Dia Dezessete do Quinto Mês
Hoje, o cardápio foi ensopado de tomates lua amarela. O tal do tomate lua amarela? Uma droga! Mas o bolo… ah, o bolo estava divino!
Dia Dez do Sexto Mês
Comi pão com faisão-arco-íris-lunar assado. Estava até que bom. Agora, não me trazerem sobremesa? Isso sim foi imperdoável!
Dia Vinte e Cinco do Sexto Mês
Tivemos salmão-estelar à la meunière e, de sobremesa, geleia. Eu já sabia que o peixe ia ser ruim. Mas a geleia, essa sim, estava uma delícia!
Dia Quatro do Sétimo Mês
Primeiríssima página desde que me deram uma segunda chance na vida! A partir de hoje, decidi voltar a rabiscar neste diário.
Falando nisso, dei uma espiada nas anotações antigas e, nossa, a “eu” do passado só falava de comida! Que criaturinha mais boba eu era. Ainda bem que a “eu” de agora é um poço de inteligência e maturidade, então, daqui pra frente, só reflexões sérias e profundas!
A primeiríssima coisa que aconteceu depois que “voltei” foi encarar um ensopado de tomates lua amarela. E olha, preciso dizer: quase caí pra trás de tão bom que estava! O jeito que os tomates desmanchavam na boca, com aquele toque azedinho na medida certa misturado no sabor… Opa! Lá vou eu falando de comida de novo!
Ufa, essa foi por um triz! Ok, rebobina. Deixa-me contar o que andou acontecendo comigo até hoje.
Aquele dia, a última coisa que me vem à mente é a guilhotina descendo e, plim, acordei na minha cama. E não só isso, eu tinha voltado a ser um brotinho de gente! Mesmo para alguém tão centrada e equilibrada como euzinha, confesso que a situação toda me deixou meio… baratinada. Mas não demorou muito pra eu entender o que estava acontecendo. Basicamente, como sou essa pessoa superiluminada, o Papai do Céu, em toda a Sua Magnificência, achou que eu era A Escolhida. Tenho certeza disso! Me deram uma missão daquelas, de peso! Resumindo bem resumidinho: meu dever é salvar o Império.
Então, euzinha, a Salvadora da Pátria (ou melhor, do Império), arregacei as mangas. Para poupar incontáveis cidadãos e soldados que dependiam de mim, comecei a queimar os neurônios.
E para me dar uma mãozinha nessa empreitada, minha súdita mais fiel, Anne, foi enviada diretamente para mim. Tipo um anjo mensageiro dos céus, ela surgiu voando e pousou bem na minha frente. Fiquei meio irritada quando ela deu um fim no meu bolo, mas perdoei na hora. Na outra vida, ela foi um amor comigo até o apagar das luzes. Estou feliz da vida por ter essa chance de retribuir a lealdade dela, e me sinto bem mais segura com ela por perto.
Catei ela pra ser minha dama de companhia pessoal no ato!
Depois, me tranquei na biblioteca e fui à caça de informações. Afinal, posso ser um gênio, mas isso não quer dizer que eu saiba de tudo, né? E outra, admitir que a gente não sabe de certas coisas é sinal de grande sabedoria, fica a dica! Li um monte daqueles calhamaços complicados, sabe? Aqueles tijolões que os estudiosos adoram. Claro que, para alguém do meu calibre, foi fichinha. Nem tem por que ficar me gabando.
Com a sabedoria que pesquei nesses livros, mais umas migalhas do que o Ludwig tinha me contado antes… E olha que foram só migalhas mesmo, tá? Enfim, juntei tudo, analisei e descobri o X da questão, o que estava de errado com o Império. E fiz tudo isso sozinha. Porque, modéstia à parte, eu sou realmente muito inteligente.
E chegamos a hoje! Isso mesmo, hoje foi O DIA! O melhor de todos os dias!
Para encontrar alguém que pudesse me ajudar a botar a mão na massa, fui bater lá no Ministério da Lua Dourada. Quando cheguei, aquele quatro-olh… digo, o Ludwig, estava com um pé na roça, prestes a ser despachado para o interior. Aí eu entrei em cena, dei um chega pra lá em todo mundo e salvei a pátria (dele, no caso). E adivinha o que ele fez depois? O Ludwig, aquele mesmo quatro-olhos que me tira do sério, veio e me cobriu de elogios!
Quando ele ouviu as minhas conclusões geniais, os olhos dele ficaram tipo… arregalados! Ele ficou me encarando, depois se ajoelhou e começou a tecer mil elogios a mim.
Foi simplesmente SENSACIONAL! Me senti tão bem, mas tão bem, que por um instante cheguei a pensar que esse tinha sido o verdadeiro motivo da minha reencarnação: só para eu poder ir lá e viver aquele momento!
Aí ele disse que queria me jurar lealdade e, claro, eu deixei, né?
Ele solta umas grosserias de vez em quando, mas, na outra vida, ele ralou um bocado pelo Império. Em consideração à dedicação dele naquela época, dei um desconto. Mesmo ele sendo um chato, mal-educado e, às vezes, insuportável. Eu o perdoo porque sou um poço de misericórdia.
Desse jeito, para uma mente brilhante como a minha, salvar o Império da bancarrota vai ser mamão com açúcar!
Ah, e falando em genialidade, estou inspiradíssima! Olha só que primor de escrita! Será que levo jeito pra coisa? Acho que vou começar a pensar em me aventurar mais no mundo das letras.
Tradução: Gabriella
Revisão: Matface
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