A luz adentrou pela janela enquanto eu abria minhas pálpebras, que seguiam um pouco pesadas. Distraído ainda pelo sono, encarei este desconhecido cômodo, até que minha mente desperta enfim se lembrou dos eventos de ontem.
É verdade… Estou em um mundo diferente. Pensando no dia de ontem, foi bem agitado.
Eu me envolvi na invocação do Herói, estudei a história do outro mundo, fui à lua com um demônio que não entendo, sequestrado por esse demônio em direção a uma jornada vazia e adormeci antes que me desse conta… Arehh? Deixando de lado o começo, a maioria das partes agitadas do meu dia não foram causadas por aquela encarnação de bolinho castella? Ou melhor, não me lembro de voltar para o meu quarto. Há quanto tempo estou dormindo na minha cama?
Enquanto esses pensamentos me assaltavam, de repente vi letras brilhantes aparecerem na frente dos meus olhos.
“Vou visitar de novo, ok?”
Vamos verificar o que aconteceu outra vez. Esta é a mansão da Duquesa Lilia Albert, que neste momento está cuidando de nós. Em suma, aquele demônio é um estranho para esta residência. Sinto que é muito importante que eu repita outra vez, ela é uma estranha para esta residência… Aquela garotinha demônio está realmente fazendo o que bem entende.
Porém, devo dizer a Lilia e as outras que um demônio invasor esteve aqui ontem? Embora ainda esteja fora de contato com o senso comum deste mundo, posso imaginar que seria um grande problema se a residência da Duquesa tivesse sendo invadida. Se for tomar o que me disse, Kuro invadiu este lugar porque queria me ver, e também não fui prejudicado de forma alguma… Fiquei apenas um pouco traumatizado por bolinhos castellas.
Nesse caso, mesmo que fosse extremamente preocupante… Minha intuição me diz… Talvez, mesmo que denuncie e este lugar aumente sua vigilância, Kuro ainda vai aparecer com aquele sorriso que tinha no rosto ontem à noite. Como esperado… Devo esperar para ver o que acontece? De todo jeito, ela não parece ser uma pessoa má, e também estou em dívida ter me salvado quando me perdi.
Ah, contudo é possível que perguntem sobre a confusão de ontem à noite logo agora de manhã…
Enquanto continuava pensando sobre isso ouvi uma batida na porta, me dizendo que o café da manhã estava pronto. Por ora, decidi deixar de lado os pensamentos sobre Kuro para o futuro e saí do quarto, dirigindo-me à sala de jantar.
Nosso café da manhã foi simples no estilo ocidental, no entanto foi servido com pão branco puro. Elas me explicaram que neste mundo é costume comer pão branco na primeira refeição do ano novo. Não sei como o fizeram tão branco, mas tinha gosto de um pãozinho amanteigado simples.
— Vocês dormiram bem ontem?
— Ah, sim.
— Estava tão exausta ontem que adormeci sem nem me dar conta.
— …
Ouvindo Lilia perguntar sobre essas coisas, a imagem de mim gritando alto voltou à minha mente e não consegui responder rápido o suficiente.
— Kaito?
— Ah, estive observando a lua na varanda por um tempo antes de dormir.
— Sim, foi uma linda noite de luar ontem, não foi? Também estive relaxando na brisa noturna, foi uma noite ótima e pacífica, condizente com o 30º dia da Lua Celestial.
— T-Tem razão.
Arehh? Uma noite pacífica? Isso é estranho… O quarto de Lilia fica tão longe que não conseguiu me ouvir gritando? Sinto que não estamos na mesma página…
Antes que esse problema pudesse se instalar de vez na minha cabeça, Kusunoki tomou a palavra.
— Falando nisso, hoje é ano novo neste mundo, não é? As pessoas fazem algo especial para a ocasião?
— Deixe-me pensar… Basicamente, a maioria dos humanos passa seu tempo em casa por 3 dias após a chegada do novo ano. Depois, haverá uma celebração de Ano Novo. Também há algumas variações regionais, porém…
Pelo que vejo há um costume neste mundo, assim como o Sanganichi do Japão, durante o qual a maioria dos estabelecimentos fica fechado. Então, segundo o que Lilia contou, descobri que haveria um evento parecido com o Shinnenkai, onde eles receberiam as Bênçãos dos Deuses.
A Bênção dos Deuses é um evento do tipo Hatsumode, onde as pessoas desejariam saúde e melhoria dos deuses visitando seus templos, e há várias formas dependendo da região e do tipo de deuses que vivem lá.
— Por exemplo, aqui na capital real, onde há um templo que governa “saúde” e “ordem”, é comum receber bênçãos para saúde e paz durante o ano novo, contudo em áreas onde há templos que governam “colheita”, eles podem receber a bênção para uma colheita abundante. Embora eu tenha dito isso, apenas a realeza e os nobres podem encontrar os deuses e receber suas bênçãos em pessoa, então seria basicamente como pedir a bênção dos sacerdotes.
Parece que a maioria das pessoas será agraciada com a bênção, embora também sejam influenciadas por quão fortes são suas crenças religiosas. No entanto, este é apenas um costume da raça humana e não se aplica aos deuses e demônios.
Os deuses costumam passar o dia rezando ao Deus da Criação, sem sequer fazer alguma refeição.
No primeiro dia do ano novo, os demônios costumam comer apenas uma das comidas predeterminadas como forma de agradecimento aos Seis Reis.
— A propósito, todos já devem saber, mas Luna segue os costumes dos demônios.
— Hã? Luna é um demônio?
— À pergunta de Hina, você poderia dizer que sim, porém também poderia dizer que não.
— Para simplificar, sou um híbrido humano-demônio.
Ficamos surpresos com a revelação, contudo a própria pessoa, Lunamaria, respondeu como se fosse algo natural. Pelo visto, neste mundo onde demônios e humanos são amigáveis uns com os outros, híbridos não são incomuns e não são discriminados.
— Se quiserem que eu especifique, tenho um quarto de sangue humano e elfo, e metade de sangue demônio. É por isso que há alguns traços da minha linhagem élfica nas minhas orelhas.
— Hoeehh!
Com essas palavras, Lunamaria move o cabelo para que possamos ver. É verdade que suas orelhas são um pouco pontudas, no entanto não são tão longas quanto as dos elfos que tenho em mente.
Entendo, poderia dizer que é algo único neste mundo onde a interação entre raças está florescendo. Na verdade, Lunamaria parece um conjunto de fatores sobrenaturais.
— Ouvi dizer que as pessoas em outros mundos são um pouco sensíveis à imagem de mestiços… Mas cerca de um terço das pessoas que trabalham nesta mansão são mestiças, e são muito comuns neste mundo.
Acho que ela percebeu que estávamos surpresos, então Lilia explicou com um sorriso, nos dizendo que não é nada incomum. É verdade que mesmo em romances de fantasia, há muitos casos de perseguição mestiça, assim sendo, posso ter tido uma imagem preconceituosa a respeito. Tentarei corrigir esse pensamento para não ser rude.
A propósito, Lilia é uma humana de sangue puro, porém deu um sorriso irônico sobre o fato de não saber sobre seus ancestrais.
— Bem, a razão pela qual Luna passa o ano novo seguindo os costumes do Reino Demoníaco é simples… Luna, tem algo que gostaria de dizer hoje?
— Ofereço todas essas comidas em nome do reverenciado Rei do Submundo!
— A propósito, essas comidas deveriam ser oferecidas originalmente aos Seis Reis, sem nomear nenhum em específico…
— Ah — disseram os três invocados ao mesmo tempo.
— Por sinal, há 67 tipos diferentes de oferendas designadas para o nome do Rei do Submundo este ano…
— Já chega. Luna, não precisa explicar essa parte.
Lilia a interrompe com um olhar cansado no rosto enquanto a fanática fica cada vez mais entusiasmada.
Na verdade, são tantas variedades diferentes de oferendas de comida! Ah, certo, há muitos tipos diferentes de demônios, não é? Tenho certeza de que há algumas coisas que não podiam comer por causa de seu tipo de corpo, então talvez estejam levando esse aspecto em consideração. Embora eu tenha ficado um pouco assustado com Lunamaria, que memorizou todos os diferentes tipos de comida que foram oferecidas ao Rei do Submundo…
Quando terminamos o café da manhã e ouvimos a continuação da história deste mundo na mesma sala de ontem, Lilia falou como se de repente se lembrasse de algo.
— Ah, esqueci de mencionar… Mais tarde, todos vocês receberão uma bênção direta da deusa, assim como os nobres e a realeza. Devemos fazê-lo porque os Heróis são suscetíveis a doenças endêmicas, então todos os quatro devem receber a bênção da boa saúde.
Não sei se existe um conceito de imunidade neste mundo, entretanto é verdade que vivemos em ambientes e climas diferentes, então a bênção da boa saúde é importante só de ouvir seu nome. Na verdade, não quero ser a pessoa que veio para outro mundo apenas para morrer de uma epidemia.
— Não seria melhor se minha dama recebesse a bênção do amor ou casamento ao menos uma vez?
— Luna, você… você claramente sabe do que está falando, certo?
— Ahhhh! Falando nisso, você já fez e recebeu duas vezes… Gufuaahh!
Imagino o que acabou de acontecer aqui. Enquanto Lunamaria falava, Lilia se levantou e senti como se ela tivesse enviado um punho com uma velocidade de abalar a terra em direção ao plexo solar de Lunamaria. Para ser honesto, parecia que sua mão desapareceu e Lunamaria apenas se ajoelhou segurando sua barriga, é só que…
— Dizia alguma coisa?
— Co-Como esperado de… minha dama… Sua habilidade não parece ter enfraquecido…
Enquanto Lilia falava com um sorriso assustador no rosto, Lunamaria não parecia ter aprendido a lição. Nós três sussurramos entre nós antes de concluir que as duas são de fato boas amigas:
— Viu aquilo?
— Não, não vi nada.
— Será que Lilia é na verdade uma pessoa muito forte…
Seguimos sussurrando sobre a cena que vimos alguns momentos atrás… Que não vimos, para ser mais exato.
— Nossa, você realmente é… Hyahh!
— !?
— Ah, não, não é assim, pessoal! Aquilo agora foi, hmm, err…
Olhando para seus punhos tão afiados que é difícil acreditar que seja uma dama de um Ducado, nós inadvertidamente nos afastamos um pouco, o que a fez se virar meio desesperada para nós e tentar se explicar.
— E-Eu tive alguma experiência trabalhando com a Ordem dos Cavaleiros um tempo atrás… Também adquiri experiência suficiente em artes marciais para saber como usá-la… Errr…
— Antes de receber seu título de nobreza, minha dama era a Comandante de Divisão da Segunda Divisão da Ordem dos Cavaleiros do Reino.
— Hããããããã? — exclamaram os três.
— Como eu disse, por que está adicionando informações desnecessárias?
Pensei que ela fosse uma Duquesa recatada e adequada, privilegiada, contudo acabou revelando-se uma artista marcial.
Então, como se em retaliação por ter sido surrada, Lunamaria encontrou algo para provocá-la e acrescentou essa informação com um sorriso maldoso no rosto.
— Se bem me lembro, Lilia faz parte da Família Real, certo? Então, você é uma lutadora, hein…
— Kaito? Nã-Não, minha mãe me disse que deveria aprender tanto as artes literárias quanto as militares, então sou membro há pouco tempo!
— Isso significa que se tornou uma Comandante de Divisão em um curto período de tempo? Não a torna ainda mais incrível?
— Até Aoi? Nã-Não, veja bem, é por causa da minha linhagem incomum que fui promovida em pouco tempo…
— Aliás, suas habilidades em batalha a tornaram conhecida como a Valquíria da Rosa Branca… Para descrever este seu título de forma mais concreta, ela é capaz de acabar sozinha com um grupo de bandidos com apenas seu cavalo e até mesmo um bando de monstros serão reduzidos a um banho de sangue na sua frente… A velocidade de sua promoção foi excepcional.
— Luna!
— Lilia pode ser uma pessoa terrivelmente assustadora…
— Hina? Você está enganada! É que as pessoas ao meu redor estavam achando isso engraçado e tornando essa história maior do que deveria ser! Por favor, não olhe para mim com medo desse jeito!
Ao contrário da perturbada Lilia, Lunamaria está claramente entretida e acrescentou mais informações. Contudo, como não está negando de forma firme e fica apenas mais perturbada… O que foi dito pode não ser apenas um exagero e sim uma história real.
— Por sinal, a primeira vez que conheci minha dama foi na competição anual onde os membros da Ordem dos Cavaleiros do Reino competem em habilidade.
— Luna… Por favor. Por favor, não fale sobre aquilo.
— Na época eu estava trabalhando como uma aventureira descompromissada, e aconteceu de parar na capital real para assistir ao torneio. Foi incrível ver a aparição fugaz de uma garota que tinha apenas 14 anos na época, prevalecendo na competição com sua bela esgrima.
— Pare… Pare… Pare… Isso não é algo que se fala para os outros…
De alguma forma, me parece que Lilia tem uma história muito sombria, pois esta agarrou Lunamaria enquanto implorava para que parasse, como se a relação mestra e subordinada tivesse sido invertida. Para ser sincero, estou sentindo pena, contudo não posso falar por ela porque estou mais curioso sobre o conteúdo de sua história do que qualquer outra coisa. Sinto muito, Lilia.
— No entanto, seu oponente era um veterano entre os cavaleiros! Depois que a espada de minha dama foi quebrada por um golpe de um guerreiro na 5ª rodada… Os espectadores, eu inclusa, pensaram que seria a sua derrota.
— Não é assim… essa foi apenas a excitação de um participante em sua primeira vez…
— Foi nesse instante que minha dama jogou fora sua arma e a espada de treinamento que foi balançada para baixo almejando sua cabeça foi esmagada entre seus dois punhos envoltos em seu poder mágico!!
— Hã? — expressaram os três.
— Sem uma pausa, ela mergulhou no peito de seu oponente blindado e logo depois desencadeou seus ataques! Não parecia sequer uma garota humana. É como se de repente se transformasse em um ogro enquanto desencadeava um ataque de punhos que destruíram a armadura de seu inimigo, alcançando a vitória.
— Hããããããã?
— Por favoooooooor… Pare com isso… Sério…
— Vendo minha dama levantando o punho com um sorriso radiante, um pensamento surgiu em mim… Quero servi-la!
— Aaahhhhhhh… Não foi assim… Você está enganada…
Lunamaria, que seguia contando a história com uma expressão radiante no rosto, parecia jorrar jovialidade. Lilia cobriu o rosto e caiu na mesa, suas orelhas ficando vermelhas.
Lunamaria… Você é sem dúvida implacável, hein? Pode ter sido rude da minha parte apenas ouvir aquela história heroica sem nem mesmo ajudá-la, mas a linda mulher ficando tão envergonhada com seu brilhante rosto corado, sem querer, me fez pensar que era bastante fofa.
— Isso foi só… um impulso do momento… Vocês estão enganados…
— Aliás, aquele momento também destruiu as intenções de seu futuro noivo que seus pais escolheram para ela naquela época, e foi decidido que conversas sobre seus noivados nunca mais seriam discutidas.
— …
Estou sem palavras. Por favor, pare agora, Lunamaria! Lilia já está meisano chorosa!
Naquela sala silenciosa, só conseguia ouvir sua voz murmurando “Vocês estão enganados…”, porém Lunamaria olhou para mim por algum motivo e apontou para Lilia que estava deitada em sua mesa.
Hein? O quê? Está tentando me dizer para fazer um acompanhamento depois de tudo que disse? Quão irracional pretende ser? Por que Kusunoki e Yuzuki estão olhando para mim também? Como falei, é impossível! Isso é algo irracional demais para se pedir a um cara solitário, sabia?
Mas, porém, contudo, todavia e entretanto. Não há dúvida de que é culpa daquela empregada inútil, só que agora também estou me sentindo um pouco culpado por não a ter parado no meio da conversa. E sendo um idiota de vontade fraca que não consegue desafiar a pressão do silêncio delas e do voto da maioria, não tenho escolha.
— H-Hmmm, Lilia?
— Uuuhh… Kaito… Não é assim. Não sou uma mulher violenta que não derrama sangue nem lágrimas… Nem que “o espinho da Rosa Branca é tão afiado quanto a presa de um dragão”… Não é desse jeito.
Ah, parece que ela deve ter sido muito provocada no passado… Ao ponto que já está traumatizada. Seus olhos, que estavam confiando em mim, parecem muito fofos… Não é hora para isso! Err, continue, continue…
— E-Entendi! Está tudo bem, estamos apenas um pouco surpresos, não achamos que Lilia é o tipo de pessoa que usaria violência sem um bom motivo!
— Sniff… Sério?
— Claro! Quero dizer, estamos falando de uma história que aconteceu quando você tinha apenas 14 anos, certo? Era sua primeira vez em um torneio nessa idade, então é natural que esteja lutando com toda sua força. Aconteceu de ser uma combinação de coincidências que ocasionaram na vitória…
— A propósito, ela conseguiu adquirir o título de Vice-campeã como resultado final do torneio.
Poderia parar de adicionar informações extras e ficar quieta por um momento, sua empregada inútil?
— D-De toda forma, faz apenas um dia que nos conhecemos, porém sei que Lilia é gentil, e posso não saber o que aconteceu naquela época… Contudo não tenho medo só por causa dos eventos do seu passado.
— Uuuuuhhh… Kaito…
E-Eu consegui consolá-la? Oi, o que é esse polegar para cima, sua empregada inútil?
Fiquei irritado ao ver Lunamaria olhando para mim como se dissesse que fiz um bom trabalho depois que me forçou a limpar sua bagunça, então decidi mudar a direção da nossa conversa um pouco.
— Deixando esse assunto de lado. Sabe… Lilia, é mesmo culpa sua?
— Hã?
— Hein?
— Veja, todo mundo tem um ou dois fracassos no passado que não quer que ninguém saiba. Com certeza é uma coisa terrível falar sobre esses acontecimentos tão alegremente para os outros, não é? Não acho que seja algo pelo qual possa apenas se desculpar e se safar.
— H-Hmm, Miyama? Miyama?
— Nesse caso, se há tais canalhas, deveria julgá-los. Lilia pode ser uma pessoa gentil, contudo acho que é melhor ser rápido para esmagá-los com julgamento nessas situações.
— É realmente o caso.
Com uma voz tão gentil quanto possível, Lilia afirmou que não era sua culpa. Suas lágrimas pararam e, por outro lado, o rosto de Lunamaria empalideceu. No entanto, está apenas recebendo o que merece em primeiro lugar.
— Ahh, me desculpe. Acho que tomei um pouco de café demais essa manhã… Vou dar uma volta um pouco e conversamos depois… Kusunoki, Yuzuki, por que não damos uma olhada pela casa?
— Será um prazer.
— Eu concordo.
Mesmo que Lilia esteja de alguma forma tentando não nos deixar ansiosos, a maior parte é só porque temos medo do que está prestes a acontecer. É por isso que ela está fazendo tudo o que pode para não ficar com raiva na nossa frente.
Interrompendo a conversa e chamando Kusunoki e Yuzuki de propósito, fomos em direção à porta. No canto da minha visão, pude ver Lilia se levantando de seu assento e o rosto de Lunamaria ficando branco e azul.
— H-Hmm, eu serei sua guia…
— Nós nos lembramos do caminho, então não precisamos mais de um guia.
— …?
— Lu… Na!
— Hiii! Mi-Minha dama… E-Errr…
Acredito ter ouvido uma voz assustadora ecoando dos abismos do inferno, mas saí da sala sem olhar para trás. Pouco tempo depois, embora não saiba realmente de quem é essa voz, acho que ouvi um grito que soou como se alguém tivesse sido atacado por um predador, porém acho que deve ser só fruto da minha imaginação.
Tradução: Shuraragi
Revisão: Pride
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