Império Tearmoon

Império Tearmoon – Vol. 02 – Cap. 46.2 – Um Convite para o Clair de Lune

 

Uma jovem descia pelos corredores largos da Academia São Noel. Ela estava na casa dos quinze anos, e seu cabelo longo e deslumbrante acentuava o ar de pompa e confiança que exalava dela. Com um sorriso orgulhoso, ela caminhava sem ser impedida pelos estudantes próximos, que rapidamente se afastavam e esperavam que ela passasse. Em uma escola cheia de nobres de nações vizinhas, ela, no entanto, se comportava como alguém que merecia e esperava deferência de seus colegas. Sua crença em sua superioridade era inabalável, e ela tinha a linhagem para respaldá-la.

Esmeralda Etoile Greenmoon, filha do Duque Greenmoon — um dos “Quatro Duques” de Tearmoon — nasceu em riqueza e poder. O “Etoile” em seu nome — outra palavra para estrela — era emblemático de seu status. Os Quatro Duques eram coletivamente referidos como Etoilers, o que era uma referência ao nome do meio que todos compartilhavam.

Aqueles que ostentavam a designação estelar faziam parte da linhagem do imperador e estavam na linha de sucessão ao trono. Ser de sangue imperial lhes conferia um vasto poder que, até a queda do Império, indiscutivelmente rivalizava com as verdadeiras famílias reais de nações menores. Segue-se que Esmeralda seria uma figura de proeminência significativa dentro da academia.

Com passos confiantes, ela se dirigiu à Morada de Angelita, um salão frequentemente usado para sediar festas de chá. Lá dentro, encontrou-o esparsamente ocupado. As únicas pessoas presentes eram um jovem desfrutando de um chá preto em uma mesa no meio da sala com seu assistente ao lado.

— Ah, se não é Esmeralda chegando na moda, atrasada para a cena. — Ele ergueu a xícara como uma taça de vinho. — Um brinde, então, à audácia de nossa bela Etoiline, que ousa me fazer esperar. Se não fôssemos de status estelar igualmente, eu dificilmente lhe concederia a paciência.

O rapaz era Sapphias Etoile Bluemoon. Como Esmeralda, seu pai era um dos Quatro Duques. Aos dezesseis anos, ele era seu igual em idade e pedigree, e frequentemente se encontravam em festas e eventos do gênero. A frequência de seus encontros não se traduzia em nenhuma forma de amizade.

— Por outro lado, este é o Clair de Lune. Suponho que não posso realmente culpá-la por chegar atrasada a esta reunião em particular — disse ele.

A festa do chá que estavam frequentando era conhecida como Clair de Lune, iniciada a pedido de Esmeralda. Fora concebida como um evento recorrente onde os nobres mais proeminentes do império se reuniriam e, entre chá e guloseimas, reafirmariam seu compromisso mútuo com a glória de Tearmoon. Os participantes elegíveis tinham que ser Etoilers ou superiores. Era uma festa com apenas quatro convidados; três eram filhos dos duques estelares, Greenmoon, Bluemoon e Redmoon — a filha do Duque Yellowmoon não estava programada para se matricular na academia até a primavera — e a participante final era a princesa, Mia Luna Tearmoon. Esta era a primeira instância da reunião para a qual Mia estava lá para convidar.

— Então? A despeito da caprichosa Senhorita Redmoon e sua impontualidade crônica, por que Sua Alteza ainda está ausente?

Esmeralda não respondeu. Ela se largou em uma cadeira antes de soltar um suspiro de insatisfação. Então ela começou uma tirada descontente.

— Você quer saber por quê? Deixe-me dizer por que, Sapphias. A Princesa Mia diz que não vem hoje. Simples assim. Você acredita nisso? Ela simplesmente não vai aparecer! Na nossa festa!

Sapphias discretamente revirou os olhos para essa reclamação antes de perguntar: — É mesmo? Que loucura afligiu nossa querida princesa, então?

Novamente, ela o ignorou, em vez disso, pegando os pequenos bolos de chá na mesa entre eles. Ela enfiou um na boca. Depois mais dois. Após uma mastigação furiosa, ela engoliu tudo, soltou um suspiro profundo e finalmente falou.

— Loucura é a palavra certa… Segundo ela, ela não pode vir porque vai pessoalmente agradecer àquela garota Rudolvon por seja lá o que ela fez.

— …Rudolvon? Ah, a condessa-distante. Sério? Que diabos uma caipira como ela poderia ter feito para merecer o reconhecimento pessoal da princesa?

— Aparentemente, ela se destacou em Remno. Algo sobre atuar como representante da Princesa Mia e ir com um plebeu — Ludwig, eu acho? — para falar com o rei… — disse Esmeralda com uma carranca sombria.

— A dispensação diligente de recompensa e punição pelos feitos realizados é, claro, necessária, mas não posso dizer que aprecio a atitude desdenhosa para conosco. Eu talvez pudesse entender se tivesse sido um encontro secreto com o príncipe de Sunkland ou mesmo uma festa de chá com a Senhorita Rafina, mas… — opinou Sapphias enquanto pegava um dos doces na mesa e o colocava na boca. Ele mastigou por um tempo, apreciando sua textura folhada, antes de sorrir. — Parece que Sua Alteza está sugerindo que pode se virar muito bem sem nós. Que ela considera a ajuda dos Quatro Duques… desnecessária. Não estamos sendo levados muito a sério, não é, minha querida Esmeralda?

Ele lançou-lhe o tipo de sorriso perverso frequentemente acompanhado de vozes sussurradas em tavernas sombrias. Infelizmente, ela tinha pouco gosto por sua tentativa de vilania. Aliás, ela nem sequer estava ouvindo para começo de conversa.

— Hmph! Eu planejei esta festa do chá só para ela, também! E depois de todo o trabalho que tive, o que recebo em troca? Um não comparecimento? — ela reclamou, não fazendo nenhuma tentativa de responder à declaração de Sapphias. — Inaceitável! Isso é absolutamente inaceitável! Por quê, Princesa Mia? Por que você faria isso comigo…

Ela se enfureceu, o garfo em suas mãos tremendo de tão apertado que o segurava.

— …Ok, que tal você largar esse garfo antes que entorte a coisa? As coisas aqui pertencem todas à Senhorita Rafina. Prefiro não ter que explicar a ela por que estamos mutilando seus utensílios.

Ela continuou a se enfurecer. Ele a observou por mais alguns segundos antes de soltar um suspiro e revirar os olhos.

 

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— Por aqui, por favor, Sir Emissário.

Sob ordens secretas de Mia, Ludwig Hewitt se dirigiu ao castelo do rei em Remno. O golpe final era sua responsabilidade; cabia a ele realizar o que Mia vinha trabalhando todo esse tempo — um milagre genuíno. Ele ia dar à tumultuada história desta revolução um final feliz. Ele avançou, o rosto determinado.

Atrás dele, Tiona Rudolvon observou sua figura avançando e suspirou. Se as coisas tivessem prosseguido como esperado, ela estaria com Mia e os outros agora em sua viagem de volta. Em vez disso, Tiona pedira que fossem sem ela, optando por acompanhar Ludwig em sua jornada para Remno. Sua razão?

Eu fui inútil…

Uma consciência excruciantemente aguda de sua própria impotência. Motivada pelo desejo de retribuir a bondade de Mia, ela se juntara a ela em sua busca, jurando que a protegeria a todo custo. Para sua profunda consternação, sua determinação se mostrou inútil. Quando sua carroça foi atacada, ela não pôde fazer nada para ajudar. Depois, eles se separaram, e ela nunca conseguiu realizar nada de valor. Ela não ajudou Mia. Nem uma vez.

A Princesa Mia realizou tanto. Enquanto isso, eu era apenas bagagem. Bagagem inútil.

Foi por isso que ela veio com Ludwig. Ela não sabia o que poderia fazer, mas queria — precisava fazer algo. Caso contrário, ela não teria escolha a não ser voltar… e o pensamento de retornar tão inútil quanto partira era simplesmente demais para suportar. No entanto…

Será… Será que realmente há algo que eu possa fazer aqui?

A dúvida a atingiu com força e rapidez, e ela já estava à beira de se arrepender de sua decisão. Ludwig estava diante de um grupo dos principais ministros de Remno. Atrás deles pairava o Rei de Remno, que os olhava de seu trono elevado. A cena teria sido intimidadora por si só, mas também havia muitos gritos. Gritos raivosos.

— Absolvição total de todos os membros do exército revolucionário? Você me toma por tolo?

A refutação do rei foi rápida e implacável, e seus ministros não perderam tempo em adicionar suas próprias vozes bajuladoras ao ataque, praticamente gritando uns sobre os outros para se fazerem ouvir.

— Que lixo! Isto é uma perda de tempo de Sua Majestade!

— Isso mesmo! Este é um assunto de Remno! Não é da sua conta!

— Falamos com um emissário ou com um bufão?

— Alguém se livre dele! Este não é lugar para idiotas e loucos!

Removidos os insultos, o cerne de seu argumento era, na verdade, válido. Um plano frustrado não negava a tentativa; ainda eram pessoas que haviam tentado derrubar o regime atual. Traição não era brincadeira, e uma ofensa dessa natureza, independentemente do dano real causado, normalmente necessitaria das penalidades mais altas. Mandar executar todos os infratores, bem como suas famílias e parentes, dificilmente seria excessivo.

A situação era indiscutivelmente agravada pelo fato de que a intervenção do Sagrado Principado de Belluga no assunto significava que Remno não poderia ir atrás dos Corvos do Vento de Sunkland, que eram os principais culpados. Sem outros alvos viáveis, sua raiva foi inevitavelmente canalizada para as únicas pessoas que eles poderiam de fato alcançar — Lambert e seus companheiros líderes do exército revolucionário. Sua postura atual era apenas natural. Reverter tal conclusão instintiva exigiria um argumento firmemente fundamentado na lógica, mas…

Ludwig não diz nada há um tempo.

Tiona sabia o porquê; não importaria mesmo que ele dissesse. Essas pessoas não estavam aqui para ouvir. A lógica tinha pouca influência sobre a raiva, e seus oponentes estavam totalmente sob sua influência. Ludwig poderia apresentar uma alternativa perfeitamente racional e preferível, e isso não mudaria nada. Então ele não o fez; se falar era fútil, ele simplesmente não falaria.

— Uma sentença mais leve pode talvez ser considerada para esta garota Lynsha que cooperou com Abel, mas a morte é a única opção para seu irmão e seus cúmplices.

A voz do rei era severa e final. Ele não mostrava sinais de dar ouvidos às palavras de um emissário que representava os desejos de seu próprio filho. Não apenas isso, ele se tornou cada vez mais hostil à medida que sua raiva se deslocava para um novo alvo.

— Além disso, embora você afirme representar Tearmoon, não é você um vassalo da princesa? Presumo então que essa baboseira que você fala é invenção dela. Hmph. Não sinto necessidade de ouvir alguém que carrega consigo o cheiro de um tolo.

A declaração do rei não apenas insultou Mia, mas transferiu a culpa para ela. Isso não era algo que Ludwig pudesse suportar ignorar. Ele encarou o rei com a expressão de quem finalmente ultrapassara os limites de sua tolerância e estava prestes a lançar uma refutação veemente, apenas para Tiona se antecipar.

— A Princesa Mia não é uma tola!

Tiona não podia fazer nada. Ela sabia disso melhor do que ninguém. Mas, apesar de toda a sua incapacidade de agir, ela viu. Ela observara enquanto Mia mergulhava na boca do desespero e arrancava um milagre, cada detalhe do esforço heróico gravado em sua memória com clareza vívida. Então ela falou, deixando as cenas que testemunhara fluírem livremente de seu coração para seus lábios.

— Sua Alteza… ela soube dos problemas em Remno e, em um esforço para salvar seu colega de classe, o Príncipe Abel, da dificuldade que se abatera sobre ele, viajou para este reino com apenas um punhado de companheiros. Assim que chegou, ela investigou a situação, aprendeu os detalhes e percebeu que aqueles que incitaram a revolução também eram vítimas e mereciam simpatia. Ela se esforçou para resolver o conflito sem que uma única vida fosse perdida, e até agora conseguiu. Quem mais poderia ter realizado tal feito?

— Que absurdo…

O rei olhou para Tiona com desdém. De onde ele estava sentado — no trono de Remno — ele via pouco mais do que uma garota cujo único dever deveria ser manter a boca fechada. Em vez disso, ela desrespeitava sua posição e irritava seus ouvidos com suas palavras inúteis e voz juvenil. Diante das rochas envelhecidas da elite de Remno, ela não passava de uma pedrinha de beira de estrada, seu apelo impotente contra décadas de pensamento fossilizado.

No entanto, embora uma pedrinha não pudesse quebrar uma rocha, ela poderia criar uma ondulação na água. E o que era uma ondulação senão uma pequena onda — cuja força poderia, às vezes, lascar até mesmo os penhascos mais resistentes? O que Tiona mudou não foi a mente do rei de Remno. Onde ela encontrou ressonância foi nos corações daqueles que estiveram lá com ela. Aqueles cujos ouvidos foram agraciados pessoalmente pelas palavras da Grande Sábia do Império, Mia Luna Tearmoon. Sua ondulação fluiu pela sala e tocou um acorde profundo com a Lança de Adamantina, Bernardo Virgil.

Como um homem de tradição e costume, Bernardo encarnava a imagem do guerreiro antiquado. Ele tinha um apreço por duelos no campo de batalha, detestava artimanhas e tinha os ideais da cavalaria em alta conta. Portanto, ele sentiu que tinha que se manifestar. Ser comovido pelas palavras de uma jovem e traí-la com o silêncio era nada menos que desonroso.

— Vossa Majestade, por favor, dê ouvidos às palavras da jovem dama. Uma princesa de tenra idade e sangue estrangeiro assumiu a responsabilidade de encontrar uma solução pacífica para este incidente. Ela expôs uma trama nefasta que estava se formando dentro de nossas fronteiras, e impediu a Espada do Rei de derramar o sangue do povo do rei. O que ela fez foi nada menos que nos poupar da tragédia de matar nossos próprios parentes.

Remno era um reino que reverenciava a proeza marcial. Segue-se que, quando o principal cavaleiro do reino tinha algo a dizer, até mesmo o rei ouviria.

— Bernardo… Você…

Um silêncio abafado caiu sobre a sala com a resposta hesitante do rei, como se a colisão entre a raiva dos ministros e a explosão de Tiona tivesse se transformado em uma grande tempestade de emoção, e todos estivessem dentro de seu olho. A tensão atingiu o pico, e todos pareciam estar prendendo a respiração.

Todos, exceto Ludwig, que estava esperando por este exato momento.

— Vossa Majestade, e Vossas Graças e Senhorias, imploro que ouçam o que tenho a dizer… Imploro, pelo bem do Reino de Remno, que considerem cuidadosamente o que devem fazer neste momento. Que se perguntem, o que melhor curará a ferida que este reino sofreu? — Ele pressionou um dedo na ponte do nariz e, com um toque dramático, ajustou levemente a posição de seus óculos. — E que considerem comigo tanto os benefícios de condenar seu próprio povo por seus crimes… quanto de não o fazer.

E assim começou o contra-ataque meticuloso e penosamente planejado de Ludwig, que lhe forneceria alavancagem suficiente para mover as rochas calcificadas da tradição que pesavam nos corações do rei e de seus ministros.

A milagrosa história em Remno que começou com a Grande Sábia do Império, Mia Luna Tearmoon, estava agora entrando em seu capítulo final.

 

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Enquanto Ludwig e Tiona estavam trabalhando horas extras tentando persuadir as autoridades reinantes de Remno, a fazedora de milagres – a própria Mia – também estava ocupada.

Ocupada derretendo em uma poça em sua cama, é claro. Ao retornar a São Noel, ela prontamente desinflou da jornada exaustiva e entrou em modo de recuperação. O que envolvia fazer muito nada. Somente depois de relaxar na cama por três dias inteiros é que um pensamento de alguma importância lhe ocorreu.

— Ah, certo. Eu provavelmente deveria agradecer a todos por tudo o que fizeram. — Ela se sentou e coçou a cabeça. — Eu poderia dar um presente a cada um deles… mas isso parece muito trabalho. Talvez eu devesse apenas dar uma festa de vitória ou algo assim…

Definitivamente não era porque uma festa envolveria doces, e ela estava desejando os ditos doces. Definitivamente não era isso. Seria errado suspeitar que todo o estresse que ela suportara a havia esgotado, e ela sentia uma necessidade desesperada de se recompensar com uma épica festa de açúcar.

— Isso mesmo. Isto é para mostrar meu apreço. É uma festa de agradecimento. Definitivamente uma festa de agradecimento…

Depois de estabelecer um pretexto convincente, ela começou a ponderar seu próximo problema.

— Dar uma festa de vitória é bom e tudo, mas vai ser difícil descobrir um bom cardápio. Hm…

Sua ponderação a levou a sua amiga e colega princesa, Rania do País Agrícola Perujin, a quem ela via como uma especialista em todas as coisas doces.

Depois de ouvir Mia recontar suas experiências em Remno, Rania primeiro deixou bem claro que estava profundamente aliviada por vê-la de volta sã e salva. Então ela sorriu.

— Acho que posso ter a coisa perfeita.

— Ora, o que é?

— Na verdade, é algo que nosso país desenvolveu recentemente. Ainda é meio experimental, mas o chamamos de melão imperador, e é simplesmente requintado…

— Hm! Mais! Conte-me mais!

— É o produto de uma extensa criação seletiva visando maximizar seu teor de açúcar. Ele tem a desvantagem de estragar muito rápido quando amadurece… mas quando está no ponto certo, mmmm… Aquele momento em que você o coloca na boca e ele derrete em pura felicidade, é como um gostinho do céu. É doce o suficiente para competir com doces, mas também tem este aroma fresco de melão que enche seu nariz, junto com acidez suficiente para equilibrá-lo. É um presente da natureza cruzado com a engenhosidade humana e condensado em forma de melão.

— Ahh… Ahhhh… Esplêndido. Isso parece absolutamente esplêndido!

As expectativas de Mia por este requintado melão Perujin bateram no teto, o atravessaram e continuaram subindo.

— Mas como eu disse, ele só é bom por um tempo muito curto. Se Vossa Alteza desejar usá-lo, terá que ser comido no mesmo dia em que for trazido.

— Entendo. O que significa que, uma vez que a data da festa da vitória seja definida, ela não pode ser alterada. Hm, isso não parece ser um grande problema…

Ela estava convidando apenas um punhado de amigos próximos, então a presença deles poderia ser confirmada com antecedência. Assim que encontrassem uma data com a qual todos estivessem de acordo, deveria ficar tudo bem. O único problema potencial não residia nas pessoas, mas no próprio melão. Em outras palavras…

— Oh, mas… Se é tão bom, presumo que deva custar uma fortuna.

A essa altura, Mia havia se tornado uma pão-duro compulsiva, e há muito internalizara o fato de que coisas deliciosas também eram coisas caras.

— Oh, não se preocupe com isso. Considere um presente em comemoração ao retorno seguro de Vossa Alteza — disse Rania com um sorriso gentil que deve ter parecido quase angelical para Mia. — Vou dizer ao meu pessoal que é para uma festa de chá que também servirá como uma vitrine de nossos produtos agrícolas.

O encontro delas deixou Mia de muito bom humor, sentindo como se todos os seus problemas tivessem sido resolvidos.

— Mmmm, mal posso esperar para provar aquele requintado melão Perujin!

Assim que começou a fantasiar em morder uma fatia grande e suculenta de delícia açucarada, ela recebeu um convite de Esmeralda para uma festa de chá que contaria com a presença dos filhos de três dos Quatro Duques. Para sua frustração de ranger os dentes, estava marcada para o mesmo dia de sua festa de vitória.

— Argh, que coincidência terrível…

Como um aceno político para Perujin, Rania fora anunciada como a anfitriã oficial da festa de vitória, e Esmeralda iria explodir se descobrisse que Mia havia recusado seu convite em favor de uma festa organizada por uma princesa de um país tão pequeno. Ao mesmo tempo, reagendar não era uma opção.

Será difícil adiar a festa da vitória por causa daquele melão requintado, e Esmeralda provavelmente se recusará a mudar a data de sua festa de chá por pura teimosia…

Mia segurou a cabeça em frustração.

— Ugh, por que diabos Esmeralda tem que dificultar tanto as coisas? O que eu devo fazer? Juro, às vezes não consigo acreditar naquela garota!

A afeição de Mia por Esmeralda caiu dez pontos.

— Hmm… Hmmmmmm…

Por algum tempo, ela gemeu audivelmente enquanto ponderava suas opções. Então, a ficha caiu.

— Ah, já sei. Por que não mudo a premissa? O propósito da reunião pode ser reconhecer as conquistas de Tiona e recompensar seus esforços.

Ela rapidamente correu para sua mesa e vasculhou as pilhas de relatórios que estavam espalhadas desordenadamente sobre sua superfície.

— Tenho quase certeza de que Ludwig me enviou uma carta sobre como Tiona fez um trabalho muito bom…

Ela ainda sentia alguma animosidade persistente em relação à garota, mas estava disposta a deixar isso de lado em prol de sua festa de vitória.

— Afinal, é dever dos governantes conferir a recompensa apropriada àqueles que os servem bem. Este é o tipo de raciocínio que Esmeralda terá que aceitar! Sim! Que ideia brilhante!

Então, Mia cantarolou feliz enquanto escrevia uma carta para Esmeralda, recusando o convite para sua festa de chá.

 


 

Tradução: Gabriella

Revisão: Matface

 

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