JK Haru é Uma Profissional do Sexo em Outro Mundo

Jk Haru é Uma Profissional do Sexo em Outro Mundo – Cap. 10 – Na Sala de Aula

— Estou fodido!

O fã de carpas estava com sua cabeça de peixe nas mãos.

Eu estava meio sonhadora ao lado dele. Toda vez que pensava naquela transa com o homem de cabelos prateados, acabava ficando com um sorriso bobo no rosto.

Claro, isso era algo só meu. Tee-hee.

— Haru, você está escutando?

— Nope!

— Mas isso diz respeito ao destino do mundo todo!

Chiba parecia meio doente e estava com mais espinhas do que o normal.

Mesmo pensando sozinha, “Cala a boca, crianção”, decidi dar um pouco de atenção a ele. Digo, esse cara estava pagando para eu falar com ele.

— O que está havendo? Está com problemas com seus arremessos?

— Eu nunca falei com você sobre beisebol! Não, o problema é este mundo estúpido! — Chiba apontou um dedo para a mesa e complementou, ficando chateado: — Existe um limite de nível! Aquele deus bastardo nunca falou sobre isso!

— Um limite? Como assim?

— Um limite. Como em alguns jogos que você só pode chegar até o nível 99. Neste mundo, o limite varia entre uma e outra pessoa. O meu é 91, não posso upar mais. Mas para chegar às batalhas de Rank B e avançar na arena, preciso chegar ao menos no nível 100!

— O que houve com suas habilidades? Suas habilidades roubadas.

— Como eu disse, cheguei ao meu limite; um muito baixo. Digo, ainda continuo imune a ataques mágicos e efeitos negativos, mas se a diferença de níveis for muito grande, não poderei fazer nada. Também não tenho nenhum tipo de movimento arcano ou especial!

Então, basicamente, ele pensou que poderia ficar infinitamente mais forte, mas existe um limite. E varia de pessoa para pessoa. Ohh? É isso mesmo? Sério? É por isso que ele está de mau humor? Ele estava falando sobre como se tornaria o homem mais forte do mundo, mas mentalmente falando, não passava de um colegial esquisitão.

— Tudo bem. É só quando as pessoas passam a se conhecer que alcançam a sua verdadeira força. Heh heh.

— Haru, o que é tão engraçado aqui? Nesse ritmo, acabarei sendo só “aquele cara que era meio forte”. E também não vou poder te proteger se não ficar mais forte!

— Você já me ajudou alguma vez quando eu estava com problemas?

Já estive em diversas situações difíceis, e não me lembro desse cara ajudando. Fala sério. Ele já ganhou o título de cara mais inútil do mundo faz tempo.

— Se você não pode ficar mais forte lutando, que tal um pouco de exercícios?

— Agh, Haru, você simplesmente não entende. Claro, se eu trabalhar nas minhas estatísticas, vou upar um pouco. Mas isso leva tempo e dá muito trabalho!

— Uh, claro, isso é o normal.

— Sim, o normal! É por isso que odeio coisas assim! Você sabe o quanto odeio coisas como treinos intensivos e esforço excessivo, Haru.

Não sabia, mas agora sei. Você é o pior.

— Ahhhh, inferno. Eu queria derrotar o lorde demônio! Se você pudesse remover esse limite de nível, eu poderia matá-lo! — choramingou ele em voz alta, como se estivesse tentando falar com deus.

Agora você fala isso, mas antes ficava dizendo que não tinha intenção de tocar no lorde demônio. Isso é desprezível Chiba. Suspira.

— Bem, Tochigi, só fique aí.

— É “Chiba”!

— A “península com toneladas de diversão”?

— Esse é o slogan da Prefeitura de Chiba!

— Ah, o tempo acabou, que pena. Então tchau tchau.

— O que, já? Digo, você não vai me consolar?

— Você tem a Kiyori.

— Ah, ela… Eu realmente não entendo, mas ultimamente ela deve estar ocupada com o hospital ou coisa do tipo. Faz tempo que não a vejo.

Então ela está dando um gelo nele?

Bem, é só a Kiyori, então talvez ela realmente esteja ocupada, mas se estiver tentando criar um pouco de espaço entre ela e Chiba, já é algo bom. Aquela garota é bem séria. Se começar a sair com Chiba, vai ser algo simplesmente lamentável.

— Olha, eu pago os oitenta rubers. Vamos lá para cima. — Ele arrogantemente colocou algumas moedas na mesa, mas quando medi a altura com os olhos, sorri.

— Não é o bastante!

— Hein?

— Hoo-hoo. Você não pode pensar que sou a mesma garota de sempre! Desde ontem estou custando cem!

— O quê? Isso é sério? Que roubo!

— Não estou roubando ninguém!

Maldito otaku rude. Finalmente cheguei aos três dígitos! O grande momento! E este mês, definitivamente vou ficar em quinto lugar. Serei uma das cinco deusas.

Estou quase alcançando a terceira posição da Shequraso. A posição no número de vendas finalmente ficou competitiva!

Agora meu trabalho é muito mais importante para mim do que o lorde demônio ou as trapaças do Chiba. Eu até quero que a loja fique mais bem conhecida.

Sinto que finalmente comecei a entender o que significa me sentir responsável.

— Então, como uma das garotas propaganda da loja, preciso continuar explorando novos territórios! Pare de choramingar e vá se confortar com alguma outra garota. Os pontos de experiência que você precisa não são apenas para batalhas, são para a vida também! Lupe, dê uma boa aula para esse cara!

— Huh? Haru…

Ele é uma dor no cu, mas ainda existem garotas de bom coração que se preocupam com ele. Aparentemente, esse cara as lembra de seus irmãos mais novos. Empurrei o Chiba para a Lupe e fui trabalhar no térreo.

— Por favor, ouça meus problemas, Senhorita Lupeeee!

— Claro, ouvirei.

Além disso, ultimamente tenho sentido que estão combinando mais.

— Visita para conforto?

Lupe e eu franzimos a testa diante do termo desconhecido.

— Sim. Você vai ao quartel, canta e bebe com os soldados. Acho que serve para animar os caras da linha de frente que não podem vir se divertir. O Sr. Bisque perguntou se eu iria — disse Shequraso alegremente, brincando com sua franja. — Pelo visto muitos soldados sabem tocar algum instrumento, então acho que às vezes eles querem ouvir uma garota cantando. Mas se tudo correr bem, talvez acabe sendo meio trabalhoso. Não posso fazer muito, mas estou confiante em minha voz.

— A Cafetina concordou?

— Sim, ela disse para eu dar o meu melhor. E o exército vai pagar para mim e para a loja. Eu, sozinha, vou ganhar dois mil e quatrocentos rubers em duas noites!

— Uau, Shequraso. Você é uma cantora de verdade.

— Heh-heh. É só o meu namorado puxando algumas pontas…

— Claro, seu namorado…

— Sim… — Ela continuou brincando com a franja e abaixou a voz. — O Sr. Bisque disse que quer me apresentar ao Comandante de Esquadrão.

— Hã? Para aquele cara assustador?

Pessoalmente, esse é o tipo de pessoa que eu definitivamente não quero conhecer. E da última vez que o Sr. Bisque a evitou…

Mas Lupe parecia surpresa.

— Isso deve significar que… — O rosto de Lupe estava vermelho, mas o de Shequraso estava ainda mais.

Hã? É disso que se trata? É isso que significa ser apresentada ao superior de alguém?

— Vocês vão se casar…?

— N-não, não há nada oficial! Só disse que quer aproveitar a oportunidade para me apresentar!

— Eek! Parabéns!

— Ótimo! Shequraso, isso é ótimo!

— E-ei, esperem! Ainda não temos certeza de nada! — Foi o que ela disse, mesmo parecendo muito feliz. Apesar de no outro dia estar toda triste e deprimida.

Que bom para ela.

— Então vamos fazer uma festa de hotpot para uma grande recepção no seu retorno!

— Oh, deixa que eu pago. Vou comprar tudo o que vocês quiserem comer!

— Doces!

Ok. Enquanto a Shequraso está realizando seus sonhos, eu tenho que segurar as pontas na loja.

Eu estava ficando toda animada quando…

— Senhorita Haru… — Kiyori apareceu com um rosto sombrio.

— Uah, pare com isso, você está me assustando. O que há com essa cara?

— Desculpa… É a cara que eu faço quando não sei o que fazer…

— Não, você já falou algo parecido antes, mas eu não tive esse tipo de sensação ao olhar para você.

Ela parecia mais triste a cada vez que nos víamos. E ela não é uma Irmã? Perder a pureza é o primeiro passo para você ser amaldiçoado…

Eu fiz ela sentar e peguei uma bebida quente para que tomasse. Talvez isso tenha a acalmado, já que parecia estar retomando sua coragem.

— Eu me sinto tão impotente…

Pelo visto, Chiba estava deprimido. Ela estava ocupada, então não podia ver ele com frequência, e a casa estava uma baderna. Mas ele não contou a ela o motivo para estar chateado. E quando foi encorajado, apenas disse: Você não entende o que eu sinto.

— Eu me sinto tão patética… — Os ombros dela cederam enquanto a garota suspirava.

Ela é séria demais.

Não há necessidade de perguntar a um cara sobre as preocupações que ele não conta nem para a própria namorada. Você não pode mimar os homens assim, sem motivos.

— Então, eu não sei se devo falar isso ou não, mas, sério, o Chiba não te deixa brava? Não é um pé no saco cuidar de um cara desses? Talvez ele possa parecer legal na arena, mas como é sair com ele?

“Posso dizer, só de te ouvir, que você está fazendo o seu melhor. Mas o Chiba nem te leva para a floresta, não é? E ele está sempre te dando ordens desagradáveis, tipo “Faça isso, faça aquilo”, não é? Kiyori, em momentos assim, você deve ficar brava, e não deprimida. Ele só fica jogando as coisas em você porque você deixa.”

Ele é o tipo de cara que se machuca com qualquer coisa. Com esse tipo de garota obediente o seguindo cegamente, ele poderia se transformar em um tipo de stalker, perseguidor ou criminoso, ugh.

Mas, em vez disso, Kiyori ficou ainda mais deprimida.

— Então a culpa é minha, hein…?

— Não, não é isso que estou dizendo. Eu disse que você não precisa tolerar todas as frescuras dele.

Gah, isso é um pé no saco.

— Chiba está chateado porque descobriu que sua história de sucesso estúpida não passa de mentira. É claro que ninguém entenderia. Até a Lupe, lá da loja, que é uma ótima ouvinte, diz que isso não faz sentido. Mas ele não está enfrentando nada complicado; é só que não passa de um preguiçoso que odeia trabalho duro.

Tentar explicar sobre trapaças e habilidades para alguém deste mundo parecia ser algo inútil. Seria impossível já que nunca jogaram sequer um jogo de celular, e mesmo eu não entendi direito. Nesse sentido, é meio triste eu ser a única com quem Chiba pode conversar. Mas isso não significa que ele possa ser um cuzão com a própria namorada.

— Por que você não tenta terminar com ele? Isso poderia fazê-lo pensar nas coisas. E seu objetivo é seguir em frente, certo? Tenho certeza de que existem outros aventureiros legais. Sim, acho que seria muito mais fácil desse jeito, e você conseguirá um custo-benefício melhor do que ficando com um cara insolente como o Chiba. Kiyori, você é tão fofa, então é isso que eu acho que você deveria fazer. Persiga seus sonhos e agarre um cara!

Claro, todos os caras fortes são mais velhos, mas mesmo assim. Quanto mais maduros, mais legais.

— Eu simplesmente não consigo pensar assim… — murmurou Kiyori. Em algum momento, ela levantou a cabeça e começou a me encarar com seus olhos cheios de… Sei lá. — Eu sinto que você e o Sr. Chiba são realmente diferentes do resto de nós. O jeito que você pensa, o jeito que você fala… Existem algumas coisas que só vocês dois parecem entender. Igual essa coisa de “custo-benefício”, ninguém fala assim por aqui. Parece que vocês dois vivem em um mundo sobre o qual não sabemos nada.

Ahh, isso realmente é um pé no saco. A linguagem deste mundo é bastante útil, já que posso usar a maioria das palavras wasei-eigo[1], mas, às vezes substantivos e gírias próprias acabam me pegando de surpresa. É que está tudo meio fora do lugar aqui.

A maioria das pessoas deixa as coisas entrarem por um ouvido e saírem pelo outro, mas aqueles mais atenciosos não são assim.

— Senhorita Haru, será que vocês dois…?

— Ahh, a loja já vai abrir! De qualquer forma, vou falar com o Chiba por você. Mas, mais importante, Kiyori!

— S-sim?

— Você precisa falar mais sobre os seus sentimentos também. Os garotos normalmente têm problemas para ouvir. E não se deixe levar pelos misóginos! São homens e mulheres, juntos, que fazem o mundo girar!

— E-eu não faço ideia do que você está falando…

— Isso é tudo! Vá!

Eu a expulsei e voltei ao trabalho. Estava ocupada. Shequraso tinha saído com o namorado, então eu precisava preencher sua ausência. Tive que trabalhar duro.

— Lupe, Haru e Kiyori simplesmente não entendem como o protagonista se sente durante a parte mais triste da história. Eles não ficam nus ou coisa assim, só começam a conversar.

— Hmm. Eu realmente não entendo, mas homens e mulheres nem sempre conseguem se entender com facilidade…

Mas eu não aguentava mais ouvir o Chiba resmungando com Lupe e joguei um pouco de água nele.

— Augh, está fria! E minha cabeça não é um koi ou uma carpa!

— Fica quieto! Cansei dessa porcaria, só venha aqui. Pague cem rubers e venha comigo!

— Nossa, olha só pra você, com tanto fogo… Desculpa, Lupe. Vejo você depois.

— U-uh, ok. Mas só para você saber, eu acho que a Haru está putaça. Isso é um grande problema, então pode ser fatal se você não se esforçar.

Eu já estava subindo as escadas, e Chiba me seguia entendendo tudo errado. No segundo em que entramos no quarto, eu o joguei sobre meu ombro.

— Pode não parecer, mas eu era do clube de judô no ensino fundamental!

— Não venha com essa história secundária agora!

Chiba voou fazendo um belo arco e caiu na cama. Eu pulei e o sufoquei.

— Chiba, pare de criar problemas para todos!

Que merda é essa de “parte triste da história”, seu otaku viciado em animes de merda. Você ficou forte com tanta facilidade, mas agora, por causa de um probleminha, acha que está condenado? Todo dia é a parte triste da história para as profissionais do sexo! Não nos trate feito idiotas, seu imbecil! Não subestime aqueles na base da pirâmide social! Viva como se sua vida dependesse disso, seu idiota!

— Haru, pare com isso! — Ele não teve problemas para soltar minhas mãos de sua garganta e ficar sobre mim. — Sou mais forte e não quero te machucar. — E ele ainda acrescentou: — Eu só deixei você me arremessar por ser você. E eu também fiz o mesmo a respeito daquele copo de água. Se fosse outra pessoa, ela não teria mais os braços.

Não sei que tipo de vida uma pessoa inocente (é isso?) leva, mas Chiba e os outros aventureiros que ganham a vida caçando demônios possuem esse tipo de aura sanguinária.

— Porque minha força é para te proteger.

— Mas como eu disse, você nunca me protegeu…

— A razão pela qual protejo esta cidade dos monstros é porque você está aqui.

— Você só está ganhando XP!

— Estou traçando meu destino. O protagonista precisa ficar mais forte.

Ele começou a falar sobre como compartilhamos do mesmo destino de vir de outro mundo e aproximou seus lábios de meu pescoço. Depois prendeu meus braços na cama. Tudo a grosso modo, como se eu fosse sua presa.

— Não fique muito convencido ou eu vou te matar, seu otaku escroto! — Mas eu me deitava com caras assim todas as noites. Tão pouco não me perturbaria.

Eu posso sobreviver sem a sua proteção. Fiz isso até agora! Tenho sobrevivido sozinha neste mundo. Posso colocar um cara no chão a qualquer momento com um simples chute nas bolas. A única razão pela qual não faço isso é por ter feito uma promessa a algumas crianças! Você é quem está assustado, seu esquisitão!

— Eu não estou ficando convencido… — Mas Chiba não desistiu como de costume. Ele suspirou e sentou. — Eu não estava ficando arrogante, poxa! É você que estava, Haru! Isso não é a escola e não estamos mais na sala de aula. Não me chame mais de otaku escroto! — Ele me segurou e gritou com uma cara séria, uma que eu nunca tinha visto antes. — Eu sei que você costumava chamar eu e meus amigos assim! Sei que ria de nós. Você olhava para todos como se fôssemos de uma espécie diferente, certo? Mas aquela sala de aula não era só sua! Também era nossa! Mas você sempre foi o centro das atenções, cercada de amigos, rindo alto feito uma idiota estúpida de merda, toda popular e sempre se divertindo!

Foi a primeira vez que Chiba mencionou o outro mundo. Lembrei que nunca tinha falado com ele na sala de aula.

— Não estávamos sendo arrogantes! Nem sequer tínhamos espaço! Mas isso não importa mais. Neste mundo, sou o protagonista, estou cercado por belas garotas e agora você é só uma heroína secundária! Mas fique sabendo — ele apontou para mim com lágrimas nos olhos —, por que você acha que eu morri te protegendo? Eu sempre fiquei pensando nisso! Eu… Eu só pensei, não seria ótimo se, no lugar de ter dias tão chatos, não seria melhor vivermos uma comédia romântica com você como heroína? Eu fiquei pensando nisso o tempo todo! E agora, por que você é que está chateada quando eu é que estou com problemas? Não entendo! Por que você não está me consolando como deveria? Sem mim, como você viverá neste mundo? Sem mim você estará condenada! — gritou Chiba, chorando enquanto mantinha as duas mãos no rosto. Isso era como as coisas “saindo dos trilhos”.

Foi a primeira vez que ouvi os verdadeiros sentimentos desse cara. Mas eles eram ainda mais podres do que eu imaginava.

— Chiba, saia.

Terminamos por aqui. Não aguento mais. Nós somos uns “amigos” bem estranhos já faz algum tempo, ou nem tanto, hein?

— Sempre pensei que você era meio nojento, mas agora você conseguiu virar o maior monstro de todos.

—Heh. — Ele encolheu os ombros enquanto ria. E então tirou as calças. — Oh, claro. Entendo. Você acha que ainda é Haru Koyama, parte da alta classe da sala de aula. Mas você não é. Você é só uma puta. E eu sou o cliente, então…

Ele soltou seu pau branco. E então empurrou aquilo em minha direção e disse:

— Chupe.

— Sim senhor!

Eu fiz o meu trabalho. Negócios são negócios, então fiz tudo perfeitamente.

Chiba é sensível, então quando toquei a ponta com a língua, seus quadris tremeram. Me vendo de joelhos, segurando seu pau com minhas mãos e o chupando, ele riu enquanto choramingava.

— Heh… Haru está… Chupando meu pau.

Sim, estou. Eu, supostamente parte da alta classe da sala de aula, estou chupando o pau de um esquisitão. Fique tão excitado quanto quiser.

— Nn, ahh…

Chiba arrancou a camisa e começou a mover os quadris.

Eu fiz barulhos molhados enquanto chupava. Agitei a ponta da minha língua sem parar.

— Haru…

Ele ficou empolgado e tentou tocar meu cabelo, mas eu afastei sua mão.

Então ele empurrou seus quadris e cutucou minha garganta com a ponta de seu pau, foi bem desagradável, mas eu deixei ele fazer o que queria.

Logo antes de ele gozar, resolveu tirar da minha boca. Então gozou tudo na minha cara, esfregando o pau enquanto espasmava.

Aquela gosma pegajosa escorreu pela minha franja e bochechas. Vendo meu rosto assim, ele voltou a rir.

— Heh.

Depois, afastou o pau e se preparou para ir embora.

— Chiba… — Limpando meu rosto com uma toalha, falei sem me virar. — Nunca mais volte aqui.

Chiba bufou e disse:

— E quem disse que eu voltaria?

Bem, quem se importa com aquele idiota… tenho trabalho a fazer!

— E então, Shequraso ficou ocupada, então ainda não pudemos fazer a festa de hotpot. Quando fizermos, quero comprar carne com você. Podemos fazer pedidos, né?

— Oh, sim. Está bem. Acho que seria mais barato comprar os ingredientes do restaurante também, então espero que você me deixe cuidar de tudo.

— Sério? Aww, obrigada.

O Sumô é um cara legal. Nada parecido com aquele imbecil de merda. Quando apertei sua mão, ele corou na mesma hora. Garotas ainda são o ponto fraco dele.

— Oh, hey. Que tal treinar com uma garota diferente de vez em quando?

— N-não. É demais para mim.

— Todo mundo diz que você é bem fofo, sabia?

— N-não, isso não é verdade.

Na verdade é sim. Desde o incidente com o filho do mestre da guilda, o Sumô virou um tipo de ídolo por aqui. Sua postura sincera naquele dia conquistou o coração de várias garotas.

Ultimamente, até eu tenho achado ele bonitinho.

Houve um tempo em que pensei que você precisava ter um corpo quente para ser um homem popular, mas recentemente percebi que existem vários tipos de homens no mundo, e que existem várias formas de estar com eles. Claro, meu tipo atual é bem maduro, legal e mais velho.

— E aí, quer subir comigo?

— Sim…

Eu também gosto do Sumô. Acho que ele pode virar um cara ainda melhor.

Ultimamente, ele aprendeu a me pegar por trás.

Ele é do tipo que consegue fazer algo se tentar de verdade.

Minhas vendas aumentaram bastante, e eu esperava me sair ainda melhor do que na noite anterior.

Junto com a sensação de que eu era mais valiosa, veio mais pressão ainda. Eu não poderia cometer erros ou ser humilhada no trabalho. Não negligenciei meus preparativos para a loja ou animação de palco.

Quando eu fazia um bom trabalho, os caras percebiam isso e me compravam. Finalmente, depois de jogar meus encantos pelos lados e cumprir com todo tipo de tarefa chata com todas as minhas forças, os clientes se apaixonaram por mim. Eles começam a gostar de mim como pessoa e só então viram clientes regulares.

Antes, meu trabalho era todo irregular. Acho que houve alguma reclamação. Se algo está realmente ruim, você precisa se expressar, mas também é necessário sorrir na frente dos clientes o máximo possível.

Nesse negócio, seria exagero dizer que estamos vendendo sonhos, então não farei isso, mas é importante deixar todos os clientes felizes. E quem deixa mais pessoas felizes é a número um.

Tudo bem, estou empolgada. A profissional do sexo Haru está pronta para ação. Hora de mais um agitado dia de trabalho!

— Haru. — A Cafetina me chamou de trás de um pilar.

— O que houve?

Era raro ela tentar evitar conversas na frente de outras pessoas. Quando me aproximei, ela agarrou meu braço e falou em voz ainda mais baixa.

— Shequraso foi fazer aquele trabalho no quartel e ainda não voltou. Ela devia ter voltado ontem… Você ouviu alguma coisa?

Neste ramo de trabalho, as coisas boas e as ruins se revezam como o dia e a noite. Então, aos poucos, as coisas ruins começam a assumir o controle.

 


Notas:

1 – Wasei-eigo são pseudo-anglicismos japoneses, construções da língua inglesa que não são usados em países anglófonos ou por falantes nativos do inglês, mas que aparecem na língua japonesa.

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