No centro de Senia, onde residiam as pessoas mais ricas, havia uma mansão grande e bem mobiliada, outrora ocupada por um comerciante abastado. Dasayev Donovan estava sendo mantido em seu porão. Considerando tudo, ele estava sendo tratado razoavelmente bem; seus captores lhe proporcionaram alguns confortos, dada sua idade avançada. Certo, não importa o quão bem ele fosse tratado, ele ainda preferiria estar livre.
— Então, já decidiu se quer cooperar conosco? — perguntou um homem de aparência insinuante ao entrar na sala.
Dasayev lançou-lhe um olhar severo antes de balançar a cabeça silenciosamente.
— Sério? Eu não te entendo, velho. Não é como se você tivesse família. Se você realmente se importa com as massas, não é agora a hora de você tomar uma atitude?
— Não acredito que Sua Majestade tenha cometido um erro irreparável. Enquanto eu tiver preocupações, continuarei a expressá-las, mas expressá-las será tudo o que farei. O regicídio apenas intensificará o caos e piorará o sofrimento do povo.
— Por que você não toma o trono para si, então? Você sabe o que precisa ser feito. Não é mais rápido fazer você mesmo? Vamos, você não pode me dizer que o pensamento nunca lhe passou pela cabeça.
Estar no topo de uma nação era algo com que todos os nobres e políticos haviam sonhado em um momento ou outro. A resposta de Dasayev, no entanto, foi um seco balançar de cabeça.
— Chega. Você espera que eu dê ouvidos às suas palavras quando você nem mesmo me deu seu nome?
— Eh? Não dei? Tenho certeza de que te disse quando nos conhecemos. Eu sou—
— Jem. Eu sei.
Era o nome mais comum nesta área. Tão prevalente era seu uso que as pessoas que não se apresentavam eram chamadas de “Jems Sem Nome”. Dasayev duvidava muito que este fosse o nome verdadeiro do homem.
— Desapareça. Seu cortejo é fútil. Estou velho demais para ser cortejado por estranhos altos e morenos.
— Tudo bem, como quiser — disse Jem com um encolher de ombros indiferente, antes que sua voz se tornasse mais sombria. — Mas deixe-me ser claro. Até mesmo minha paciência tem um limite.
Então ele saiu da sala.
— Argh! Velho maldito, ele está realmente começando a me irritar… — rosnou Jem ao sair para o corredor. — Eu já o teria matado cinco vezes se não fosse por… Ugh, aquele bastardo do Graham, ele precisa se apressar e encontrar a pessoa certa…
Com o treinamento de combate que recebeu como um Corvo do Vento, teria sido trivialmente fácil matar Donovan, e esse de fato era o plano original, mas houve uma mudança nas circunstâncias. O problema era que, ao contrário de seu homólogo em Tearmoon, Dasayev Donovan não tinha um equivalente a Tiona. Ele não tinha filhos, e sua esposa havia falecido há muito tempo. Seus parentes sobreviventes eram todos velhos e fielmente subordinados ao Rei, e nenhum deles jamais consideraria a rebelião. Não havia ninguém que pudesse tirar proveito real do pretexto de vingança que viria da morte de Donovan. Eles estavam perdendo o próximo elo da corrente.
Lambert era inegavelmente um orador nato. Após alguma instrução de Jem, ele estava até demonstrando alguma competência em leitura fria. Tais truques, no entanto, eram, em última análise, brincadeira de criança. Agitar as emoções nas pessoas era uma tarefa fundamentalmente trivial. Bastava saber o que a outra parte quer ouvir e, em seguida, empurrá-la na direção desejada. Uma série de palavras agradáveis — música para seus ouvidos — misturadas com alguns acordes venenosos era o suficiente. Ele havia manipulado muitas pessoas com este método, desde os revolucionários clandestinos de Remno… até os Corvos do Vento de Sunkland. Mas ainda não era o suficiente. Para que a revolução tivesse sucesso, precisava haver um único alvo para o zelo dos manifestantes se concentrar.
— Se tudo tivesse corrido de acordo com o plano, seria hora de começar a incitar o caos no império agora. Aquela megera intrometida…
A culpa era toda da Grande Sábia do Império. Por causa dela, eles estavam completamente despreparados e com um tempo criticamente curto, e ele fora forçado a reescrever o roteiro. O novo plano deveria começar com o exército revolucionário de Lambert resgatando Dasayev Donovan. O chanceler então se juntaria à causa deles, e juntos, liderariam as massas revoltadas em uma série de eventos insurgentes, enquanto denunciavam simultaneamente a monarquia por seus pecados. Foi por isso que ele mantivera Donovan aqui em Senia; ele imaginou que se conseguisse convencer o velho, ainda poderia salvar seu cenário original.
— E depois tem aquele idiota…
Ele queria esperar até converter Donovan para o lado deles antes de iniciar as revoltas, mas Lambert foi em frente e iniciou uma revolta por conta própria. Embora a habilidade do jovem arrivista para discursos persuasivos e manipulação fosse normalmente uma bênção, essas características se tornariam um sério incômodo se ele começasse a agir de forma precipitada.
— Parece que escolhi a pessoa errada para o trabalho, afinal. Eu só pretendia mantê-lo como um reserva, mas… Tenho que dizer, certamente não é divertido estar pressionado pelo tempo — disse ele com um sorriso torcido, enquanto tirava um livro do bolso. Tinha uma capa preta e exalava um ar sinistro. — A Grande Sábia do Império, Mia Luna Tearmoon… ouvi dizer que ela é amiga de Rafina Orca Belluga. É melhor não ser aquela mulher movendo os pauzinhos…
Ele murmurou amargamente para si mesmo, enquanto passava o dedo pela capa do livro. Ao fazer isso, uma marca tênue apareceu na superfície, sua forma estranhamente serpentina.
— O colapso do império derruba o primeiro dominó em uma onda em cascata que derrubará nação após nação até que todas tenham caído… e a destruição da ordem dá origem ao caos. Esse é o objetivo de nossa vida, assim como nosso último desejo… E eu não permitirei que seja frustrado.
Ele continuou a contemplar como persuadir Dasayev Donovan enquanto desaparecia pelo corredor. Mal sabia ele que um grande colapso era de fato iminente, só que não seria o das nações… mas o de seu plano. E tomaria a forma de uma jovem.
A contagem regressiva havia começado. Mia estava a caminho.
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Como Mia esperava, Lynsha sabia onde ficava a mansão em questão.
— Acho que o lugar pertencia a um comerciante ou algo assim, mas não me lembro dos revolucionários terem usado…
Sua declaração tornou mais provável do que nunca que a mansão fosse o prédio que procuravam. O fato de os revolucionários não terem ouvido nenhuma menção a isso poderia, de certa forma, ser tomado como prova de sua importância; uma multidão de amadores não seria confiada com informações tão importantes.
Depois de ser informada por Mia, Lynsha rapidamente concordou em guiá-los. Enquanto se preparavam para partir, no entanto, Mia ficou surpresa ao descobrir uma Lynsha pensativa olhando para ela.
— Há algo em meu rosto? — perguntou ela, intrigada.
— Ah, hum, não… É que… eu nunca pensei que você realmente tentaria parar este conflito. Quer dizer, você parece…
— Eu pareço o quê?
Mia inclinou a cabeça, curiosa.
— …Deixa pra lá. Vamos.
— É impressão minha ou ela estava prestes a dizer algo terrivelmente rude? — murmurou Mia, enquanto Lynsha se afastava.
Mia, na verdade, tinha quase certeza de que se importava, mas pensou nisso por apenas um momento antes de ter que se apressar para alcançar a figura sempre distante de sua guia.
Um silêncio abafado havia caído sobre Senia. Com exceção do ocasional transeunte apressado, suas ruas estavam completamente desertas.
— Bem, isso não é bom — resmungou Keithwood, enquanto olhava ao redor. — Com o lugar tão vazio, cada maldito par de olhos estará sobre nós.
— Não há muito que possamos fazer sobre isso. Ninguém quer ser arrastado para um conflito desnecessário — disse Lynsha com um encolher de ombros, antes de virar em um beco estreito. Ela dobrou mais algumas esquinas antes de exclamar: — Ali!
O grupo olhou para onde ela estava apontando e viu uma grande mansão situada em um quintal ainda maior. Infelizmente, não havia árvores ou arbustos grandes o suficiente para oferecer-lhes cobertura.
— O que devemos fazer? — perguntou Lynsha. — Podemos esperar até escurecer, mas…
Como se fosse um sinal, os arredores começaram a escurecer, levando Mia a olhar para o céu. Seus olhos ficaram distantes.
— Nossa, como o dia passou rápido. Já é… — disse ela com uma voz suave e pensativa, como se as palavras tivessem simplesmente escapado de seus lábios.
O crepúsculo se aproximara deles, e o horizonte começara a arder em vermelho. O sol, assim como naquele dia fatídico… começara a sangrar. Vozes ecoavam em seus ouvidos. Imagens nadavam diante de seus olhos. Mais uma vez, ela estava subindo aqueles degraus, seu coração murchando sob os olhares cheios de ódio de seu povo. A solidão retornou.
Eu… não gosto deste lugar. Algo nele é… simplesmente terrível.
Quem quer que fosse o responsável pela dor que ela sofreu, eles estavam naquele prédio. O pensamento fez os pelos de sua nuca se arrepiarem. Ela esfregou os braços, mas não conseguia remover a camada invisível de gelo que se depositara em sua pele.
— Você está com medo, Mia?
— Eh?
Ela se virou reflexivamente, e seus olhos encontraram os de Abel. Ele a estudava com uma expressão de preocupação sóbria.
— Oh, Abel, é você… Não, estou bem.
Ela balançou a cabeça. Não era medo. Era apenas que… a cena parecia familiar, e a lembrava de seu passado. Estava tudo em sua cabeça; ela só tinha que tirar isso da mente. Sua resposta, no entanto, não dissuadiu Abel, que sustentou seu olhar e gentilmente colocou a mão sobre a dela.
— …Hm?
Levou um segundo para o gesto repentino ser registrado, mas quando aconteceu, ela recuou com tanta força que seus pés quase deixaram o chão.
— Hã?! Q-Q-Q-Quê—
O que quer que estivesse apertando seu coração — sombras do passado ou espectros do futuro — eles se foram agora, o pavor que eles encarnavam estilhaçado em um milhão de fragmentos que desapareciam na brisa. O calor que ele irradiava e a sensação terna de sua mão envolvida na dele trouxeram um suspiro encantado de seus lábios.
— Desculpe — disse ele, desviando o olhar. — Minha, hum, mãe… Ela costumava segurar minha mão assim, e isso me ajudava a relaxar, então…
A ponta de seu nariz brilhava em um tom fraco de rosa, e ele falou com o tom de alguém tentando explicar um momento particularmente embaraçoso.
— O-Oh, hum, entendo — respondeu Mia, com o rosto todo corado. — Eu… aprecio muito sua consideração, Abel.
Claramente sobrecarregada, sua voz falhou um pouco e ela falou com o que poderia caridosamente ser chamado de um uso não convencional de vibrato. Para contextualizar — caso alguém estivesse perdendo de vista a situação — tudo o que fizeram foi dar as mãos. Foi isso. Apesar de toda a sua vanglória, quando posta à prova, Mia era fundamentalmente ainda uma jovem donzela inocente.
— Ei, vocês dois, algo errado? — gritou Sion, que estava à frente deles.
E-Ei! As coisas estavam começando a ficar boas, também!, ela resmungou mentalmente, ignorando deliberadamente o que parecia suspeitosamente uma onda de alívio a invadindo. Afinal, romance de verdade estava muito fora de sua zona de conforto, e seu coração de galinha logo estava grasnando uma tempestade. Tudo isso… do que era mais ou menos um aperto de mão afetuoso.
— Eu entendo que tudo isso é muito necessário para manter o império funcionando, mas por favor, minha querida princesa. Tempo e lugar. Estamos em público — brincou Dion, antes de abrir um sorriso. — Além disso, não é muito cedo para fazer herdeiros?
— O-O quê?! N-Nós só demos as mãos! Não se pode fazer bebês dando as mãos! P-Provavelmente…
Para o que era uma impossibilidade biológica, Mia não soava muito confiante. Em vez disso, Anne se colocou na frente dela, como se a protegesse das provocações de Dion.
— Sir Dion, por favor, abstenha-se de se divertir às custas de Sua Alteza.
— Hahaha, entre Ludwig e você, é como se a princesa tivesse um par de babás superprotetoras.
Mia fuzilou Dion, que não parecia nem um pouco arrependido. Sua expressão, no entanto, logo se suavizou. Ela olhou de volta para o céu, depois para seus companheiros. Era o mesmo pôr do sol agourento, o mesmo céu carmesim… mas ela não estava sozinha. E isso fazia toda a diferença.
Ela tinha Abel. Ela tinha Sion. Ela tinha Keithwood e Dion. Ela tinha seus súditos leais — Anne perto e Ludwig longe — e até mesmo uma ex-arqui-inimiga: Tiona. Eles estavam lá por ela. Então, ela respirou fundo e assentiu.
Está tudo bem. Nós podemos fazer isso. Eu sei que podemos.
Apenas Lynsha usava uma expressão exasperada enquanto observava o bando alegre que ela trouxera consigo.
— Ei, algum de vocês vai, oh, não sei… se esconder ou algo assim?
— Meu nome é Sion Sol Sunkland, e estou falando com todos os que estão atualmente dentro desta mansão! Vocês devem largar suas armas e se apresentar imediatamente! A trama dos Corvos Brancos foi exposta! Vocês não têm mais motivos para lutar! — gritou Sion para a estrutura iminente.
E com isso, “sigilo” foi pela janela. Lynsha pressionou a palma da mão no rosto. Nem mesmo Mia esperava que ele anunciasse a chegada deles, assim, do nada.
S-Será que vamos ficar bem assim?
Sentindo uma crescente sensação de incerteza, ela lançou a Dion um olhar inquisidor, que deu de ombros indiferente em resposta.
— Difícil dizer se algum deles realmente fará o que ele disse, mas provavelmente plantará alguma dúvida em suas mentes.
Ele desembainhou a espada e a apoiou no ombro.
— Certo então, companheiros cujas vidas valem muito mais que a minha, para sua segurança, por favor, abstenham-se de se colocar na minha frente. Fica difícil para mim protegê-los quando tenho que cortá-los para chegar aos meus oponentes.
Eles decidiram se dividir em dois grupos. O primeiro, composto por Sion, Dion, Abel, Anne e Mia, entraria na mansão pela frente. Desnecessário dizer que, embora Anne ainda pudesse se mostrar útil de alguma forma, Mia estava apenas inflando o número de pessoas. Enquanto isso, Lynsha e Keithwood entrariam sorrateiramente pelos fundos.
— Vamos começar esta festa.
A espada de Dion brilhou em um arco, e ele passou pela porta agora extinta. Achando o interior excessivamente escuro, ele abriu o olho que mantivera fechado e examinou os arredores. Era um truque que ele usava para manter a visão ao entrar em um lugar escuro, e funcionou.
*Claaaank!*
O som de um impacto metálico veio uma fração de segundo depois. Uma lâmina disparou de um canto escuro atrás dele, e ele a aparou com a sua própria antes de sorrir.
— Ataque surpresa, hã?
Tinha sido perfeito, lançado de seu lado cego sob a cobertura da escuridão. No entanto, não teve o efeito pretendido. Ele nem mesmo se encolheu. Em vez disso, deu de ombros.
— Juro, vocês espiões podem ser tão aspirantes a assassinos às vezes… O quê? Você achou que eu teria problemas para brandir uma espada em um espaço pequeno? Ou que você me pegaria antes que meus olhos pudessem se ajustar à escuridão? — Ele repreendeu seu agressor com um aceno de dedo. — Pontos pelo esforço, eu acho, mas uma estocada tão fraca! Eu poderia tê-la parado de olhos fechados. Muito decepcionante. Culpo a Lança de Adamantina por ter me dado esperanças.
Ele envolveu seus dedos ao redor do braço ofensor e apertou. Houve um som de esmagamento, e o rosto do homem se contorceu de dor. Dion se inclinou, aproximando seus rostos tanto que quase se tocaram, e lhe deu um sorriso com muitos dentes.
— A propósito, devo mencionar que o Príncipe Sion está conosco. Só para o caso de você, sabe, de alguma forma não o ter ouvido quando ele estava gritando a plenos pulmões para você.
Os olhos do homem se voltaram para a porta assim que Sion entrou, e o reconhecimento cintilou em suas pupilas. Dion sorriu e falou em um tom que era quase gentil.
— Olha, todo esse esquema que vocês, tagarelas brancos, têm, já está praticamente descoberto, então talvez queira reconsiderar se realmente vale a pena dar sua vida por isso — disse ele, antes de enfiar o pé na barriga do homem, fazendo-o desabar no chão. Ele pisou em seu braço e apontou a espada para o nariz do homem antes de rosnar: — Claro, se você preferir ser um mártir, então ficarei mais do que feliz em ajudá-lo.
Então ele retraiu sua atitude viciosa e preguiçosamente jogou a espada de volta sobre o ombro.
— Apenas se renda, ok? E diga a todos os seus amigos para fazerem o mesmo. Prefiro evitar derramamento de sangue desnecessário.
— Nossa, que surpresa, Capitão Dion — disse Mia. — Pensei que você adorasse lutar.
— Vamos, princesa. Até eu tenho princípios. Gosto de lutar, não de intimidar. A diferença de habilidade não pode ficar tão grande antes de se tornar sádica. Traga-me outro cara como aquela Lança de Adamantina, no entanto, e eu felizmente irei mais uma dúzia de rodadas com ele — respondeu ele, antes de olhar para seu agressor no chão com desdém brutal.
Aquele único olhar foi o suficiente para estilhaçar os últimos vestígios da determinação do homem. Seu próprio príncipe se opunha à sua causa, e eles enfrentavam um guerreiro forte demais para lidarem. Cada obstáculo era alto o suficiente por si só, mas combinados, eles apresentavam uma parede intransponível. Depois de se render, o homem foi instruído a acender todas as lâmpadas da mansão, o que ele prontamente fez. Sion, iluminado em toda a sua glória principesca, examinou a sala, na qual homens entravam lentamente, com as mãos para o alto e as armas descartadas.
Mia respirou aliviada.
Bem, parece que as coisas vão dar certo, afinal.
Anne, que estava igualmente aliviada pela dissipação da tensão, sentiu-se suficientemente composta para dar a Mia a boa e velha inspeção de criada.
— Senhorita, seu cabelo parece ter perdido um pouco do brilho… — disse ela com um suspiro preocupado.
— Ah, você notou? É porque o shampoo que tenho usado é bastante medíocre. O que ganhei de Abel parecia um pouco mais hidratante.
— Não tema, senhorita! — disse Anne, enquanto metia a mão em um bolso interno e remexia um pouco antes de produzir um pequeno frasco. — Viu? Fiz questão de trazer um pouco para você.
— Nossa! Que terrivelmente atencioso da sua parte, Anne! O que eu faria sem você?
Mia pegou o frasco de Anne, segurou-o como um troféu e começou uma sequência encantada de pulos e giros. Então ela cometeu o inominável…
— Quando esta batalha terminar, vou mergulhar em um banho até me fartar!
Na guerra, a última coisa sobre a qual você deve falar é o que vai fazer quando ela terminar. Então, o carma cósmico fez sua parte.
— Oh, já posso imaginar como vai ser maravilhoso— Eh?
Seu último giro não pareceu terminar. Onde o chão firme deveria estar para amortecer sua aterrissagem, ela não encontrou nada além da boca escancarada de uma escadaria não iluminada.
— Gyaaaaaaaaaaah!
Ela rolou escada abaixo para o subsolo escuro. O mundo se transformou em uma espiral estonteante. Ela caiu e caiu até que um baque surdo — junto com o crack de algo frágil sendo estilhaçado — sinalizou o fim de sua descida.
— U-Ughhh… Sinto-me tão enjoada — murmurou ela, enquanto tentava recuperar o equilíbrio.
De repente, ela notou a presença de outra pessoa.
— Ora, ora, se não é Vossa Alteza, a Princesa Mia. É uma honra ser agraciado por sua presença.
O homem que atendia pelo nome de Jem estava olhando para ela com um sorriso largo e lupino.
Tradução: Gabriella
Revisão: Matface
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