábios inchados.

Quando eu disse o nome dela, ela virou os olhos que sequer conseguia abrir em minha direção e murmurou:

— Haru? — Sua voz estava rouca quando falou.  — O que você está fazendo aqui? — E começou a chorar. — Ahhhhhhhhh!

Chutei a janela e gritei para os soldados:

— Eu vou matar tooooodos vocêêêêês!

Coloquei Shequraso em um cavalo manco que tinha sido deixado para trás no estábulo e procurei por um hospital.

Eu só tinha uma conhecida com quem podia contar, mas felizmente ela estava no primeiro hospital que encontrei.

— Senhorita Haru…?

Kiyori ficou chocada ao me ver parada lá, ensopada de suor, apoiando Shequraso, mas quando eu disse: “Por favor, cuide dela, rápido”, ela concordou de imediato.

Seu rosto ficou pálido quando coloquei Shequraso em uma cama.

— E-ela vai ficar bem, né? Você pode salvar ela, né? Ela é minha amiga!

— Vou tentar…

Kiyori apertou os lábios e apontou as palmas de suas mãos para o corpo de Shequraso. Então ela entoou um cântico curto e suas mãos começaram a brilhar.

As sobrancelhas de Shequraso tremeram e ela gemeu baixinho.

— Shequraso…

Fiquei tão aliviada que meus joelhos cederam e caí sentada no chão.

Ufa. Agora ela está bem, né?

— Kiyori vai cuidar de tudo, então… Só espera um pouco, Shequraso…

As palmas das mãos de Kiyori, ainda brilhando, vagavam pelo corpo de minha amiga. Quando ela alcançou o peito, a Irmã franziu a testa e Shequraso dobrou o pescoço para trás enquanto gemia.

— Vou cuidar do rosto dela.

Ela pegou suas mãos brilhantes e moveu em círculos sobre o rosto de Shequraso, como se estivesse acariciando-a. Aos poucos, o inchaço diminuiu e seu rosto voltou ao normal.

— É o rosto da Shequraso… Ela é tão linda…

Com as maçãs do rosto elevadas e nariz fino; ela era uma verdadeira beldade. Este era o rosto de minha amada Shequraso.

— Senhorita Haru… — disse Kiyori com uma voz pesada… E suas mãos voltaram a se mover sobre o peito de Shequraso… — Por favor, fale com ela. Talvez ela ainda tenha voz.

— Oi?

— Serão suas últimas palavras. Por favor, converse de modo gentil e divertido, para que ela sinta esperanças de ir para o Céu. Fique tranquila e tome o tempo necessário.

— E-espera aí. O que você está dizendo?!

Mas o rosto dela continua tão lindo. Finalmente estamos em um lugar onde estamos seguras.

— Cure ela! Eu sei que você pode! Só cuidar dos ferimentos já está bom!

— Mesmo com os ferimentos curados, ela está muito fraca. Seu coração já cumpriu com seu papel. O Céu está convocando-a agora.

— Não! Cure ela! Cure a Shequraso!

— Senhorita Haru, não grite. Por favor, veja-a em paz, para que ela possa descansar com um sorriso.

— Como eu poderia? Você sabe o que fizeram com ela? Ela está assim porque aqueles caras… Como eu poderia sorrir?!

— Haru, ouça!

Isso me deixou ofegante, ela ergueu a voz para mim do nada. E então explicou:

— É isso o que fazemos neste mundo… Deus recebe aqueles que sorriem calorosamente. Converse sobre algo engraçado, para que ela não fique preocupada com o que está por vir. Você precisa fazê-la rir para que ela possa mostrar um belo sorriso para deus. Então sorria, Haru, por favor, sorria!

Minha garganta estava seca e eu simplesmente travei. Fiquei tão triste e decepcionada, mas não queria desativar essas emoções. Ainda assim, eu sorri. Lembrei do tempo que passei com Shequraso e me forcei a fazer isso.

— Uh, umm… Shequraso, você lembra de como a Cafetina ficou irritada quando colocamos o banco na frente da loja? Então, como estávamos sempre almoçando lá, ela às vezes nos trazia um bolo e outros doces, né? Acho que ela queria ficar com a gente. Mas era um banco só de três lugares, sabe? Era o nosso lugar. Me sinto um pouco mal por ela, mas o que podemos fazer?

A mão de Shequraso estava fria. Aqueles lábios que costumavam liberar uma linda voz estavam secos.  Mas ela continuava tão linda. Eu queria ter um rosto assim.

— Hmm, talvez eu te conte isso. Era para ser um segredo, então não conte para a Lupe. Dissemos que comeríamos hotpot, lembra? Eu queria que vocês provassem o famoso prato da minha cidade natal, o hotpot sombrio. E esse hotpot é, sem dúvidas, tiro e queda. Primeiro você deixa o caldo bem escuro, depois coloca todos os ingredientes que quiser. O ponto é, bem, tudo o que você pegar, vai ter que comer. Hee-hee. Mas não vou te contar o que eu planejava colocar!

Eu só falei sobre coisas bobas; coisas das quais nós três ríamos, coisas que aconteceriam no futuro.

Sempre nos demos tão bem. Fiquei tão feliz por fazer amigas neste mundo. Eu te amo. Também sou muito grata. Então…

— Haru… — murmurou Shequraso, sua voz estava rouca.

— S-sim! Sou eu. Estou aqui!

Seus lábios se moveram com tanta fraqueza. Seus dedos agarraram minha mão levemente.

— Venha… Ao meu casamento…

Pensei que meu coração ia parar. O rosto frio do Bisque e a face de Shequraso se sobrepuseram em minha mente, pensei que ia soltar um grito. Mas eu sorri. Sorri do fundo de meu coração.

— C-claro! Nós faremos uma enorme festa para você!

Shequraso sorriu e então… Adormeceu em silêncio.

Kiyori manteve a luz sobre a testa de Shequraso e, com uma voz suave, começou a orar.

Escondi meu rosto e chorei. Chorei pela primeira vez. Quando cheguei a este mundo e comecei este tipo de trabalho, sabia que ficaria infeliz se chorasse, por isso decidi não fazer isso, mas já era demais.

— Ahhhh! Shequraso! Shequrasooooo! Eu odeio isso! Nãooooo!

Nós não passávamos de miseráveis, e estávamos tão, tão lamentáveis. Então não pude mais esconder meus sentimentos. Se as coisas ficassem difíceis, eu choraria. E ficaria brava. Eu devia ficar furiosa. Não aguentaria mais toda essa merda. Nunca os perdoaria.

Agradeci a Kiyori, pedi para que cuidasse das coisas e saí. A chuva ficou ainda mais forte e a noite estava nublada. Mesmo assim, aquele cavalo manco ainda me esperava.

Kiyori veio atrás de mim.

— S-senhorita Haru! Onde você vai?

— Vou encontrá-los.

Eu não queria mostrar o meu rosto do jeito que estava, então não olhei para trás.

— Mas por quê? O que você vai fazer? — Então ela olhou para as rédeas em minha mão, intrigada. — Você sabe andar a cavalo…?

Sim.

As mulheres deste mundo não andam a cavalo, mas eu sabia fazer isso.

Eu nunca tinha tocado em um no meu mundo antigo, mas eles ficavam mansos perto de mim e corriam conforme eu quisesse.

Agora sou capaz de fazer isso. Também posso usar uma espada.

—  Kiyori, parece que você já descobriu, então vou te contar. Eu e Chiba viemos de outro mundo, conforme você imaginou. Provavelmente foi culpa do deus deste mundo, tudo para derrotar o lorde demônio. É por isso que o Chiba é mais forte que um homem comum e é por isso que ainda estou bem mesmo depois de passar pelo mesmo que Shequraso.

Não é como se esse deus estúpido tenha nos dito o que fazer.

Se ele não levasse Shequraso para o melhor lugar do Céu, eu iria atrás dele. Mas hoje, pela primeira vez, estava um pouco grata a ele; por estabelecer as regras deste mundo.

— Deus deu habilidades roubadas tanto para Chiba quanto para mim.

 


 

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