JK Haru é Uma Profissional do Sexo em Outro Mundo

Jk Haru é Uma Profissional do Sexo em Outro Mundo – Cap. 01 – JK Haru Procura um Emprego

A coisa mais engraçada que aconteceu desde que cheguei a este mundo foi eu ter começado a rir sobre usarem grama para contracepção aqui, e disse:

— Nossa, vocês não ficam chapados?

E a Cafetina respondeu:

— Não. — Seu rosto estava completamente sério. — Você nunca ouviu falar de grama luvya? — perguntou ela. — Todo herbalista por aqui carrega um pouco disso consigo. Você deve ter vindo de algum país bem distante.

Não acredito que fui chamada de caipira por alguém de um mundo que não tem telefones nem internet, então imagine a possibilidade de haver um smartphone, sequer eletricidade ou carros. Por todo o meu povo de Tóquio, lamento, é sério. Ela insultou nossa metrópole.

Mas, neste mundo, parece que este local é urbanizado. Apenas um pouco mais para trás, um orc sequestrou algumas crianças, mas acho que esta é uma cidade grande, mesmo com coisas assim acontecendo aqui e ali. Nunca ouvi falar desse tipo de coisa, exceto nas Notícias Surpreendentes do Mundo[1], mas tudo bem, faz parte.

Ainda assim, tenho que me dar bem com essas pessoas fantasiosas a partir de agora.

Caso contrário, viro comida de orc.

Não é hora de fazer piadas — tenho que prestar atenção ao que ela está dizendo.

— Antes de se deitar com um cliente, pegue um pouco desta pasta pegajosa que é feita ao esmagar a grama e enfie dentro de você. Só um dedo já basta. Quando terminar, remova junto com a porra, limpe e reaplique mais antes do próximo cliente.

A Cafetina era uma mulher bonita e madura o bastante para que possa ser assim chamada, e tão elegante que você jamais imaginaria que era a dona de um bordel. Quando ela falou “porra”, assim, do nada, foi bem sexy.

Isso era óbvio, mas ela estava tão acostumada a explicar todo esse processo que nem ficou vermelha nem nada.

Foi aí que pensei: Cara, eu realmente vou virar uma puta.

— Você não sabe nem os meios de contracepção, já dormiu com algum homem antes?

— Sim, uh, uns dez.

— Oh, então você já fez bastante para alguém tão jovem. Qual é a sua idade?

— Deezenovee…? Digamos que vinte.

— Entenda, você não precisa mentir. Temos garotas de quatorze anos trabalhando aqui.

— Ah, entendi. Foi mal, no lugar de onde venho este tipo de trabalho é proibido para menores de dezoito anos.

A Cafetina arregalou os olhos.

— E mesmo assim você conseguiu deitar com dez pessoas! Bom, bom — riu ela.

Na verdade, eu fui acompanhante por algum tempo durante o ensino médio. Mas parei rapidinho, já que um amigo meu, em quem eu confiava, me enganou — não, acho que “me usou” serve melhor.

Além disso, eu só fazia isso com namorados, nunca fui nenhum tipo de vadia.

Mesmo assim, devo ter dormido com dez caras, mas, eh…, é um saco tentar lembrar da cara de cada um deles, então deixemos assim, está ótimo.

De qualquer forma, assim sendo, o único trabalho que senti que poderia fazer quando fui jogada neste mundo desconhecido foi: vender sexo.

Nunca pensei que faria esse tipo de coisa novamente, e realmente queria dizer para minha mãe e meu pai que sinto muito. Mas agora é para ganhar a vida; não tenho escolha.

— Certo. Você está contratada. Você também parece ser popular. Bem-vinda ao Gato Azul Noturno, Haru.

— Fico feliz por estar aqui!

— Vou te apresentar a todas, então hoje só precisa ajudar no bar do andar de baixo. Você pode começar a atender clientes assim que estiver mais por dentro de nossas regras.

— Certo!

E, assim, virei uma profissional do sexo em outro mundo.

Sinto falta da vida no colégio que eu costumava ter, mas morri e fui enviada para este mundo. Não ouvi nada sobre qualquer meio para voltar, então por enquanto só tenho que dar o meu melhor para sobreviver.

A vida da garota do colegial, Haru Koyama, recomeçou em um mundo que parece o jogo de telefone de algum otaku idiota, e ela, silenciosamente, transformou-se em uma garota trabalhadora.

É dessa maneira que minha triste vida em uma zona começou, mas eu me acostumei com facilidade.

Todos os dias eu servia como garçonete no bar, flertava e de vez em quando mostrava minha calcinha para os clientes, dormia com os que se interessavam, tomava um banho rápido e voltava ao serviço. Todo dia ficávamos abertos até tarde.

Pensei que seria como uma casa de banho no Japão, então talvez pudesse esperar na cama até que algum interessado aparecesse, mas, neste mundo, um bordel é praticamente a mesma coisa que um pub. Claro, eles também têm bares normais, mas normalmente as garotas e as bebidas são servidas junto. Digo, suponho que seja uma maneira lógica de conseguir clientela.

Este mundo está no meio da porra de lugar nenhum, há um demônio furioso, monstros e outras coisas do tipo. A cidade em que trabalhamos está bem na linha de frente da guerra contra o exército do lorde demônio, então está repleta de soldados e combatentes vadios, assim como donos de empresas mirando esses soldados. Nós nunca nos fizemos de difícil para qualquer cliente.

Bebida alcoólica, garotas e o riso desleixado de um homem — sim, hoje está bombando como de costume.

— Tô falando, não há nenhum monstro que meu machado de duas mãos não possa fatiar. Você pode perguntar para qualquer pessoa… todo mundo sabe que é verdade.

— Sériooo? Wooww! E seus músculos são tão firmes! Posso tocar?

Mesmo esse tipo de conversa sem sentido ao redor das mesas funciona.

E, na verdade, já tenho meus clientes regulares. Às vezes eles me levam para comer algo bom. Estou financeiramente estável agora e posso comprar minha roupa íntima nova com minhas gorjetas.

Este mês eu fiquei como a sétima colocada no número de vendas.

Muito bom para uma novata, considerando que há dezoito meninas, né? Bem, uma não passa de uma dona de casa que só aparece duas vezes por semana, e outras têm empregos diurnos, mas ainda assim não foi tão ruim.

— Ah, o tempo já está acabando! O que deveríamos fazer? Que tal ir lá para cima?

— Já tá na hora, hein? Você é uma criança interessante, mas é muito nova para o meu pau. Talvez depois. Gah ha ha!

Porém, ultimamente, estou meio incomodada por não conseguir passar da barreira do número cinco.

No mês em que comecei a ser vendida, fiquei a todo vapor, mas depois de chegar à quinta colocação, fiquei flutuando sempre entre a sexta e a sétima, mesmo em dias bons.

Ainda sou muito nova e posso crescer, mas sempre fui popular na escola e tenho certa confiança em minha aparência. Pensei que conseguiria superar as cinco deusas, por isso fiquei meio desapontada comigo mesma.

Será que são meus peitos…? Parece que são muito pequenos.

Isso é o que eu estava pensando com uma carranca estampada no rosto, limpando as mesas, até que alguém chamou pelo meu sobrenome.

— Koyama.

Neste mundo, os plebeus não têm sobrenomes, a menos que você resolva chamá-lo pelo lugar de onde veio, então há só uma pessoa que sabe meu sobrenome.

Seiji Chiba.

Ele estava na mesma classe que eu até sermos transportados, juntos, para este mundo.

— Chiba, eu já falei. Aqui eu me chamo “Haru”, nada mais, nada menos. Fale direito!

— Uh, claro. H-Haru… certo. Se é assim que você quer que eu te chame, então vou tentar.

— Então, o que quer? O balcão serve?

— Uh, claro. O lugar de sempre.

— E, de novo, onde?

— N-no canto.

— Certo. Serviço para um!

Chiba estava nervoso como sempre, mas dessa vez com um sorriso estranho no rosto.

Esta cidade estava lotada de aventureiros — pessoas que exterminam monstros e saem explorando para sobreviver — e Chiba era um deles. Toda vez que o via, seu rosto parecia um pouco mais másculo, mas o fato de ele ser um esquisitão e ninguém nunca saber o que ele pensa não mudou. Nunca gostei de gente esquisita.

De acordo com alguém que foi para a mesma pré-escola que ele, houve um período em que esse cara foi famoso por suas ilusões de pré-adolescente — acho que não passava de um verdadeiro perdedor. Ultimamente, desde que chegamos aqui, ele pintou o cabelo de vermelho e ganhou muita força, mas isso não combina com ele, pior, só consigo ver uma franja bizarra em um esquisitão — eca. Ele também sempre usa um peitoral vermelho e uma ombreira, isso faz com que pareça um modelo para estudo de anatomia.

Será que para os padrões de um otaku isso é legal? Mas realmente não entendo. Ou mais, não acho que ele sabe que ainda tem um rosto cheio de espinhas.

Até virmos para esse mundo, nunca desperdicei meu tempo falando com esse cara. Para ser franca, ele não passava de parte da mobília na sala de aula.

Enquanto preparávamos o festival escolar, aconteceu de ficarmos no mesmo grupo de compras, e ele foi o primeiro a perceber o caminhão desgovernado.

Se ele tivesse me avisado, talvez eu poderia ter evitado isso, mas não, ele correu feito louco e me derrubou. Como resultado, nós dois morremos e viemos parar aqui.

Claro, não faz sentido falar sobre isso agora. Eu podia ter sido atropelada, não importa quem tivesse notado as coisas primeiro, então não abordei o assunto.

— H-Haru, você cortou o cabelo?

— Ahh, sim. Estava atrapalhando, então cortei. Parece meio estranho, né?

Tenho certeza que expliquei que queria o comprimento batendo no queixo e todo picotado, mas pelo visto o cabeleireiro não entendeu direito, então ficou estranho pra caralho. Mas, bom, contanto que seja curto, serve.

Não sei se é porque as pessoas andam a cavalo aqui ou o que, mas tem um monte de idiota que agarra o cabelo das meninas e puxa por trás, como se fossem rédeas. Isso não é bárbaro e estúpido?

De qualquer forma, é por isso que cortei meu cabelo, apesar de gostar dele comprido.

Chiba olhou para a minha cabeça, depois para o meu rosto e finalmente para os pés, sorrindo.

Naquele dia, eu estava usando meu vestido preto curto. O único outro que tenho é um laranja, um pouco mais longo, então Chiba devia estar mais acostumado com ele…

— Não ficou estranho… É parecido com o da Yufumin de SoraDan. Achei bacana.

— Hein?

— Ela é uma sub-heroína de um dos melhores animes do ano passado. Apesar de ser só uma personagem secundária, tenho certeza que é a mais popular. É uma empregada que serve a heroína principal…

— Hmm. Chiba, você gosta de empregadas?

— N-não, não digo por mim, digo, é popular na net. Ela é uma loli, então é claro que seria popular na internet. Realmente não entendo isso, digo, não entendo mesmo, mas acho que gosto da personalidade dela, aprecio a bravura, sabe? Não é que eu odeie a aparência dela ou coisa do tipo, mas existem muitos outros personagens bacanas.

— Uh, tá bom…

— Mas Yufumin tem o cabelo azul, então se você pintasse o seu, ficaria ainda mais parecida com ela. Além disso, ela normalmente fala com bastante educação, mas de vez em quando repreende a protagonista falando: “Você não pode fazer isso!”. Ela sempre fala o que pensa. Na internet falam que nesses momentos ela está agindo feito uma “mamãe” e depois todo mundo comenta com emojis de bebês… é hilário e…

Só comecei a conversar com o Chiba depois de virmos parar neste mundo, eu ainda não entendia nada do que ele falava, tipo, só falava sobre coisas chatas.

Só de animes que ninguém nunca ouviu falar, e quando tento parecer que entendo das coisas que ele gosta e falo sobre Conan, ele só tira sarro de mim. Então não acho que ele queira mesmo ser meu amigo.

Por que ele teve que pular justo em mim naquele dia? Tinha uma outra esquisitona lá.

— Quais são seus planos para hoje? Quer subir?

— Ah, uh, claro. Se você quiser, eu acho…

— Ou quer chamar outra garota?

— N-não, eu não sou este tipo de cara! — Ele ficou todo desnorteado, acenando com as mãos e corando.

Sério, eu acho que a coisa mais estranha de todas é vir a esse tipo de local e pagar para dormir com uma ex-colega quase todo dia, mas tanto faz.

Bom, preciso cuidar de meus clientes regulares, e fui eu quem pediu para ele me comprar no começo, então o levei para o andar de cima.

Ele olhou para a minha saia pelo caminho todo.

— Chiba, tire suas roupas.

— Hein? Você não vai tirar elas para mim? Vocês não estão aqui para fornecer esse tipo de serviço?

— Claro… Então coloque seus braços para cima.

Depois que tirei minha calcinha, tirei todas as roupas esquisitas, porém chiques, de Chiba. Enquanto isso, ele estava olhando para os meus peitos e buceta, esperando já com seu pau duro, sem nenhuma cordialidade.

Deitei-o na cama e sentei ao seu lado. Quando comecei a bater uma punheta para ele, ele disse:

— Faça isso com a boca… — falou com uma voz bem baixinha, ha.

Quando fingi não ter escutado, ele suplicou:

— Com a boca, com a sua boca — disse com a voz de um velhote prestes a chutar o balde, então dei uma lambidinha. — Ahh, nnn… — gemeu feito uma menininha e arqueou as costas, contorcendo-se.

Ele é o tipo de pessoa que goza do nada se eu chupar demais, então enfiei o dedo num pote de néctar fervido e resfriado (serve como lubrificante), peguei minha adorável buceta rosada toda molhada, e coloquei grama luvya para dentro.

— Ei, posso colocar…? Não aguento mais esperar.

Os olhos de Chiba relaxaram com seu sorriso e eu concordei.

— Claro, eu acho.

Se eu fosse assim com qualquer outro cliente, ficariam putos e diriam: “Não seja assim comigo! Gosto de amadoras… elas são melhores!”

— Como você prefere? Eu por cima de novo?

— Sim. Sei que você gosta disso.

Isso que é o chato nele. Quando fico por cima, fico cansada; não gosto disso, mas ele sempre quer essa posição.

Ele nem bebe nada, mas acho que vive intoxicado, já que fica falando com os olhos bem arregalados:

— Quando você está comigo, não precisa tratar como serviço. Nós podemos transar de verdade.

A primeira vez que fizemos isso ele não sabia nem como meter, então fiquei com pena e ensinei tudo. Em sua mente, significa que eu realmente estava saindo com ele.

Aparentemente ele era tão sem experiência que teve que vir e pagar setenta rubers (o dinheiro daqui) para me comprar.

Ele resmungou algo sobre ter namorado no colegial, mas com certeza era mentira. Ele era virgem, e mesmo agora, que não é mais, não tenta sequer foder uma garota direito. Só se deita e deixa todo o trabalho para a outra parte.

Bom, também existem caras mortos na cama. Ele não quer fazer sexo, só quer se masturbar. Vem aqui pela masturbação, não pela coisa real.

É claro que nós, profissionais do sexo, temos que dar um serviço adequado a esse tipo de cliente também.

Sempre abro minhas pernas e fico mostrando minha buceta. Neste mundo, raspar os pelos púbicos é algo bom para garotos e garotas, mas mesmo o Chiba sempre olhando para eu lisinha, ele acha que fazer a barba é um saco, então não faz.

Eu acho isso chato, mas finjo que entendo.

— Ah, nnn, você é tão grande…!

— Ooh…

E aí eu dou uma apertada no garoto dele. Quando está tudo no ponto, goza só com isso, mas acho que não fiz oral o bastante, já que ele só mordeu o lábio e tocou em mim.

— Posso me mover? Hein, posso me mover?

Não esperei pela resposta e comecei a balançar os quadris. Apertei meus peitos juntinhos, Ei, estou sendo sexy aqui. Chiba puxou os lençóis e esticou os dedos dos pés, rígido feito um cadáver congelado, e começou com uma conversinha fiada:

— Ah, cara, eu estou fazendo isso com a Koyama… Queria poder contar isso para o Sekiguchi e os outros caras… — gemeu.

Pelo visto, ele realmente queria voltar para nosso mundo só para falar para seus amigos otakus que transou comigo.

Por outro lado, se algum dia meus amigos soubessem que eu deitei com ele, eu provavelmente seria expulsa de nosso grupo no LINE. Quando lembrei da escola, fiquei triste. Eu tinha amigos e um namorado, e era bem divertido, então por que tenho que estar nesse mundo de conto de fadas fodendo com esse esquisitão?

— Koyama, você está fazendo uma cara tão sexy… Ah, meu pau vai…

Esse cara sabe que antes de chegar neste mundo eu estava saindo com o astro do clube de futebol, um cara quente, da sala ao lado.

Ele até gostava desse fato. Era como se tivesse roubado algo do outro ou coisa do tipo. Você realmente acha que teria chances, idiota?

Mas eu mordi o lábio e fiz uma cara sexy.

— Sim, é tão bom. É tão bom te sentir!

— Koyama — arquejou ele —, isso é ótimo. Continue assim. Esqueça seu serviço… mostre-me seu verdadeiro eu!

Ah, se eu pudesse. Quero esquecer isso tudo, inclusive você, e ir para casa. Mas este agora é o trabalho de Haru Koyama. Tenho que ganhar a vida, não tenho outra escolha.

Coloquei um dedo na boca e, com os olhos fora de foco, disse:

— Vou gozar…

— Ohh, sim, goza pra mim! O-ohh, eu… eu não consigo…!

Eeee ele gozou.

Setenta rubers de sêmen colocados em minha buceta.

— E aí, Haru? — falou ofegando. — Gostou?

— Ah, sim. Tããão bom. E você, o que achou?

— Mm, tá bom.

— Sério? Fico feliz!

Esse merdinha.

— Então, não precisa ser agora, mas… — disse ele, olhando para meus seios enquanto eu estalava a língua mentalmente. — Você não quer parar com isso e começar a trabalhar com algo diferente?

— Tipo?

— Sei lá, tipo, ser uma escrava?

— Que porra é essa? Do que é que você está falando?

— Err, não, digo, acho que eles não têm uma palavra para isso aqui. Quero dizer algo mais parecido com uma empregada.

— Porque eu faria isso? Além disso, quem me contrataria?

— Nah, sabe, se você quisesse trocar de emprego, eu poderia te contratar.

Hein?

Digo, é claro que eu queria largar esse emprego, mas isso soou como se o Chiba quisesse me escutar chamando ele de “Mestre”.

Se ele está falando sério, então não passa de um doente. Mas consigo sentir até o cheiro do dinheiro.

— Você realmente ganha tanto sendo um aventureiro?

— Bem, como aventureiro… eu sou diferente. Eu te disse antes, não? Sobre minhas habilidades roubadas e tal.

Talvez ele tivesse mencionado, mas eu esqueci.

Quando respondi com honestidade, ele ficou tipo: “Qual é? Vamos lá!”, e apertou meus peitos. Isso me irritou.

— Se as pessoas descobrissem, ficariam com inveja, por isso não conte para ninguém — disse ele, satisfeito consigo mesmo, e começou a explicar.

Neste mundo, existem níveis invisíveis, habilidades, status e outras coisas, e isso decide as habilidades e força de uma pessoa.

As habilidades são inatas e específicas para cada indivíduo. Elas são realmente importantes. Mesmo um lutador de nível alto pode perder para alguém inferior dependendo das habilidades. A maioria das pessoas só tem uma dessas preciosas habilidades, e a maioria nem usa. Por quê? Como eu disse antes, os níveis e as habilidades são invisíveis — até mesmo as pessoas que as têm não sabem sobre isso.

Eu devia ter lembrado disso. Depois que o caminhão desgovernado jogou a gente aqui, recebemos uma explicação de algum deus.

Mas Chiba estava tão empolgado e se fazendo de amiguinho do deus, mesmo sendo a primeira vez que o víamos e o clima sendo esquisito demais, que eu deixei entrar por um ouvido e sair pelo outro. É por isso que não lembro de nada.

Acho que o deus gostou do Chiba, e por isso deu uma habilidade para ele.

— Na verdade, eu tenho três habilidades. Ganho dezesseis vezes mais pontos de experiência, imunidade a efeitos nos status e imunidade a magia de ataque. Em outras palavras, subo de nível muito mais rápido que as outras pessoas, e nada além de ataque físico funciona contra mim. Sério, eu sou incrível.

— Bacana…

Basicamente, o truque é que ele conseguiu um monte de coisa boa logo de cara. É um prodígio, ou seja lá o que for, graças àquele deus. Tem algo de errado nisso, isso sim.

— Isso é igual toda história de “outro mundo”. O protagonista, eu, é convocado para outro mundo e é imbatível graças às capacidades trapaceiras e conhecimento contemporâneo. Existem toneladas de novels e animes assim, sabia? Hilário, né?

Como eu disse, não sei nada sobre animes, então não entendi qual era a graça.

A definição de senso comum de Chiba é bem diferente da minha.

Eu deitei com ele tantas vezes, mas ainda vivemos em mundos bem diferentes.

— Bom, alguma hora você vai começar a ouvir rumores sobre mim, então vai entender. Recentemente comecei a aparecer na arena também. Haru, se quiser, pode até se gabar com os outros falando que me conhece.

Suspiro.

— Ainda não estou no mesmo nível que os melhores caras, mas subindo de nível dezesseis vezes mais rápido que o normal, não vai demorar para eu vencer eles. Estou caçando monstros em uma área bem distante, então consigo uma renda decente, além de um prêmio em dinheiro.

— Oi? Então você é rico?

— Bom, um pouco.

Por essa eu não esperava. Diga essas coisas logo!

— Então você quer um pouco mais de tempo?

— Hein?

— Se você comprar um pouco mais de tempo, vou te dar algo especial de graça. O que acha?

— Uh, então você vai me beijar?

Eca, beijo?

Ele é tão persistente, mas…

— Tá bom, eu te beijo.

Isso é só para aumentar as minhas vendas.

Sou uma profissional do sexo que trabalha com um ex-colega, que é bizarro e esquisito, e beija seus lábios com tanta força que parece que eles podem inchar.

Esse é o meu novo estilo de vida neste mundo.

— Mm — beija —, Haru, mm, mesmo se eu… derrotar o lorde demônio… e virar um herói nacional — beija —, nunca vou te abandonar, mm — ofegou ele.

Bem, com isso, talvez eu esteja aumentando minhas vendas.

Escondi um bocejo no meio dos beijos e decidi que no dia seguinte comeria algo saboroso.

 


Notas:

1 – Em japonês, Sekai Gyoten News. É um programa real que passa todo tipo de coisa bizarra.

📃 Outras Informações 📃

 

    • Conheça também o mangá de JK Haru, traduzido pelos caras da Tao Sect

 

    • Não esqueçam também de fazer uma visitinha para nós em nosso Discord. Receberemos vocês de braços abertos.

 

Bravo

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