Crônicas do Bahamut Invicto – Vol. 17 – Cap. 05.2 – Hora do Despertar

Parte 5

— Comunicação da Operadora El Fajura. Ela está lutando contra Lux Arcadia e Aeril vi Arcadia. Estão no Arquivo, a nordeste daqui.

A Autômata Arshalia, que estava ao lado de Raffi, recebeu uma transmissão de sua subordinada El Fajura e compreendeu a situação.

Mas Raffi não pareceu nem um pouco surpresa. Seu rosto parecia dizer que havia previsto isso desde o início.

— Então é exatamente como eu pensei. Eu não entendo como ele enganou os olhos de outras pessoas até agora.

— Provavelmente eles estão usando a Veste Divina do <Zahhak>, não é?

A Veste Divina <Ataque Mental> tornava possível roubar uma memória específica do alvo.

Se a consciência da existência de Lux fosse apagada, quer ele entrasse e saísse da pousada e não importasse o que fizesse em outro lugar, ninguém seria capaz de perceber que era ele.

Mas, se sua própria existência fosse apagada, ficaria claro pela falta de naturalidade que eles estavam usando o <Ataque Mental>.

Portanto, Lux apenas escondeu sua verdadeira identidade enquanto criava a verdadeira imagem transitória que era a Divisão Azure.

A mesma coisa quando Fugil uma vez fez uso da existência de Lux para realizar a revolução que destruiu o Antigo Império.

— Bem, tudo ficará bem se deixarmos isso para Philuffy. Ele tinha acabado de lutar seriamente contra Celistia, então certamente não tem forças sobrando para vencê-la. Mesmo na improvável chance de ele realmente derrotá-la, ficará exausto e incapaz de lutar bem. O que resta é fazer com que a Autômata lide com sua irmã mais nova, que parece ser a traidora, e feche as cortinas. Você está bem com isso, Fugil?

— Por que está me pedindo permissão? Você pode fazer o que quiser.

Fugil foi posicionado como sentinela no centro de Avalon, mas como a posição do Lux estava clara, Raffi o chamou de volta para seu lado.

— É para que eu não me torne a inimiga do mundo, o que consequentemente me transformará em sua inimiga. Acredito que a Lorde Listelka certamente morreu por causa disso. Então tenho que atender às suas expectativas tanto quanto possível.

— …Não há risco disso neste momento. O que você está fazendo é considerado simplesmente como lidar com os inimigos do Novo Reino. Em relação ao Syvalles também, está apenas enviando-as tendo em mente a possibilidade da chance improvável de que meu tolo irmão mais novo não possa ser morto.

— Fufu, estou aliviada em ouvir isso. Então, está tudo bem se eu me mover também a qualquer momento? Um relatório de emergência veio dos meus subordinados.

Como um grande número de Abyss, que foram transferidos da instalação de produção subterrânea, eram controlados por flautas de chifre, o exército do Novo Reino foi colocado em desvantagem.

A Tríade e Airi estavam protegendo Lisha enquanto se escondiam e se moviam.

Krulcifer continuava a fazer uma boa exibição contra o grande enxame de Abyss, mas contra tal número, ela não era capaz de derrotar todos eles e a linha de frente estava sendo empurrada para trás.

— Bem, então deixarei Alma em suas mãos, Re Plica.

— Certo desu. Farei o meu melhor caso algo aconteça desu.

Raffi deu uma ordem à Operadora da Lua, que possuía orelhas mecânicas de raposa, Re Plica.

Preparando-se para a situação em que Lux fugisse, Raffi preparou este plano para garantir ainda mais cartas contra ele, onde uma Autômata vigiaria Alma e, dependendo da situação, a usaria como refém para derrubá-lo.

— …

Alma estava amarrada e não conseguia dizer nada.

Nesta situação já não havia nada que pudesse fazer exceto rezar pela segurança de Lux.

— Agora, então.

Ao mesmo tempo que murmurava, *paki paki* o ar ao redor de Raffi estava congelando.

O Eclipse Sagrado, que combinava todos os poderes dos sete Ragnaroks, cumpriria seu objetivo de trazer a salvação à pessoa que possuía, e em pouco tempo expandiria sua força ao máximo.

Depois de fazer isso, devoraria todo o pensamento e carne da pessoa com quem estava fundido e enfureceria.

Ele evoluiria para uma grande calamidade que reduziria o mundo a nada. Raffi não sabia dessa realidade.

Ela talvez duraria por alguns meses.

Ou talvez, em um caso mais rápido, Raffi perderia seu ego humano no decorrer de algumas semanas antes de se transformar em uma calamidade.

Quando a história chegasse à última parada, Fugil usaria <Ouroboros> e Avalon e reiniciaria tudo.

Usando a revisão mundial, ele faria com que a memória das pessoas esquecesse tudo sobre as Ruínas.

E então, alguém descobriria as Ruínas mais uma vez e tudo se repetiria.

Essa era a verdade do Eclipse Sagrado, o prólogo que levaria à destruição do mundo.

— Devo sair? Não… está tudo bem, vou deixar isso com você

— …? É incomum pensar que você tomaria a iniciativa de se mover.

— …

Raffi não percebeu o verdadeiro significado da sugestão de Fugil.

Fugil não queria ver sua figura miserável enquanto ela devorasse avidamente a grande quantidade de Abyss, ele não queria ver o lado distorcido do Eclipse Sagrado.

— Então, vou deixar este lugar para você. Irei causar um pouco de tumulto.

Logo depois disso, asas cresceram na jovem figura da rainha e ela voou para longe.

E então, um massacre foi iniciado.

Parte 6

— Onde fica esse lugar…?

Naquele momento, Lux e os demais que foram transferidos para o centro de gerenciamento de informações, o Arquivo, foram colocados em uma situação misteriosa.

Todo o ambiente estava totalmente escuro.

Havia apenas eles dentro do espaço, além de estarem sem seus Drag-Rides, flutuando com uma luz fraca aos seus redores.

Eles só conseguiam mexer levemente seus corpos.

— Acalme-se, Lux. A progressão do tempo que estamos vivenciando agora é dezenas de vezes mais rápida que a realidade. É por isso que você não se cansaria mesmo se continuasse usando <Bahamut>. Neste momento, o conteúdo da mídia de armazenamento de informações que encontramos no Jardim está sendo ativado.

Aparentemente, a instalação de Avalon chamada Arquivo estava interferindo diretamente em seus cérebros. Parece que foi construído para que as pessoas pudessem obter informações em pouco tempo.

Parece que Philuffy também estava observando isso de perto, mas não estava claro se estava confusa ou estava agindo como sempre, ela estava olhando vagamente para o ar com seu rosto inexpressivo.

Um quarto escuro com apenas a consciência deles, onde eles não tinham nem senso de direção.

No centro existia uma silhueta com a mesma aparência da Autômata chamada Arshalia.

Cabelo prateado e olhos cinzentos.

Ela era uma garota com lindos cabelos longos, usando um luxuoso vestido branco puro.

Arshalia abriu os olhos como se percebesse a existência de Lux e companhia, então sorriu e fez uma reverência.

— Bem-vindos ao Arquivo. Dou minha saudação a vocês três.

— Você é…?

Lux, que só existia como consciência aqui, perguntou espontaneamente.

Logo depois disso ele ficou exasperado consigo mesmo por estar falando com uma mídia de armazenamento de informações, mas inesperadamente foi respondido.

— Meu nome é Arshalia. Fui uma Princesa Imperial do Império Arcadia no passado. Usando a tecnologia trazida pelos Xfer, fui eu quem recriou as Ruínas. Com a minha posição, talvez eu pudesse ser chamada de Criadora.

— …!? Então, aquela Autômata que é a Operadora de Avalon, ela é…

Quando Aeril, que era um membro da família imperial que também era chamada de Lorde, fez a pergunta, o holograma da garota assentiu.

— Sim. Eu a criei para imitar minha aparência. Mas não se pode dizer que esteja projetando minha consciência. Ela é apenas uma inteligência artificial… em suma, é uma pseudopersonalidade que foi criada artificialmente, não tem relação comigo. Nesse sentido, essa forma é igual, mas… o que lembramos é diferente.

— …

Até mesmo a antiga tecnologia das Ruínas e Avalon era impressionante até hoje, mas eles ainda estavam perplexos com o aparecimento da existência chamada Arshalia que encaravam.

Mas Lux imediatamente se recompôs e perguntou.

— O que você sabe? Não, em relação a Avalon e a maneira de derrotar o Eclipse Sagrado… e o Drag-Ride <Ouroboros>. Pode nos dizer o que sabe sobre eles?

— …Muito bem. Vocês são pessoas que chegaram aqui depois de superar todas as dificuldades. Têm qualificação suficiente para saber. O início de tudo foi há mais de mil anos… começou a partir do encontro entre ele e eu.

— Ele…?

Aeril fez uma cara duvidosa, mas Lux teve uma ideia sobre isso.

— Fugil Arcadia, hein…

— Sim…

Arshalia acenou com a cabeça ao ouvir o murmúrio de Lux.

A expressão da garota, que foi projetada nesta falsa imagem, continha gentileza em algum lugar dentro de si, ao mesmo tempo que também possuia um toque de solidão.

— Vocês devem saber se chegaram ao centro de Avalon, mas o Império Arcadia do nosso tempo estava no meio de guerras que eram como o inferno.

— …

O piso profundo de Avalon.

Lux e companhia também souberam disso depois de assistir à gravação anterior que foi projetada na capital abandonada, Guernica.

O Império Arcadia, que governava o mundo, logo se inclinou para um governo em prol da realeza e da nobreza intitulada. No final, para refinar o Elixir com pureza ainda maior — para fortalecer seu próprio talento, expectativa de vida e corpo físico — eles apreenderam a população que era mais fraca que eles e os transformaram em matéria-prima.

Essa se tornou a origem da rebelião. O grupo que se tornou o centro da rebelião foi chamado de clã dos traidores. As pessoas que se tornaram os ancestrais do Império Arcadia da época de Lux.

Foi assim que Lux e Aeril entenderam, mas…

— Naquela época, o líder da resistência que roubou o Drag-Ride que era exclusivo da realeza e da nobreza, era um parente de sangue com a maior aptidão para Drag-Rides, mesmo entre a linhagem Arcadia.

— …!?

Lux engasgou e prendeu a respiração no momento em que ouviu isso.

Por que a aptidão de Lux e Airi com Drag-Rides era anormalmente alta? Isso porque eles descendiam da mesma linhagem de Fugil.

— Eu, que era a Princesa Imperial, e Fugil, que era filho de um membro do clã dos traidores. Um dia eu acidentalmente vi Fugil lutando para proteger os cães e gatos que eram torturados pelas pessoas para aliviar o estresse.

A projeção de Arshalia olhou silenciosamente para baixo e começou a falar.

Seus gestos detalhados não eram apenas uma imitação. Parecia que ela era uma humana de verdade.

— Foi-me ensinado que o clã dos traidores é mau desde o momento em que adquiri consciência. Tive o talento para compreender a tecnologia dos Xfer que colaboraram comigo e a coloquei em prática. Graças a isso obtive grande autoridade, até entre minhas irmãs, as outras Princesas Imperiais. Mas meus parentes só pensavam em usar a tecnologia dos Drag-Rides e das Ruínas para enriquecer. Até eu fiquei cansada deles.

— Então, por causa disso…

Quando Lux murmurou em voz baixa, Arshalia abriu os olhos e sorriu para ele.

— Sim, originalmente estávamos em posição de nos odiarmos, mas obtive uma convicção quando vi Fugil naquela época. Que não havia como o clã dos traidores ser uma existência maligna desde o seu nascimento. Que nada mais é do que um senso de valores criado para a conveniência de alguém… comecei a pensar, o que aconteceria se eu pudesse caminhar junto com Fugil em um caminho para salvar todos eles sem matar ninguém.

— …

Aeril, que ouviu a história, fez uma expressão mansa sem fazer nem um único movimento.

Muito provavelmente a imagem deles, os Lordes, estava se sobrepondo à personalidade artificial de Arshalia.

Conflitos semelhantes ocorreram na era de Listelka e dos outros. Quando acordaram de seu longo sono nesta época, tentaram se livrar dos governantes de todos os países.

Entre elas, apenas Aeril escolheu o caminho da coexistência com as pessoas desta época.

— As coisas estavam indo muito bem para nós dois. Pensando agora, também éramos vaidosos naquela época, mas fomos abençoados com talento e sorte. Utilizei a tecnologia das Ruínas e desenvolvi novos conceitos e equipamentos. Fugil os usava e eliminava qualquer perigo para mim. Ele possuía uma força como Drag-Knight que era maior do que qualquer um, e essa força floresceu no meio das batalhas.

Arshalia colocou as mãos no peito e continuou falando sobre o passado.

Como ela estava corrigindo as distorções do mundo uma por uma junto com Fugil.

Como subjugaram os principais vassalos que cometiam terríveis injustiças.

Como pararam uma arma que ficou descontrolada após uma modificação.

Como derrubaram a facção que tentou assassinar Arshalia.

Como se disfarçaram de resistência e aniquilaram um grupo que se dedicava à desumanidade.

Como deixaram o gerenciamento da Ruína para as Autômatas que eram chamadas de Operadoras.

Como ela desenvolveu vários novos Drag-Rides.

Por causa dos conflitos, era inevitável que a conclusão fosse sangrenta, mas a situação foi se tornando pacífica aos poucos.

— Eu… me apaixonei por ele. Fugil viveu em um ambiente infeliz o tempo todo desde sua infância, então não abriu seu coração para mim, que era uma Princesa Imperial, mesmo assim, eu acreditei que talvez ele tivesse os mesmos sentimentos no fundo.

“Eu quero salvar este mundo.”

Eles queriam se aproximar de um mundo onde as pessoas não teriam uma experiência irracional por causa de outras.

Com tanto sentimento no fundo do coração, os dois cooperaram e seguiram para frente.

— Mas, mesmo em meio a isso, o conflito não diminuiu. Não, quanto mais os conflitos se prolongavam… quanto mais encurraladas estiverem, mais as pessoas sacrificarão coisas, não se preocuparão mais com as aparências e, portanto, o ódio ficará ainda mais violento.

Um pai que colocou uma bomba dentro da própria filha e a vendeu a um nobre para se vingar.

A família imperial que capturou um mensageiro que se aproximou em busca de paz e o dissecou vivo para servir de matéria-prima para o Elixir.

Um comerciante ganancioso que planejou obter grandes lucros, conseguiu vender armas para ambos os lados e despertou a raiva deles.

Um pesquisador espalhou indiscriminadamente um veneno feroz que não mataria, mas infligia um longo sofrimento na esperança de que a guerra estagnasse, mas eram as pessoas inocentes que mais sofriam com isso.

— Fugil e eu avançamos um passo de cada vez… derrotamos inimigos, mas testemunhamos uma realidade triste e cruel. Vimos repetidamente os atos horríveis de humanos que eram como demônios e abrigavam dúvidas. Será que a verdadeira natureza da humanidade… que nós, o clã Arcadia, éramos uma existência que é como um demônio imundo? Eu fui repreendida pelo Fugil. Ele disse: “Se você deu uma resposta assim, então o que eu fiz até agora não teve sentido.”

— …

A era do Antigo Império, onde as massas sofriam de opressão e discriminação por parte das pessoas com autoridade.

O contra-ataque das massas que estavam cheias de ressentimentos profundos.

Os últimos anos do Sacro-Império Arcadia deviam ter sido ainda mais terríveis do que o passado que Lux viveu.

Durante esses sete anos infernais, os dois resistiram, se encorajaram e lutaram enquanto viviam juntos. Arshalia falou eloquentemente sobre sua história.

Tudo isso não demorou nem alguns segundos em tempo real, mas dentro de suas consciências parecia que dezenas de minutos haviam se passado, e ainda assim, não parecia muito tempo.

A história dos tempos antigos onde as guerras e a maldade do povo chegaram ao extremo.

Mas aquela batalha que parecia interminável estava chegando ao fim devido à dura luta de Fugil.

— Fugil era incrível. No começo, sua habilidade não chegava a esse ponto, mas ele nunca parava de trabalhar duro, não importava que tipo de dificuldade surgisse, ele suportava e superava, e ele se tornou forte. Fiquei encorajada ao vê-lo. Um herói que não abandonava o que é certo. Eu apliquei Elixir nele toda vez que estava à beira da morte, mas naquele momento, percebi que uma mutação estava ocorrendo.

— Mutação?

Lux inclinou a cabeça enquanto fazia uma conjectura dentro de seu coração.

— Sim, o corpo dele… os bloqueios dentro de seu cérebro se transformaram. Originalmente, um humano morreria se recebesse Elixir em certa quantidade, mas ele ultrapassou o limite da dosagem máxima permitida e se tornou capaz de continuar vivendo.

— Não posso acreditar, ele não dormiu em uma cápsula como nós… ele se tornou imortal?

Quando Aeril perguntou isso perplexa, Arshalia assentiu.

— Também tem isso, mas eu naquela época pensei em algo diferente. Destruímos o último grande mal e o mundo deveria ter se tornado pacífico. Mas a tristeza e o ódio que estavam aninhados nos corações das pessoas durante todo o longo período não desapareceram.

Depois que a guerra terminou, de certa forma e com o passar do tempo, novas faíscas de conflito começaram a arder em cada campo. Quando tentaram impedir isso, piorou ainda mais.

A realeza e a nobreza desejavam recuperar mais uma vez a vida rica de antes e subjugaram as massas, enquanto a população que era oprimida até agora, não ficaria satisfeita até que se vingassem em dobro de seus opressores por tudo aquilo que lhes tinha sido feito.

— Eu estava preocupada. Mesmo quando Fugil e eu tentamos desesperadamente reorganizar o governo imperial, eles continuaram disputando de forma egoísta. Continuaram machucando os fracos e, em pouco tempo, quando obtiveram forças, se revoltaram mais uma vez. Pensando em como romper esse tipo de espiral negativa infinitamente contínua, em pouco tempo mergulhei em uma certa pesquisa.

Se ao menos o povo pudesse ser liberto de seu ódio, libertos da história de luta até agora.

Se não adiantasse, não importa o que fosse feito, então, se tudo pudesse ser esquecido e recomeçado…

— <Interminável>… feito ressoando as sete Ruínas. A revisão mundial… é isso?

— Então você já conhece isso. Exatamente.

Arshalia virou o rosto para Lux, que falou sem pensar.

— O Artefato <Ouroboros>, que possuía a maior e mais forte habilidade. Ele ativou as sete Ruínas simultaneamente, revisou as memórias das pessoas e apagou a história do ódio. Mas, como o <Ouroboros> que eu criei colocava um fardo igual a mais de dez Drag-Rides Divinos no usuário, a princípio nem mesmo Fugil conseguiu usá-lo bem.

Portanto, Fugil estancou as disputas que aconteciam por toda parte e ao mesmo tempo também treinou para poder lidar com <Ouroboros>. O intervalo de tempo de vários anos fluiu.

Por outro lado, Arshalia também começou a pesquisar um sistema para salvar o mundo. O novo Ragnarok humanoide, o qual ela nomeou de Eclipse Sagrado.

Ele detectava o coração de um humano e era equipado com um sistema capaz de projetar o coração. Ele responderia aos gritos de pessoas que buscavam ser salvas, faria um julgamento e traria salvação.

Fugil usou <Ouroboros> e Arshalia usou o Eclipse Sagrado para guiar o mundo corretamente.

O Herói do Início e a Deusa da Salvação.

Os dois, que foram abençoados com talento genial e nunca foram negligentes em trabalhar duro, constantemente foram chamados assim. Eles se tornaram estrelas de esperança para as pessoas que desejavam a paz.

— Mas aconteceu um acidente. Para possuir um corpo que pudesse controlar <Ouroboros> e para curar o ferimento que obteve em uma determinada batalha, Fugil recebeu uma grande quantidade de Elixir e caiu em um longo sono. Durante esse tempo, um veneno foi misturado ao Eclipse Sagrado que estava quase terminado.

— Você disse… veneno?

Lux fez uma cara duvidosa ao ouvir o murmúrio sombrio de Arshalia.

A menina ficou em silêncio, mas antes de retomar a história, a conversa foi subitamente interrompida.

*Pishi-!*

— Tsu…!?

O mundo escuro foi destruído e a forma original do interior do Arquivo foi projetada à vista de Lux e companhia.

A situação da conversa com Arshalia até agora mudou completamente. Philuffy e <Typhon> atacaram Lux.

— A interferência do sistema concluiu que a coleta de informações do alvo de subjugação foi obstruída e, com isso, o alvo foi apagado.

— El Fajura!? Foi culpa sua que a leitura do registro foi rescindida!?

Quando perceberam isso, havia uma Autômata dentro do Arquivo.

Uma garota que usava um Traje de Piloto, além de orelhas mecânicas crescendo em sua cabeça que pareciam penas.

Ela estava inexpressiva como uma máscara, a mesma de quando Lux a encarou no passado, mas desta vez parecia diferente.

Da Autômata que originalmente só realizava o trabalho que foi ordenada a fazer mecanicamente, Lux sentiu como se uma clara hostilidade fosse emitida por ela.

El Fajura não respondeu ao grito de Aeril.

Ela só veio atacando com o <EX Wyvern> que estava usando, como se quisesse expressar a emoção de raiva.

O rosto de Aeril ficou chocado quando imediatamente defendeu com sua espada.

— O qu…!?

— Traição da Lorde reconfirmada… iniciando ação de eliminação.

Por alguma razão, Aeril não conseguiu ver a espada que El Fajura segurava.

E mesmo assim, recebeu a sensação de como estivessem cruzando espadas.

Muito provavelmente era um tipo de armamento raro. Devia ter o efeito de mudar a lâmina para ficar transparente.

— Pessoas como você não deveriam ousar obter informações da memória da mestra. Não pergunte sobre o certo e o errado do Eclipse Sagrado. Isso é o que vocês, humanos amaldiçoados, começaram. A espiral negativa de desejar apenas a sua própria prosperidade.

— …!?

A Autômata, que deveria apenas cumprir seu papel como ferramenta até agora, estava expressando algo parecido com uma emoção. Lux ficou ainda mais surpreso quando foi El Fajura quem fez isso, mesmo entre as Autômatas, ela era quem transmitia uma impressão tranquila.

Até mesmo seu tom peculiar e habitual estava começando a se transformar em algo áspero.

Mas, no momento, não tinham tempo de dividir seu foco em algo assim.

Lux estava sendo pressionado por Philuffy e <Typhon>. Ela estava desencadeando um ataque que era como ondas crescentes.

— Ei.

Ela soltou socos e chutes com sua enorme armadura que perfurou o ar junto com o som de condução.

Cada um dos ataques de Philuffy, que movia cada parte da estrutura do Drag-Ride com agilidade, com o peso do Drag-Ride Divino colocado atrás dele, continha poder destrutivo mortal.

Mesmo que agora Lux estivesse usando o <Bahamut>, tudo acabaria se fosse atingido diretamente.

Além disso, este <Typhon> também usava a armadura de reforço que foi trazida pelo Drag-Ride Divino de El Fajura.

— Philuffy- Abra seus olhos! Ele é o Lux!! A Veste Divina do <Zahhak> já foi dissipada!

Aeril gritou para Philuffy após ver Lux sendo pressionado pelo poder esmagador.

Mas o corpo principal de El Fajura atacou Aeril com a espada de seu <EX Wyvern> enquanto zombava das palavras de Aeril.

— É inútil. A alucinação do meu <Python> na percepção dela não será dissipada imediatamente, mesmo se eu morrer. Ela não vai parar enquanto você não fugir deste lugar. Também não tenho intenção de deixar você fugir.

— …!? Kuh!

Aeril foi empurrada para trás pela espada invisível que o <EX Wyvern> empunhava e ela junto com <Zahhak> recuaram.

Ela não tinha mais resistência porque usou continuamente sua Veste Divina para enganar os olhos do acampamento do Novo Reino.

Além disso, a Autômata, que era uma fusão de humano e máquina, era capaz de interferir diretamente com o Drag-Ride sem sequer precisar de operação de controle mental ou corporal.

Portanto, não havia atraso em sua pilotagem e era possível para ela se mover de forma mais suave do que um Drag-Knight comum.

Mas não se tratava apenas de simples condições vantajosas e desvantajosas, El Fajura estava pressionando Aeril com seu vigor.

Aeril foi pressionada pela Autômata, que não deveria ter nada parecido com uma alma, e era incapaz de compreender qualquer ponto de partida para o contra-ataque.

— Como vocês humanos amaldiçoados se envolveram desnecessariamente, o sonho da mestra foi envenenado. Não vou permitir que vocês, bastardos, espiem a memória dela.

— Kuh! Uh…!?

Aeril bloqueava desesperadamente os golpes invisíveis, mas a força da trajetória da espada aumentava gradualmente.

— Como!? Por que o ataque de uma Autômata está ficando mais forte?

Era a reação de uma Lorde que conhecia o sistema que foi incorporado nas Ruínas.

Uma autômata que possuísse inteligência artificial era capaz de exibir sempre o melhor desempenho, desde que recebesse uma manutenção escrupulosa.

No entanto, por outro lado, como seguiam lealmente a ação ordenada, originalmente não seriam capazes de exibir mais poder do que o que tinham originalmente.

E mesmo assim…

— Não despreze, a Srta. Arshalia. Posso analisar seu movimento e buscar uma otimização ainda maior. Não subestime minha devoção!

— Uaaaah!?

No momento seguinte, as espadas avançaram com fintas misturadas e os ataques se cruzaram.

<Zahhak> e <EX Wyvern> perfuraram a barreira um do outro. A ponta da espada perfurou o ombro de carne.

Por outro lado, El Fajura também teve seu braço de Autômata cortado, mas seu rosto nem sequer se mexeu.

Ela soltou um <Rugido Uivante> e afastou Aeril de perto.

Ao intencionalmente atacar de forma simultânea uma a outra, ela obteve um método de ataque eficaz contra Aeril, que possuía um corpo de carne e osso.

(Não posso perder. Entendi nosso objetivo com o aparecimento da construtora de Avalon.)

Raffi usou a função de Avalon para reinserir a memória das Autômatas.

Quando ainda estavam vivas, a garota chamada Arshalia transferiu suas personalidades e elas obtiveram o importante papel de proteger a Ruína.

Aquelas que estavam fadadas a apodrecer por causa de doenças, receberam esperança dela.

Elas respeitaram Arshalia, chamada de Deusa da Salvação, e decidiram lutar para proteger o grande sonho que ela tentava realizar.

— Um veneno foi misturado ao Eclipse Sagrado. O tolo clã de traidores torturou a mestra para refazer o sistema de salvação que estava quase concluído. Uma função para detectar pessoas que nutrem má vontade e hostilidade contra o portador do desejo e massacrar essas pessoas foi inserida no Eclipse Sagrado!

— …!?

A verdade que El Fajura contou fez com que Lux e Aeril prendessem a respiração.

(O Eclipse Sagrado foi refeito devido ao clã dos traidores? Mas parece que algo está fora do lugar.)

A verdade chocante também foi surpreendente, mas ao mesmo tempo Lux sentiu uma estranha dúvida.

Mas não havia tempo para ficar pensando. Philuffy se aproximou ainda mais dele.

O interior do Arquivo — o espaço retangular formado por paredes metálicas prateadas — possuía apenas alguns pilares de sustentação ornamentais, portanto havia poucos obstáculos e o teto também era baixo.

Portanto, as rodas que se estendiam das pernas blindadas poderiam funcionar bem e se tornaram vantajosas para Drag-Rides Divinos do tipo batalha terrestre.

— K-Kuh…!

Philuffy atacou vigorosamente enquanto desferia pequenos golpes repetidos, como uma chuva de granizo. Ele foi completamente impedido de começar qualquer coisa.

Logo depois disso, o poder do Batismo que ela escondia explodiu.

Parte 7

Por volta da mesma hora, na superfície.

Um perigo se aproximava do canto da Floresta Antiga onde Airi e a Tríade, que protegiam Lisha, estavam escondidas.

— Agora então. Todos os traidores devem morrer.

— Uma Autômata!? Por que ela está aqui…

A aparição de uma Autômata usando um Drag-Ride Divino deixou o rosto de Airi pálido.

Uma armadura brilhando como uma joia. Aquela que usava o Drag-Ride do tipo voador era La Krusche.

Ela tinha um jeito bobo de falar, assim como quando se conheceram na Arca. No entanto, estava direcionando uma clara hostilidade a Airi e companhia.

— Não entendi, o que está acontecendo aqui? O que você está dizendo!? O que quer dizer com traidores!?

Lisha ficou perplexa enquanto estendia a mão para o Dispositivo Espada em sua cintura, mas ainda não havia recuperado as forças.

Ela tentou invocar seu Drag-Ride, mas sua operação de controle mental não deu certo e falhou.

Airi, que instantaneamente se recuperou de sua agitação, deu sua ordem à Tríade.

— Pessoal! Por favor!

— Yes. Deixe isso conosco.

— Tillfur, estamos indo!

— Tudo bem… uwa. Isso parece difícil.

Por outro lado, Airi rapidamente dissipou sua própria armadura e puxou a mão de Lisha.

Noct segurou as duas com seu <EX Drake> e deu as costas para a Autômata antes de pular.

Airi havia combinado previamente com a Tríade que caso fossem atacados por alguém nesta situação, eles responderiam dependendo da força do inimigo, mesmo assim este foi um acontecimento inesperado.

(Através do meu irmão, recebi informações da Aeril sobre a localização das instalações subterrâneas de Avalon, mas…)

A razão pela qual La Krusche apareceu de repente em seu radar apenas a curta distância deve ser porque ela já estava de prontidão nas instalações subterrâneas de Avalon.

Não, mais importante que isso, era ruim que Raffi tivesse percebido que ela era a traidora.

Como esperado, a Tríade não seria párea para a Autômata, mas Raffi não deveria fazer algo como reduzir expressamente a força de combate do Novo Reino.

O pior caso poderia acontecer, mas Airi só podia rezar para que isso não acontecesse.

(Peço desculpas a vocês duas! Por favor, fiquem seguras…)

Noct estava usando a camuflagem do <EX Drake> para se esconder enquanto tentava se distanciar da Autômata. E então ela iria para o Arquivo exatamente como Airi instruiu e se moveu para o nordeste, seguindo Lux e Aeril.

Airi pensou que seria capaz de ganhar pelo menos algum tempo com isso, mas…

— Ei! Me coloque no chão! Não entendo o que está acontecendo, mas, se eu não lutar junto com aquelas duas…

— Está tudo bem, fique parada por enquanto! Temos que fugir!

Lisha desembainhou seu Dispositivo Espada e tentou invocar o <Tiamat> mais uma vez, mas Airi a impediu desesperadamente.

Seria ruim se Lisha lutasse.

Se Lisha, cuja resistência ainda não havia se recuperado, fosse derrotada pela Autômata e caísse nas mãos de Raffi, a Divisão Azure estaria muito mais perto da derrota.

Airi pensava nisso enquanto confiava seu corpo a Noct, mas então ela de repente mostrou uma expressão confusa.

— O que é isso? Essa reação no radar… são Abyss?

— …? É sobre o aparecimento de muitos Abyss na Floresta Antiga? Se for isso, podermos fazer um desvio para não esbarrarmos neles.

Airi sabia sobre a tática de Lux liberar Abyss da instalação de produção e a Divisão Azure controlá-los com a flauta de chifre, então ela não ficou surpresa, mas Noct apontava algo diferente.

— Não, o número está diminuindo. Os Abyss que somavam mais de cem estão diminuindo drasticamente… nesse ritmo, em mais alguns minutos eles estarão completamente…

— …!?

Airi estremeceu ao ouvir o murmúrio de Noct que estava olhando para seu radar.

Havia apenas alguns nomes poderosos que eram capazes de dominar mais de cem Abyss no Novo Reino neste momento.

(Se houver alguém que possa fazer isso, seria alguém do nível do meu irmão ou da Yoruka… não, não me diga que Fugil ou a Rainha Raffi estão…)

Se Lux não obtivesse a dica para derrotá-los no Arquivo antes de começarem a se mover, isso significava que esta batalha já estava caminhando para o xeque-mate do lado deles.

— Airi! Senhorita Lisha!

No instante em que Noct gritou, Airi engasgou e seu foco voltou à realidade.

Quando ela olhou para trás, La Krusche e o Drag-Ride Divino, com uma armadura brilhante como uma joia, que usava se aproximavam logo atrás.

— A essência da situação é exatamente como você está pensando, sabe? É por isso que, por favor, entregue a princesa obedientemente. Se fizer isso, não haverá necessidade de nenhuma matança inútil.

— Kuh…

Noct imediatamente ficou no caminho de La Krusche e disparou o armamento raro com o qual o <EX Drake> estava equipado.

— <Lâmina Circular>!

Quatro lâminas redondas envoltas em energia traçaram quatro trajetórias diferentes enquanto giravam. Elas atacaram o Drag-Ride Divino de La Krusche.

Além disso, um segundo depois, Noct disparou as quatro <Lâmina Circular> restantes com diferença de tempo para se tornar um ataque adicional difícil de evitar.

Mas o Drag-Ride de La Krusche recuou diagonalmente para trás enquanto desviava apenas três <Lâmina Circular> com a espada longa que segurava.

— …!? Isso foi desviado!?

Em vez de por causa do movimento preciso de La Krusche, que viu o melhor momento para agir, Noct ficou mais chocada ao ver como ela se moveu logo antes do disparo da <Lâmina Circular>.

— A leitura do coração do alvo é a habilidade do Drag-Ride Divino…..?

Quando Airi fez uma pergunta importante, La Krusche assentiu honestamente.

— Bem, não há problema mesmo se for exposto, então responderei. A Veste Divina do meu <Vouivre¹> é <Visão Genuína>… e tem o poder de ver através do coração de um humano. Bem, eu não consigo ler o coração se não focar em um oponente que esteja perto, e é limitada a pensamentos comuns, então não é onipotente, mas…

La Krusche disse enquanto recuperava sua postura por um momento, então ela olhou para Airi e as outras mais uma vez.

— Se você entende agora que não pode vencer, espero que desista de resistir inutilmente. Ferir vocês resultará na diminuição da força de batalha do Novo Reino. Parece que as garotas do Syvalles não sabem de nada, mas…

Ao contrário de Airi, que sabia sobre a rebelião de Lux, Lisha e Noct não entendiam por que uma Autômata estava agindo como Drag-Knight e por que ela as estava perseguindo.

Mas, mesmo assim, Lisha estava prestes a perceber algo nessa situação anormal.

(O que está acontecendo? O que está acontecendo no Novo Reino, neste mundo agora…)

Algo estava estranho, e não apenas sobre a existência dos agressores chamados de Divisão Azure liderados por Alma.

— Noct, já chega. Vamos nos render.

No instante seguinte, Airi, que usava um Traje de Piloto, falou em se render.

Mas, ao ouvir isso, Noct balançou a cabeça ligeiramente.

— Não, por favor, Airi, escape. Eu vou segurá-la aqui. Não consigo nem começar a estimar o que está acontecendo. Mesmo assim, eu acredito em você.

— Tsu…

O peito de Airi doeu ao ver o sorriso que Noct exibia.

Mas agora ela só podia confiar em sua gentileza.

— Senhorita Lisha! Por aqui!

Airi pegou a mão de Lisha mais uma vez enquanto gritava e começou a correr.

Ela compreendeu o terreno usando o radar do <Drake> que estava usando agora há pouco e escapou na direção do Arquivo, para onde Lux havia ido.

Airi apostava na esperança de, com sorte, poder encontrar Lux, mas isso nada mais era do que uma fuga em desespero.

— É lamentável, mas vocês não são páreas para a mestra atual.

— …!?

O som da luta de Noct chegou aos ouvidos de Airi.

La Krusche leu a defesa de Noct e abriu sua barreira com uma espada.

— O qu-!?

A espada que La Krusche segurava encurtava e alongava livremente. Noct foi pega de surpresa e seu ombro blindado foi atingido, impossibilitando-a de se mover.

Aproveitando essa abertura, La Krusche e <Vouivre> voaram em direção a Airi e Lisha.

— No final das contas essa é a diferença do calibre deles. Mesmo depois de obter um poder esmagador, a mestra não ficou orgulhosa e continuou até vencer a batalha de inteligência depois de ler a estratégia do seu oponente. Assim como desta vez.

— O que está dizendo, hein, pedaço de robô inútil! Droga!

Lisha puxou o Dispositivo Espada de <Tiamat> e agarrou-o enquanto gritava ameaçadoramente.

Ela foi a primeira pessoa a receber o Batismo entre os membros do Syvalles, mas por ser um fortalecimento de sua capacidade física, havia um efeito na condição de Lisha até que seu corpo se adaptasse.

Ela foi capturada e descansou seu corpo exausto, mas se o tempo passasse e ela terminasse de se recuperar, então seu ponto fraco, que era sua falta de resistência, seria resolvido e ela seria capaz de usar o <Sobre-Unidade> livremente.

Airi nem tinha como saber de tal circunstância, no entanto, ela invocou seu <Drake> mais uma vez e o equipou, então gerou para si um escudo para que Lisha não fosse levada embora.

— Eu não vou deixar você passar! Por favor vá, Srta. Lisha!

— Tsu…!? Droga!

Lisha pensou que só se tornaria um obstáculo com sua condição atual, mesmo se estivesse aqui. A voz de Airi a empurrou e ela começou a correr.

Airi, que não tinha como lutar mesmo com um Drag-Ride no corpo, não conseguiria nem ganhar tempo, muito menos lutar. Ela entendeu isso.

Mesmo assim, apostar no milagre de que Lux apareceria se ela conseguisse segurar por alguns segundos era…

— Vou te matar se ficar no meu caminho, sabe?

Falando a partir da conclusão, Lux e Airi não se reuniriam neste lugar.

— Tsu…!

— Airi!?

Airi ouviu o grito de Noct a alguma distância enquanto fechava os olhos com força.

A espada do <Vouivre>, que La Krusche estava usando, moveu-se em direção a Airi em linha reta.

Tradução: Ouroboros